quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Querem tirar o Lula da sucessão presidencial de 2018 de qualquer jeito

Porque eles têm medo do Lula

"Com Lula inverteu-se a ordem natural do direito, porque a sentença já foi determinada, como se constata no tortuoso raciocínio de Merval (Pereira). O que falta é um crime – qualquer um – para justificar o início do processo, para justificar uma investigação contra Lula", diz o jornalista Ricardo Amaral, citando as capas da Veja, baseadas em delações falsas contra o ex-presidente.

Segundo o citado jornalista "Lula é culpado, sim, de ter promovido a maior ascensão social na história País. Isso, sim, é imperdoável. E é por isso que eles têm tanto medo do Lula", completa. 

Fonte: Brasil247, 05/08/2015

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Prisão de José Dirceu deixa militantes de esquerda indignados

A prisão do líder petista José Dirceu, embora ele já estivesse cumprindo prisão domiciliar no âmbito da Ação Penal (AP) 470, condenado que foi no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), causou indignação em boa parte dos militantes de esquerda. Em redes sociais, blogs e sites do campo socialista, subiu o tom de revolta contra a ação judicial.

“Se você comemorou a prisão preventiva de José Dirceu na manhã desta segunda-feira, eu tenho péssimas notícias para você: seu senso de democracia e justiça estão falhos. José Dirceu foi preso preventivamente na casa em que reside com sua família em decorrência da 17ª fase da operação Lava Jato, denominada Pixuleco e onde já cumpria prisão domiciliar”, comentou o blogueiro Bepe Damasco.

Sem algemas, Dirceu foi conduzido por policiais federais

“A prisão preventiva é um instrumento processual que segundo o artigo 312 do Código Penal precisa preencher requisitos para ser válido, sendo eles:

a) garantia da ordem pública e da ordem econômica (impedir que o réu continue praticando crimes);

b) conveniência da instrução criminal (evitar que o réu atrapalhe o andamento do processo, ameaçando testemunhas ou destruindo provas);

c) assegurar a aplicação da lei penal (impossibilitar a fuga do réu, garantindo que a pena imposta pela sentença seja cumprida)”, acrescentou.

E Bepe Damasco questiona: “Em qual desses requisitos a prisão preventiva de Dirceu se enquadra? Bem, claramente em nenhum. Como alguém que se encontra em prisão domiciliar pode se encaixar dentro de qualquer um dos casos acima?

“A prisão preventiva, enquanto instrumento processual, não atinge a presunção se inocência. Ela só é indicada para casos onde a liberdade seria danosa ao normal andamento do processo. Como então pode ser aplicada a alguém que já não tem esse direito? Essa prisão então nada tem a ver com justiça e sim com espetáculo”, acrescenta.

Para Damasco, “você tem o direito de não gostar do PT ou não gostar do José Dirceu, mas se você concordou ou até comemorou essa prisão, você certamente não entende a diferença de justiça e justiçamento. Ignora e aplaude irregularidades quando lhe convém”.

“Não percebe que quando a justiça começa a se comportar como justiceira e é aplaudida por isso, abrem-se precedentes perigosos para que o mesmo um dia se volte e atinja você – que hoje aplaude. Democracia e justiça não são sistemas de adesão. Você não pode escolher quando acha que devem ser aplicadas. Democracia, para ser efetiva tem que ser ampla e irrestrita. Concordando ou não. Justiça independe de opinião, ela tem que se basear em provas e nesse caso, mais do que nunca, elas não existem”.

Indignação

Parte da militância petista também não se conforma com a prisão de Dirceu. A Secretaria Nacional de Juventude do PT reagiu com “indignação” à nova prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, na manhã desta segunda-feira (3), pela 17ª fase da Operação Lava Jato.

Em nota, assinada por Jefferson Lima, o secretário nacional de Juventude do PT afirma que “novamente, Dirceu é vítima de uma orquestração que visa destruir o PT, mas, principalmente, as profundas transformações experimentadas pelo nosso país”.

Segundo ele, “Dirceu é alvo de uma oposição golpista, ávida para destruir o projeto que mudou o Brasil”. Ele também diz que por trás da prisão do ex-ministro estão escondidos o “fascismo judicial e as manipulações golpistas”.

Leia, a seguir, a íntegra da nota:

“É com indignação que recebi a notícia da prisão do companheiro José Dirceu, cuja importância para a esquerda brasileira não precisa ser repetida. Novamente, Dirceu é vítima de uma orquestração que visa destruir o PT, mas, principalmente, as profundas transformações experimentadas pelo nosso país. Dirceu também foi preso por ter sido decisivo para este mesmo povo brasileiro ser capaz se governar seu país.

“Não tenho dúvida que Dirceu é alvo de uma oposição golpista, ávida para destruir o projeto que mudou o Brasil. Denunciamos o fascismo judicial e as manipulações golpistas por trás de sua prisão e nos solidarizamos com a família.

Jefferson Lima

Secretário Nacional de Juventude do PT”.


Fonte: Correio do Brasil, 03/08/2015

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A prisão do preso e os direitos de Dirceu


Para o deputado federal Wadih Damous, que foi presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, a prisão do ex-ministro José Dirceu é incompreensível; "Por que prender quem já estava preso?", questiona, lembrando que o petista já estava em prisão domiciliar “e não ameaçava fugir”.

Parlamentar enumerou as três regras que poderiam justificar a prisão, mas negou uma a uma: "Não praticou qualquer ato que constituísse risco à ordem pública, à instrução criminal ou a futura aplicação da lei penal".

Para Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, "a prisão de Dirceu constituiu mais uma entre tantas barbaridades que tem sido cometidas no país depois que, como sublinha o ministro Marco Aurélio Mello, a Lava Jato instituiu a regra pela qual 'manda-se prender para depois apurar'".

Ex-ministro José Dirceu foi preso em nova etapa da operação Lava Jato


Ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi preso nesta manhã em Brasília, em sua casa, alvo de prisão preventiva decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato.

Seu irmão e sócio também foi preso, assim como seu ex-assessor; Dirceu é investigado por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, por meio de sua empresa JD assessoria, já desativada.

Ele nega ter recebido propinas e afirma que os pagamentos recebidos por empreiteiras foram por serviços de consultoria prestados a essas empresas; nova fase da operação foi batizada de Pixuleco, em alusão ao termo utilizado para nominar propina recebida de contratos.

Fonte: Brasil247, 03/08/2015

O Fernando Henrique Cardoso farsante e o verdadeiro


Depois de insistentes pedidos por parte de sua assessoria, o ex-presidente FHC aceitou conversar com o ex-presidente FHC.

Nada mais natural, numa democracia, que dois políticos se encontrem para trocar ideias, especialmente neste momento delicado para o Brasil.

Um dos Fernandos deu entrevista a uma revista alemã de economia, Capital, em que isentou Dilma do escândalo de corrupção da Petrobras.

“Eu a considero uma pessoa honrada”, afirmou. “Eu não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, [ódio] que se volta agora contra o PT.”

O outro Fernando Henrique, que participou da convenção do PSDB falando que “nunca antes neste país se errou tanto nem se roubou tanto em nome de uma causa”, estranhou o tom sóbrio.

O FHC que não deu entrevista aos alemães é um sujeito diferente. No congresso tucano, afirmou que “o país foi iludido com o sonho de grandeza, enquanto a roubalheira corria solta”.

Mais: namora o impeachment apelando para o populismo. “Não somos donos do que vai acontecer nas próximas semanas ou nos próximos meses, mas estamos prontos para assumir o que vier pela frente”, discursou para a galera.

O ex-presidente que conversou com a Capital elogiou Lula. “Ele certamente tem muitos méritos e uma história pessoal emocionante”, disse. “Um trabalhador humilde que conseguiu ser presidente da sétima maior economia do mundo.”

O outro FHC quer entender melhor que palhaçada é essa de dar mole para o Molusco. A regra agora, para ele, é agir como alguém que joga gasolina na fogueira, e não como bombeiro.

Com o ataque ao Instituto Lula, esperava-se que um dos FHCs aparecesse para acalmar os ânimos e fazer um apelo à razão em nome da ordem democrática e do estado de direito.

Um dos Fernandos fica, no íntimo, preocupado quando um boçal — ou dois, ou três — atira artefatos explosivos por aí, ex-ministros são xingados em restaurantes, um débil mental persegue a comitiva presidencial nos EUA gritando impropérios, entre tantos absurdos.

Um deles olha para Aécio Neves e Carlos Sampaio e sente vergonha.

Eles vão conversar. Uma hora os dois entram num acordo para saber quem é o verdadeiro e quem é o farsante.

Um deles sabe que está enganando, mais do que a milhares de brasileiros, a si mesmo.

Fonte: DCM, 01/08/2015

Como Merval viu a bolinha de papel contra Serra e como vê agora a bomba contra o Instituto Lula

Tem gente que vê somente o quer ver
Merval Pereira, estrela do jornalismo patronal

De uma coisa Merval Pereira, apaniguado dos Marinhos, não pode ser acusado: coerência.

No infame episódio do Atentado da Bolinha de Papel, ele publicou imediatamente um artigo em que chamava a atenção para a gravidade do episódio.

A bolinha de papel, no texto de Merval, era um “artefato”.

Isso foi na campanha de 2010. Serra, no desespero por estar atrás nas pesquisas, levou uma bolinha de papel na cabeça e tentou transformar o episódio num atentado.

A mídia amiga ajudou-o na farsa, e Merval deu sua contribuição milionária.

Vejamos agora como Merval enxerga o atentado contra o Instituto Lula.

Não é nada, é claro.

“O buraquinho na porta de metal da garagem do prédio é tão ridículo que, se não soubéssemos que foi provocado por uma bomba, poderíamos achar que um motorista desastrado causou a mossa ao realizar uma manobra de marcha à ré.”

É um trecho do artigo deste domingo de Merval no Globo.

Viralizou, na internet, como símbolo de um tipo de jornalismo vergonhoso, patronal e canalha.

A indignação com Merval não se restringe a petistas. Qualquer pessoa com algum discernimento – me incluo aí – tem vontade de vomitar lendo Merval, ainda mais se confrontar a bolinha de papel de 2010 com a bomba de 2015.

Que marcas o “artefato” deixou em Serra? Chegou a ser engraçado ver Serra, depois de alguns minutos andando normalmente em seguida ao “atentado”, simular dor e levar mãos à cabeça.

A simulação veio depois de um telefonema. A hipótese mais provável é que a turma de marketing de Serra recomendou-lhe a farsa.

A mídia amplificaria o episódio e, se colasse, colou.

Merval fez sua parte. A TV Globo também. Um perito amigo chegou a ser convocado pela Globo para comprovarque era um “artefato”.

E sejamos justos. Se era um “buraquinho” na porta do instituto, na cabeça de Serra não era rigorosamente nada.

Não havia marca nenhuma. E em alguém desprovido de cabelos como Serra, não é preciso muita coisa para deixar alguma impressão.

A opinião de Merval não seria um grande problema não fossem duas coisas.

Primeiro, ela reflete a opinião dos Marinhos. Você quer saber o que os Marinhos pensam a respeito de qualquer assunto? É só ler Merval.

Participei por dois anos e meio do Conselho Editorial da Globo, e nas reuniões semanais me impressionava ver Merval e Ali Kamel duelarem pelo posto de quem concordava mais como João Roberto Marinho.

Segundo, a voz de Merval se espalha por diversas mídias, beneficiada pela falta de uma legislação que regule a imprensa e impeça monopólio, concentração e concorrência desleal.

Merval – e os Marinhos através dele – tem à disposição jornal, rádio, tevê aberta, tevê fechada e internet.

Merval espalhou por todas essas mídias suas considerações sobre a gravidade do “artefato” contra Serra.

E agora ele faz o mesmo para reduzir a nada o artefato de verdade.

A internet vai acabar com a Globo como a conhecemos, felizmente. Já está acabando, aliás, como se vê nos índices de audiência da tevê.

Mas o ritmo do declínio certamente será mais rápido por causa da conduta repulsiva da Globo, tão bem representada por Merval agora, em 2010 – e sempre.

Fonte: DCM, 02/08/2015

sábado, 1 de agosto de 2015

13 heranças do PT (Lula e Dilma) para o Brasil

Confira abaixo algumas das boas heranças deixadas até agora pelos governos Lula e Dilma, ambos do PT, para o Brasil desde 2013, quando o líder dos metalúrgicos do ABC assumiu a presidência da República.

lula e dilma

1. Produto Interno Bruto

2002 – R$ 1,48 trilhões
2013 – R$ 4,84 trilhões

2. PIB per capita

2002 – R$ 7,6 mil
2013 – R$ 24,1 mil

3. Lucro do BNDES

2002 – R$ 550 milhões
2013 – R$ 8,15 bilhões

4. Produção de veículos

2002 – 1,8 milhões
2013 – 3,7 milhões

5. Safra agrícola

2002 – 97 milhões de toneladas
2013 – 188 milhões de toneladas

6. Investimento estrangeiro direto

2002 – 16,6 bilhões de dólares
2013 – 64 bilhões de dólares

7. Empregos gerados

Governo FHC – 627 mil/ano
Governos Lula e Dilma – 1,79 milhões/ano

8. Valor de mercado da Petrobras

2002 – R$ 15,5 bilhões
2014 – R$ 104,9 bilhões

9. Salário mínimo

2002 – R$ 200 (1,42 cestas básicas)
2014 – R$ 724 (2,24 cestas básicas)

10. Dívida externa em relação às reservas

2002 – 557%
2014 – 81%

11. Posição do Brasil entre as economias do mundo

2002 – 13ª
2014 – 7ª

12. Criação de escolas técnicas

Governo FHC – 0
Governos Lula e Dilma – 214
De 1500 até 1994 – 140

13. Operações da Polícia Federal

Governo FHC – 48
Governo PT – 1.273 (15 mil presos)
Fonte: Blog de Jorge Furtado/Blog do Jeso, 01/08/15

O mistério da Rainha da Delação não será decifrado pela mídia tradicional e aqui estão as razões

Beatriz Catta Preta, a advogada que deixou a profissão 

Não espere nada da mídia sobre ela

O mistério da Rainha da Delação não será decifrado pela mídia tradicional.

Isto é batata, como dizia Nelson Rodrigues.

Duas manifestações de dois jornalistas de visões diferentes ilustram bem o caso.

Primeiro, Xico Sá, ex-Folha, um livre pensador que é hoje um dos críticos mais lúcidos da miséria moral da imprensa brasileira.

Se houvesse imprensa “independente” – a palavra mais correta, para mim, é decente – você veria grandes reportagens sobre esse extraordinário caso.

Foi o que disse Xico.

Do outro lado, num comentário na CBN, Merval Pereira, símbolo da imprensa estabelecida, produziu uma sentença a seu modo também reveladora.

Merval disse que o caso é “muito” grave. Nos melhores manuais de estilo, recomenda-se evitar o adjetivo “muito” por ser desnecessário e feio.

Era uma coisa que eu sempre falava aos jovens jornalistas que se iniciavam nas redações sob meu comando.

Mas em todo texto de Merval nada é “grave”, como se fosse pouco. Tudo é “muito grave”.

Depois de definir daquela forma a súbita desistência da Rainha da Delação, Merval diz que é urgente investigar.

Mas.

Mas ele terceiriza a investigação. A imprensa não tem que apurar a história. É a Polícia Federal que tem.

Não discuto que a PF deve ir atrás do caso. Mas e a imprensa, deve ficar de bunda sentada à espera de que policiais vazem informações?

Quantos repórteres as Organizações Globo, já que falamos de Merval, não possuem? Que eles estão fazendo para trazer luz às sombras do episódio?

Nada.

É o que tem acontecido, na verdade.

A mídia, indolente, se contenta em pegar o telefone para tentar arrancar vazamentos – suspeitíssimos, aliás – da PF.

A falta de ação concreta é bisonhamente compensada por um estardalhaço ridículo.

No Twitter, o editor da Época, Diego Escosteguy, o Kim Karaguiri das redações, fica postando alucinadamente “bombas” que destruirão a República como a conhecemos.

É um comportamento semelhante ao de outro bombeiro serial, Claudio Tognolli, ghost writer de Lobão. Ele já anunciou uma centena de bombas, ou mais, e nenhuma delas teve o menor efeito.

Mas isso não o impede de continuar a anunciar bombas.

Diego Kataguiri faz o mesmo, como tantos outros jornalistas da mídia em extinção.

Se parte da energia despendida na pirotecnia verbal fosse gasta em investigação real, teríamos uma imprensa bem melhor.

O caso de Beatriz Catta Preta – e o fascínio da história já começa no sobrenome invulgar – é “muito grave”, para emprestar o clichê de Merval.

O que leva uma especialista em delações do calibre dela a abandonar seus clientes, a esta altura, e se bandear para Miami?

Pressões? Que pressões? De quem?

Não há nada, aí, que repórteres competentes não pudessem investigar.

Mas não. As redações estão viciadas em pegar vazamentos selecionados e transmiti-los, bovinamente, para seus leitores.

Quem não se lembra do “eles sabiam” com que a Veja tentou manipular as eleições às vésperas do segundo turno?

Passados seis meses, o que a revista avançou, de fato, sobre aquela declaração bombástica?

Yousseff, o alegado autor da declaração, já apareceu em depoimentos falando muita coisa – mas nada daquilo que a Veja disse que ele disse.

Definitivamente, o mistério de Beatriz Catta Preta não será decifrado pela mídia

Fonte: DCM, 25/07/15

Vídeo mostra explosão de bomba caseira no Instituto Lula, em SP

Às 22h18 de quinta-feira, carro escuro se aproxima e um artefato é lançado. Polícia apura autoria do crime; instituto classifica ato como ataque político.

Câmeras de segurança registraram a explosão de uma bomba caseira em frente à sede do Instituto Lula, no Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, na noite desta quinta-feira (30). Para o instituto, trata-se de um "ataque político". A polícia de São Paulo apura o caso.

As imagens mostram um carro escuro se aproximando e uma bomba sendo arremessada contra a sede. O ataque ocorreu às 22h18. Na manhã desta sexta, o G1 foi ao local e registrou as marcas provocadas pelo estilhaço da bomba. Um buraco e uma fissura foram abertos na garagem do imóvel. Não houve feridos.

O diretor do instituto, Celso Marcondes, disse se tratar de uma bomba de fabricação caseira e afirmou que os estilhaços provocaram uma fissura no portão de acesso à garagem. "Classificamos isso como um atentado político porque aqui é o escritório onde o ex-presidente Lula trabalha. É o escritório onde ele despacha todos os dias. É de conhecimento público."

Marcondes disse que, desde a inauguração do Instituto Lula, há quatro anos, essa foi a primeira vez que o local foi alvo de um ataque.
Bomba explode em frente ao Instituto Lula, em São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo)
saiba mais

O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, conversou pela manhã desta sexta (31) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o ataque.

Segundo a secretaria, a perícia foi determinada e as investigações policiais já começaram. O G1acompanhou o trabalho de policiais civis e policiais militares na porta do Instituto no início da tarde desta sexta-feira (31) (veja no vídeo abaixo as marcas dos estilhaços provocados pela explosão).

"Bomba foi, com certeza", disse o perito Ivan Ribeira Candeias, do Instituto de Criminalística da Polícia Tecnico-Científica. "Coletamos o que parece ter pólvora para análise". Em nota, o instituto também disse que “espera que os responsáveis sejam identificados e punidos”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva utiliza o instituto como escritório e fica no prédio das 9h às 21h.

Segundo Celso Marcondes, diretor do instituto, um pequeno grupo se manifestou contra o presidente Lula às 15h desta quinta-feira em frente à sede do Instituto. Depois, às 9h desta sexta-feira, nova manifestação ocorreu e funcionários do Instituto tiraram fotos dos participantes do ato e encaminharam à polícia.

'Estrondo'

Um comerciante que mora em uma casa ao exatamente ao lado do Instituto disse que estava vendo televisão quando foi surpreendido por um barulho forte durante a noite.

“Foi um estrondo muito grande, parecia um transformador de luz estourando. Eu saí na janela para ver e tinha uma fumaça muito alta. Desci para ver o que era e tinha um furo na porta da garagem do Instituto. Estava toda chamuscada”, relatou o comerciante César Cundari, de 53 anos.

Segundo o comerciante, manobristas e seguranças de uma unidade do Hospital São Camilo, em frente ao Instituto, disseram que a bomba foi lançada por ocupantes de um carro, cujo modelo e placa não foram identificados.

É a primeira vez que um ataque do tipo acontece na área, disse César, que mora ali há 45 anos. Sua casa não tem câmera de segurança voltada para a rua.

O médico Adalto, que não passou o sobrenome, afirmou que às 22h20 ouviu uma explosão enquanto estava na UTI do hospital São Camilo, que fica em frente ao Instituto. "Foi um barulho muito forte", disse o intensivista. Ele conta que pensou que o som viesse de dentro do hospital.

Diretório

Em março, o Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT), no Centro de São Paulo, foi alvo de ataque à bomba. Em nota de repúdio, o partido diz que o “atentado não foi cometido somente contra o PT, mas contra o Estado Democrático de Direito”.

O diretório fica na Rua São Domingos, na Bela Vista. O explosivo não deixou feridos, mas quebrou vidros e danificou a porta de entrada do prédio. Segundo o site do PT, não havia ninguém no imóvel durante o ataque. A Polícia Militar registrou o ataque às 3h. Não há suspeitos do crime.

A nota do partido diz que “são ações que ferem o direito legítimo às organizações sociais, políticas e religiosas, previsto em nossa Constituição e presente nas nações democráticas”.

“Cabe a toda sociedade combater, repelir e condenar atos e atentados que visam destruir a democracia. Somente assim, poderemos fortalecer as instituições democráticas para continuar a trilhar um caminho de um país cada vez mais justo”, afirma o documento.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, repudiou o ataque com artefato explosivo contra o Instituto Lula. "São inaceitáveis esses atos de violência e intolerância no nosso país", afirmou Rossetto.

O ministro defendeu a apuração imediata para identificação e punição dos responsáveis. "O ataque ao Instituto Lula é uma agressão à nossa democracia. O Brasil tem um histórico de diálogo pacífico e rejeição a atos violentos, que esperamos que continue e seja ampliado. Minha solidariedade ao ex-presidente Lula e toda sua equipe de trabalho”, concluiu Rossetto.
Policiais fazem perícia no portão da garagem do Instituto Lula causado por bomba (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Buraco causado por bomba na garagem do Instituto Lula (Foto: Kleber Tomaz/G1)

Fonte: G1 SP, 31/07/2015

Procuradoria da República já tem "bala de prata" para denunciar Eduardo Cunha

Os responsáveis pela Lava Jato vão se basear no depoimento de um ex-diretor de informática da Câmara

O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Investigadores da Lava Jato afirmam ter encontrado a “bala de prata” – apelido dado ao conjunto de provas – capaz de sustentar a denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. 

O que mais lhes agrada é o depoimento do ex-diretor de informática da Câmara Luís Eira. Ele foi ao Ministério Público informar que requerimentos supostamente usados para pressionar uma empresa a manter o pagamento de propina ao PMDB saíram do computador de Cunha

A versão de Eira corrobora informações do doleiro Alberto Youssef. A bala de prata de Renan Calheiros ainda não foi encontrada, mas ele será denunciado de qualquer jeito.

Fonte: Época, 24/07/15