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quarta-feira, 6 de maio de 2015
O gigante adormecido acorda e reage
Não é tão elegante criticar seu país para fora das fronteiras, mas também não é ético esconder uma realidade, quando esta prejudica a maioria da população, só porque é no meu país. Ainda mais quando o país é o Brasil, visto como o mais rico da América Latina e líder da América do Sul.
É verdade que a economia do Brasil, apesar de estar em crise, se inclui na lista das dez mais ricas do planeta. Porém, quando se avalia o desenvolvimento humano desse gigante, a situação chega a ser escandalosa. Um quarto dos 200 milhões de habitantes do país vive na miséria catalogada pelo programa bolsa família do próprio governo federal.
Nestes dias se prolongam greves de trabalhadores na educação em cinco estados brasileiros. Professores estaduais estão parados a mais de 40 dias de greve. São um mil e cinquenta e quatro escolas fechadas em 120 municípios, com prejuízos também para cerca de 700 mil estudantes, crianças e adolescentes do ensino fundamental e médio. Não cedem os governadores e não cedem os educadores.
Os governadores dos cinco estados alegam não terem recursos para atender às exigências dos educadores. Estes, exigem, além de salários mais dignos, escolas em condições de serem espaços para educar crianças e jovens. Na questão salarial eles exigem ao menos que os governos cumpram a lei do piso nacional de salários de educadores, igual a R$ 1.972,00 (um mil e novecentos e setenta e dois reais), equivalentes a US$ 600,00 dólares. Exigem também um plano de cargos e salários, como prevê a lei nacional.
Os educadores no Brasil recebem salários menores que nos países vizinhos, como Argentina, Uruguai, Venezuela e Peru.
O governo federal, também responsável pela educação, acuado pela crise econômica do país, aplica apenas 6,1% do Produto Interno Bruto, PIB em educação, quando os educadores reivindicam 10% do PIB para educação. Para complicar mais, neste ano de crise o governo diminuiu 7 bilhões de reais do orçamento para educação. Isto revela como a educação não é prioridade para o governo federal que gastou bilhões com a copa do mundo do ano passado e com as olimpíadas do próximo ano. Numa lista de 35 países pesquisados em educação pela ONU, o Brasil é o penúltimo lugar.
Assim é possível se dar razão aos educadores em greve, mesmo que isso cause grave prejuízo aos estudantes e suas famílias. O crime é dos governantes e por isso o gigante reage.
Fonte: Blog do Jota Parente, 06/05/2015
Pela primeira vez, gente rica está assustada no Brasil
Segundo Ricardo Semler, empresário e filiado ao PSDB, os casos Petrobras e Swissleaks são sinais de que o País está mudando; "A sensação de que os ricos podem fazer qualquer coisa está fraquejando. É um indício de que esse momento do Brasil que durou 50, 60 anos está começando a terminar, mas serão necessários 20, 30 anos para fazer essa transição", afirmou, em entrevista à BBC
Ricardo Semler, empresário, ex-professor de Harvard |
O sócio majoritário do conglomerado Semco Partners, ex-professor de Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Ricardo Semler comentou em entrevista à BBC Brasil, o artigo para a Folha de S. Paulo em que ao comentar o caso de corrupção na Petrobras, defendeu que "nunca se roubou tão pouco" no Brasil.
"A sensação de que os ricos podem fazer qualquer coisa está fraquejando. É um indício de que esse momento do Brasil que durou 50, 60 anos está começando a terminar, mas serão necessários 20, 30 anos para fazer essa transição", afirmou.
Ricardo Semler, que é filiado ao PSDB, defendeu que a politização do debate sobre corrupção é contraproducente e que o escândalo da Petrobras e as repercussões do caso envolvendo a divulgação dos nomes de brasileiros com conta no HSBC da Suíça são sinais de que o país está mudando. "Pela primeira vez no Brasil temos gente rica assustada", afirmou.
O empresário também defendeu um aumento do imposto sobre transmissão (herança) para os donos de grandes fortunas e disse que aceitaria pagar até 50%. "Isso não afetaria em nada a disposição do empresário em investir", opinou.
Para o empresário, as denúncias de prática de corrupção no Brasil são antigas. "A Petrobras é só a ponta do iceberg. Há corrupção nas teles, nas montadoras, nas farmacêuticas, nos hospitais particulares. O problema é endêmico e não adianta fazer de conta que surgiu agora.
Se você vai para a Paulista e grita contra a corrupção, também precisa responder: Está declarando todos os seus imóveis pelo valor cheio? Nunca deu R$ 50 para o guarda rodoviário? Nunca pediu meio recibo para um médico? E quem está colocando no Congresso esses políticos? Não sei se a Paulista não estaria vazia se todo mundo fizesse um autoexame", afirmou.
Fonte: Blog do Jota Parente, 04/05/2015
Deputado do Paraná diz que ouve excessos contra professores do Paraná
Discurso na sessão de hoje, segunda feira (04 de Maio), fazendo uma avaliação do massacre sofrido pelos professores no dia 29 de abril!!
Ouça o discurso do deputado Nereu Moura, acessando link
Ativista da Rocinha ironiza panelaço da elite
Por *Davison Coutinho, para o Jornal do Brasil
Elles fizeram panelaço, mas na Rocinha a nossa luta é outra
Enquanto a elite carioca e de outros 21 estados fizeram de seus luxuosos apartamentos avaliados em milhões de reais um "ato" que consideram de protesto, nós da Rocinha continuamos empenhados na luta pelos direitos à cidadania e inclusão.
Elles fizeram o showmício nas janelas.
Elles têm filhos em escolas particulares.
Elles viajam para compras no exterior.
Elles que moram nos apartamentos de 10 a 30 mil reais o metro quadrado.
Elles que andam em carro de luxo.
Elles que se aproveitaram da mão de obra dos favelados e construíram seus impérios.
Elles que tratam o pobre e a favela como seres invisíveis e inferiores.
Elles que escolheram o presidente em 1990.
Onde estavam elles para protestar contra a redução da maioridade penal, contra a desigualdade social, contra a pobreza nas favelas, contra o descaso do governo nas favelas, contra a PEC da terceirização?
Bater panela em São Conrado e Leblon tomando champanhe é mole. Quero ver carregar água na cabeça na favela e acordar cedo pra ir trabalhar no ônibus lotado.
Vem pra favela ver como se vive!
*Davison Coutinho, 24 anos, é morador da Rocinha, Bacharel em desenho industrial pela PUC-Rio, Mestrando em Design pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer e liderança comunitária na Comunidade.
Fonte: Brasil 247, 06/05/2015
Globo bate panelas e repercute no Jornal Nacional
Enquanto era transmitido na TV o programa partidário do PT na noite desta terça (5), jornalistas que trabalham para a Globo promoviam a realização dos panelaços.
Enquanto era transmitido na TV o programa partidário do PT na noite desta terça-feira (5), jornalistas que trabalham para a Globo promoviam a realização dos panelaços. André Trigueiro publicou no Twitter: "Panelaço a mil no RJ #PlecPlec". Já Leilane Neubarth postou na mesma rede social: "Panelaço forte em Ipanema!".
Os panelaços e buzinaços, segundo as postagens nas redes sociais, se concentraram em bairros de elite em São Paulo e no Rio de Janeiro. Já Jornal Nacional e a Folha disseram que os protestos ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Salvador e Recife.
Se o panelaço ganhou destaque no Jornal Nacional, com vídeos de algumas áreas do país com os protestos, no Twitter, o movimento não contagiou. O tema não figurou entre os assuntos mais discutidos da rede social, que serve para medir a temperatura dos protestos.
Já a hashtag #ToNaLutaPeloBrasil, em defesa do PT, figurou entre os temas mais frequentes no Twitter em todo o mundo, por mais de 30 minutos.
Fonte: Brasil 247, 06/05/2015
terça-feira, 5 de maio de 2015
Em assembleia, professores do PR aprovam continuidade de greve
Cerca de 15 mil professores no Paraná participaram de uma assembleia no estádio Vila Capanema na tarde desta terça-feira que decidiu manter a greve já dura 11 dias
Pela manhã, 25 mil docentes e servidores de diversas categorias, segundo a Guarda Municipal, se concentraram em frente à Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) e saíram em caminhada em direção ao estádio na Vila Capanema Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo
Os professores da rede estadual do Paraná decidiram em assembleia na tarde desta terça-feira (5) dar continuidade à greve, que começou em 25 do mês passado. A reunião foi realizada no estádio Durival de Britto, no bairro do Rebouças, e reuniu milhares de professores.
A categoria é contra as mudanças na Paranáprevidência, fundo previdenciário dos servidores públicos paranaenses. O projeto de lei que autoriza as mudanças foi aprovado pelos deputados estaduais e sancionado pelo governador Beto Richa (PSDB) na semana passada.
Na assembleia, o APP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) informou que vai tentar anular a sessão na Assembleia Legislativa que aprovou a matéria e estuda entrar com uma ação de inconstitucionalidade contra a lei.
Durante a votação da matéria na Assembleia Legislativa, na última quarta-feira (29), a Polícia Militar reprimiu protesto da categoria, com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Centenas de pessoas ficaram feridas e 14 foram detidas.
Ato
Um ato realizado por professores, estudantes e sindicatos de outras categorias na manhã de hoje reuniu cerca de dez mil pessoas, segundo estimativa da PM, e cerca de 20 mil, de acordo com organizadores, no Centro Cívico, na capital paranaense.
Os manifestantes se concentram na praça 19 de Dezembro e seguiram em caminhada até a praça Nossa Senhora de Salete, onde fica o palácio Iguaçu, sede do governo estadual. Durante o protesto, eles colocaram flores brancas nas grades do prédio da Assembleia Legislativa, de onde, no dia 29, foram jogadas bombas de gás contra os professores.
Fonte: Uol, 05/05/2015
Pergunta que não quer calar
Por que ninguém investiga os chamados vazamentos seletivos do Ministério Público, do Judiciário e da PF?
Não há prova nenhuma contra Lula
Revista Época chamou o ex-presidente, na sua capa de "operador e na reportagem de "lobista em-chefe" era
Terminou de forma vergonhosa, para as Organizações Globo, em especial para a revista Época, o mais recente capítulo da cruzada empreendida pela família Marinho contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na capa deste fim de semana, Época rotulou Lula, na capa, como "operador", e, nas páginas internas, como "lobista em-chefe" de grupos empresariais brasileiros junto ao BNDES.
O motivo seria uma investigação aberta há uma semana pelo Ministério Público Federal contra Lula, relacionada a negócios da Odebrecht na África e na América Latina.
Agora, sabe-se que não existe nem sequer uma investigação, mas apenas um procedimento preliminar, aberto por um procurador, chamado Anselmo Henrique Cordeiro, a partir de uma reportagem do jornal O Globo.
Escolhida por sorteio para dar andamento a este procedimento, que pode ou não virar uma investigação, a procuradora Mirella Aguiar, foi arrasadora. Disse que não foi apresentada "prova nenhuma" contra o ex-presidente Lula e negou a possibilidade de quebra de sigilos do ex-presidente Lula ou do Instituto Lula.
"A quebra de sigilo é algo que a Justiça não costuma dar com base em notícias anônimas e equiparo um pouco a reportagem jornalística a uma notícia dessas porque não temos prova nenhuma. Qualquer tipo de invasão da esfera da intimidade, da privacidade do investigado tem que ser fartamente fundamentada. Quando se faz a pergunta se isso daqui poderia gerar uma quebra de sigilo, a inexistência de provas neste momento não autorizaria", afirmou, em entrevista ao jornal ‘Estado de S. Paulo’, publicada num pé de página, sem muito destaque.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, o Instituto Lula desmascarou o chamado "método Época de jornalismo", lembrando que nem mesmo a investigação citada na capa existe (saiba mais aqui).
O que se tem, portanto, é apenas uma tentativa de manipulação do processo político por parte da imprensa e de instituições de Estado. O jornal O Globo publica uma reportagem, que gera um procedimento interno no MP, que vaza para Época, também das Organizações Globo, e alimenta uma campanha de difamação e desinformação.
Em tempo: ao acusar o ex-presidente Lula de defender interesses de construtoras brasileiras no exterior, criminalizado sua atividade como palestrante, Época, na prática, fez lobby por um grupo chinês, chamado Ghezouba, derrotado em concorrências internacionais (saiba mais aqui).
Fonte: Brasil 247, 05/05/2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Quando se fere um professor...
É de certo que professor nesse país sempre apanhou. Apanha pela falta de reconhecimento, apanha pelo salário indigno, apanha pela luta histórica por um sistema educacional que o tenha como umas das peças fundamentais da construção de uma educação de qualidade, apanha pela rotina de trabalho, apanha pela desmotivação dos alunos, apanha pelo sistema educacional defasado, com seus critérios retrógrados de avaliação, apanha pela obrigatoriedade de cumprir um programa pedagógico que não condiz com o que ele acredita, nem condiz com a realidade do aluno, servindo de ferramenta para a sua vida prática. Apanha consequentemente pelo simples fato de ter abraçado essa profissão.
Agora os professores, mais uma vez, apanharam literalmente no Paraná. Foram mordidos por cães, feridos por bombas de borracha e tratados como marginais. Apanharam do poder público, do poder uniformizado amparado pelo Estado.
Um país que bate em professor, diz muito da importância com que trata a educação. Diz muito da valoração de um mestre, responsável, inclusive, pela formação dos filhos daqueles que os espancaram em via pública, e dos filhos daqueles que legitimam essa ação.
Segundo a policia alguns professores estavam armados, por isso o motivo do confronto. Mas sabemos que a arma do professor, aquela da qual o Estado teme, é outra. É a arma que prepara cidadãos e os torna livres do voto de cabresto, os torna livres da manipulação, lhe possibilita uma condição mais digna de cidadão e o torna um ser mais pensante e ativo, como desejam os professores de fato comprometidos com o seu ofício.
Quando se tortura um professor, não está se torturando apenas um corpo físico. Tortura-se o corpo simbólico. Tortura-se o conhecimento, tortura-se a já desacreditada educação. A tortura não espanca apenas o ser, tortura a esperança na renovação de uma das mais dignas e significantes profissões para a formação de um povo.
Quando se bate em um professor, bate-se também no aluno, que já não será tão bem mais iluminado por essa chama, que depende da auto-estima do seu mestre.
Um Estado que espanca um professor, provoca uma sangria em toda uma comunidade: sangra a escola, sangram os alunos, sangra o saber, sangra a esperança, destrói o simbólico, nos desampara da crença em um país que não se modificará, porque ferida estará a alma dos seus mestres, iluminadores de tantas outras almas.
Professores são faróis, centelhas de um povo que vive na escuridão do atraso social e político, de um Estado que fecha as portas da esperança de um povo, que precisa com urgência atravessar esse túnel obscuro, o da falta de conhecimento.
Quando um professor sangra, a vida sangra junto com ele.
De Joaquim, da banda casaca de couro.
Fonte: Facebook de Paixão dos Anjos, 04/05/2015
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