quarta-feira, 5 de novembro de 2014

JUSTIÇA AFASTA SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE

Por meio de medida liminar, a Justiça de Itaituba afastou na tarde de hoje, o secretário de meio ambiente, Valfredo Marques Jr.

Por enquanto não há informações mais completas, pois nem a Prefeitura, nem o secretário foram ainda citados sobre a decisão. Entretanto, o que se sabe é que o motivo é uma ação popular de autoria de José Lemos de Oliveira, mais conhecido como Tatá, dono do FRIVATA, contra o secretário por causa do imbróglio dos frigoríficos.

Falei com o secretário há poucos minutos, quando ele me informou que acabara de sair de uma audiência com a MP tratando da conciliação entre as partes para tentar resolver o impasse do funcionamento dos frigoríficos.

Tão logo seja citada, a Prefeitura de Itaituba, através da Procuradoria Geral do Município entrara com agravo no Tribunal de Justiça do Estado para derrubar a medida cautelar que afastou o secretário de meio ambiente.

Fonte: Blo do Jota Parente, 04/11/14

Tucano critica pedido de impeachment de Dilma e é hostilizado

Ex-deputado e coordenador digital da campanha de Aécio, Xico Graziano diz que quem apoia a derrubada da petista após sua reeleição e a volta dos militares ao poder deveria deixar o PSDB

Xico Graziano: "Militantes da direita exigem que nós, os sociais democratas, encampemos sua ideologia, o que seria um absurdo"

Ex-coordenador digital da campanha presidencial de Aécio Neves, o ex-deputado Xico Graziano classificou como “absurdas” e “antidemocráticas” as manifestações do último sábado que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a volta dos militares ao poder. Após fazer a crítica em seu perfil no Facebook, Graziano foi hostilizado por internautas que o chamaram de “petralha”, “petista infiltrado”, “comunista” e “esquerdopata”. Em resposta, o tucano escreveu um texto em que diz que é “absurdo” militantes da direita exigirem do Partido da Social Democracia Brasileira que encampem sua ideologia.

“Quem concordar com as teses dessa turma aguerrida que vê o comunismo chegando, é contra os benefícios sociais, sonha com a ordem militar, por favor, deixem o PSDB. Vocês é que estão no lugar errado, não eu!”, desabafou Graziano, que foi chefe de gabinete do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no governo tucano.

Para Xico Graziano, a direita brasileira mostra sua força na internet, mas não encontra representação em nenhum partido político. “Ora, nós, do PSDB, nascemos inspirados na socialdemocracia europeia, com viés da esquerda. Nossa origem reside no MDB autêntico, que foi decisivo na derrubada da ditadura militar. Nós fomos decisivos na Constituinte de 1988. Fomos nós, com FHC à frente, que criamos as bases socioeconômicas do Brasil atual, inclusive as políticas de transferência de renda e as cotas”, escreveu o ex-deputado.

Em São Paulo, cerca de 2,5 mil pessoas participaram da manifestação criticada por Xico Graziano na Avenida Paulista. A polêmica com o tucano começou no domingo quando ele publicou o seguinte comentário no Facebook: “Só para esclarecer: achei absurda tal manifestação. Antidemocrática, não republicana. Ainda por cima, pedindo a volta dos militares, meu Deus, tô fora disso. Esconjuro”.

Leia abaixo o texto na íntegra:

“Mexi num vespeiro da política ao postar aqui, ontem, opinião contrária ao impeachment da Dilma. Julguei a causa antidemocrática, não republicana. Não gostei daqueles discursos irados, revanchistas e reacionários. Tomei um troco bravo. Recebi centenas de comentários, críticos a maioria, de baixo nível muitos deles. Vou aprofundar a polêmica. Sigam meu raciocínio.

Existe no Brasil uma ideologia própria da direita que se encontra desamparada do sistema representativo, quer dizer, sem partido político. Sua força se mostra na rede da internet. Essa corrente luta para destruir o PT, acusando-o de querer implantar o comunismo por aqui. Defendem as liberdades individuais, combatem tenazmente a corrupção organizada no poder, desprezam totalmente as lutas sociais, mostrando-se intolerante com o direito das minorias. O deputado Bolsonaro e o ensaísta Olavo de Carvalho são seus expoentes.

Tudo bem. Acontece que, no período das eleições presidenciais, essa tendência se articula no seio do PSDB, trazendo para nosso partido suas causas. É normal existirem as alianças eleitorais, e para tal existe o segundo turno. O problema surge quando os militantes da direita exigem que nós, os sociais democratas, encampemos sua ideologia, o que seria um absurdo.

A intolerância mostrada em minha página do facebook reflete essa incompreensão. Criticam minha coerência, decepcionam-se com os meus valores imaginando que eu deveria assumir os deles. Pior, alguns tolamente me acusam de ser “petista infiltrado”. Dá até um pouco de dó.

Ora, nós, do PSDB, nascemos inspirados na socialdemocracia europeia, com viés da esquerda. Nossa origem reside no MDB autêntico, que foi decisivo na derrubada da ditadura militar. Nós fomos decisivos na Constituinte de 1988. Fomos nós, com FHC à frente, que criamos as bases socioeconômicas do Brasil atual, inclusive as políticas de transferência de renda e as cotas.

Na complexidade do mundo contemporâneo anda difícil rotular os partidos, e as pessoas, como de “direita” ou de “esquerda”, categorias válidas no século passado, mas ultrapassadas hoje em dia. De qualquer forma, quem concordar com as teses dessa turma aguerrida que vê o comunismo chegando, é contra os benefícios sociais, sonha com a ordem militar, por favor, deixem o PSDB. Vocês é que estão no lugar errado, não eu!”

Lobão coloca PSDB numa cilada histórica

Colunista Renato Rovai avalia que o partido fundado por pessoas como Mário Covas “está se deixando sequestrar pelo mais tacanho conservadorismo e parece não se incomodar mais em ser associado a movimentos que clamam por intervenção militar”; segundo ele, ou o PSDB isola o movimento “Banana’s Party”, liderado por nomes como o de Lobão, ou “não há mais como não entender o partido como o centro das articulações de um movimento golpista”

247 – O colunista Renato Rovai vê em movimentos liderados por nomes como de Lobão, Roger, Danilo Gentile, Reinaldo Azevedo, Luciano Hulck, Ronaldo Fenômeno, que clamam por intervenção militar”, como uma grande ameaça para o PSDB. ‘Ou isola a ação, ou vai se entregar como centro das articulações de um movimento golpista’. Leia: 

Lobão e o seu Banana’s Party colocam PSDB numa cilada histórica

Costuma-se dizer que o Brasil não é um país para amadores. Mas o fato é que eles abundam em terras tupiniquins. E mesmo no universo da política, onde o mais bobo consegue consertar relógio suíço num quarto escuro e com luva de box, cada dia surgem novos nomes invocando-se líderes de um pedaço da população e falando em nome dela. Os recrutas de turno atendem pelas alcunhas Lobão, Roger, Danilo Gentile, Reinaldo Azevedo, Luciano Hulck, Ronaldo Fenômeno e figuras que conseguem ser ainda mais caricatas como um tal de Olavo de Carvalho, que se apresenta como filósofo, e Rodrigo Constatino, que nem se apresenta porque não sabe terminar uma frase.

Eles se tornaram os ídolos dos verdadeiramente desinformados. Aqueles que leem Veja, gostam de piadas racistas e fascistas e que reproduzem chorume pelas plataformas de rede sociais.

Os novos heróis do Brasil que clama por intervenção militar nada mais são do que a tentativa de reproduzir um movimento que levou (pasmem!) o Partido Republicano a perder não só eleições, mas o eixo. Nos EUA, esse movimento ultra-direitista conhecido como Tea Party tem como centro de seu discurso a redução dos impostos, mas para dar molho à sua tese também defende o criacionismo, porque Deus é o pai de todos, e a guerra, porque ela geraria empregos. Para a turba que de vez em quando sai às ruas americanas para protestar, Obama é o principal alvo por ser um comunista radical. Isso mesmo, você não leu errado. Não é a toa que eles acham o PT um partido de extrema esquerda.

Como nos EUA o nome do movimento é denominado de Tea Party e nossa terra não é exatamente caracterizada pela ingestão de chá, vou batizar o movimento liderado de Lobão de Banana’s Party (pode usar a vontade Lobão, não vou cobrar direitos autorais pela ideia). Banana’s Party tem muito mais a ver com o estilo dos manifestantes daqui. São uns covardes que não aceitam o resultado das urnas e querem uma intervenção militar.

Nos EUA esse movimento de direita emburrecida é centrado na luta contra os impostos. Mas aqui no Brasil como provavelmente boa parte da tropa é sonegadora, o que os une é o grito contra a corrupção e o PT. Para eles, o PT e sua estrela vermelha criaram a luta de classes. Sem o PT, garantem, os pobres não iriam querer deixar de ser pobres e os negros iriam continuar no seu cantinho.

Não há nada que incomode mais essa gente do que as palavras cotas e Bolsa Família. Se quiser fazê-los cair no chão e estribuchar use-as como se fosse alho contra vampiros. Elas são infalíveis.

O valor do Bolsa Família eles gastam numa taça de champanhe, mas consideram que ao garantir essa renda mínima para os mais pobres o governo petista transformou o Brasil num país de vagabundos.

É o Bolsa Família que os impede de continuar pagando os 200 reais de salário mínimo da época do FHC para suas empregadas domésticas e por isso eles não perdoam nem o Lula e nem a Dilma.

Quanto as cotas, aí o buraco é ainda mais embaixo. Elas são até mais assustadoras para a turma do Banana’s Party porque estão misturando seus filhos com os filhos dos pedreiros. Onde já se viu um garoto negro estudar na mesma faculdade da minha filha que foi criada como uma Barbie? E pior ainda, imagina minha filhinha que estudou em escola americana não entrar numa faculdade na qual o filho do pedreiro que estudou num colégio público entrou. Aí já é vandalismo. E por isso eles vão para a rua gritar contra o PT. E por isso eles apoiram fervorosamente a candidatura de Aécio Neves.

Mas como Aécio Neves perdeu, eles decidiram que cansaram de brincar com esse negócio chamado democracia. E que eleição é coisa de pobre e não tem a menor graça. A turma do Banana’s Party quer intervenção militar. Querem um governo que prenda e arrebente quem defender direitos humanos, direitos sociais, direitos de gênero etc. O pessoal do Banana’s quer no mínimo Lula e Dilma na cadeia. Mas preferem vê-los sendo eliminados por um batalhão de fuzileiros em praça pública.

O Tea Party americano quando sai às ruas é um pouco mais engraçado do que o Banana’s Party. A galera sai fantasiada. No Brasil, os Bananas apenas carregam cartazes com suas palavras de ordem facistas.

Mas você pode estar se perguntando. Você está assustado com o Banana´s Party, Rovai? Você acha que eles podem conseguir o impeachment de Dilma? Você acha que eles podem fazer os milicos de pijama (ou bananas?) saírem dos seus clubes militares e marcharem em direção ao Congresso?

Claro que não. Até porque o nome do movimento que alcunhei para que eles não fiquem por aí perambulando sem nome já denuncia o que essa turma é. E mais do que isso, qualquer coisa que for liderada por pessoas do nível do Lobão tende a ser no máximo uma piada.

A questão é outra. Creiam, estou preocupado com o PSDB. O partido fundado por pessoas como Mário Covas está se deixando sequestrar pelo mais tacanho conservadorismo e parece não se incomodar mais em ser associado a movimentos que clamam por intervenção militar. Isso é o mais assustador dessa história. Com todas as suas idiossincracias, sempre considerei os tucanos como um partido de liberais democratas. Agora, até isso já é algo a se duvidar.

Ou o partido reage e isola o Banana´s Party, deixando que as ovelhas do Lobão se organizem em torno de um Feliciano ou Bolsonaro ou o PSDB vai ser sequestrado por recrutas que juntam 500 pessoas na frente do Masp, mas que vão levá-lo a um fim desastroso.
O povo, amigos, é muito mais inteligente do que parece. E, entre outras coisas, o que ele rejeitou nas urnas em 26 de outubro foi o ódio. O ódio que escapa por todos os poros da turma do Banana´s Party. O ódio que move Bolsonaros e Felicianos. O ódio que pode fazer bem a extrema direita como projeto político, mas que não era a pedra de toque do PSDB.

Só há uma forma de o PSDB continuar a existir. É dizer claramente à sociedade que rejeita o Banana´s Party. E que condena veementemente suas posições. Ou é isso ou não há mais como não entender o partido como o centro das articulações de um movimento golpista.

Fonte: Brasil247, 05/11/14

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A pergunta que não quer calar

O vice-presidente da República é Michel Temer, do PMDB e a mídia noticia diariamente que Eduardo Cunha, do PMDB, contrariando um acordo do seu partido com o PT, se articula no sentido de se eleger Presidente da Câmara Federal e opor-se a presidente Dilma. O que está acontecendo: o PMDB é contra o PMDB ou a Imprensa está ficando inventando coisas?

MPF quer que governo pague diretamente cubanos

, 0311/14

O Ministério Público Federal em Brasília cobrou na Justiça que o governo Dilma Rousseff pague diretamente os médicos cubanos que atuam no programa "Mais Médicos". Ponto de destaque na campanha de reeleição da petista, o programa prevê o pagamento de R$ 10 mil a cada profissional que tenha aderido ao Mais Médicos. Entretanto, os cubanos recebem mensalmente US$ 1 mil, por meio do convênio entre a União e a Organização Panamericana de Saúde (OPAS).

O MPF contestou, em dois pareceres encaminhados à Justiça Federal do Distrito Federal, os termos do acordo entre a União e a OPAS para viabilizar a vinda desses profissionais ao País. Os questionamentos judiciais foram apresentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e um advogado, que moveram ações para tentar decretar a nulidade do convênio. A procuradora Luciana Loureiro Oliveira, autora dos pareceres, afirmou que o acordo com a OPAS não permite saber como foram empregados os recursos repassados pelo governo federal à entidade. Isto é, "não se pode saber, precisamente, quanto efetivamente cada médico vem recebendo pela sua participação no projeto Mais Médicos".

"Note-se que a indagação não é de somenos importância, como quer fazer crer a União, porque, em sua defesa, está dito que os valores repassados à OPAS (R$ 510.957.307,00) - quinhentos e dez milhões, novecentos e cinquenta e sete mil, trezentos e sete reais) apenas em 2013, o foram à razão de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por médico intercambista", destacou Luciana, nas duas manifestações.

A procuradora afirmou que, embora reconheça a importância da motivação e da finalidade do Mais Médicos para o Brasil e das "inegáveis contribuições" que os médicos de Cuba podem trazer para o Sistema Único de Saúde (SUS), a forma como foi realizado o convênio com a OPAS "se mostra francamente ilegal e arrisca o erário a prejuízos até então incalculáveis, exatamente por não se conhecer o destino efetivo dos recursos públicos brasileiros empregados no citado acordo".

"É dizer, em breves linhas, que o convênio com a OPAS se ressente de graves vícios, eis que viola, a um só tempo, os princípios constitucionais da legalidade, da publicidade/transparência e da motivação dos atos administrativos", disse. Nos pareceres referentes às duas ações, apresentados nos dias 14 e 15 de outubro, antes do segundo turno das eleições, mas só divulgados hoje à tarde pela assessoria de imprensa do órgão, o MPF cobra que a Justiça Federal reveja decisões anteriores que rejeitaram pedidos de concessão de liminar para suspender os acordos.

domingo, 2 de novembro de 2014

Rapidinhas

Ombudsman questiona denúncia frágil de Veja


Segundo a jornalista Vera Guimarães Martins, ombudsman da Folha de S. Paulo, denúncia está ancorada em fontes anônimas, que não apresentaram provas do suposto depoimento de Alberto Youssef.

Cotado para a Fazenda, Meireles dá a sua receita 


O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, diz que o Brasil tem um caminho para crescer com inclusão social; "No período que conheço melhor por ter participado diretamente, foram adotadas políticas de austeridade monetária e fiscal e reformas para o desenvolvimento dos mercados que geraram queda da dívida em relação ao PIB e estabilização da inflação na meta com crescimento econômico e criação de empregos", afirma; presidente Dilma já vê seu nome com menos resistência.

PODER: Reforma: fim de coligações deixaria Câmara com sete partidos


Um dos temas da Reforma Política defendidos pela presidente Dilma Rousseff, o fim das coligações nas eleições provocaria uma reviravolta nas composições dos partidos atualmente com assento na Câmara dos Deputados; aplicado à situação atual o fim da coligação para eleição de deputados, cinco partidos seriam automaticamente excluídos da casa; redução no número de partidos já vem sendo discutidas por dirigentes de várias siglas; enfraquecidos após a última eleição, PSB, PPS, Solidariedade e DEM já começaram a discutir fusões; PSB elegeu 34 deputados, o Solidariedade, 15, o PPS, 10, e o DEM, 22

Eliane surta e vê Dilma no 'mato sem cachorro'


Embora a economia demande ajustes bem mais suaves do que supõem os catastrofistas, a jornalista Eliane Cantanhêde diz que a presidente Dilma Rousseff pode ser forçada pelas circunstâncias a provocar um arrocho sem precedentes, no que seria um "estelionato eleitoral"; análise econômica, pelo jeito, não é o forte da colunista.

Goldman: Não sustentamos que houve fraude na urna


O tucano Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo, sinaliza que foi um erro questionar no Tribunal Superior Eleitoral o sistema das urnas eletrônicas; para ele, o PSDB deve aceitar o resultado, mas continuar representando a parcela do eleitorado que não votou no PT.

"Líder" do impeachment, Lobão vive seu triste fim

Primeiro, ele prometeu ir embora do Brasil caso a presidente Dilma Rousseff fosse reeleita; com o resultado das urnas, ele mudou de ideia e disse que ficaria no país em nome de uma "verdadeira oposição" que estaria nascendo; neste sábado, Lobão discursou numa manifestação em São Paulo pedindo o impeachment da presidente reeleita; cerca de 2 mil pessoas participaram do ato; pelo Twitter, Lobão disse que "nada poderá deter" o tal movimento; longe dos palcos, Lobão vive sua decadência sem elegância!

O que o PMDB quer é proteção 

Por isso, para LEONARDO ATTUCH, a rebelião da base aliada tem como pano de fundo a Lava Jato e suas consequências.

Encomenda pra Sheherazade 

Para Lelê Teles, nada como um dia atrás do outro. A polícia do Rio acaba de mandar para o xilindró um grupo de jovens de classe média. Homens de bens. Entre eles, o que dirá Silvio Santos?, estão os amiguinhos de Sheherazade, os tais justiceiros.

Descer do palanque 

é a que afirma Sócrátes Santana sobre a atitude de aecistas. Apesar do esforço da jornalista Eliane Cantanhêde, a oposição não arreda o pé do palanque. De um lado da escada, o de cima, Aécio Neves põe em suspeição o TSE e pede recontagem dos votos. Do lado de baixo, Dilma encerra o pleito e proclama diálogo.

Unidade na diversidade

Renan Calheiros, diz que um dos dos maiores recados dados aos governantes nas ruas em 2013 e, agora nas eleições gerais de 2014, foi que a sociedade está atenta, madura e exigindo ser ouvida com mais assiduidade e mais respeito.

O bacanal das pesquisas

Ricardo Guedes, diretor do instituto, chegou a dizer que Aécio já estava eleito e que rasgaria seu diploma caso os dados fajutos do Sensus estivessem errados. Será que ele vai cumprir a promessa ou amarelar como o Lobão? 

Curso de leitura rápida para direitistas

Valter Pomar diz que O PT participa do Foro de São Paulo desde 1990 por estar convencido de que a integração latinoamericana e caribenha é extremamente importante para o Brasil e para o povo brasileiro.

Sonhei que há prova de que Veja cooptou o doleiro 

Para Eduardo Guimarães , A vitória de Aécio teria um efeito benfazejo na vida do doleiro. Com toda grande mídia do seu lado, Youssef se tornaria um herói como Roberto Jefferson, delator do mensalão. Afirmaria em juízo tudo que a Veja disse e o domínio do fato se encarregaria do resto. 

Vitória do PT, derrota da imprensa

marco regulatório e povo no poder. Mais do que o PSDB e seus coligados, mais do que certos setores do MP, da PGR, do STF e de outros tribunais superiores, a imprensa corporativa e historicamente golpista é a maior derrotada nesta eleição. 


A pergunta que não quer calar

Já que estamos num País democrático e o PSDB é democrático, por que o partido e boa parte de seus eleitores não aceitam o resultado das urnas e estão protestando em algumas cidades contra o resultado das urnas que reelegeu a petista Dilma Rousseff para a presidência?

PMDB prepara farsa contra reforma política

Correio do Brasil, 31/10/2014/Por Breno Altman - de São Paulo


O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mal esperou o final de sua reunião com o chefe da Casa Civil, Aloisio Mercadante, para anunciar compromisso com a mais importante proposta presidencial.

“Reforma política é um consenso”, disse a jornalistas após encontro com o ministro. “E tem que ter realmente a participação popular.” Suspiros de alívio puderam ser ouvidos entre os que se esmeram por construir pontes no Congresso.

Mas a declaração do parlamentar não passa de uma farsa.

A Proposta de Emenda Constitucional 352/2013, enviada à Comissão de Constituição e Justiça no dia 28 de outubro, reafirma os piores aspectos do sistema político-eleitoral. Trata-se de documento que reforça o poder econômico, limita a participação popular e fragiliza os partidos políticos.

Apesar do PT ter se oposto frontalmente aos termos desta proposta, um parlamentar da legenda foi seu relator. O deputado paulista Cândido Vaccarezza, derrotado nas últimas eleições, é quem se prestou a esse papel.

A tal PEC traz sete medidas fundamentais:

– Introduz o voto facultativo, que deixa de ser obrigação constitucional. Analfabetos, maiores de setenta anos e jovens entre 16 e 18 anos nem sequer precisarão se alistar.

– Acaba com a reeleição para todos os cargos executivos, determinando que seus mandatários somente poderão se recandidatar no período subsequente.

– Unifica o calendário eleitoral, fixando que o povo brasileiro somente irá às urnas a cada quatro anos.

– Mantém o financiamento privado das campanhas, tanto individual quanto empresarial, normatizando que apenas partidos políticos poderão receber doações.

– Adota o formato de circunscrição distrital, reduzindo a base eleitoral para áreas menores, que escolherão de quatro a sete parlamentares para a Câmara dos Deputados. O sistema de voto uninominal é mantido.

– Estabelece cláusula de barreira, a ser válida de forma progressiva, pela qual apenas agremiações com um mínimo de 5% dos votos válidos poderão ter funcionamento parlamentar, acesso ao fundo partidário e direito a horários gratuitos no rádio e na televisão.

– Mantém as coligações proporcionais e a possibilidade de descasamento das alianças nas diversas jurisdições eleitorais, além de reduzir o prazo de filiação partidária obrigatória para seis meses.

Vamos ao resumo da ópera.

O projeto costurado pelo PMDB preserva os pilares do modelo eleitoral herdado da ditadura.

Ao consolidar o financiamento empresarial, salvaguarda a influência do capital sobre a representação política. Além de contaminar o processo democrático, conserva uma das principais causas de corrupção no Estado brasileiro.

A continuidade do voto uninominal intensifica a desidratação das agremiações como expressão de projetos nacionais. Chancela-se a reconfiguração partidária em agências gelatinosas para a alavancagem de indivíduos ou grupos ávidos por espaço institucional.

A introdução do voto distrital, se supostamente barateia campanhas, por outro lado reduz ainda mais a densidade programática das disputas. Financiados por máquinas eleitorais irrigadas de recursos privados, candidatos poderão aprofundar laços clientelistas e almejar um posto legislativo federal pela lógica que orienta competições para vereador.

Aprovada a PEC 352, os partidos serão induzidos a reforçar seu caráter de legendas com pouca identidade, conformadas por interesses corporativos e fisiológicos. A clausula de barreira, nessas condições, serve apenas para impulsionar a monopolização dos partidos-empresa ou obstruir atividades de partidos ideológicos minoritários.

Ao contrário de inventar novos mecanismos para a participação popular – como a criação de referendos revogatórios ou consultas populares impositivas -, a PEC dobra o intervalo para a manifestação das urnas.

O comparecimento facultativo somente piora a situação: estimula a ampliação de ofertas materiais ou de ameaças para atrair votantes, expandindo em nosso território o pior das práticas eleitorais, além de reduzir a base de legitimação do poder público.

Não há como esconder, no núcleo fundamental da proposta, o desejo de despolitizar o país.

São medidas, entre outras, para alargar a influência de correntes centristas, a mais importante delas o PMDB. O ambiente de baixa intensidade programática, afinal, é imprescindível para a existência de blocos que perseguem nacos do eleitorado à sombra da polarização entre os campos conservador e de esquerda.

Esta apresenta-se como opção dominante, ainda que muitas lideranças peemedebistas e dos demais partidos que ocupam espaço ao centro rezem por outra cartilha, eventualmente alinhando-se às forças progressistas ou abrindo-se ao diálogo nessa direção.

O fato é que está emergindo, com ímpeto crescente, uma aliança entre os partidos da direita e o centro oligárquico, mudando o cenário parlamentar dos últimos anos.

A farsa encarnada pela PEC 352 é passo estratégico para esta coalizão antipopular.

Se for aprovada, irá a referendo. Vitoriosa, terá barrado o esforço pela democratização do Estado, principal batalha para que as demais reformas possam ser aceleradas e aprofundadas.

Breno Altman, é jornalista, diretor editorial do site Opera Mundi.

Com broche de Dilma, Sarney votou em Aécio

É muita cara de pau. mesmo com 84 anos de malandragem!

Amapá 247 - Imagens produzidas pela TV Amapá, retransmissora da Rede Globo no Estado, revelam que o senador José Sarney, mesmo usando broche da presidente Dilma Rousseff (PT), na hora de digitar o voto optou pelo candidato Aécio Neves (PSDB) no último domingo 26.

Sarney vota no Amapá desde que transferiu o domicílio eleitoral do Maranhão para o Estado, onde se elegeu senador logo após deixar a presidência da República. Recentemente, às vésperas do prazo para o registro de candidatura, o senador anunciou que estava desistindo de disputar novamente o pleito.

Provavelmente pesou na decisão de Sarney a forte oposição do PT do Amapá e a falta de apoio da direção nacional do partido da presidente Dilma. O senador esperava obter apoio da direção nacional para impedir que o PT local lançasse a atual vice-governadora Dora Nascimento (PT) como candidata ao Senado.

O peemedebista foi um dos mais fortes aliados dos petistas durante o governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e manteve a aliança durante o governo Dilma indicando inclusive ministros, como Edison Lobão, das Minas e Energia. Mesmo usando broche da atual presidente, Sarney votou contra ela.

COMENTÁRIOS

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

Celia 1.11.2014 às 19:33 - Ufa! Parece que é sua última vez! VADE RETRO SARNADEPAU!

Bruno Kraemer 1.11.2014 às 18:40 - A matéria mostra claramente que esse Senhor tem no mínimo um desvio de caráter.

Alvimar N Santos 1.11.2014 às 15:40 - O sarnei é uma resenha, nunca fez nada pelo o nosso país, e na questão do voto dele sendo pra o Aécio isso não significa nada, por que na realidade ele já esta gagá, caducando, é isso que eu penso.

Renato 1.11.2014 às 12:27 - dois comentários: o primeiro é que é um absurdo filmarem o voto de alguém, o voto é secreto! o segundo vai diretamente para o PT: foi com esse e outros trates que o PT fez alianças para conseguir ganhar eleições.

Edna Freitas 31.10.2014 às 22:19 - Não resisti em deixar de responder a Wilfrido, digo sim que tem valor ético, moral, tem o valor da honestidade que se espera dos homens de bem, que respeitam a palavra emprenhada, tem o valor que que só os falsos desconhecem!!! Tem o valor que um político de 84 anos de idade não aprendeu e nem aprenderá.

Coelho 31.10.2014 às 13:57 - Cara de pau...
Fonte: Amapá 247

sábado, 1 de novembro de 2014

Fora Dilma’ é a banalização da retórica golpista

Josias de Souza, 01/11/2014

Seis dias depois da abertura das urnas do segundo turno, pipocaram manifestações em pelo menos três capitais. A maior delas, em São Paulo, reuniu cerca de 2.500 pessoas. Pediram o impeachment de Dilma Rousseff. Alguns chegaram a defender a volta dos militares. PT e PSDB ainda não se deram conta. Mas patrocinaram em 2014 um processo de deseducação política que fez alguns brasileiros recuarem à fase pré-1964.

Se a última campanha presidencial evidenciou alguma coisa foi que PT e PSDB consideram-se um ao outro desprovidos de senso moral. Discutiram mais a textura da lama de cada um do que planos para o país. A brigalhada entre os partidos ateou fogo às redes sociais. Atiçados por robôs e militantes remunerados, grupelhos anônimos destilaram na web uma histeria que saltou da tela do computador para se converter na principal marca da campanha.

A ameaça de perder o poder e suas benesses fez com que o PT levasse às fronteiras do paroxismo a tática do ‘nós contra eles’. Rendido à marquetagem de João Santana, o partido fez da política um mero ramo da publicidade. O verbo da eleição foi desconstruir. Conjugando-o, Dilma prevaleceu sem se precupar com a autoconstrução. Derrotado por um placar apertado, o PSDB levou ao tapetão do TSE um pedido de auditoria das urnas sem pé nem cabeça.

Eleita, Dilma vive a antecipação de 2015. Começa a colocar em prática a agenda econômica de Armínio Fraga, o ex-futuro-ministro da Fazenda de Aécio Neves. Para tentar deter uma inflação que a candidata dizia estar sob controle, o Banco Central elevou os juros. Para tapar o rombo nas contas públicas que o marketing disfarçava, a Fazenda prepara um ajuste fiscal de gelar os ossos.

Eliminou-se o último exemplo que pais e mães poderiam dar aos filhos. Que dizer na hora das refeições de agora em diante? Não minta, meu filho. Olha que você acaba morando no Palácio da Alvorada! E pensar que ainda nem vieram à luz os depoimentos dos delatores premiados da Petrobras.

Quanto ao PSDB, sempre foi um oposicionista capaz de tudo, menos de se opor. De repente, questiona na Justiça Eleitoral o resultado da eleição sem apresentar uma mísera prova de fraude. De uma legenda de oposição, espera-se que embarace o governo na base da fiscalização e cobrança, não na mão grande.

O que o PSDB insinuou com sua petição ao TSE foi o mero desejo de puxar o tapete da presidente. Mal comparando o tucanato faz agora o que o petismo fazia, por meio da CUT, em 2001. Naquele ano, a máquina sindical do PT desfilava a faixa ‘Fora FHC’ em manifestações pelo país.

O ‘Fora Dilma’ é a banalização dessa mesma retórica golpista. Pode interessar a muita gente, menos aos dois partidos que se servem da normalidade institucional para monopolizar as disputas presidenciais há duas décadas. Por sorte, a democracia brasileira é mais sólida do que o miolo mole de petistas e tucanos. Em tempos de Comissão da Verdade, o atalho dos quarteis caiu em desuso.

Ainda assim, o flerte com a ruptura institucional é um abuso desnecessário. Melhor aposentar essa retórica de fim do mundo que ganha as ruas. A moderna política brasileira já viveu um Apocalipse. Deu-se na época de Fernando Collor. Ficou demonstrado que a saída passa pelas vias institucionais, não pelo golpe. O asfalto é sagrado. Merece mais respeito.