Senador assume vaga deixada por Beto Albuquerque, agora vice na chapa da ambientalista
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) anunciou nesta segunda-feira (25/8) que concorrerá ao quinto mandato no Senado Federal. No lançamento da candidatura, o gaúcho criticou as negociatas que regem a política brasileira, e revelou “a grande razão” de ter aceitado a candidatura: apoiar a campanha de Marina Silva à Presidência da República. Em um segundo plano, a ideia também é fazer campanha por José Sartori, candidato da coligação entre PMDB, PSB e outros seis partidos ao governo estadual.
Simon concorre na vaga originalmente destinada ao deputado federal Beto Albuquerque (PSB), agora candidato à Vice-Presidência da República na chapa encabeçada por Marina Silva. A ex-ministra do Meio Ambiente foi alçada à cabeça da chapa após o trágico acidente que vitimou o candidato peessebista ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos, e mais seis pessoas do staff da campanha, em 13 de agosto.
O senador havia recebido recomendações médicas de não encarar mais uma campanha, cujo ritmo intenso pode colocar em risco a saúde do parlamentar, de 84 anos. Mas aceitou concorrer ante a pressão do PMDB do Rio Grande do Sul. "Eu poderia entrar na Justiça com o argumento que vocês me pressionaram psicologicamente", brincou Simon, para emendar: ”No fundo, aqui é o meu lugar. A caminhada vem de tão longe... termino aceitando com muita alegria essa responsabilidade”.
Guerreira
“Só tem uma maneira: Marina, a nossa candidata guerreira”, anunciou Simon, como a única alternativa para impor ética e moralidade à relação entre o Poder Executivo e o Legislativo. Em mais de um momento durante a coletiva, Simon falou da necessidade da pressão das ruas para que o poder público tome medidas necessárias, como teria ocorrido no julgamento dos envolvidos no escândalo do Mensalão e na aprovação da Lei da Ficha Limpa.
Na visão de Simon, a postura séria e íntegra de Marina, a "responsabilidade e credibilidade" da ex-senadora, aliadas à tentativa de “governar com o povo brasileiro e debater as ideias com os melhores, os mais competentes”, serão os ingredientes necessários para garantir a governabildiade de uma eventual gestão no Planalto. ”Só fazendo isso ela vai ter condições de se impor” ao Congresso, analisou. “O que o Papa Francisco pode fazer na Igreja, essa mulher pode fazer pelo Brasil”, anunciou, dizendo repetir discurso ouvido de um interlocutor próximo.
Fonte: Correio Braziliense, 26/08/2014