terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Padre defende fim da garimpagem no leito do rio Tapajós

Padre Edilberto Sena, em entrevista exclusiva, pede fim da exploração de ouro no leito do Tapajós
  Padre Edilberto Sena

Quarenta e cinco anos depois do início da extração de ouro na área conhecida como Província Aurífera do Tapajós, por garimpeiros que vieram das mais diferentes regiões do Brasil, profissionais ligados ao meio ambiente defendem o fim do trabalho de exploração do referido metal precioso, na cabeceira do rio Tapajós. Para o coordenador da Frente em Defesa da Amazônia (FDA), padre Edilberto Sena, a poluição do rio Tapajós se tornou um grave problema de saúde para os povos que habitam a região, principalmente com a modernização das dragas. Ele explica que as dragas escavam o fundo do rio e jogam lama em seu leito, assim como produtos químicos, os quais poluem as águas em grande intensidade. Veja a entrevista:

Jornal O impacto: A modernização das dragas que exploram ouro nos municípios de Jacareacanga e Itaituba pode acelerar o processo de contaminação do rio Tapajós?

Padre Edilberto: Eu vejo como a maior preocupação ainda é o alheamento da sociedade de Santarém e da região. Os problemas estão chegando e acontecendo e a população não está nem aí com a coisa. Agora, falando especificamente da poluição do rio Tapajós, desde 1970 ou até antes é que já vem acontecendo a degradação do manancial, pelos garimpos. No período do fim da década de 1980 para 1990, o Grupo em Defesa da Amazônia (FDA) fez uma denúncia séria no Tribunal Internacional das Águas, na Holanda, todo documentado e com toda a pesquisa feita pelo Doutor Branches. O FDA levou essa denúncia contra o Estado do Pará e contra o Governo Federal, por permitir a destruição do rio Tapajós. Houve uma condenação moral, mas o processo continuou e o Estado do Pará não ligou, assim como o Governo Brasileiro também não. Quando foi agora recentemente aumentou a poluição.

Jornal O Impacto: Quais são as causas do aumento da contaminação das águas do rio Tapajós?

Padre Edilberto: Agora não são apenas equipamentos antigos de extrair ouro, mas dragas ultramodernas, que estão escavacando o fundo do rio. Para extrair o ouro, as dragas jogam a lama em seu leito, sendo a maior falta de escrúpulos dos donos dos garimpos. Isso está poluindo o rio Tapajós gravemente. Essa é a denúncia que o Manuel Dutra e a FDA tem feito sobre o assunto, para exigir do Governo que faça um estudo na região, para ver qual é o grau do prejuízo para a saúde dos povos que habitam as margens do rio Tapajós.

Jornal O Impacto: Além das dragas, tem outro problema que agrava ainda mais o processo de contaminação do rio Tapajós?

Padre Edilberto: Eu acrescento mais um detalhe: Eu vejo ainda como mais grave do que a poluição dos garimpos no Tapajós, é o que está sendo programado pelo Governo Federal, para fazer 07 usinas hidrelétricas na Bacia do Rio. É possível imaginar o grau de destruição do rio e os problemas que serão ocasionados para a população da região, com a construção dessas barragens. Só a barragem da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, que é a primeira, vai atingir uma área de 730 quilômetros, na região. Eu acredito que as barragens vão até afugentar as dragas do leito do Rio, mas não significa que vão acabar os garimpos, porque os exploradores vão entrar nos rios laterais que abrangem o Tapajós.

Jornal O impacto: Por causa da construção das sete usinas hidrelétricas a contaminação do rio Tapajós pode aumentar?

Padre Edilberto: A poluição do rio Tapajós vai aumentar tanto pela garimpagem quanto pela construção das hidrelétricas. O assunto é grave e me preocupa, porque a população santarena e de toda a calha do rio Tapajós, em geral, está alheia. Exceto os índios Mundurukú, que estão resistindo. Também o pequeno grupo do Movimento Tapajós Vivo está lutando para resistir a essa desgraça que o Governo Brasileiro quer fazer em nossa região.

Fonte: RG 15/O Impacto

UFOPA divulga edital do Processo Seletivo 2014

Reitora Raimunda Monteiro anunciou publicação do Edital no Diário Oficial da União de sexta-feira, dia 24
   Reitora Raimunda Monteiro

Depois de uma série de reuniões com a comunidade acadêmica, o Conselho Universitário da UFOPA aprovou na tarde da última quarta-feira, 22, o edital do Processo Seletivo Regular 2014. O edital foi publicado no Diário Oficial da União na sexta-feira, dia 24, e traz uma novidade: este ano, o candidato poderá escolher um dos 17 cursos logo no ato da inscrição, que é gratuita e poderá ser feita na página da UFOPA na Internet entre os dias 1º e 23 de fevereiro.

A nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) permanece como o único modo de acesso à UFOPA, sendo computada a maior média entre o Enem 2012 e Enem 2013. Ao todo, serão ofertadas 885 vagas, sendo 443 o sistema de ingresso por cotas sociais. Todas as vagas serão distribuídas nos cursos de bacharelados interdisciplinares e profissionais, e também nos cursos de licenciaturas integradas da instituição.

Com o fim da entrada generalizada, um anseio dos alunos da UFOPA, está eliminado o processo interno que ocorria nos anos anteriores. No entanto, o foco na interdisciplinaridade está mantido, com a Formação Interdisciplinar 1 (F1), ocorrida no semestre inicial, e ofertada no Centro de Formação Interdisciplinar (CFI), comum e obrigatória a todos os candidatos aprovados no processo de seleção.

“Antes, nós tínhamos o ingresso generalizado, no qual o aluno passava por uma seleção interna para chegar ao curso desejado. O que estamos alterado é que o aluno, por meio da sua pontuação no ENEM, já irá escolher os cursos que deseja por meio dos institutos que já oferecem acesso direto ao curso, que são dois: o ICS e o ICED. Nos outros institutos de engenharia, mesmo oferecendo bacharelados interdisciplinares no percurso de formação, os alunos já saberão quais os bacharelados profissionais que irão cursar”, explicou a reitora Raimunda Monteiro durante o lançamento do edital em coletiva à imprensa.

Calendário – O candidato ao PSR 2014 da UFOPA deve ficar alerta às datas abaixo:

Dia 24/1/2013 – Publicação do edital no Diário Oficial da União.

Dia 1º/2/2014 – Abertura das inscrições.

Dia 23/2/2014 – Encerramento das inscrições.

Dia 7/3/2014 – Divulgação dos resultados e primeira convocação para habilitação.

Dia 10/3/2014 – Recurso da divulgação do resultado e convocação para habilitação.

Confira o edital na íntegra aqui.

Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/UFOPA

Medo de desgaste faz Planalto manter distância de protestos


Para não atrair o desgaste para o colo do governo federal, o Palácio do Planalto adotou a estratégia de se manter distante do caso envolvendo a manifestação violenta ocorrida em São Paulo no sábado.

Nos bastidores, porém, interlocutores da presidente Dilma Rousseff afirmaram que o Executivo passou a utilizar uma outra tática para inibir vandalismos: a policial.

Segundo a Folha apurou, há ações preventivas e repressivas. No primeiro caso, a Secretaria de Grandes Eventos dará, possivelmente a partir de março, cursos presenciais a comandantes da Polícia Militar que atuarão no "front" nas 12 cidades-sede da Copa.

Na ação repressiva, a polícia já ampliou investigações contra líderes de ações violentas e aumentou buscas e apreensões, seguidas de indiciamentos. Nos cálculos internos, é preciso haver ações pontuais, até isoladas, para desmobilizar esses grupos.

Ontem, auxiliares presidenciais ouvidos pela Folha evitaram questionar a repressão policial em São Paulo.
 
Jovens refugiados no Hotel Lindsor, na Rua Augusta, são detidos em São Paulo

NOVO PERFIL

O protesto contra a Copa terminou em depredação e tumulto pelas ruas do centro, reeditando as cenas de violência dos atos de junho.

Para o governo, mudou a forma de responder aos protestos porque mudou o próprio perfil das manifestações.

Aos olhos do Planalto, os atos de rua são menores, e as ações de violência ficam restritas a um pequeno grupo.

Apesar de os atos terem ocorrido em 13 capitais no fim de semana, assessores do Executivo ainda não veem sinais de massificação.

Em junho, Dilma precisou tomar a dianteira da crise e reagir politicamente prometendo cinco pactos para, entre outros objetivos, melhorar áreas do serviço público.

Agora, entretanto, a ordem é não puxar o desgaste com menores (embora desgastantes) protestos para o colo federal enquanto não houver indícios de massificação.

Embora não tenha convocado reunião extraordinária para tratar de São Paulo, é possível que Dilma reúna a equipe para receber atualizações sobre os protestos. 
Fonte: Folha de S Paulo, 28/01/14

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Saiu o gabarito do concurso da Prefeitura de Itaituba


A prefeitura de Itaituba informa, que já está disponível o gabarito com resultado preliminar do concurso publico regido pelo Edital N.º 001/2013. Os candidatos podem conferir a lista com os resultados no site da FADESP organizadora do concurso.
 
O concurso de Itaituba teve 10.570 inscritos. O cargo de Almoxarife - Zona Urbana – Administração foi o mais concorrido, com 178 candidatos para a única vaga ofertada. As prova foram realizadas no último domingo 26.
 
Mais de acordo com Paulo Freire, coordenador de concurso da Fadesp, mais de cinco mil pessoas fizeram a prova, sendo que os faltosos  representaram 50%, o que estaria dentro das expectativas da fundação.

Falta de sorte!


Minha Casa Minha Vida já entregou 1,5 milhão de moradias; outras 1,7 milhão foram contratadas


A presidenta Dilma Rousseff falou, nesta segunda-feira (27), no Café com a Presidenta, sobre o Minha Casa Minha Vida, programa habitacional que “já ajudou mais de 1,5 milhão de famílias brasileiras a realizar o sonho de mudar para uma casa própria”. Ainda foi contratada a construção de mais 1,7 milhão de moradias.

“Só no meu governo, nós contratamos até agora a construção de 2,240 milhões de casas, muitas delas até já foram entregues. Mas não paramos por aí, não. Até o final de 2014 nós vamos contratar mais 510 mil casas e cumprir a nossa meta de 2,750 milhões de casas contratadas até 2014”, destacou a presidenta.

Dilma lembrou que o Minha Casa Minha Vida financia casas e apartamentos para famílias com renda de até R$ 5 mil por mês. As condições do financiamento variam de acordo com a renda da família, para poder ajudar quem tem mais dificuldade de comprar a sua casa própria, como quem tem a renda familiar de até R$ 1.600 por mês, que vai pagar uma prestação de 5% da renda.

“O governo paga até 96% do valor do imóvel. (…) O prazo para pagar a casa nessa faixa de renda é de dez anos. (…) O principal disso tudo é que, por trás desses números, estão milhões de pessoas, milhões de famílias que nunca conseguiram comprar a casa própria. Agora, elas estão tendo a oportunidade de fazer um financiamento com uma prestação que cabe no bolso”, destacou.


Fonte: Blog do Planalto, 27/01/14

Corrupto deve ficar no esquecimento

"Eu tenho algo a dizer: eu acho que a imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção. Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena". Min. do STF, Joaquim Barbosa, sobre espaço dado pela imprensa ao dep. João Paulo Cunha, condenado no Mensalão.

domingo, 26 de janeiro de 2014

PSB e Rede ainda não afinaram aliança em metade dos Estados


Três meses e meio após o anúncio da aliança nacional, os grupos políticos do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e da ex-senadora Marina Silva (Rede) ainda não acertaram um caminho conjunto em cerca de metade dos Estados do país.

Em alguns deles, como Minas Gerais e Paraná, são grandes as chances de PSB e Rede trilharem caminhos distintos no pleito de outubro.

No primeiro, os aliados de Campos negociam uma chapa conjunta com o PSDB, já que o principal nome do PSB no Estado, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, é aliado de Aécio Neves, provável candidato tucano à Presidência da República.

A Rede local rejeita essa aproximação e chegou a divulgar nota defendendo ruptura com os tucanos, mas pressão do PSB nacional levou aliados de Marina a desautorizar os correligionários mineiros em segunda nota.

No Paraná, o partido de Campos tende a apoiar a reeleição do também tucano Beto Richa. A Rede negocia com o PV candidatura alternativa.

Outro local delicado é São Paulo, onde a pressão da ex-senadora deve levar o PSB a desistir do até então provável apoio à campanha à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB).

PALANQUE PRÓPRIO

Um dos principais focos de desgaste é a determinação de Marina de pressionar por candidaturas próprias, como no Rio Grande do Sul, onde seus aliados defendem o nome de Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara. Só que o próprio deputado defende que o partido apoie a candidatura da senadora Ana Amélia (PP).

Apesar das trombadas, dirigentes dos dois grupos afirmam em público que os entendimentos caminham de forma tranquila.

"Acho absolutamente normal, em uma coligação nacional de dois ou mais partidos e em um país de dimensão continental e com 27 unidades, que haja dificuldades aqui e ali, mas nada que afete o essencial da coligação, que é a relação nacional", disse o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira.

O coordenador-executivo da Rede, Bazileu Margarido, ressalta que desde o início tanto Campos como Marina deixaram claro que, em um primeiro momento, a prioridade seria discutir os termos programáticos da aliança.

"O PSB vinha já com uma candidatura posta [a de Campos à Presidência] e em um grau avançado de discussão nos Estados. Obviamente que a coligação com Marina colocou novos desafios. E reconhecemos que o PSB está fazendo um esforço enorme de reposicionamento."

No lote de Estados em que Rede e PSB já acertaram um rumo consensual, destacam-se a Bahia (candidatura da senadora Lídice da Mata, com a ex-corregedora Nacional de Justiça Eliana Calmon para o Senado), Pernambuco (nome que Campos definir), Paraíba e Espírito Santo –nesses dois últimos os governadores do PSB tentarão a reeleição.

Pros quer usar ministério de Dilma para ganhar visibilidade nas eleições

Criado no ano passado sob a liderança de um até então desconhecido ex-vereador do interior de Goiás, o 31º partido político do país se prepara para ingressar no ministério de Dilma Rousseff com objetivos bem claros em mente.

Quem os lista é Eurípedes Júnior, 38, o ex-vereador que preside o Pros (Partido Republicano da Ordem Social).

Ele defende o nome do ex-ministro Ciro Gomes para a Integração Nacional com a missão inicial de tirar o partido do anonimato.

"A princípio ele não está querendo porque a vinda para o Pros não foi por cargos. Mas nós do partido estamos insistindo com ele porque entendemos que um ex-candidato a presidente da República, ex-ministro, daria uma visibilidade melhor para o partido."

O problema é que Ciro já negou a sondagem -publicamente e em conversa com a própria Dilma.

Mas Eurípedes diz que insistirá. "Ele estaria nos ajudando com essa visibilidade na questão das candidaturas a deputado federal e a governadores." O Partido pretende lançar cinco candidatos aos governos estaduais (TO, AM, RJ, PB e CE).

A "visibilidade" que agora busca para seu partido Eurípedes sentiu na pele em setembro quando de uma hora pra outra se tornou uma "celebridade" do mundo político ao, em uma só tacada, dar guarida a 18 deputados federais e um governador de Estado, Cid Gomes (CE).

Aliados de Dilma Rousseff (PT), os irmãos Gomes abandonaram o PSB no ano passado após o partido decidir lançar Eduardo Campos à Presidência.

A assessoria de Ciro diz que ele está "100% focado no governo do Ceará" e que não tem interesse em assumir uma vaga na Esplanada.

Com a resistência, a expectativa é que a Integração permaneça sob o cuidado de Francisco Teixeira, técnico indicado por Cid.

Isso desagrada duplamente integrantes do Pros: além de não conseguirem um ministro de "renome", eles reclamam nos bastidores de que, com 18 deputados na Câmara, mereciam pelo menos uma Secretaria dos Portos.

Mas em reunião na terça-feira como Ideli Salvatti (Relações Institucionais) a ministra jogou água fria nessa busca por mais visibilidade. Disse que, por ora, a pasta está reservada para o PMDB. 
 
Fonte: Folha de S Paulo, 26/01/14

sábado, 25 de janeiro de 2014

Barbosa diz que "está se divertindo" com as especulações eleitorais. "Não sou candidato. Não estou preocupado com isso".

Ele disse que se diverte com as especulações sobre uma eventual candidatura
 
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou ontem, em Paris, que pretenda deixar a Corte para disputar uma vaga à cadeira presidencial ou ao Senado nas eleições de outubro. Ele disse que se diverte com as especulações sobre uma eventual candidatura. Durante viagem à capital francesa, o ministro contou que tem sido questionado por autoridades locais, como a ministra da Justiça, Christiane Taubira, acerca das pretensões eleitorais.

“Ela (Taubira) tem informação sobre pesquisas que saíram no Brasil indicando que eu tenho tal percentual. Outros também perguntaram”, comentou. Barbosa disse ter respondido que não pretende disputar as eleições. “Não sou candidato. Não estou preocupado com isso. Aliás, estou me divertindo com isso”, afirmou, após uma conferência no Conselho Constitucional da França.

Durante a palestra, Barbosa afirmou que o STF “se transformou em um dos principais atores do sistema político brasileiro”. Disse, porém, que a Corte se tornou “vítima do próprio sucesso” e criticou o trabalho da imprensa. “Eu diria que a imprensa ainda não reporta a essência das decisões. Ela fica no anedótico, nas alfinetadas, em algumas frases”, disse Barbosa.

Fonte: Correio Braziliense, 25/01/14