Novo ministro falou em retomar "uma visão sistêmica da educação" e estabelecer "um grande pacto federativo pela educação"
Brasil 247, 02/01/2023, 11:14 h Atualizado em 02/01/2023, 18:29
O novo ministro da Educação, Camilo Santana, assumiu o cargo hoje (2), na sede da pasta, em Brasília (Foto: © Luis Fortes/MEC)
Ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT) tomou posse nesta segunda-feira (2) como ministro da Educação e criticou duramente a gestão da pasta durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
"Vivemos tempos muito sombrios, onde o Brasil foi negligenciado nas suas mais importantes áreas. E a educação sem dúvida foi uma das mais atingidas. O que é mais valioso para qualquer nação se desenvolver, que é valorizar a educação do seu povo, foi tratado como subproduto, trazendo prejuízos imensuráveis para milhões de crianças e jovens desse país", disse.
Ele ainda destacou a má administração do MEC durante a pandemia de Covid-19 e destacou o alto número de crianças e jovens com o aprendizado atrasado. "O mais grave foi isso ter ocorrido justamente em um dos momentos mais difíceis da história, durante a pandemia da Covid-19. Quando mais a educação precisou de apoio do governo federal, mais foi desprezada, esquecida".
Santana afirmou que, para recuperar o tempo perdido pelos estudantes, é necessário retomar "uma visão sistêmica da educação, que vai da creche a pós-graduação". Ele afirmou, em seguida, que trabalhará junto de governadores e prefeitos para melhorar a qualidade do ensino, estabelecendo um "regime de colaboração em um grande pacto federativo pela educação".
Camilo destacou que a “prioridade absoluta” da gestão é garantir a alfabetização de todas as crianças. Segundo o ministro, 650 mil crianças de até 5 anos abandonaram a escola nos últimos três anos e, ainda segundo ele, aumentou em 66% o número de alunos de 6 e 7 anos que não aprenderam a ler e escrever.
"Ou seja, a maioria (dos alunos) é analfabeta dentro da escola, o que provoca graves consequências na vida dessas crianças. Destaco esses dados, que considero alarmantes, para ressaltar a prioridade absoluta (da alfabetização) em nosso país para garantir que todas as nossas crianças possam aprender a ler e escrever na idade certa e, assim, assegurar as condições necessárias para que elas possam aprender os conteúdos de cada ano na trajetória escolar delas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário