segunda-feira, 17 de julho de 2017

Chico adere a campanha pela anulação do golpe


Ação popular em favor da anulação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff avança com a assinatura de trabalhadores, estudantes, artistas, intelectuais e ganha força com a adesão de nomes de peso dentro e fora do cenário político, como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), do senador Lindbergh Farias (RJ) e do ex-presidente Lula, além de artistas como Chico Buarque, Dira Paes e Marieta Severo.

Lançada no dia nacional de paralisação convocado pelas centrais sindicais e pelos movimentos sociais, no último dia 30, a ação popular pretende reunir 1,3 milhão de assinaturas para pressionar o Supremo Tribunal Federal a anular o impeachment, que colocou no poder um governo assolado por denúncias de corrupção, alem de ter quebrado a economia e deixado mais de 14 milhões de desempregados.

Constatação: Justiça com dois pesos e duas medidas

O mesmo juiz que condenou Lula, absolveu Cláudia Cruz e Adriana Ancelmo contra quem havia várias provas materiais, como contas bancárias abastecidas com propina no exterior, bens e serviços como jóias, carros, mansões, viagens e tudo mais pagos com dinheiro público desviado... 

A justiça brasileira também arquiva processos conta Aécio Neves e devolve seu cargo público; Libera Perrela que teve seu helicoca devolvido depois de um flagra da policia, encontrando quilos de cocaína.... etc. etc. etc. 

Além disso, a condenação saiu um dia depois da aprovação da reforma trabalhista? Coincidência??? Há algo de podre na justiça do Brasil!

domingo, 16 de julho de 2017

Constatação

Quando Temer diz ‘caríssimos’ deputados, é isso mesmo que quer dizer (porque eles estão caros demais). Requião

Os senadores, por estado, que votaram contra os trabalhadores

Dalmo Dallari: condenação de Lula não tem fundamento legal


"A condenação de Lula pelo Juiz Sérgio Moro em processo criminal, sem que na sentença tenha sido apontada a prática de qualquer crime, é manifestamente ilegal, não devendo prevalecer. Além disso, a condenação sem fundamento legal deixa também evidente a motivação política da decisão, o que configura um comportamento inconstitucional do Juiz Sérgio Moro, sujeitando-o a uma punição pelos órgãos superiores da Magistratura", afirma Dalmo Dallari, professor de Direito da USP.

Compra da sobrevida de Temer custou R$ 15 bi


A permanência de Michel Temer no poder custa cada vez mais caro ao Brasil; levantamento do jornal O Globo, que liderou o golpe contra a presidente legítima Dilma Rousseff, demonstra que a vitória de Temer na Comissão de Constituição e Justiça custou nada menos que R$ 15 bilhões – dos quais, R$ 1,9 bilhão em emendas parlamentares e R$ 13.4 bilhões em recursos liberados para aliados para aliados políticos.

Dilma caiu acusada de "pedaladas fiscais", mas manteve superávits em todos os anos do primeiro mandato e teria apenas um déficit em 2015, que poderia ter sido zerado com a volta da CPMF. Temer trabalha com metas de "ajuste fiscal" da ordem de R$ 179 bilhões – e mesmo assim pode ser incapaz de cumpri-las.

Onde falta razão, sobra ignorância

Eu não posso, em nome do meu ódio ao PT, eu entregar meus direitos trabalhistas;


Eu não posso, em nome do meu ódio ao PT, aceitar trabalhar até morrer;

Eu não posso, em nome do meu ódio ao PT, me calar diante da precarização da educação e da saúde;

Eu não posso, em nome do meu ódio ao PT, viver um presente de humilhações, um futuro de incertezas e um passado de idiotices;

Eu não posso, em nome do meu ódio ao PT, ser capataz e, portanto, capacho;

Eu não posso, em nome do meu ódio ao PT, permanecer inerte, mesmo que me tirem tudo;

Eu não posso, em nome do meu ódio ao PT, entender que antes era correto lutar contra a corrupção, e agora cruzar os braços, mesmo que todos paguem a conta;

Onde falta razão, sobra ignorância!

sábado, 15 de julho de 2017

Temer se defende da acusação de corrupção praticando-a

*Alex Solnik

Imagine a cena. Está rolando um julgamento. De repente, a defesa percebe que a maioria dos jurados vai votar contra a sua tese. O advogado se desespera? Se descabela? Pede ajuda os universitários? Não, troca simplesmente os jurados que iam votar contra por outros que ele convenceu, de algum modo, provavelmente corrompendo-os, a votar a favor.

Foi o que aconteceu na espúria reunião da CCJ que mais uma vez expôs as vísceras corruptas do governo.

Temer não tinha votos para derrubar o relatório de Sérgio Zveiter que acolheu a denúncia de Janot. Mandou, então, trocar os aliados que diziam abertamente que votariam contra ele por outros que concordaram em votar a favor.

Os argumentos que os convenceram ninguém sabe exatamente quais foram, embora se saiba que tudo o que esse governo faz é proibido, imoral ou engorda.

Ao menos um dos deputados trocados, o delegado Waldir, chamou o governo de corja de ladrões para baixo e disse que venderam o voto do seu partido.

Ninguém contestou.

Qualquer pessoa decente sentiria vergonha de ganhar desse modo, fazendo gol de mão. Temer, não: mandou dizer que foi uma vitória da democracia.

Eu não sabia que era esse o novo nome da ditadura de corruptos.

Temer se defende da acusação de corrupção fazendo o que seu grupo faz melhor: praticando-a.

*Jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

Alex Solnik/Brasil247, 14/07/17

Audálio Dantas diz: "O que estão fazendo com Lula não tem outra palavra senão sacanagem"


Jornalista que entrou para a história do Brasil ao ajudar a derrubar a ditadura militar de 64, Audálio Dantas diz que “o que estão fazendo com Lula desde o começo não tem outra palavra para classificar senão sacanagem”.

“Defendo o direito dele de se candidatar e não sofrer as safadezas que armam contra ele”, afirma.

Ele não entende como Temer ainda não caiu: “Eu nunca vi um presidente da República com tantas evidências, claríssimas evidências de comportamento ruim, não só do ponto de vista da corrupção. Isso está claro”.

Moro e a morte do direito

*Wadih Damous/Brasil247, 15 de Julho de 2017

Juiz Moro e Temer, sorridentes 

A decisão judicial que condenou o ex-presidente Lula pode ser analisada por três aspectos: o técnico-jurídico, o histórico e o psicanalítico. Os dois primeiros absolvem o acusado, o terceiro ajuda a explicar aquilo que, na lição do jurista italiano Franco Cordero, se denominou quadro mental paranoico do juiz.

Do ponto de vista do rigor técnico-jurídico é importante afirmar que a sentença afronta a exigência constitucional de que fundamentadas sejam todas as decisões judiciais, ainda mais quando está em jogo a vida e a liberdade alheias. Só é legítima e válida a decisão judicial que indicar, concretamente, as suas premissas lógicas e o caminho racional percorrido pelo magistrado para resolver a contradição entre acusação e defesa.

Resolver essa dialética implica, portanto, em trabalho rigoroso de análise da prova colhida durante o processo e se ela seria suficiente para comprovar o quanto alegado na denúncia.

Alguns dados ajudam a compreender a absoluta nulidade da sentença que condenou o ex-presidente Lula. Cerca de 60 páginas, 30% da sentença, são utilizadas pelo juiz para se defender de acusações de arbitrariedades por ele praticadas contra o acusado e nos processos em que atua. Só 8%, cerca de 16 páginas, são utilizados para rebater e se contrapor ao que o acusado afirmou em seu interrogatório, e apenas 0,4% é dedicado às testemunhas da defesa, menos de uma página de um total de 218.

A questão central do processo, a titularidade do imóvel que teria sido recebido em contrapartida aos atos que beneficiariam empresas, é tratada pelo juiz com absoluto desdém, a ponto de dizer que no processo "não se está, enfim, discutindo questões de direito civil, ou seja, a titularidade formal do imóvel, mas questão criminal".

Ora, para resolver o processo era fundamental que o Ministério Público provasse ter o ex-presidente recebido o referido imóvel em troca de favorecimentos a terceiros e, para o Código Civil, a única forma disso acontecer é com a transferência da sua titularidade.

Em resumo, a sentença pode ser caraterizada como uma expiação narcísica de atos autoritários do juiz, preenchida pelo profundo desprezo aos argumentos da defesa e pela miséria jurídica e intelectual. Lula estava condenado antes mesmo de ser julgado.

A ânsia em condenar a maior liderança popular do Brasil fez com que o juiz furasse uma fila de quatro processos de outros acusados que estavam prontos para sentença desde o ano passado. Tudo isso pela vaidade de tentar recuperar um protagonismo perdido, fruto do crescimento das críticas de setores sociais que antes o apoiavam.

O juiz que já havia favorecido Michel Temer ao criminosamente gravar a presidenta Dilma Rousseff e depois divulgar o conteúdo da gravação, novamente o faz, proferindo sentença absolutamente ilegal, em meio ao julgamento pela Câmara dos Deputados da admissibilidade de denúncia oferecida perante o STF.

É simbólico que a sentença contra Lula tenha sido proferida no dia seguinte à criminosa condenação dos direitos trabalhistas pelo governo ilegítimo que Moro ajudou a estabelecer e agora ajuda a se manter com suas estapafúrdias, ilegais e atabalhoadas decisões judiciais.

A esperança é que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região possa, de forma imparcial, reformar a sentença e corrigir essa injustiça manifesta contra o ex-presidente e sua família. No julgamento da história, no entanto, Lula já foi absolvido.

*Deputado federal pelo PT/RJ e ex-presidente da OAB/RJ

Os passos da denúncia contra Temer

Doria diz que mito Lula só acaba se ele perder nas urnas


Prefeito de São Paulo, que postula a candidatura do PSDB à presidência da República, voltou a se manifestar contra a estratégia de parte da direita brasileira, que tenta garantir o poder no tapetão, impedindo que o ex-presidente Lula seja candidato em 2018, por meio de manobras judiciais.

"O mito só termina na derrota eleitoral", disse Doria. "Vamos derrotar o Lula nas urnas e depois colocar o senhor Luiz Inácio na prisão".

Condenado sem provas na semana passada, Lula lidera todas as pesquisas e Doria não se manifesta sobre Michel Temer, tido como corrupto por 80% dos brasileiros, nem Aécio Neves, campeão de inquéritos na Lava Jato.

Lula apresenta primeiro recurso ao próprio Moro



No final desta sexta-feira 15, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolaram recurso dirigido ao próprio juiz Sérgio Moro, conhecidos como embargos de declaração, para esclarecer omissões e contradições presentes na sentença proferida no último dia 12, em que ele foi condenado a nove anos e meio de prisão.

Só após o julgamento desses embargos de declaração a defesa irá impugnar a sentença por meio de recurso de apelação, dirigido ao Tribunal Regional Federal da 4a. Região.

Com isso, enfraquece-se a estratégia da direita que tenta promover uma segunda condenação a jato de Lula, para que ele fique impedido de disputar as próximas eleições.

Fiasco de Temer consolida disputa presidencial entre Lula e Bolsonaro


A mais recente pesquisa eleitoral sobre 2018, realizada pelo Instituto DataPoder360, aponta um forte crescimento do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que se consolida na segunda posição, com 21% das intenções de voto, bem à frente de seus adversários tucanos.

Em todos os cenários, o segundo turno seria disputado entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera isolado, e Bolsonaro.

O mau desempenho do PSDB pode ser atribuído à aliança com Michel Temer, considerado corrupto por 80% dos eleitores – percentual aproximado dos que desejam mudança (81%).

A pesquisa também revela que 51% dos eleitores jamais votariam em um candidato tucano.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Quem deu a nova orientação ao Léo Pinheiro?

Juca ajudou o Moro a ajudar os clientes

Conversa Afiada, 14/07/2017
Juca se esbaldou no vatapá e depois cuspiu-o na Fel-lha (Crédito: VejaSP)

O funcionário da OAS Léo Pinheiro deu 999 testemunhos ao Imparcial de Curitiba - que merece ilimitados elogios do Mino Carta - , no âmbito da Operação Lava Jato.

Nos primeiros 998 testemunhos, Pinheiro disse que o Lula não era o dono do triplex.

Na 999ª ele disse que o Lula era o dono do triplex.

No pronunciamento em que virou o Imparcial de Curitiba pelo avesso e se lançou candidato em 2018, Lula disse que Pinheiro tinha recebido "nova orientação" para dizer que ele era o dono do triplex (que não é dele).

Ali, Lula chegou a desafiar o Imparcial de Curitiba.

- Ele me mandou pagar R$ 750 mil de indenização à Petrobras. Tá bom. Por que ele não me dá o apartamento que diz que é meu, eu vendo, e pago à Petrobras?

Mas, amigo navegante, quem mudou a "orientação" do Léo Pinheiro e mandou ele dedudurar o Lula?

E foi essa deduduragem a ÚNICA prova do Imparcial de Curitiba, além, é claro de uma "reportagem" da Globo Overseas.

(Engraçado que o Moro jamais pisou no triplex ao lado do "do Lula", onde se alojam a Mossack Fonseca e seus ilustres clientes, a família Marinho... Não vem ao caso!)

Quem pode ter endurecido o dedo do Léo Pinheiro?

Quem o "orientou"?

Roberto Telhada e Edward Carvalho eram os advogados criminalistas desde que Léo Pinheiro foi preso pela primeira vez, em novembro de 2014.

Porém, desde 20 de abril deste ano, José Luis Oliveira Lima, o famoso Juca, passou a defender Léo Pinheiro.

Oliveira Lima é o advogado também do Rocha Loures, desde 18/05.

O ansioso blogueiro conhece o Juca.

Por conta do mensalão - o do PT, porque o dos tucanos submergiu com o deslocamento do iceberg da Antártica -, José Dirceu manifestou o desejo de se encontrar com blogueiros sujos para descrever a estratégia que pretendia adotar.

O ansioso blogueiro recebeu blogueiros sujos para um jantar em casa.

Dirceu veio com seu advogado, o Juca.

O presidente eterno do Barão de Itararé, Miro Borges, desde ali considerou que Dirceu seria inevitavelmente condenado pelo tribunal de exceção conduzido pelo Presidente Joaquim Barbosa.

Miro só não foi capaz de antecipar o emprego da teoria do "domínio do fato", que prevaleceu também na condenação do Lula pelo Imparcial de Curitiba.

No dia seguinte, o ansioso blogueiro leu na Fel-lha texto da formidável repórter investigativa Cátia Seabra, que descreveu o jantar com um espanto que só se justificaria se o ansioso blogueiro tivesse recebido Osama bin Laden.

Dois dias depois, uma "notinha" de ilustre colonista da Ilustrada da Fel-lha, uma que, se presume, tem origem na província italiana da Puglia, descreve não apenas o jantar, mas o cardápio, de inigualável culinária baiana.

Esse Juca...

Em tempo: José Dirceu trocou de advogado. Hoje é o brilhante Roberto Podval, que, pelo jeito, detesta vatapá.

PHA

Presidente do BNDES diz não ter encontrado irregularidades da gestão petista

Questionado sobre o que encontrou no BNDES, ao assumir a presidência do banco há um mês e meio, o economista Paulo Rabello de Castro diz ter encontrado "muito talento" e desmistifica o que ele chama de "ranço" de "brasileiros que se dizem liberais" contra o que eles consideram ser "fomento demais, desenvolvimento demais".

Ele rebate afirmações de Marco Antonio Villa, da Jovem Pan, de que o negócio do banco com a JBS tenha dado prejuízo. "Você é um historiador, não pode ficar falando as coisas como está falando aí pelo microfone sem fazer uma investigação", disse.

Só provas podem sustentar ou não condenação de Lula, dizem ex-ministros


Na opinião de ex-ministros do STF, do STJ e da Justiça ouvidos pelo portal UOL, além de juristas e de um ex-procurador-geral da República, as provas (ou a inexistência delas) da sentença do juiz Sergio Moro serão fundamentais para a confirmação ou não da condenação do ex-presidente Lula em 2ª instância.

"Tudo aquilo que o delator disse tem que ser buscado. Ou entrega provas concretas, ou dá caminho para que se obtenham provas", afirma o ex-ministro do STJ Gilson Dipp.

Temer propõe corte de 27% de floresta no Pará e incentivo a ocupantes ilegais


Michel Temer enviou ao Congresso Nacional nesta quinta-feira 13 um projeto de lei que retira 27% da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, no sudoeste do Pará.

O objetivo é legalizar grileiros e posseiros dentro da área. O PL substitui a Medida Provisória 756, que foi vetada por ele no mês passado após críticas de ambientalistas, e que previa um corte ainda maior da floresta, de 37%.

Retaliação: Após parecer contra Temer, Zveiter perde cargo na Câmara


Em um gesto de retaliação imediata de Michel Temer, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), autor do relatório que pedia o prosseguimento da denúncia por corrupção passiva contra o peemedebista na Comissão de Constituição e Justiça, perdeu a vice-liderança do PMDB na Câmara e a coordenação do partido no colegiado.

O próximo passo deve ser sua substituição na comissão, considerada a mais importante da Casa.

Nesta semana, quando Temer saiu vitorioso na CCJ, com a derrota do relatório por 40 votos a 25, Zveiter o acusou de manobras espúrias para fabricar o resultado, o qual chamou de "vitória artificial".

Bomba: Cunha conta quem recebeu para votar pelo golpe contra Dilma

Contra a Democracia e contra o Brasil

247 - Um trecho da delação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem assustado seus ex-colegas na Câmara dos Deputados.

É o que revela os deputados federais que receberam dinheiro para votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff, em abril do ano passado, quando Cunha presidia a Câmara. A denúncia, que consta na proposta de delação, já teria sido aceita pelo Ministério Público Federal.

Segundo o jornalista Ricardo Noblat, do Globo, Cunha, que está preso desde outubro, "não se limitou a dar os nomes – a maioria deles do PMDB. Citou as fontes pagadoras e implicou o presidente Michel Temer. Reconheceu que ele mesmo em alguns casos atuou para que os pagamentos fossem feitos".

Noblat diz ainda que Cunha "contou o que viu e acompanhou de perto e o que ficou sabendo depois. Não poupou nem aqueles deputados considerados mais próximos dele", uma forma de retaliar os que o abandonaram numa hora difícil - ele teve seu mandato cassado por 450 votos.

O acordo de delação premiada de Cunha, que é feito simultaneamente ao do operador Lúcio Funaro, que também está preso, podem servir de base para uma nova denúncia contra Michel Temer, a ser apresentada pela Procuradoria Geral da República.

A denúncia de Cunha sobre o impeachment só comprova ainda mais que tudo não se passou de um golpe.

Temer comprou salvação na CCJ por R$ 134 milhões


Governo Michel Temer liberou R$ 134 milhões em emendas parlamentares de 38 dos 40 deputados que votaram a favor do peemedebista na Comissão de constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no mês de junho.

Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, o maior beneficiado foi o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que teve R$ 5,1 milhões.

O tucano foi o responsável por apresentar um segundo parecer, aprovado pela CCJ, que pedia rejeição da denúncia.

Depois dele, os parlamentares mais beneficiados foram Carlos Marun (PMDB-MS), membro da tropa de choque de Temer, e Beto Mansur (PRB-SP), com R$ 5 milhões cada.

A estrela de Lula é maior


"O presidente Lula foi condenado como já se esperava, sem provas, a partir de acusações ridículas. Foi condenado por um juiz que só existe como figura pública porque se colocou a caçar o presidente". 

"O juiz do Paraná lembra Michel Temer, por isso, é mais um dos 'sem brilho próprio' que sobrevive tentando apagar o alheio. Após deixar de ser unanimidade, o que restará a esse cidadão é agradar alguns admiradores. Talvez Michel Temer, absolvido, Aécio, solto…", diz a filósofa Márcia Tiburi.

"A estrela de Lula é maior. Não se apagará de modo algum da história do Brasil, nem do coração das classes humilhadas".

Após vencer na CCJ, Temer quer demitir "traidores" tucanos


Depois de vencer na CCJ, Michel Temer quer retribuir o apoio do Centrão e punir os infiéis do PSDB. Para isso, Temer vai redistribuir para o Centrão cargos que hoje estão nas mãos do PSDB.

A negociação tem sido em torno principalmente de dois ministérios hoje ocupados pelo PSDB: Cidades e a Secretaria de Governo.

Nesta semana, PP, PR, PSD e PR fecharam questão para votarem pelo não seguimento da denúncia contra Temer enquanto os tucanos, liberaram a bancada e têm ameaçado deixar o governo.

Lula começa pelo Nordeste a articulação para 2018


Ex-presidente viajará aos Estados da região em agosto; elaboração da agenda tem a contribuição de um nordestino, o ex-deputado Márcio Macêdo, vice-presidente nacional do PT; primeira articulação foi o encontro entre Lula e o governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB).

Ao governador, o ex-presidente pediu para que dispute o Senado e defendeu a união das forças progressistas em torno de um projeto capaz de tirar o Brasil da crise.

"Lula avalia que um governo progressista irá necessitar mais do que nunca de um Congresso Nacional que apoie as decisões que beneficiem o povo", diz Jackson.

Vice-presidente do PT diz que "ganhando a eleição, o ex-presidente vai construir a unidade nacional".

Sentença reforça semelhança de ‘triplex do Lula’ com ‘apartamento do JK’

Blog do Mário Magalhães, 13/07/2017 10:54


A leitura das 92.742 palavras da sentença assinada ontem pelo juiz federal Sérgio Fernando Moro permite supor que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha mesmo cometido os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelos quais foi condenado a nove anos e seis meses de reclusão.

A decisão permite igualmente supor que Lula seja inocente no processo, relativo ao triplex no Guarujá. O conjunto indiciário não parece oferecer provas acima de qualquer dúvida razoável de que o ex-presidente seja ou tenha sido o dono do imóvel cuja propriedade seria ocultada e dissimulada por ele. Não é evidente que tenha pedido, recebido ou aceito promessa de vantagem indevida em virtude da função pública que exerceu.

Os indícios e provas colhidos na investigação expõem a inequívoca promiscuidade entre Lula e o empreiteiro José Adelmário Pinheiro Filho, vulgo Léo Pinheiro, sócio da OAS. ''O Léo'', como Lula se referiu ao empresário, com intimidade, no interrogatório em Curitiba.

A relação promíscua é certa e provada, mas não o cometimento de crimes decorrentes ou na origem dela. Ao menos na ação sobre o triplex _há outras quatro em andamento, com Lula na condição de réu. É a impressão que fica ao percorrer os 581.882 caracteres da sentença (incluindo espaços).

Existem provas acima de qualquer dúvida razoável de que no governo Lula a corrupção vigorou na Petrobras, assim como nas administrações da sua sucessora, Dilma Rousseff, e do seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. E de que o Partido dos Trabalhadores manteve e eventualmente ampliou esquemas criminosos de financiamento de campanha e roubalheiras aparentadas (talvez nunca se saiba se a corrupção se ampliou ou se o que aumentou foi o controle sobre a rapina do patrimônio público). O PT igualou-se a PMDB, PSDB e companhia. Lambuzou-se, no eufemismo consagrado do petista Jacques Wagner.

Daí a provar cabalmente que o triplex do Condomínio Solaris é ou era de Lula, ou lhe foi prometido como propina, há distância.

A sentença judicial reforça a semelhança do caso do ''triplex do Lula'' com o do ''apartamento do JK''. Como contado aqui no blog no ano passado, o ex-presidente Juscelino Kubitschek foi investigado pela ditadura como alegado proprietário oculto de um apartamento na avenida Vieira Souto, debruçado sobre a praia de Ipanema. Ele morava lá. Sua mulher, Sarah, mudou o projeto do imóvel, provocou demissão de um mestre de obras. Mais tarde confirmou-se que o dono do apartamento era um empresário amigo de Juscelino.

Pode ser que eu esteja errado. Mas o caso do triplex do século 21 continua lembrando o episódio do apartamento dos anos 1960.

Abaixo, reproduzo o post de março de 2016 com pormenores sobre o ''apartamento do JK''.

Tudo é história.

*

Tratado como ladrão, JK foi acusado de ser dono de imóvel em nome de amigo

Depois de deixar a Presidência, Juscelino Kubitschek (1902-1976) foi morar num apartamento novinho em folha na avenida Vieira Souto, Ipanema, o metro quadrado mais caro do país.

A empreiteira que ergueu o prédio havia tocado na região Sul uma obra concedida pela administração JK (1956-1961).

O projeto arquitetônico do prédio foi desenhado por Oscar Niemeyer, que nada cobrou pelo serviço.

Mais de uma vez o ex-presidente visitou as obras do apê que viria a ocupar.

Idem sua mulher, dona Sarah, que pediu numerosas alterações no projeto original.

Um mestre de obras foi afastado, devido a reclamações da antiga primeira-dama.

O imóvel era espaçoso. Jornais publicariam que tinha 1.400 metros quadrados, o que parece exagero. Mas nele JK chegou a discursar para centenas de pessoas.

Juscelino pagava um aluguel irrisório ou morava de graça _as versões variam.

O apartamento em frente ao mar estava em nome de uma empresa controlada pelo banqueiro Sebastião Pais de Almeida.

Multimilionário, o empresário era amigo de JK, em cujo governo havia sido ministro da Fazenda.

Em junho de 1964, a ditadura recém-instalada cassou o mandato de senador de Juscelino e suspendeu seus direitos políticos por dez anos.

O ex-presidente teve a vida devassada, investigado em inquéritos policiais militares.

As autoridades o acusaram de um sem-número de falcatruas, como se fosse um ladrão voraz.

A acusação de maior apelo entre os opositores do ex-governante era a de que, na verdade, o apartamento da Vieira Souto era de Juscelino.

Sem renda para justificar tamanha ostentação, o ex-presidente ''corrupto'' teria preferido ocultar o patrimônio.

Portanto, Sebastião Pais de Almeida seria um laranja. Atípico, tal a sua fortuna, mas laranja.

Certa imprensa fez um Carnaval, chancelando as acusações da ditadura, como se vê em títulos de jornal reproduzidos neste post.

Na Justiça comum, nem julgamento houve.

O procurador considerou não haver provas de que Juscelino fosse o dono do apartamento.

E enumerou provas de que o imóvel pertencia mesmo a Sebastião Pais de Almeida, que o emprestara ao amigo JK.

O juiz mandou arquivar o processo.

Dei com as notícias _onze, abaixo e acima_ na apuração do meu próximo livro, uma biografia de Carlos Lacerda (1914-1977), cujo triplex na praia do Flamengo foi alvo dos seus adversários.

Os recortes integram o acervo do velho SNI, Serviço Nacional de Informações, criado justamente em junho de 1964. Estão no Arquivo Nacional.

É certo que outras publicações jornalísticas trataram do apartamento onde a família Kubitschek vivia.

Mas eu reproduzo o que tenho à mão, a papelada sobre Juscelino selecionada pelos arapongas.

O nome do jornal que veiculou cada texto é identificado pelos burocratas da ditadura na folha de papel onde os recortes foram colados.

Há um caso em que não se informa qual é o jornal.

E outro em que o título foi manuscrito.

Hoje, Juscelino Kubitschek é considerado grande brasileiro.

Dona Sarah dá nome a uma rede de hospitais de reabilitação.

Lula

A história do apartamento que não era de JK significa que o triplex do Guarujá não pertence ao ex-presidente Lula?

Não necessariamente.

Desconheço minúcias do inquérito e do processo sobre o petista.

Isso é com a polícia, o Ministério Público e a Justiça.

Sei é que, sem prova, pode se supor muita coisa.

Mas condenar por suposição não é fazer justiça.

Promiscuidade

Tanto no caso de JK quanto no de Lula há indícios de promiscuidade entre agentes públicos e privados.

Tal promiscuidade é condenável e faz mal ao Brasil.

Se é sempre crime ou não, são outros quinhentos.

( O blog está no Facebook e no Twitter )









quinta-feira, 13 de julho de 2017

Em edição extra, VEJA condena Lula, enquanto juristas condenam Moro


247 - A revista Veja divulgou nesta quinta-feira 13 uma edição especial para celebrar o quanto antes a condenação do ex-presidente Lula pelo juiz Sergio Moro a 9 anos e meio de prisão.

Enquanto a publicação da Abril traz destaque para a condenação do ex-presidente, diversos representantes da comunidade jurídica criticaram a sentença do juiz de Curitiba, que cuida dos processos da Lava Jato em primeira instância.

O professor de Direito Constitucional na PUC-SP, Pedro Estevam Serrano, por exemplo, considera que o processo contém vícios evidentes. Doutor e mestre em Ciências Criminais, Salah H. Khaled Jr considera que Sérgio Moro sustenta, mais uma vez, a reputação de juiz justiceiro sob forte apelo midiático.

Zveiter acusa Temer de obstruir Justiça e admite ‘vitória artificial’ do governo na CCJ


Relator na CCJ da Câmara da denúncia contra Michel Temer, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) acusa o peemedebista de nova obstrução de Justiça

De acordo com Zveiter, a liberação de emendas parlamentares, trocar integrantes do colegiado e distribuir cargos a aliados dos políticos para garantir a rejeição do seu parecer pedindo a continuidade do julgamento contra Temer no STF configuram o crime.

Vitorioso na CCJ, Temer não tem o que festejar

Josias de Souza13/07/2017 19:39

Quando as coisas vão mal para um presidente, até as vitórias se parecem com derrotas. Michel Temer prevaleceu na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (veja aqui e aqui). Porém, o presidente teria amargado uma derrota se o Planalto não tivesse recorrido à malandragem de expurgar da comissão os deputados que votariam a favor da denúncia que acusa Temer de corrupção. Os silvérios governistas foram substituídos por colegas que tinham milhõe$ de razões para enterrar com vida o escândalo da JBS.

A teatralidade truculenta da CCJ será inútil se o governo não conseguir concluir o velório no plenário da Câmara. O plano original era o de lançar a última pá de cal sobre a denúncia contra Temer nesta sexta-feira. Entretanto, o presidente da Câmara, que se comporta como pretendente ao trono, fixou o quórum mínimo para abertura da sessão em 342 deputados. E o governo, que outrora se jactava de ter 411 votos na Câmara, se deu conta de que não dispõe da infantaria necessária.

O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) expressou a resignação do Planalto: ''Pode ser agora ou pode ser em agosto, quem quer receber a denúncia é quem tem de colocar o quórum. Essa é a posição pessoal do Rodrigo Maia e nós temos de nos resignar com a posição dele, já que é ele quem comanda a pauta.''

Quando a urucubaca se abate sobre um governo, até o que parece fácil se torna difícil. Para impedir que a Câmara autorize o STF a converter a denúncia em ação penal contra Temer, o governo precisa de 172 aliados. Para assegurar o recebimento da denúncia a oposição terá providenciar 342 votos —dois terços da Câmara.

Os governistas alegam que já dispõem de algo como 270 votos. É o suficiente para evitar que os rivais de Temer formem a maioria de 342 a favor de que precisam. Mas é pouco para um governo que tem pressa para realizar uma sessão com o mesmo número de presenças. Ao farejar o raquitismo legislativo de Temer, a oposição e os governistas rebelados decidiram esvaziar o plenário, empurrando a encrenca para agosto, depois das férias dos deputados.

Temer tinha pressa porque morre de medo do que está por vir: as delações tóxicas do doleito Lúcio Funaro e do ex-deputado Eduardo Cunha, a segunda denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot, quiçá uma terceira acusação. Tudo isso e mais o contato que os deputados terão durante as férais com uma sociedade que nutre aversão crescente pelo presidente e seu governo.

O presidente ainda sonha em deter a abertura de uma ação penal que o afastaria da Presidência por pelo menos seis meses e permitira ao Supremo lançar luz sobre seu encontro clandestino com o delator Joesley Batista, a mala com a propina de R$ 500 mil entregue ao preposto Rodrigo Rocha Loures e a suspeita de compra do silêncio de Cunha e Funaro.

Apagando as luzes, a Câmara acenderá o forno. E tudo acabará em pizza. O problema é que, nessa hipótese, a gestão de Temer tende a virar orégano. Um presidente que não consegue reunir o mínimo de 308 votos exigidos para aprovar uma emenda constitucional como a da Previdência não é senão uma evidência de que certas vitórias tornam o poder impotente.

Nobel da Paz condena golpe judicial contra a democracia brasileira


O ativista argentino Adolfo Perez Esquivel, Nobel da Paz em 1980, classificou a condenação do ex-presidente Lula como um golpe do "Partido Judicial", representado pelo juiz Sergio Moro, contra a democracia brasileira.

Ele afirma que o Brasil foi primeiro vítima de um golpe parlamentar, com o afastamento da presidente legítima Dilma Rousseff, e agora de um segundo golpe, com a tentativa de inviabilizar a participação de Lula no processo eleitoral brasileiro.

Detalhe: Lula lidera todas as pesquisas eleitorais e é considerado o melhor presidente de todos os tempos pelos brasileiros.

Moro confirmou seu papel no golpe


"A condenação do Lula pelo Moro fecha a 'quadratura do círculo' do golpe. Ela é publicada no dia seguinte à aprovação do pacto escravocrata no Senado [reforma trabalhista].

No mesmo dia da liberação de Geddel Vieira Lima da cadeia.

Na semana em que o Senado desiste de cassar Aécio Neves, e em que o STF libera da prisão o “mula” Rodrigo Rocha Loures, que carregou a mala de 500 mil reais de Temer.

E na semana em que a Câmara inicia a discussão que poderá safar o 'chefe da maior e mais perigosa quadrilha do Brasil' de ser julgado pelo STF", diz o colunista Jeferson Miola.

"Moro é um ator da estratégia golpista, e busca desempenhar seu papel no golpe, de implodir a candidatura do ex-presidente na eleição de 2018".

Moro usou matéria do Globo como ‘prova documental’ que triplex é do Lula


O juiz Sergio Moro elaborou uma síntese das "provas documentais" que, segundo ele, confirmam a denúncia da Lava Jato contra Lula por conta do triplex, e inseriu entre elas uma reportagem publicada pelo jornal O Globo, em 2010, com a informação de que o apartamento no Guarujá pertenceria à família do ex-presidente.

DataVeja: Para 86%, Lula será presidente


247 - A revista Veja, que publicou uma edição especial nesta quinta-feira 13 para condenar o ex-presidente Lula, fez uma enquete com seus leitores no site da publicação e o resultado foi frustrante.

Para 86% dos internautas que responderam à pesquisa, Lula será presidente da República. E para apenas 14%, ele será preso. 

Lula foi condenado ontem por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz Sergio Moro.

Acompanhe aqui o resultado da enquete, que já tem mais de 52 mil votos.

Sem comprar deputados, Temer teria levado surra


A substituição de 13 membros da CCJ pelo Palácio do Planalto revela que Michel Temer tinha apenas 27 votos para segurar a admissibilidade da denúncia por corrupção passiva. O cálculo é do senador Roberto Requião (PMDB-PR), presidente da Frente Ampla.

“Se foram 13 as trocas da comissão teríamos 38 votos a favor da admissibilidade e 27 contra”, tuitou o senador do PMDB.

“É obstrução à Justiça usar dinheiro público para que deputados venham aqui votar a favor de um arquivamento esdrúxulo, inadequado, inoportuno”, reagiu ainda o relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ).

Troca-troca indecoroso promovido por Michel Temer, apontado como corrupto por 80% dos brasileiros, foi aceito pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.