terça-feira, 13 de junho de 2017

PSDB sofre baixas e críticas duras por sustentar a corrupção de Temer e Aécio


Página do partido no Facebook foi bombardeada por eleitores atônitos com o casamento entre tucanos e a corrupção, depois da decisão da executiva nacional da legenda em ficar na base do governo Temer, apesar dos escândalos de corrupção e de o peemedebista ser alvo de inquérito no STF por organização criminosa, obstrução judicial e corrupção passiva.

"Tomei nojo do PSDB", diz um eleitor, que se diz arrependido de seus votos no partido. "Não vai restar nada desse partido", prevê outra.

Ex-seguidores criticam ainda a tentativa de salvar a pele do senador afastado Aécio Neves (MG).

Secretário do PSDB diz que decisão de permanecer no governo foi caciquismo

Divulgação/PSDB 
Reunião do PSDB que decidiu pela permanência no governo de Michel Temer

O secretário-geral do PSDB em Minas Gerais, deputado estadual João Vítor Xavier classificou como infeliz e "caciquismo" a decisão do partido de permanecer no governo Michel Temer (PMDB).

"Lamento profundamente a decisão tomada pelo meu partido de permanecer no morto, porém ainda não sepultado governo do presidente Michel Temer", disse durante sessão na Assembleia de Minas. "Foi mais um equívoco da história recente do PSDB", completou.

O deputado afirmou que a decisão não foi democrática, pois não ouviu as bases e os membros do partido. "O PSDB não perde a mania do caciquismo. [...] O partido não deu aos seus membros o direito de se manifestar a respeito", disse.

O tucano chamou Temer de cadáver ambulante, "que responde a todo tipo de crime". Afirmou ainda que o governo peemedebista está cambaleante e não tem a legitimidade da aprovação popular.

Xavier disse que o erro do PSDB veio, antes, em participar de um governo que havia questionado judicialmente. A chapa Dilma-Temer, contudo, foi absolvida pelo Tribunal Superior Eleitoral na semana passada.

"Como podemos encontrar o mínimo de coerência numa decisão de um partido que entra na Justiça contra uma chapa por considerar que essa chapa foi eleita de maneira ilegal e, posteriormente, esse mesmo partido decide compor esse governo que ele questiona na Justiça."

"O PSDB se abraçou ao resto de um governo infeliz do PT [...] e pela vontade e saudade de alguns de pisar no tapete macio dos palácios, esqueceu de sentir o que pensa o povo na poeira e no calor das ruas", completou.

O deputado disse ainda que o PSDB virou as costas para sua história e que poderia contribuir com as reformas do governo Temer com apoio parlamentar, mas sem ocupar cargos no governo.

Folha, 13/06/2017

Supremo pode decidir no dia 20 pela prisão de Aécio Neves


O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) viu as suas chances de ser preso aumentarem sensivelmente nesta terça-feira, 13.

O pedido de prisão de Aécio, feito pelo procurador-geral Rodrigo Janot será julgado no próximo dia 20 pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, composta por cinco ministros, dos quais três - Luis Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, votaram para manter na prisão a irmã de Aécio, a jornalista Andrea Neves.

Presa na operação Patmos após da delações da JBS, Andrea é acusada de corrupção passiva. Em sua defesa, disse que sua prisão se baseia em acusações contra o irmão.

O maior articulador do golpe parlamentar de 2016 que arruinou a economia do País, Aécio é acusado de corrupção passiva pelo recebimento de R$ 2 milhões em propina da JBS, e por obstrução de Justiça, por tentar impedir os avanços da Operação Lava Jato.

Por 3 x 2 STF mantém prisão de Andrea Neves


Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta terça-feira 13, manter presa Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG); Andrea teve votos favoráveis dos ministros Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes, que concordaram com seu pedido de habeas corpus.

Contra ela, votaram Luis Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, que entenderam que, em liberdade, há chances de Andrea voltar a cometer crimes e ainda interferir nas investigações.

Irmã de Aécio foi presa na Operação Patmos, da Polícia Federal, acusada de pedir R$ 2 milhões em propinas à JBS, em troca de favores na Vale.

Irritada com governo Temer, UE ameaça bloquear importações de carnes brasileiras


Desde a eclosão da operação Carne Fraca, os mecanismos de controle de qualidade da carne produzida pelos frigoríficos brasileiros deixaram a desejar, segundo auditoria realizada pela União Europeia.

Em carta destinada ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o bloco expõe queixa aberta às promessas não respeitadas pelo Brasil e aponta que qualquer garantia hoje dada pelo governo de Michel Temer tem problemas para ser recebida de forma positiva.

Na avaliação de Bruxelas, a falta de uma resposta efetiva do governo depois da operação realizada pela Polícia Federal em março e que revelou corrupção no controle sanitário no Brasil pode levar a um bloqueio das vendas.

Defesa de Rocha Loures descarta delação; Fachin autoriza transferência para PF


O advogado do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), Cézar Roberto Bittencourt, descartou que seu cliente fará delação premiada e disse esperar que ele seja liberado a tempo de ver o nascimento do filho, previsto para 16 de julho.

"Não vai existir delação, em nenhuma hipótese", afirmou.

O ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a transferência do homem da mala da Papuda para a carceragem da PF em Brasília, atendendo a um pedido da defesa.

PT se solidariza a Miriam Leitão, mas culpa Globo por clima de ódio


Em nota assinada pela presidente, senadora Gleisi Hoffmann (PR), o PT lamentou o "constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro", quando foi alvo de agressões verbais de militantes petistas.

A legenda afirma que "orienta a militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo", mas ressalta que a "Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil".

Mello Franco: PSDB e PMDB usaram o dia dos namorados para discutir a relação


"O PSDB tirou o Dia dos Namorados para discutir a relação com o governo. O partido reclamou do parceiro, pediu que ele se comporte melhor, mas desistiu de sair de casa. O romance continua, pelo menos até a próxima desavença. (...) O que mantém os tucanos unidos a Michel Temer é uma questão de conveniência. O casamento atende aos interesses pessoais de Geraldo Alckmin e Aécio Neves", escreve Bernardo Mello Franco sobre a decisão dos tucanos permanecerem apoiando Michel Temer.

Autor da peça jurídica do golpe contra Dilma, Miguel Reale Jr vai sair do PSDB


O jurista e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr, um dos autores da peça jurídica do golpe contra Dilma de Dilma Rousseff, anunciou na noite de segunda (12) que vai deixar o PSDB.

A decisão foi tomada logo após a sigla decidir pela permanência no governo de Michel Temer.

"Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo", disse Reale após saber que os tucanos decidiram pelo não desembarque na reunião realizada em Brasilia com lideranças, nesta segunda-feira.

11 governadores rejeitam convite para jantar de Temer. A lista pode crescer

A promessa de facilitar o pagamento das dívidas com bancos oficiais, não atrai os governos de 11 Estados – inclusive de aliados – e Temer terá jantar esvaziado hoje à noite, no Palácio da Alvorada

247 - Plano de Michel Temer para conseguir apoio em troca de benefícios econômicos, o jantar com governadores na noite desta terça-feira 13 no Palácio da Alvorada teve 11 convites rejeitados, informa o Drive, newsletter do site Poder360.

Mesmo com a promessa de condições facilitadas para pagar dívidas com bancos oficiais (BNDES, Banco do Brasil e Caixa), representantes de diversos Estados – inclusive de partidos aliados – não estarão presentes.

De acordo com o Drive, ao menos esses governadores recusaram o convite: Beto Richa (PSDB-PR), Camilo Santana (PT-CE), Confúcio Moura (PMDB-RO), Flávio Dino (PC do B-MA), Paulo Câmara (PSB-PE), Paulo Hartung (PMDB-ES), Renan Filho (PMDB-AL), Ricardo Coutinho (PSB-PB), Rui Costa (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI).

O Amazonas, que teve governador e vice cassados em maio pela Justiça eleitoral, não deve ter representante no jantar. Minas Gerais, governado por Fernando Pimentel (PT-MG), e Acre, por Tião Viana (PT-AC), ainda são dúvida.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Neruda fala de amor

"TÚ ERAS TAMBÉM UMA PEQUENA FOLHA QUE 
TREMIA NO MEU PEITO...
O VENTO DA VIDA PÔS TE ALÍ...
A PRINCÍPIO NÃO TE VÍ, NÃO SOUBE QUE IAS COMIGO, ATÉ QUE TUAS RAÍZES ATRAVESSARAM O MEU PEITO, SE UNIRAM AOS FIOS DO MEU SANGUE, FALARAM PELA MINHA BOCA, FLORESCERAM COMIGO..."

(Pablo Neruda)

Fux denuncia manobra no TSE para salvar Temer



Ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux criticou o uso do que chamou de artifício no julgamento pela Corte Eleitoral do processo de cassação da chapa que elegeu Dilma Rousseff-Michel Temer e 2014 e que manteve o peemedebista no poder.

"Eu, particularmente, não consegui me curvar à ideia de que se estava discutindo uma questão de fundo seríssima e se estava utilizando um artifício dizendo 'não, não, isso não estava na ação'", afirmou em referência a exclusão das delações premiadas dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, além de executivos da empreiteira Odebrecht, nos votos de parte dos ministros do TSE.

Os magistrados alegaram que as denúncias não constavam da ação inicial.

Segundo Fux, se na hora do julgamento ocorreram fatos que não estavam na ação inicial, mas todos os envolvidos foram ouvidos, o juiz pode julgar sem levar em conta a "questão da forma".

Lula lidera com 42,7% preferência do eleitor baiano para 2018


Levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas sobre as eleições presidenciais de 2018 mostra Lula em primeiro com 42,7% de intenções de voto entre os baianos.

O deputado Jair Bolsonaro (PSC) vem em segundo, com 12,8%, seguido de Ciro Gomes (PDT), com 8,4%, Marina Silva (Rede), com 7,9%, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, com 6,4% e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) vem em sexto, com 5,1%.

Sobre o governo de Michel Temer, a pesquisa mostra que 77,5% dos baianos o consideram ruim ou péssimo e 85% desaprovam o modo de governar de Temer.

Conflito entre os poderes agrava a crise


"Ninguém faz um impeachment de um presidente da República, democraticamente eleito pelo voto popular, sem provocar com isso enorme crise política. Até por que nem todo presidente tem como vice um politico da envergadura política e moral de um velho conhecido dos mineiros chamado Itamar Franco", escreve Carlos Lindenberg, diretor do 247 em Minas.

Ele compara o substituto de Collor com o de Dilma, Michel Temer, que pode ter pedido de prisão feito pela Procuradoria Geral da República nesta semana.

"Como se sabe, impeachment com motivações artificiais tem preço. E o preço veio com a crise que se abateu sobre o governo Temer, na verdade um governo fraco, com nove ministros denunciados no Supremo Tribunal Federal, inclusive o próprio presidente da República, com o senador Aécio, líder da oposição, afastado do mandato, numa barafunda política como jamais se viu na era moderna".

Gestão Dória orientou Ambev a superfaturar licitação do carnaval


Gestão do prefeito João Doria (PSDB), defendido como o novo o PSDB por Fernando Henrique Cardoso, direcionou a concorrência pelo patrocínio do Carnaval de rua para que a proposta da Ambev vencesse a licitação.

A informação aparece em áudio de reunião da secretaria municipal de Cultura, no dia 17 de fevereiro, da qual participaram o secretário de Governo, Julio Semeghini, e o da Cultura, André Sturm.

No encontro, divulgado pela rádio CBN, há o comentário que o vice-prefeito Bruno Covas (PSDB) orientou os integrantes da Ambev e da Dream Factory a alterar os itens da planilha da proposta para justificar despesas de R$ 15 milhões.

Planalto já espera a prisão de Geddel Vieira Lima


O ex-ministro Geddel Vieira Lima é a bola da vez e será o próximo operador de Michel Temer a ser preso, segundo informa a coluna de Lauro Jardim.

Do núcleo de Temer no PMDB da Câmara, já foram presos Eduardo Cunha, Tadeu Filipelli, Rodrigo Rocha Loures e Henrique Eduardo Alves.

Josias: não fosse o cargo, Temer hoje estaria na Papuda


Para o jornalista Josias de Souza, Michel Temer não teve ainda o mesmo destino do seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures por conta do cargo que assumiu por meio de um golpe parlamentar.

"Temer está cada vez mais parecido com Eduardo Cunha. A diferença é que Cunha usava a estrutura da Câmara. E Temer abusa da engrenagem de todo o governo. É um caso clássico de obstrução da Justiça. Se não desfrutasse das imunidades inerentes ao cargo, Temer talvez estivesse preso na companhia do ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, na penitenciária da Papuda".

Uma homenagem ao Dia dos Namorados








Coronel de Temer tentou destruir provas


Um dos mais antigos e fiéis aliados de Michel Temer, o coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, tentou destruir provas que comprovavam denúncias feitas pela delação da JBS.

Em operação de busca e apreensão feita no apartamento do coronel, a Polícia Federal encontrou documentos rasgados que continham informações sobre a reforma da casa de uma das filhas do peemedebista.

Um dos delatores da JBS, Ricardo Saud, diz ter mandado entregar R$ 1 milhão para Lima Filho dos R$ 15 milhões que o grupo doara para o caixa dois de Temer em 2014.

Os rasgos nos papéis sugerem que alguém queria destruir a documentação, na interpretação dos investigadores que participaram da operação de busca.

Destruição de provas é considerada um crime grave pela Justiça e é uma das justificativas previstas para a decretação de prisão.

Foi com esse argumento, por exemplo, que a Justiça mandou prender outro aliado de Temer, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, na terça (6).

Noblat diz que capacidade de Temer em transgredir é espantosa

Michel Temer extrapola para se manter no poder

A atitudes de Michel Temer foram consideradas excessivas até pelo jornalista Ricardo Noblat.

"A capacidade do presidente em transgredir é espantosa. Disso deu notícia o encontro com um empresário no porão do palácio onde mora. O mesmo empresário recebido com nome falso foi o que mandou entregar R$ 500 mil a um deputado indicado por Temer para intermediar suas relações com o governo. Temer negou que tivesse alguma vez voado no jato do empresário. Para depois dizer que não sabia de quem era o jato", escreve o colunista nesta segunda.

Diretas Já reúne multidões em Salvador e Porto Alegre

Manifestação popular em Salvador

Depois de grandes atos no Rio de Janeiro e em São Paulo, o movimento por eleições diretas ganhou outras capitais neste domingo.

Em Salvador, uma multidão de mais de 50 mil pessoas tomou o Farol da Barra, um dos mais belos cartões-postais da capital baiana.

Em Porto Alegre, o ato aconteceu no Parque da Redenção; movidos pelos mais de 85% dos brasileiros que querem a saída de Michel Temer e eleições diretas para escolha de um presidente de forma legítima, os organizadores dos atos afirmam que a expectativa é de que o movimento continue a crescer.

"A ideia é isso: juntar, unir, ampliar os movimentos sociais, as centrais sindicais, o movimento da sociedade civil, artistas, personalidades, políticos, governadores, senadores, deputados, vereadores e representantes da comunidade diante do povo", disse em Salvador o presidente da 'Frente Suprapartidária pelas Diretas Já', senador João Capiberibe (PSB-AP).

PF acha com amigo de Temer papéis rasgados sobre reforma de casa

Folha, 12/06/2017

Pedro Ladeira - 21.mai.2017/Folhapress 
O presidente Michel Temer, durante entrevista exclusiva à Folha, em Brasília, em maio

A Polícia Federal encontrou documentos rasgados, com informações sobre a reforma da casa de uma filha do presidente Michel Temer, na operação de busca e apreensão que fez no apartamento do coronel da Polícia Militar João Baptista Lima Filho.

Ele é um dos mais antigos e fiéis aliados do presidente, suspeito de ser laranja de Temer. Um dos delatores da JBS, Ricardo Saud, diz ter mandado entregar R$ 1 milhão para Lima Filho dos R$ 15 milhões que o grupo doara para o caixa dois de Temer em 2014.

Os rasgos nos papéis, feitos nos sentidos horizontal e vertical da folha, aparentemente com uma régua, sugerem que alguém queria destruir a documentação, na interpretação dos investigadores que participaram da operação de busca.

O conjunto de papéis rasgados tinha pouco mais de duas dezenas de páginas. Os policiais tiveram que montar as folhas rasgadas para ler o conteúdo dos documentos.

DESPESAS DE TEMER

Destruição de provas é considerada um crime grave pela Justiça. É uma das justificativas previstas para a decretação de prisão. Foi com esse argumento, por exemplo, que a Justiça mandou prender outro aliado de Temer, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, na terça (6).

A Procuradoria-Geral da República, segundo a Folha apurou, não pediu a prisão de Lima Filho neste primeiro momento por razões estratégicas.

A PF também encontrou documentos que apontam que o coronel aposentado controlava ou pagava despesas de Temer. Um dos papéis apreendidos é a nota de um aparelho de telefonia comprado para Temer em 1998.

Os papéis rasgados estavam sobre uma mesa de trabalho para serem descartados, de acordo com investigadores. Lima estava na sala quando os documentos foram achados e mostrou um ar de irritação e contrariedade durante a ação, relatam policiais.

Além de mensagens sobre a reforma da casa de uma das filhas de Temer, o pacote continha folhas com o que parecia ser a contabilidade pessoal do amigo do presidente.

A busca no apartamento do coronel Lima, no bairro do Morumbi em São Paulo, ocorreu na manhã do dia 18 de maio, como parte da Operação Patmos, que também prendeu Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

A operação ocorreu um dia depois de o jornal "O Globo" ter noticiado que o empresário Joesley Batista, da JBS, havia gravado conversas com o presidente. Para a Procuradoria, o diálogo mostra que o peemedebista dá aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, entre outros possíveis crimes.

Os documentos rasgados encontrados na casa do amigo de Temer estão sob sigilo, mas outra parte dessa papelada já se tornou pública. Foram os documentos apreendidos no mesmo dia, em busca realizada no escritório de uma empresa do coronel, a Argeplan Arquitetura e Engenharia, na Vila Madalena.

Lá, a Polícia Federal encontrou papéis mostrando que a empresa do coronel fez um orçamento para reformar um apartamento de Maristela Temer, filha do presidente, no Alto de Pinheiros.

Há uma série de versões sobre a justificativa para a reforma. Inicialmente, o presidente disse que o coronel não participara da obra. Fornecedores refutaram essa versão, ao contar que o amigo de Temer tinha feito encomendas para a reforma e fiscalizou a obra entre 2014 e 2015. O próprio presidente esteve lá com o amigo, de acordo com reportagem do jornal "O Globo".

Posteriormente, o Planalto reconheceu que o coronel atuara na reforma e que a obra fora visitada por Temer quando ele era vice da presidente Dilma Rousseff.

CITADO POR DELATOR

Amigo de Temer desde que ele foi secretário de Segurança Pública em São Paulo, entre 1984 e 1986, o coronel é dono da Argeplan, empresa que tornou-se sócia do grupo finlandês AF Consult para construir a usina de Angra 3. O valor do negócio é de R$ 162,2 milhões.

O grupo finlandês era obrigado por edital a contratar empresas nacionais. Outra contratada, a Engevix, teve diretores condenados na Lava Jato por pagamento de propina.

Numa tentativa de fechar acordo de delação em 2016, o dono da Engevix, José Antunes Sobrinho, relatou ter dado R$ 1 milhão para a campanha de 2014 de Temer como retribuição pelo contrato com o grupo finlandês. A delação de Antunes foi recusada pelos procuradores por motivos não declarados.

Nas próximas semanas, a Procuradoria deve apresentar denúncia contra Temer com base na delação da JBS.

OUTRO LADO

A Folha procurou o coronel reformado João Baptista Lima Filho na Argeplan e na sua casa, enviou e-mail para sua secretária detalhando as dúvidas da reportagem sobre os documentos rasgados, mas não houve resposta.

A assessoria de Michel Temer também não quis comentar as menções à filha do presidente que aparecem em documentos rasgados.

O advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que defende Temer no inquérito que está no Supremo Tribunal Federal, não foi encontrado.

Em outras ocasiões, o presidente negou que o coronel seja seu laranja e refutou que tenha recebido recursos ilícitos da JBS em 2014.

domingo, 11 de junho de 2017

FHC pede aos donos da Globo que salvem Temer


Avalista do golpe de 2016, que destruiu a imagem e a economia brasileira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu aos donos da Globo que salvem Michel Temer, mesmo ciente de que ele será denunciado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial.

Temer age a mando do sistema financeiro, que pretende seguir com suas reformas rejeitadas pela ampla maioria da população; FHC teme a volta da democracia e a eleição de Lula e ignora até a informação de que Temer mandou espionar o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

A informação sobre o encontro entre FHC e os donos da Globo é do jornalista Andrei Meirelles.

Ficção não é fato nem teoria é prova

Justiça? Aí é querer demais…

Conversa Afiada, 11/06/2017
Na foto, operadores da Operação Tabajara. Eles se acham... (Reprodução: GGN)

O Conversa Afiada reproduz, aqui, artigo de Alvaro Augusto Ribeiro Costa - sub-procurador (aposentado) da PGR, ex-Advogado Geral da União e ex-Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O texto foi publicado originalmente no Jornal GGN.

Fantásticas, em muitos sentidos, as “Alegações” noticiadas e reproduzidas em bombásticas manchetes: “MPF pede condenação de Lula e multa de R$ 87 milhões”.

Lembre-se que se trata de processo notavelmente midiático, em juízo de discutível competência absoluta, onde se misturam, em fantástica simbiose, roteiros e atores (processuais e globais, acusadores e julgadores, politicos, editorialistas e comentaristas de todos os tipos), excepcionalidades, misteriosos e oportunos vazamentos de “sigilosos” documentos, além de inúmeras peripécias de fazerem inveja aos melhores ficcionistas da literatura. 

Nesse contexto, as “Alegações” aparecem na sequência lógica de anunciado roteiro de ficção e proclamadas convicções – lembre-se um famoso “power point” e incontáveis declarações e publicações no mesmo sentido. Deixam muito a desejar, porém, quanto ao devido exame do direito e dos fatos.

Diante de sua fantástica extensão (334 páginas), tais “Alegações”, de fastidiosa leitura, sacrificam o leitor e a dificultam a defesa.

Quanto ao juiz, o acusador não terá que se preocupar, se ele já tiver se revelado, no processo ou fora dele, alguém “condenado a condenar”, sob o estímulo da “vox populi”, mídia, “apoiadores” e áulicos; ou se for dos que se apresentam circulando e sendo louvados com entusiasmo entre os maiores interessados na destruição politica e pessoal do réu. Ou, ainda, daqueles que nada opõem à difusão da falsa idéia de que o processo é uma cruzada do bem contra o mal, sendo o julgador a personificação do primeiro e o réu o demônio a ser esmagado. A sentença de tal julgador – se existisse - não causaria surpresa. E não lhe faltariam aplausos.

Contudo, a prolixidade esconde o nada jurídico. Sabe disso qualquer bom estudante do Direito. E o bom professor facilmente percebe que a falta de substancial e pertinente fundamentação não é suprida pelo artifício do “recorta e cola”, com que se foge das questões e são feitas – sob a falsa aparência de erudição – genéricas citações, de pouca ou nenhuma pertinência ao caso.

Peculiares, nesse aspecto, “Alegações” onde não se encontra concreta, individual e especificamente enunciada e comprovada a acusação. Para quem procura nelas o único conteúdo juridicamente relevante – fatos e provas lógica e juridicamente estruturados em indispensável e válida fundamentação -, o resultado é frustrante.

Seguindo o roteiro de uma denúncia inepta e de um notório e constrangedor “power point”, investem elas contra um “exemplar e poderoso culpado” a ser exibido no desfile dos vencidos na “cruzada contra a corrupção”. Onde foram considerados os princípios da presunção da inocência, do contraditório e da ampla defesa?

Explícitas normas legais parecem igualmente esquecidas: “a prova da alegação incumbirá a quem a fizer” (Art.156 do CPP); “o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação (…)”(Art. 155 do CPP).

Encontra-se porém nas “Alegações” a colagem de abstratas citações doutrinárias e jurisprudenciais, extraídas em quantidade e sem melhor exame até de sistemas jurídicos alheios ao brasileiro (por exemplo, alusivos a crimes complexos , técnicas de análise de evidências, “standards” de prova etc…).

Socorrem-se também as “Alegações” de esotéricas teorias de diversas origens (inclusive alienígenas) que um de seus subscritores, “modéstia às favas”, propaga ( do “probabilismo, na vertente do bayesianismo” e do “explacionismo”), onde o caso concreto e suas peculiaridades não se ajustam. 

Tais “pressupostos teóricos” e considerações genéricas, todavia, nada têm a ver com fatos e provas que deveriam estar especificamente individualizados em relação às acusações lançadas contra o ex-Presidente da República e não suprem sua ausência. Tanto é assim, que as “Alegações” chegam ao cúmulo de invocar, em reforço de argumentação e como se fosse pertinente, um caso de estupro (!) (pag. 53).

Aliás, o caráter abstrato daqueles “pressupostos” é reconhecido nas próprias “Alegações”, quando afirmam ter apoio em teorias adotadas em obra de autoria exatamente de quem as subscreve em primeiro lugar (v. pag. 52, nota de rodapé no. 1). A propósito, são inúmeras as vezes em que o mencionado subscritor das “Alegações” invoca como fundamentos das mesmas a “autoridade doutrinária” que a si próprio atribui. Pouco elogiável, porém, é pretender valer-se de si mesmo como fundamento suficiente para condenação de alguém na ausência de provas.

Inaceitável também é livrar-se o Ministério Público do ônus da prova, alegando que “os crimes perpetrados” “são de difícil prova” e "a solução mais razoável é reconhecer a dificuldade probatória" (pág. 53). Ora, se é difícil a prova, caberia ao acusador buscá-la, se existisse. Nunca, porém, inverter o ônus que é seu, como se ao acusado coubesse provar o oposto do que desconhece.

As “Alegações” traduzem, desse modo, confissão implícita da ausência de provas verdadeiras e válidas. Quem tem fatos e provas não precisa de teorias.

Dispensáveis, a prolixidade e as generalidades presentes nas “Alegações”. Não precisavam ir tão longe. Sem perderem de vista a definição constitucional do Ministério Público como instituição defensora da ordem juridica e dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa (Art. 127 da CF), não poderiam ter esquecido o que diz o art. 239 do CPP: Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.“

Portanto, o conceito de evidências – que as “Alegações” invocam no direito estrangeiro - em nada se confunde com o de indícios definidos no art. 239 do CPP. Para o Direito brasileiro, “circunstância” não é sinônimo de ”indício”. São conceitos distintos. Para que algo seja válido como “indício” é indispensável que preencha as condições legalmente fixadas. Por isso, não é cabível – como se faz nas “Alegações” – valer-se de um amontoado de circunstâncias e teorias, bem como de confusões conceituais, para daí afirmar-se a ocorrência de um conjunto de indícios que seriam o fundamento do que chamam de “juízo de convicção”.

Para cumprirem a lei, as “Alegações” deveriam ter indicado, quanto ao ex-Presidente da República, concreta, individualizada e especificamente: 1) fato criminoso específica e individualizadamente a ele atribuível (tal como descrito no tipo penal), com todas as circunstâncias de tempo, lugar e modo; 2) circunstâncias conhecidas e provadas; 3) as relações entre tais circunstâncias e o fato delituoso; 3) a natureza de tais relações (de causalidade ou de consequência) com o fato delituoso; 4) o raciocínio indutivo (lógica e juridicamente válido) que pudesse autorizar a conclusão sobre a existência de outra ou outras circunstâncias.

Cumprir tais exigências é impossível, porém, quando o que se tem são meras ficções, teorias ou convicções orientadas por pressupostos e objetivos previamente estabelecidos e proclamados (vide o “Power Point” e outras entrevistas, declarações, publicações etc…).

Em suma, quanto ao ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva, as “Alegações” deixam claro o reconhecimento da ausência de fundamento para condenação. A rigor, pretendem transformar ficções em fatos, teorias em provas e convicções subjetivas em veredito condenatório.

Existirá julgador que chegue a tanto? Se existir, o jogo estará feito (desde quando?). A notícia–sentença virá como exigida e previamente anunciada pela mídia selecionada. Enfim, explodirá em manchetes, enquanto os “vencedores” do “Big Game” e a turba “aglobalhada” pelo ódio e o preconceito aplaudirão freneticamente os herois do momento.

E a justiça? Onde fica nisso tudo? Ora, “Veja”! Isso talvez seja querer demais!

Flávio Dino: Golpe criou uma crise institucional e a saída é a urna


"Um impeachment inconstitucional jogou-nos em uma crise institucional. A consulta à soberania popular é a melhor saída para tantos problemas", avalia o governador do Maranhão, em uma publicação no Twitter, em meio à denúncia de que Michel Temer teria acionado a Abin para investigar a vida do ministro do STF Edson Fachin.

Neste sábado, a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, respondeu com uma nota duríssima.

"Bem sabemos que uma parte da classe dominante no Brasil tem alergia às urnas. Sempre preferiram atalhos e retalhos inconstitucionais", comentou ainda Flávio Dino (PCdoB).

Gol também acusa Temer de dar aval a propina


Fundador da Gol, empresário Henrique Constantino disse ter se encontrado com Michel Temer após um acerto com Eduardo Cunha; ele relatou a procuradores que o peemedebista avalizou uma contribuição ilegal de R$ 10 milhões de suas empresas a políticos do PMDB e a campanhas em 2012, na época em que era vice-presidente.

O ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) também teria participado do encontro, que não foi registrado na agenda oficial de Temer.

Antes da Gol, a Odebrecht já havia denunciado participação em reunião com Temer para acertar repasse de US$ 40 milhões em propina ao PMDB.

Temer será denunciado pela mala da propina e pode pegar até 12 anos


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já tem elementos para fechar a primeira denúncia contra Michel Temer pelo crime de corrupção passiva.

Temer será relacionado à mala com R$ 500 mil em propina, entregue pela JBS a seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures, que está preso na Papuda.

Para Janot, há elementos suficientes para demonstrar que a propina, que seria paga semanalmente, durante 24 anos, tinha aval de Temer.

Se condenado, ele pode pegar de dois a 12 anos de prisão.

Outras denúncias, por obstrução judicial e organização criminosa, também estão sendo preparadas.

A primeira denúncia deve sair até 19 de junho.

STF se une em torno de Fachin contra tropa de choque de Temer


O clima é de revolta, no Supremo Tribunal Federal, com as iniciativas do Palácio do Planalto contra o ministro Edson Fachin, alvo de suposta espionagem da Agência Brasileira de Inteligência e também do jogo sujo da tropa de choque de Michel Temer no Congresso, que pretende convocá-lo na CPI da JBS.

"CPI não pode convocar juiz para justificar suas decisões. Violaria a separação dos poderes", diz o ministro Luis Roberto Barroso, do STF.

Ontem, em nota duríssima, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou a arapongagem contra qualquer cidadão é coisa típica de ditaduras.

A ação foi também condenada pela Ordem dos Advogados do Brasil e deve motivar uma CPI no Congresso.

Bresser defende projeto de governo que una a nação em torno de Lula


Ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira avalia ser "pouco provável que empichem Temer. Preferirão mantê-lo, apesar da desmoralização que isto significa para eles e para todos nós, brasileiros".

"O essencial, então, é que nos preparemos para as eleições de 2018. Para isto, porém, não basta continuar a fazer forte oposição ao governo e à reforma trabalhista. É também necessário que discutamos um projeto de governo que possa unir a nação em torno de Lula", afirma.

Temer tentou pressionar Funaro via Geddel


Ex-ministro Geddel Vieira Lima, entre os mais próximos de Michel Temer quando estava no governo, teria telefonado algumas vezes para a mulher de Lúcio Funaro para saber se o operador de Eduardo Cunha faria delação premiada.

A denúncia foi feita por Funaro em seu depoimento à PF na semana passada.

A denúncia que deverá ser apresentada pelo MPF contra Temer nos próximos dias deve incluir o conteúdo do depoimento de Funaro.

Temer prepara nomeação de engavetador na PGR


Peemedebista avalia fugir à tradição e ignorar lista tríplice indicada pelos procuradores da República com sugestões de nomes para substituir Rodrigo Janot.

O novo chefe do MPF assumirá em setembro, quando vence o mandato de Janot, que deve denunciar Temer nos próximos dias com base em delação premiada da JBS.

Mello Franco: É Temer quem pratica abusos e agressões


Colunista rebate argumentos de Michel Temer usados na carta enviada à PF em que anunciou que não responderia às 82 perguntas feitas a ele.

No texto, Temer se apresentou como vítima de "abusos e agressões aos seus direitos individuais e à sua condição de mandatário da nação".

"Temer acertou nos substantivos, mas trocou o sujeito da frase. É ele, e não a Lava Jato, quem pratica abusos e agressões em série desde que virou alvo de inquérito no Supremo", diz o jornalista.

Delação avança e Palocci está prestes a sair da cadeia

Preso desde setembro do ano passado, Antonio Palocci pode ser autorizado a sair da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba nas próximas semanas.

Isso porque seu acordo de delação premiada está avançado com os investigadores da Lava Jato.

O ex-ministro dos governos Lula e Dilma é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Gaspari revela: ‘Temer não entra em avião sem saber quem é o dono’


Próximo do peemedebista, o jornalista que chegou a liderar o movimento 'Fica, Temer' e até o teria convencido a ficar na presidência chama de "patranha" o argumento do Planalto de que Temer não conheceria o dono do jato que voou para Comandatuba em 2011.

"Temer não entra em avião sem saber quem é o dono", lembra Elio Gaspari, que chama Temer de 'arrogante' por achar que "faz o que quer".

Janot quer decidir sobre todas as delações antes de deixar o cargo


Procurador-geral da República, cujo mandato termina em 17 de setembro, tem como meta decidir sobre todos os acordos de delação premiada da Lava Jato que estão em sua mesa.

Ele também estaria empenhado em manter a mesma equipe da força-tarefa.

Helena Chagas: Operação Tabajara do Planalto pode gerar crise institucional


"De uns dias para cá, a crise política começou a tomar ares de conflito institucional", avalia a jornalista Helena Chagas, do site Os Divergentes, destacando que "mais uma indicação disso" foi a notícia de que o Planalto teria acionado a Abin para bisbilhotar a vida do ministro Edson Fachin.

"Com ou sem desmentidos, o fato é que, acuado, o Planalto entrou num jogo pesado contra seus adversários, que além de Fachin incluem o PGR Rodrigo Janot, a JBS e todos que ameaçam seu mandato".

Boulos: ‘Gilmar Mendes é o maior símbolo da hipocrisia’


Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o ativista Guilherme Boulos é mais uma a fazer crítica dura ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, que deu voto de minerva pela absolvição da chapa Dilma-Temer, o que garante (pelo menos por ora) que Michel Temer continue no poder.

"Isenção às favas! Gilmar Mendes é o maior símbolo da hipocrisia política. Ajudou a derrubar Dilma, a blindar Aécio e a salvar Temer", diz Boulos.

sábado, 10 de junho de 2017

OAB repudia arapongagem contra Facin e pede punição aos responsáveis


O presidente da OAB, Claudio Lamachia, disse neste sábado que repudia "com veemência" qualquer investigação ilegal contra ministro do Supremo Tribunal Federal, "especialmente" quando articulada por "agentes públicos que possuem o dever de salvaguardar o Estado de Direito".

Lamachia diz que se for confirmada a denúncia de uso da Abin para conduzir investigações políticas contra autoridades, como no caso do ministro Edson Fachin, o país estará diante de "um ataque direto ao Estado Democrático de Direito".

"Não podemos aceitar que o Supremo Tribunal Federal seja vítima de arapongagem política".

A OAB, que já pediu impeachment de Michel Temer, se associa ao Poder Judiciário e ao Ministério Público em repúdio ao peemedebista.

DCM: Com seu voto, Gilmar consagra a Justiça bolivariana de Temer


"Passados três anos, sete meses e um golpe abjeto, verifica-se que Gilmar foi premonitório: Michel Temer montou um Judiciário bolivariano e a divisão venezuelana da nossa sociedade é uma realidade inescapável", escreve o jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo.

Ele lembra que "a política intervencionista lhe outorgou os votos dos ministros que ele indicou no TSE, mais o do cada dia mais óbvio Gilmar, que fechou a noite em grande estilo".

Temer está aflito por pressão sobre Geddel


Provavelmente um dos próximos a ser investigados pela Polícia Federal, o ex-ministro Geddel Vieira Lima tem deixado Michel Temer de cabelo em pé.

O Planalto teme que ele não aguente a pressão a ser exercida pela Procuradoria Geral da República e fale demais.

Os interlocutores de Temer dizem que ele tem sido 'atacado' com o objetivo de 'desestabilizar o governo'. nesta semana Geddel foi intimado a depor como testemunha no inquérito ligado a Temer'.

Geddel é investigado por recebimento de "vantagens não contabilizadas" da Odebrecht nas campanhas eleitorais de 2006 e 2014.