sábado, 11 de fevereiro de 2017

Marcela usou advogado da Casa Civil para pedir censura a jornais

Se no governo do PT isso acontecesse seria o fim do mundo


No processo em que pediu a censura de jornais que pretendiam divulgar trechos do processo sobre um hacker que invadiu seus celulares e obteve fotos íntimas, além de um áudio que "jogaria na lama" a reputação de Michel Temer, Marcela Temer foi representada por Gustavo Vale da Rocha, subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil.

Censura prévia foi concedida por um juiz do Distrito Federal e condenada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.

O caso foi investigado por Alexandre de Moraes, quando secretário de Segurança de São Paulo, o que lhe permitiu se tornar credor de Temer, que o fez ministro da Justiça e depois o indicou para o Supremo Tribunal Federal.

O escândalo dentro do golpe


"A reabertura das investigações sobre as gravações de Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney numa articulação de suspeitos da Lava Jato para derrubar Dilma Rousseff e 'cortar as asas' do Judiciário confirma a gravidade do caso: conversas ficaram esquecidas em Brasília durante um ano, até que não pudessem atrapalhar o golpe parlamentar", diz Paulo Moreira Leite.

."Divulgada três meses antes de o Senado aprovar o afastamento definitivo de uma presidente eleita, quando poderia no mínimo alterar o calendário do impeachment, a denúncia nunca foi investigada para valer," lembra ele.

O jornalista recorda que, num despacho de junho de 2016, Teori Zavaski referiu-se a articulação dos senadores como "um dos mais graves atentados institucionais" de que se tem notícia.

Patricia Pillar questiona: Cadê o Ministro da Justiça?


Indignada com o caos capixaba, onde 137 pessoas já morreram desde que os policiais militares entraram em greve, depois de serem impedidos de trabalhar por suas próprias mulheres, a atriz Patrícia Pillar foi às redes sociais e protestou: Cadê o ministro da justiça??? Não fala nada sobre greve da PM???.

Na realidade, Alexandre de Moraes está mais ocupado em buscar de votos de senadores para se tornar ministro do Supremo Tribunal Federal.

Sobre a onda de violência no Espírito Santo, só falaram neste sábado os ministros Raul Jungmann, da Defesa, e Antônio Imbassahy, da secretaria de Governo.

"O Brasil está sem ministro da Justiça", disse Patrícia Pillar.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Convulsão no ES pode deflagrar intervenção militar no país, diz especialista


Especialistas entrevistados pela Rádio França Internacional temem que a convulsão social se degrade ainda mais e se alastre por outros estados, resultando em um conflito civil ou até mesmo em uma intervenção militar.

"Se esse movimento se generalizar por todo o país, provavelmente poderemos assistir a uma espécie de golpe militar, no qual o exército ocupará as ruas de todas as capitais brasileiras", prevê o coordenador do Mestrado em Geografia da UFES, Cláudio Luiz Zanotelli.

"Tudo isso acontece devido a um governo incompetente, incapaz, que cruza os braços e propõe como alternativa convocar o Exército para proteger a população", avalia.

Clima de 1964


"Não falta mais nada para lembrar o clima de 1964. O governo do Espírito Santo acabou de anunciar ultimatum à PM: ou o motim acaba às seis da manhã de hoje ou dará início aos trâmites para 'restabelecer a ordem'. 

Na minha interpretação isso quer dizer que se o ultimatum não for obedecido as tropas do Exército que se encontram no estado receberão ordem de invadir os quartéis. 

As consequências desse confronto, se houver, são imprevisíveis", diz o colunista Alex Solnik; "Marx vaticinou que a história não se repete, senão como farsa. Daqui a pouco veremos se ele estava certo".

"Quem manda no Brasil é a Globo"


Uma das mais carismáticas apresentadoras do "Fantástico", Doris Giesse revela ao jornalista Alex Solnik como a Globo manipula a opinião pública para impor ao país ou destruir pessoas e ideias que a família Marinho deseja, como ocorreu no episódio do impeachment de Dilma.

Ela afirma que Aécio Neves, com quem conviveu em 1985, é a pessoa errada no lugar errado e não mudou nada de lá para cá: "O talento dele é o blábláblá e não ser o herdeiro de Tancredo. Ele é o playboyzinho do Brasil, um papagaio de pirata".

Doris também conta como foi usada para ajudar a eleger o Collor e a diferença de tratamento entre os dois candidatos que disputaram o segundo turno em 1989.

Para ela, "o Brasil continua sendo uma colônia": "A gente não é guiado por nada que é genuinamente nacional. Isso está na cara. Só não vê quem não quer"

Historiador diz que o que está acontecendo no Espírito Santo é uma alerta para barbárie que pode estar se avizinhando


Em vídeo, o historiador Leandro Karnal diz que a elite brasileira "perdeu a noção de perigo", assim como a elite francesa em 1789 e a russa em 1917.

"Eles não estão sabendo lidar com o caldeirão que estourou neste momento no Espírito Santo, está prestes a estourar no Rio de Janeiro e continuam indicando amigos, compadrios como se nada houvesse."

Justiça barra feirão de Parente e trava venda de gasodutos


Justiça Federal em Sergipe suspendeu a operação de Pedro Parente, que vendia 90% da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), empresa que opera a malha de gasodutos da Petrobras na Região Sudeste, ao consórcio liderado pelo grupo canadense Brookfield, por US$ 5,19 bilhões, após ação movida pelo Sindicato dos Petroleiros Alagoas Sergipe (Sindipetro AL/SE).

Questionada pelo 247, a Petrobras se negou a informar como tem feito a avaliação das empresas que estão sendo vendidas.

A história acontece como tragédia e se repete como farsa!

Nas Asas da PANAIR

Conversa Afiada/A Odebrecht vai fechar como a Panair, 10/02/2017

O dia 10 de fevereiro não poderá ser esquecido e deve ser profundamente investigado. Necessita, também, de uma comissão da verdade. Tratou-se da maior violência perpetrada contra um grupo de empresas e de empresários brasileiros pelo golpe militar de 64 em conjunto com o Judiciário. Nesse dia, no ano de 1965, “enterrou-se” a maior companhia aérea que o Brasil já teve em todos os tempos.

Tão importante foi a Panair no mundo que até hoje não conseguiram enterrar seu nome. Basta ouvir a música “Conversando no Bar” de Milton Nascimento e Brant, imortalizada na voz de Elis Regina. Mesmo quem não conheceu a companhia chama a música de “Nas Asas da Panair”, que só não teve esse título para ultrapassar a censura, pois, se, de fato a música se chamasse como todos pensam que se chama, não seria liberada tamanha a sanha dos militares contra ela e seus proprietários – até que desaparecessem.

Uma atitude de perseguição política com a colaboração do Judiciário que afetou literalmente da noite para o dia a vida das 5.000 famílias de seus funcionários além de gerar uma indignação pública. Um roubo realizado com a ajuda reconhecida em mea culpa pelo próprio Judiciário. Roubou-se a companhia, seus proprietários, funcionários, o Brasil por assim dizer, mas não o nome – PANAIR – e nem o dito “Padrão Panair” que afirmam por ai nunca mais ter sido atingido por companhia alguma ao redor do planeta. Aliás, até hoje seus funcionários se reúnem regularmente e, solidários, acompanharam e combateram mesmo a arbitrariedade praticada. Lhes roubaram o sonho.

Pois bem, como a ditadura “cassou” as rotas da empresa e assim ela ficaria sem a maior parte do seu faturamento, a Panair imediatamente ingressou com pedido de concordata, equivalente da época para a atual Recuperação Judicial. Digo a maior parte e não todo o faturamento uma vez que a Panair ainda teria receita por ser proprietária de diversos aeroportos como o de Belém, Recife e outros, balcões, guichês, aviões, hangares, imóveis em Paris, Londres, Nova Iorque e etc.

Ela detinha as linhas de comunicação aeronáutica de toda a América do Sul, além de redes telegráficas e, ainda, a CELMA, empresa que fabricava peças e fazia manutenção nos equipamentos da Panair e das empresas congêneres, para não dizer das concorrentes. A CELMA foi cercada e literalmente tomada pelos militares no mesmo dia.

Pois bem, impetrada a concordata, em poucos dias, após a visita do Brigadeiro Eduardo Gomes, Ministro da Aeronáutica da ditadura, ao Juiz da causa, a Justiça decretou a falência da companhia, que não tinha um único título protestado ou cobrança judicial. A justificativa – a FUTURA insolvência por falta de rotas...

No vai e vem judicial todos os ativos da Panair foram leiloados liquidando-se a companhia, numa velocidade processual histórica, nunca antes vista e que jamais o será. O ridículo é que o síndico encarregado de vender os ativos e pagar o passivo apresentou um saldo a época de 500 libras.

Isso, considerando que a companhia, após dois anos da decretação de sua falência, pagou com recursos próprios a demissão de todos os seus funcionários - e em dobro!

Além disso seu débito com a União foi quitado com a “desapropriação” de seus aviões, posteriormente vendidos a preço de banana para a Varig.

Nesse período, 1964/1965, os militares afirmavam que devolveriam o país à democracia com eleições presidenciais e que o AI-5 só foi instituído em 13 de dezembro de 1968, ou seja, a conivência do Judiciário não foi por conta de “pressões” - foi combinada mesmo.

A VARIG, que na época era 5 vezes menor que a Panair em número de funcionários e não detinha praticamente nenhuma rota internacional, imediatamente assumiu o “controle” da companhia.

Tanto que, no fatídico dia 10 de fevereiro de 1965, no início da noite, a Varig já realizou o vôo Panair programado do Rio para Frankfurt com sua própria tripulação. Os passageiros que estavam no avião da Panair, na pista do Galeão, foram deslocados para o da Varig, ao lado, onde já eram esperados !

E, para arrematar, a falência da Panair, num caso único, foi decretada novamente por ato do Executivo. Assim matava-se a maior companhia aérea nacional e criava-se um “filhote”, não da Panair...

Como se não bastasse, em 1969 proibiu-se por decreto a possibilidade de qualquer companhia aérea pedir concordata, talvez para impedir a vitória de qualquer dos recursos legais contra a falência da Panair. O ato ficou conhecido como “Decreto Panair”.

A ironia é que a VARIG faliu pelos meios legais, porque foi obrigada a aguardar, agonizando, a promulgação da nova lei de Recuperação Judicial que lhe permitisse a “concordata”, dado que a legislação então vigente criada pela ditadura lhe impedia de utilizar esse benefício, e em 1995 a falência da Panair foi revogada na justiça.

É óbvio que na situação atual a Panair dificilmente voará novamente, mas essa conta ficará para o Governo pagar mais uma vez e será bem salgada. Tudo isso é fruto da irresponsabilidade dos administradores públicos, e do conluio com o Judiciário.

Se, por um lado, a decisão judicial que devolveu a empresa à “normalidade” não terá efeito prático, teve e terá um efeito brutal na honra de seu “comandante” da época, Paulo Sampaio, que, se não pode lavar a sujeira da época, pode pelo menos lavar a honra da companhia, de seus funcionários e a sua própria, além de lavar-lhe a alma depois de quase meio século de incansável e quase solitária luta pelo direto da empresa. Servirá também de exemplo no momento em que for determinada a indenização. Nesse momento os brasileiros verão quanto custa a irresponsabilidade do administrador público e do Judiciário que age por vendeta ou perseguição. E a conta?

Inegavelmente justa e devida, certamente será paga pelo contribuinte, ou seja, por todos nós. Mas cuidado, a história acontece como tragédia e se repete como farsa!

Parabéns a Paulo Sampaio e à Panair!

Aroldo Camillo Joaquim Filho, advogado

A Odebrecht vai fechar como a Panair

Foi o conluio dos militares com o Judiciário!

Conversa Afiada, 10/02/2017

No dia 10 de fevereiro de 1965, o ministro da Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes fechou a Panair do Brasil.

E deu a preço de banana para a Varig, de indisfarçável origem nazista.

O Brigadeiro perdeu duas eleições presidenciais.

Um mau, péssimo perdedor.

Era um santarrão.

Ídolo das mal-amadas do Lacerda, as coxinhas de Higienópolis.

Solteirão, como o filho do Yves Gandra, de saudosa memória.

A Panair foi um de muitos empreendimentos de um gênio brasileiro, Mario Wallace Simonsen!

Era o maior comerciante de café do mundo e, em cima do café, construiu um império que ia de supermercados à TV Excelsior, do embrião da Embratel ao maior centro de mecânica de aviões das Américas, em Petrópolis, no Rio, que, já, já, o gatinho angorá venderá à American Airlines a preço da banana, com correção cambial.

Mario Wallace cometeu um pecado mortal.

Apoiou Jango.

A TV Excelsior segurou Jango no poder quando Jango não estava mais em Brasília!

E com o mestre Janio de Freitas, Wallace começou - no inicio de 1964 - a montar um jornal nacional, impresso, para enfrentar o PiG.

O Golpe militar precisava destruí-lo.

E abriu duas frentes.

Uma CPI do Café, na Câmara, sob a liderança de Herbert Levy, um dos santarrões da UDN de São Paulo, mancomunado com o Estadão e o cerco implacável à Panair - com a ajuda do Judiciário.

É a estrategia da destruição da Odebrecht e toda a engenharia pesada brasileira.

Norberto, Emilio e Marcelo Odebrecht podem não ser santinhos do pau oco.

Mario Wallace Simonsen era um homem de bem, corretíssimo.

Mas, se o Capitalismo só se construísse em cima de homens de caráter, os Estados Unidos eram uma Jamaica!

O que há de significativo nessa narrativa é a repetição da técnica de destruição de um conglomerado brasileiro de ponta, de padrão internacional.

Que será entregue na bandeja aos chineses, aos americanos - a quem aparecer primeiro.

E como é o nome do Juizeco de primeira instância que decretou a falência da Panair?

O amigo navegante se lembra?

Nem eu.

(A historia de Mario Wallace Simonsen, da TV Excelsior e da Panair está, em minucias, no best-seller "O Quarto Poder - uma outra história")

Hacker preso por Moraes ameaçou jogar nome de Temer "na lama"

A permanência de Alexandre de Moraes na Justiça, mesmo após as decapitações de presos, e sua ida para o Supremo Tribunal Federal podem ter outra explicação: a prisão de um hacker que invadiu o celular de Marcela Temer e ameaçou jogar o nome de seu marido na lama. Entenda esse enredo!

247 - A permanência de Alexandre de Moraes na Justiça, mesmo após as decapitações de presos, e mais recentemente sua indicação para o Supremo Tribunal Federal podem ter outra explicação: a prisão de um hacker que invadiu o celular de Marcela Temer e ameaçou jogar o nome de seu marido "na lama".

No processo, que teve seu sigilo levantado agora, o hacker dizia ter fotos, contas de e-mail e também um áudio que arruinaria a reputação de Temer, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. A mensagem de voz, que teria sido obtida pelo hacker após clonagem do celular de Marcela, foi enviada por ela ao irmão, Karlo Augusto Araújo.

"Pois bem como achei que esse video [na verdade, áudio] joga o nome de vosso marido [Temer] na lama. Quando você disse q ele tem um marqueteiro q faz a parte baixo nível... pensei em ganhar algum com isso!!!!", escreveu o hacker a Marcela, que pediu R$ 300 mil para não divulgar o arquivo.

Moraes, então secretário de Segurança Pública de São Paulo, comandou o caso pessoalmente e, sem alarde, prendeu o hacker em 40 dias. Foi criada na Polícia Civil uma força-tarefa com cinco delegados, 25 investigadores e três peritos para investigar o caso.

Ao prender o hacker, Moraes se tornou credor de quem agora o indicou ao STF, a despeito de todas as suas polêmicas. A mais recente foi a sabatina informal com senadores num barco-motel.

Com bens declarados de R$ 1,8 mi, Barros virou sócio de área de R$ 56 mi

Mais um ministro de Temer que não deveria ser ministro. Na época da Dilma não podia! Se fosse do PT, nem pensar!

Rubens Valente/Folhapress 
Área de projeto de condomínio em que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, adquiriu imóvel no Paraná

Folha, 10/02/2017

Com bens declarados de R$ 1,8 milhão, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), adquiriu, em 2014, metade de um terreno de R$ 56 milhões em Marialva (PR), segundo documentos obtidos pela Folha em cartórios.

O ministro disse à Folha que fez um empréstimo de R$ 13 milhões de seu sócio na transação, uma empresa do setor imobiliário, para bancar o negócio.

Naquele ano, Barros era secretário de Indústria e Comércio do Paraná, disputou uma vaga de deputado federal e declarou à Justiça Eleitoral o seu patrimônio.

Em 2015, na condição de deputado, ele apoiou, por meio de um requerimento, a liberação de R$ 450 milhões de emenda da União para a construção de uma rodovia de 32 km que passa a 3 km do terreno.

A emenda havia sido apresentada um ano antes pela bancada de parlamentares do Paraná, que incluía a mulher do ministro, a então deputada federal Cida Borghetti (PP), hoje vice-governadora do Estado e sócia dele na compra da propriedade. Na eleição de 2014, Cida declarou um patrimônio de R$ 805 mil.

A emenda de R$ 450 milhões chegou a ser incluída na previsão de gastos do Executivo de 2015, mas depois foi congelada em razão do ajuste fiscal.

Indagado pela Folha como conseguiu comprar metade de uma propriedade de R$ 56 milhões, Barros respondeu, por meio da assessoria, que usou o empréstimo de R$ 13 milhões da empresa Paysage, sócia dele na aquisição.
Editoria de Arte/Folhapress 

O valor serviu, na versão do ministro, para dar o seu sinal na compra, que seria feita em três parcelas. O terreno foi adquirido de duas famílias de Maringá.

Para comprar sua parte, Barros usou duas empresas, a MRC e a RC7, com um capital social de R$ 10 mil cada. Elas foram criadas em outubro de 2013 e maio de 2014 em nome dele e da mulher.

A MRC, sediada no escritório político do ministro em Maringá, foi montada 20 dias antes da divulgação do estudo de impacto ambiental da rodovia pela prefeitura.

O prefeito de Maringá na época do negócio era um aliado de Barros, Roberto Pupin (PP). Ele havia sido vice-prefeito do irmão do atual ministro, Silvio Barros, que administrou Maringá de 2005 a 2012.

A nova rodovia, batizada de Contorno Sul Metropolitano, faria uma ligação mais rápida da propriedade com outras localidades.

Um condomínio de alto padrão está previsto para ser construído no local, de 1,3 milhão de metros quadrados.

FIADOR

Em dezembro de 2014, já como deputado eleito, Barros assinou um documento de reconhecimento de dívida.

A partir de 2016, ele e sua mulher passaram a aparecer como "fiadores" e não mais como proprietários, ou seja, responsáveis por dívidas não pagas pelo responsável direto.

À Folha o ministro disse que vendeu à Paysage suas duas empresas, o que levou, segundo ele, à "quitação" do empréstimo de R$ 13 milhões. Ou seja, as microempresas recém criadas foram dadas em troca do empréstimo.

Em janeiro, as famílias Faion e Dada, que venderam o terreno, ajuizaram uma ação para cobrar uma dívida que, em valores atualizados, atingiria R$ 7,5 milhões.

Pelo acordo feito entre Barros e a Paysage no final de 2015, a empresa também assumiu esse pagamento, segundo o ministro. Se fosse mantido o primeiro arranjo, de compra meio a meio entre as duas partes, Barros teria de pagar R$ 3,7 milhões.

Ao final da operação, ele teve dois ganhos: deixou de ser responsável direto pela dívida e não arcou com o prejuízo de um possível insucesso do empreendimento, cuja execução começou a dar problemas.

'NÃO USUAL'

Sem conhecer os nomes dos compradores, falando do negócio em tese, dois especialistas em contabilidade disseram à Folha que se tratou de uma "operação incomum", ressaltando que não podem assegurar, sem verificar os documentos, que se trate de algo ilícito.

Eles destacam o fato de uma incorporadora ter emprestado R$ 13 milhões a duas empresas que, somente pelo capital social, não possuíam capacidade financeira para honrar o compromisso.

"É uma operação não usual, muito estranha. A incorporadora ter passado o dinheiro e ter recebido a empresa de volta sugere que ela aceitou um prejuízo. É uma operação que revela uma relação de amizade", disse o vice-presidente do CFC (Conselho Federal de Contabilidade), Zulmir Ivânio Breda.

"O montante emprestado é atípico. Você cria uma empresa de R$ 10 mil para montar uma lojinha, um carrinho de cachorro quente, não para comprar um imóvel de mais de R$ 50 milhões. Não é comum no mercado", disse o presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, Idésio Coelho.

OUTRO LADO

O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou à Folha, por meio da assessoria, que o apoio à obra na região em que negociou a compra em 2014 de um terreno de R$ 56 milhões começou em 2011, portanto, três anos antes da transação.

"A obra do contorno Sul de Maringá é fruto de um convênio entre a prefeitura municipal de Maringá e o Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte] firmado em 2011, três anos antes da compra do terreno. Ou seja, no período da compra, a eventual valorização do terreno já teria ocorrido", afirmou.

"Como se sabe, o valor do capital social de qualquer empresa não limita seus negócios", disse o ministro sobre a afirmação de que entregou duas firmas dele e de sua mulher, ambas com capital social de R$ 10 mil cada, em troca da quitação do empréstimo de R$ 13 milhões com a empresa Paysage, sócia dele na transação de 2014.

O dinheiro, segundo o ministro, foi usado para ele entrar no negócio na época. Segundo Barros, o empréstimo foi feito com juros.

"O imóvel foi comprado para pagamento em três parcelas anuais. Para a parte que caberia a MCR e RC2 (as duas empresas dele), foi negociado um empréstimo", ressaltou sua assessoria.

A RC2 trocou de nome depois para RB01, as iniciais do ministro da Saúde.

"Em 3 de dezembro de 2015, a totalidade das quotas das empresas MCR e RC2 –RB01 foram transferidas à Paysage, em troca da quitação do empréstimo. A Paysage assumiu também os compromissos financeiros correspondentes à MRC e RC2 –RB 01", diz a assessoria.

Sobre a dívida de R$ 7,5 milhões cobrada pelos vendedores do terreno, a assessoria de Barros respondeu: "Eles [Barros e Cida, sua mulher] não têm mais participação nas empresas e, por consequência, na compra do terreno. Estão seguros de que a empresa Paysage cumprirá seus compromissos, quitando a dívida".

Com a emenda de R$ 450 milhões bloqueada pelo governo, o Dnit buscou verbas próprias e incluiu a obra no Orçamento de 2016. Em dezembro, o órgão anunciou que abrirá a concorrência no próximo dia 17. O órgão informou à Folha que não há data prevista para o início da obra "pois o edital está em aberto". "Não houve gasto, nem contratação, pois o processo licitatório está em andamento."

Procurada, a empresa Paysage, sediada em Curitiba (PR), informou que não iria se manifestar sobre o negócio feito com o hoje ministro da Saúde. A Folha manteve contato telefônico com a assessoria jurídica da empresa, mas não houve resposta.

Apesar da venda de mais de 60 lotes, hoje o terreno continua sem a infraestrutura básica e a divisão por lotes –a Paysage promete entregar a primeira etapa até o final do ano. Os lotes custavam de R$ 140 mil a R$ 168 mil por unidade, porém houve atraso nas obras de urbanização.

A reportagem esteve na residência de uma das famílias que movem a ação de cobrança de dívida contra Barros e a Paysage. Foram deixados recados, mas não houve resposta até a conclusão desta reportagem. O advogado das duas famílias que movem a ação também foi procurado e não se manifestou.

Foram deixados recados em sua casa e em seu escritório.

CRONOLOGIA

10.out.2013: Barros e sua mulher, a atual vice-gover- nadora do PR, Cida Borghetti (PP), abrem a empresa MRC

30.out.2013: Divulgado o estudo de impacto ambiental com o traçado da rodovia Contorno Sul, obra de 32 km na região de Maringá, reduto eleitoral de Barros

24.dez.2013: Empresa de Barros faz com outros #empresários um contrato de compra de lote de terras para criação de um condomínio fechado em Marialva

02.mai.2014: Barros e mulher criam outra empresa, a RC2

17.dez.2014: Barros assina escritura de reconhecimento de dívida, na qual se informa que suas empresas MRC e RC2 adquiriram 50% dos lotes da gleba, avaliada ao #todo em R$ 56 milhões

Dez.2015: Segundo o ministro, ele vende para a Paysage #as suas firmas MRC e RC2, "quitando" o empréstimo de R$ 13 milhões

10.mar.2015: Barros apresenta ao Senado um requerimento #para pedir a liberação da emenda de R$ 450 milhões para a obra do Contorno Sul

1º.mar.2016: DNIT anuncia edital para a construção #do Contorno Sul

27.Jan.2017: Ex-donos dos terrenos processam #o ministro, a mulher dele e empresários, cobrando #dívida de R$ 7,5 milhões. O casal é citado na ação #como 'garantidor e fiador' do negócio

Mídia pró-Temer omite inquérito contra o golpe

Não é a primeira vez que ela age assim e vai continuar sendo assim tendo em vista os acordos espúrios entre as partes

Os veículos de comunicação que promoveram o golpe parlamentar de 2016, responsável pela maior tragédia política, econômica e social da história do Brasil, decidiram esconder de seus leitores o inquérito aberto ontem no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Luiz Fachin, em que políticos do PMDB são acusados de derrubar a presidente Dilma Rousseff com a finalidade de obstruir a Lava Jato.

Na Folha, a notícia mereceu apenas uma nota de rodapé. No Globo, uma nota discreta, com um parágrafo sobre a natureza da obstrução judicial (derrubar Dilma para estancar a sangria) e no Estado de S. Paulo, o impeachment fraudulento foi chamado de "supostas manobras" legislativas.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A Comissão de "Justiça" do Senado está bichada!

Eles são muito tolerantes...

Conversa Afiada, 09/02/2017


Do Drive Premium do Fernando Rodrigues, sobre onze dos 27 titulares da Comissão de Constituição e Justiça que vão sabatinar (sic) o plagiador vil denunciado pelo Fel-lha.

Sem esquecer do Índio, que preside o Senado e o Congresso, o Justiça, que lidera o PMDB, e o Caju que lidera o Governo naquela Casa (de elástica tolerância...):

Eis quem está mencionado (nas delações da Lava Jato - PHA)

Há 11 dos 27 titulares da CCJ citados. Desses, 9 continuam encrencados. Eis a lista (todos negam ter cometido irregularidades):

- Edison Lobão (PMDB-MA): o presidente da CCJ é alvo de 2 inquéritos. É mencionado pelo delator Paulo Roberto Costa e também em supostas fraudes nas obras de Angra 3 (Rio) e Belo Monte (Pará). Dois inquéritos contra ele já foram arquivados.

- Eduardo Braga (PMDB-AM): executivos da Andrade Gutierrez acusam o senador de receber propina na obra da Arena da Amazônia, em Manaus.

- Jader Barbalho (PMDB-PA): 1 assessor de Sérgio Machado, Felipe Parente, disse em delação que o senador recebeu propina.

- Marta Suplicy (PMDB-SP): teria recebido R$ 500 mil via caixa 2 da Odebrecht, segundo executivos da empreiteira em SP.

- Valdir Raupp (PMDB-RO): Teria recebido propina de R$ 500 mil para sua campanha em 2010, segundo Paulo Roberto Costa.

- Gleisi Hoffmann (PT-PR): ré pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. É acusada de receber R$ 1 milhão.

- Aécio Neves (PSDB-MG): citado em delação da Odebrecht. Teria recebido cerca de R$ 15 milhões.

- Aloysio Nunes (PSDB-SP): citado como recebedor de propina da empreiteira UTC. Os valores seriam de R$ 300 mil de forma oficial e R$ 200 mil em caixa 2 para sua campanha ao Senado.

- Benedito de Lira (PP-AL): alvo de inquérito em que é suspeito de receber recursos ilícitos da Petrobras.

Paulo Teixeira aponta ilegalidades e diz que Moro não pode julgar Lula


Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) leu no plenário da Câmara nesta quinta-feira, 9, uma lista em que aponta 12 ilegalidades cometidas pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, e afirma que ele não pode continuar à frente do processo contra o ex-presidente Lula.

A leitura ocorre um dia depois de o juiz ter negado recurso da defesa de Lula para suspender audiências nos próximos 15 dias, em decorrência da morte de Marisa Letícia, permitindo que uma audiência ocorra nesta quinta, mesma data da missa de sétimo dia em homenagem à ex-primeira-dama.

"O julgamento foi gravemente contaminado pela parcialidade do juiz. Sérgio Moro está inebriado pela fama que o caso lhe deu, retirando-lhe a venda simbólica que fecha os olhos da justiça e permitindo desequilíbrio da balança a favor da acusação, que deveria ser papel do Ministério Público, mas tem sido exercido por Moro", diz Teixeira.

Fernando Henrique inocenta Lula em seu depoimento a Moro

FHC depõe em defesa de Lula

Em depoimento por videoconferência nesta quinta-feira, 9, ao juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falou como testemunha de defesa de Paulo Okamotto sobre o acervo presidencial.

FHC disse que o acervo oriundo da troca de presentes entre presidentes e líderes de nações acaba por gerar um "problema" para o ex-mandatário.

"Um problema imenso. Como o acervo é de interesse público, você (qualquer ex-presidente) apela para doadores, porque você é obrigado a manter a coleção de objetos, mas não tem recurso para manter", explicou.

Para o Instituto Lula, as declarações de Fernando Henrique Cardoso confirmam o que diz a defesa do ex-presidente: o acervo presidencial não é formado por bens pessoais e sua manutenção não traz vantagens pessoais a qualquer ex-presidente.

Temer e a falência dos órgãos



"Um resumo das ultimas 24 horas do governo Temer mostra o resultado esperado de um governo que fez um pacto com o diabo para derrotar a democracia e não tem como pagar a conta", afirma Paulo Moreira Leite.

"Enquanto um juiz de primeira instância barrava a nomeação de Moreira Franco para o ministério e a Polícia Federal acusava o aliado Rodrigo Maia de receber propina de R$ 1 milhão, também ocorreram movimentos graves nos degraus inferiores do Estado", diz ele, citando a violência no Espírito Santo e a invasão do Congresso pela polícia em Brasília.

Para PML, a situação do país confirma a visão de que "governos sem voto popular estão condenados a conviver com um inferno social que habita os subterrâneos de um país desigual, atrasado, de longa reincidência autoritária".

Moro fará audiência contra Lula na data da missa de 7º dia de Marisa

É perseguição mesmo!

A defesa do ex-presidente Lula pediu ao juiz Sérgio Moro o adiamento de audiências que estavam marcadas para os próximos 15 dias, em decorrência do falecimento da ex-primeira-dama Marisa Letícia.

O recurso traz o argumento de que, por motivos pessoais relevantes, está prejudicado o contato entre Lula e seus advogados, o que impede que a defesa possa se preparar para as audiências.

Moro, porém, indeferiu o pedido e fará audiência de instrução nesta quinta-feira 9, quando acontece a missa de sétimo dia de Dona Marisa.

No despacho, chamou o falecimento de Marisa de "trágico e lamentável acontecimento".

Ao contrário de Moro, juiz de Brasília adiou processo após morte de Marisa

É perseguição mesmo!

Ao contrário do juiz Sérgio Moro, que marcou audiência no processo contra o ex-presidente Lula para esta quinta-feira, 9, dia da missa de sétimo dia da ex-primeira-dama Marisa Letícia, o juiz federal Ricardo Leite, da 10ª vara da Justiça Federal de Brasília, acatou o pedido de adiamento de depoimento do ex-presidente, em função do falecimento da esposa.

A oitiva estava marcada para o dia 17 de fevereiro e foi remarcado para o dia 14 de março.

Ana Júlia se revolta com reforma imposta no ensino médio e questiona: que democracia é essa?


Estudante Ana Julia Ribeiro, que se tornou símbolo da luta dos estudantes secundaristas por uma educação de qualidade, fez duras críticas à aprovação, pelo Senado, da Medida Provisória 746 de Michel Temer que reforma o ensino médio nas escolas públicas do País.

"Nós queremos saber: que democracia é esta numa proposta a qual acaba com o Ensino Médio, com a dignidade dos estudantes do ensino público", afirmou.

"Nós ocupamos escolas em ato de repúdio a esta medida provisória e um Senado sem moral nenhum aprova, mesmo sabendo que 94% da população desaprova a reforma", disse a estudante em sua página no Facebook.

Cunha diz que Moro montou hotel de delação


Ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusou o juiz Sergio Moro, da Lava Jato, de ter montado um hotel da delação nas carceragens curitibanas para forçar seus presos a delatar.

Com esse argumento, ele espera ser solto pelo Supremo Tribunal Federal; preso em Curitiba há mais de quatro meses, o peemedebista mostrou que está partindo para o ataque, após afirmar que Michel Temer mentiu em depoimento e que ele tinha, sim, participação na indicação de diretores da Petrobras que mais tarde seriam apontados como operadores do PMDB em esquemas de corrupção da estatal.

Veja se vale a pena comprar imóvel após mudanças no Minha Casa, Minha Vida

UOL, 09/02/2017

Getty Images/iStockphoto/Pogonici

O programa Minha Casa, Minha Vida passou a atender famílias com renda mensal de até R$ 9.000 e o valor do imóvel pode chegar a R$ 300 mil nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Vale a pena comprar um imóvel após essa mudança? O UOL ouviu especialistas, e as recomendações variam.

Quem puder deve comprar um imóvel agora e aproveitar as novas condições, na opinião de Rodrigo Luna, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP (sindicato das empresas do mercado imobiliário). "Dificilmente haverá uma oportunidade como temos hoje. A tendência é que os preços aumentem. Se puder, deve aproveitar. É um excelente momento para compra".

O advogado Alessandro Calistro, especializado em direito imobiliário, também concorda. "O momento é bom, sim. O mercado está com estoque de imóveis e isso vai propiciar uma boa negociação."

Opinião diferente tem o economista Gesner Oliveira, sócio da GO Associados, professor de economia da FGV-SP e colunista de UOL Economia. Em artigo publicado no começo do ano, ele diz que quem pensa em comprar um imóvel não deve ter pressa, porque o mercado continuará favorável ao comprador pelo menos no primeiro semestre. Sua recomendação: faça um colchão de liquidez (isto é, deixe seu dinheiro engordar com a taxa de juros), pesquise bem e pechinche por descontos.

Calistro afirma que o aumentar a renda máxima para participar do Minha Casa, Minha Vida era um pedido antigo do setor da construção. Porém, diz que o valor do imóvel que se enquadra no programa também deveria mudar.

Em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, o valor passou de R$ 225 mil para R$ 240 mil. Porém, segundo o Ministério das Cidades, "proposta aprovada pelo Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) prevê a possibilidade de ampliar os valores do imóvel (...) em até 25%". Com isso, o valor máximo chegaria a R$ 300 mil em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, financiando com juros de 9,16% ao ano.

Há discussões, porém, se esse limite atende às famílias com uma renda maior. "Tem esse contrassenso. Quando o máximo de renda era de R$ 6.500, isso já ocorria um pouco", diz Calistro.

"Agora, uma casa de R$ 240 mil pode não ser tão atrativa para quem tem renda familiar de até R$ 9.000, mesmo com os juros menores. Em R$ 300 mil começaria a ficar interessante, mas precisaria de um ajuste, em torno de R$ 450 mil o valor do imóvel, para atingir esse público", diz o advogado.
Juros menores, mas não tão baixos

Os juros para as famílias com renda de R$ 7.000 a R$ 9.000 serão de 9,16% ao ano.

Para Edgar Cândido do Carmo, professor de Economia e Habitação do Mackenzie, a taxa não é tão atrativa assim. "É um pouco menor do que a taxa do mercado e não há subsídios do governo [como acontece para famílias com renda até R$ 4.000]. Hoje você consegue um financiamento por cerca de 10% ao ano. Por isso, não acho que vai causar uma correria para se garantir uma casa."

Veja as taxas médias* cobradas nos principais bancos:

Banco do Brasil: a partir de 11,29% ao ano, mais TR, mas pode variar conforme o relacionamento com o cliente;

Bradesco: taxa de 10,7% ao ano;

Caixa Econômica Federal: de 9,75% a 11% ao ano, mais TR;

Itaú Unibanco: a partir de 10,5% ao ano, conforme o relacionamento e o histórico do cliente;

Santander: as taxas variam de 9,70% a 14,1% ao ano.

Segundo os dados mais recentes do Banco Central, em dezembro de 2016, a taxa média de juros para financiamentos imobiliários era de 10,8% ao ano.

Renda familiar soma o salário de todos da casa

As faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida levam em conta a renda familiar, que é composta pelos salários e ganhos de todos os membros da família que vivem na mesma casa, segundo a Caixa.

Assim, se um casal mora junto, mas não é casado no papel, a renda familiar inclui os dois. Se tiverem um outro membro da família que trabalhe, como um filho, por exemplo, a renda dele também será somada. Se são casados, não é possível que um compre o imóvel sozinho --uma mulher casada, por exemplo, não pode declarar apenas a renda própria e comprar o imóvel em seu nome, sem o marido.

Como isso é checado, na prática? A Caixa afirma que verifica documentos, como holerite, declaração de Imposto de Renda e movimentação bancária, mas que, na prática, conta com a boa-fé do consumidor.

* Para financiamento pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação), que regula a maioria dos financiamentos imobiliários no Brasil. Para se enquadrar neste sistema, o imóvel deve custar, no máximo, R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Nos outros Estados, o limite máximo do imóvel é de R$ 650 mil. Os valores foram informados pelas assessorias de imprensa dos bancos.

O juiz popular

Embora seja radicalmente contrário a Cunha, seu artigo é abalizado, tem fundamentos importantes e precisa ser analisado

Folha, 09/02/2017

Na integra o artigo de Cunha, hoje na Folha de São Paulo


Faz pouco tempo, esta Folha publicou um artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite com críticas ao juiz Sergio Moro, expressando sua legítima opinião. O juiz escreveu resposta em que criticou a Folha por dar espaço ao texto, como se a democracia comportasse que as opiniões contrárias às nossas fossem censuradas -ou seja, ou me elogie ou se cale. Essa era a lógica da resposta.

Com este artigo que publico agora, sei que minha família e eu poderemos correr o risco de sermos ainda mais retaliados pelo juiz, mas não posso me calar diante do que acontece.

Estou preso por um decreto injusto, o qual contesto através de habeas corpus e da reclamação ao Supremo Tribunal Federal, já que não houve qualquer fato novo para ensejar uma prisão, salvo a necessidade de me manter como troféu.

Minha detenção afronta a lei nº 12.043/11, que estabelece que antes da prisão preventiva existam as medidas cautelares alternativas.

Deve-se ainda levar em conta que um dos fundamentos de minha prisão veio de proposta do Ministério Público -prisão preventiva para evitar a dissipação patrimonial- incluída no chamado pacote anticorrupção. Essa medida, todavia, já foi rejeitada pela Câmara.

Para coroar, o juiz, para justificar sua decisão, vale-se da expressão "garantia da ordem pública", sem fundamento para dar curso de legalidade ao ato ilegal. Isso, afinal, tornou-se mero detalhe em Curitiba, já que basta prender para tornar o fato ilegal em consumado.

A jurisprudência do STF não permite, pela via do habeas corpus, a supressão de instâncias, fazendo com que se leve no mínimo seis meses para que o mérito chegue ao tribunal, punindo quem está preso ilegalmente com uma antecipação de pena, sem condenação. O meu habeas corpus está no Superior Tribunal de Justiça.

Convivendo com outros presos, tomo conhecimento de mais ilegalidades -acusações sem provas, por exemplo, viram instrumentos de culpa. A simples palavra dos delatores não pode ser a razão da condenação de qualquer delatado.

Ocorre ainda pressão para transferir a um presídio aqueles que não aceitam se tornar delatores, transformando a carceragem da Polícia Federal em um hotel da delação.

Apesar das condições dignas do presídio e do tratamento respeitoso, é óbvio que a mistura de condenados por crimes violentos e presos cautelares não é salutar.

Uma das principais causas da crise do sistema penitenciário é o contingente de 41% de presos provisórios. Esse fato tende a ser agravado com a decisão do STF de autorizar o encarceramento após condenação em segunda instância.

É bom deixar claro para a sociedade que a minha segurança e a dos demais presos cautelares é de responsabilidade do juiz Sergio Moro. Ninguém questiona a existência de um criminoso esquema de corrupção; punições devem ocorrer, mas observando o devido processo legal.

Não podem ocorrer fatos tais como a entrevista em que a força-tarefa de Curitiba, quando eu ainda era presidente da Câmara, declarou minha culpa e pregou minha prisão, ignorando o fato de que eu ainda desfrutava de foro privilegiado.

Ou ainda o espetáculo deprimente da denúncia contra o ex-presidente Lula -independentemente da opinião ou dos fatos, jamais poderia ter se dado daquela forma.

Algumas propostas legislativas são importantes para combater as ilegalidades praticadas.

1) Definir com clareza o conceito de garantia de ordem pública para motivar uma prisão cautelar.

2) Estabelecer um prazo máximo para a prisão preventiva, caso o habeas corpus não subsista com o trânsito em julgado.

3) Separar os presos cautelares dos condenados.

4) Determinar a perda dos benefícios de delatores que não comprovam suas acusações.

5) Alterar a lei das inelegibilidades para quarentena de no mínimo quatro anos para juízes e membros do Ministério Público que queiram disputar mandato eletivo.

6) O juízo de instrução não pode ser o juízo do julgamento. Os processos não podem ser meros detalhes de cumprimento de formalidades para chegar a condenações já decididas de antemão.

Juízes e membros do Ministério Público devem respeito à Constituição, às leis, ao Estado democrático de Direito. A história mostra que o juiz popular ou o tribunal que lava as mãos como Pilatos não produzem boas decisões.

EDUARDO CUNHA, ex-deputado federal (PMDB/RJ) e ex-presidente da Câmara dos Deputados (fevereiro de 2015 a julho de 2016), foi preso em outubro de 2016 pela Lava Jato, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

“Cunha mandou recado claro a Temer: ou me tiram da cadeia ou entrego todo mundo”


Senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse nesta quarta-feira, 8, que o depoimento do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao juiz Sérgio Moro foi um claro recado a Michel Temer: "Ou vocês conseguem me tirar da cadeia, viabilizam que eu possa responder os processos em liberdade, ou eu começo a entregar todo mundo. Ele deixou claro, que para ele, quem comandava as nomeações do PMDB na Petrobras era o Michel Temer", diz Requião.

Cunha diz que Temer mentiu e participou de nomeações na Petrobras

Cunha diz que era Temer quem nomeava na Petrobras

O primeiro depoimento do ex-deputado Eduardo Cunha ao juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, contestou afirmações de Michel Temer sobre sua participação nas decisões da Petrobras.

Cunha afirmou que Temer participou, em 2007, de uma reunião com a bancada do PMDB para discutir as indicações do partido para diretorias da Petrobras.

“Essa reunião era justamente pelo desconforto que existia com as nomeações do PT”, afirmou Cunha.

Temer depôs, por escrito a Moro, como testemunha de defesa de Cunha e declarou que “não houve essa reunião”, citada na denúncia da força-tarefa da Lava Jato. Cunha, por sua vez, disse a Moro que “a resposta de Michel Temer nas perguntas está equivocada”.

Janot reconhece que o golpe foi dado para frear a Lava Jato

Romero Jucá defendeu derrubar Dilma para estancar a sangria da Lava Jato

O impeachment da presidente Dilma Rousseff foi a forma encontrada por políticos acusados de corrupção de obstruir a Operação Lava Jato.

Quem diz isso é o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que cita a "solução Michel", no inquérito em que pede investigação contra Romero Jucá, Sergio Machado, Renan Calheiros e José Sarney.

De acordo com o procurador, o ‘plano’ elaborado pelo que chamou de ‘quadrilha’ foi colocado em prática logo após Temer assumir interinamente a presidência, em maio de 2016.

De fato, a estratégia segue a pleno vapor e o lance mais recente foi a indicação de Alexandre de Moraes para o STF.

Em novo trecho da conversa entre Jucá e Sérgio Machado, o senador admitiu encontro e apoio de nomes do PSDB para o "grande pacto nacional" de obstruir a Justiça e aceitar o impeachment de Dilma Rousseff.

Investimentos desabam 10,8% no primeiro ano do golpe



Embora Michel Temer e Henrique Meirelles tenham prometido trazer de volta a confiança, a promessa não se concretizou.
 
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no ano de 2016, os investimentos acumularam uma queda de 10,8%, se comparado com 2015.
 
De acordo com o Ipea, no quatro trimestre a economia teve investimentos negativos em 3,7% ante o trimestre anterior.
 
Um dos principais setores atingidos pelo golpe, a construção civil retraiu-se 0,6% em dezembro, frente ao mês de novembro. E se comparado com o mesmo mês de 2015, a queda vai a 10,1%.

Escolha de Moraes sugere revisão de critérios nas indicações ao STF

Se a nomeação acontecer será a maior gafe da história do Supremo!
 

"A indicação, por Temer, de seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para o STF é tão escandalosa que já começa a suscitar o necessário e sempre interditado debate sobre os critérios hoje vigentes para a escolha de ministros de sua Suprema Corte", afirma Tereza Cruvinel.
 
A jornalista destaca que a Constituição não diz que é o presidente da República quem escolhe os membros do Supremo, mas apenas os nomeia, e quem os aprova é o Senado.
 
"As indicações deveriam partir do povo, diretamente ou por seus representantes. Mas esta é uma mudança a ser feita em tempos de democracia plena e livre debate sobre seu aprimoramento. Talvez numa Constituinte que passe a limpo todas as violações recentes ao Estado de Direito Democrático", completa Tereza.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Imagine se Lula ou Dilma nomeassem um petista pro STF


À frente do Ministério da Justiça desde a posse de Michel Temer, Alexandre de Moraes protagonizou mais falhas do que qualquer cargo pode suportar". No começo de janeiro, em meio a verdadeiro caos penitenciário, suas reações equivocadas e oscilantes despertaram a articulação no meio jurídico para que renunciasse ou fosse exonerado.

A mais recente crítica foi relativa à afirmação do ministro de que o Estado de Roraima, palco de carnificina de 30 detentos, não pedira apoio ao Ministério da Justiça para crise em seu sistema prisional.

Moraes foi desmentido logo em seguida por documento divulgado pelo jornal O Globo que mostrava justamente o contrário. Então, recuou e disse que o apoio requerido era para "segurança pública" e não por "sistema carcerário".

Novamente, o ofício assinado pela governadora do Estado Suely Campos contradisse a fala do ministro, uma vez que dispõe pedido de ajuda para o sistema prisional, o que foi negado expressamente pelo ministro.

Em setembro do ano passado, em plena campanha eleitoral, Moraes prometeu ao grupo neofascista MBL que nova fase da operação Lava Jato ocorreria dali a poucos dias contra o PT. Tudo isso em ato de campanha do candidato tucano à prefeitura de Ribeirão Preto. No dia seguinte, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antonio Palocci foi preso.

Logo que assumiu a pasta da Justiça, em maio do ano passado, Moraes pregou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que o governo pare de nomear o procurador-geral da República a partir da tradição de escolher o mais votado de uma lista tríplice encaminhada pelo Ministério Público Federal, o que já denotava estratégia para blindar o presidente da República contra investigações e processos por corrupção, já que o PGR é o único que pode denunciar presidentes da República.

Esse é o perfil do sucessor indicado por Michel Temer nesta segunda-feira para a vaga do falecido ministro Teori Zavascki no STF.

Porém, se fossem só as gafes, não seria nada. O que é mais escandaloso na indicação que o presidente da República acaba de fazer é que Moraes, além de ser filiado ao PSDB, é membro de um governo que está sendo investigado pelo STF, já que praticamente todo o ministério e o próprio presidente foram citados por delatores da Lava Jato.

Durante os governos Dilma e Lula, nomear ministros para o STF era uma temeridade. A mídia, que levanta campanhas contra ou a favor de medidas de governos e o Senado, que tem a prerrogativa de sabatinar e votar as indicações de ministros do STF queriam saber até os pensamentos mais recônditos dos indicados pelos presidentes petistas.

Agora em evidência por assumir a relatoria da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin, em maio de 2016, foi sabatinado por 12 horas antes de ter sua indicação aprovada pelo Senado, pois suspeitavam de que pudesse ser muito de esquerda, mesmo sem ser filiado ao PT. Ele teve que garantir que não era "muito de esquerda" para ser aprovado, e toma suas decisões assombrado pelo estigma de "esquerdista".

Tudo isso sem falar na denúncia do jornal carioca Extra que vincula o provável novo ministro do Supremo ao PCC e da tese de doutorado dele mesmo que diz que membros do governo não podem ser indicados ao STF.

Temos visto, nos Estados Unidos, o novo presidente, Donald Trump, substituir juízes da suprema corte segundo seus interesses políticos e ideológicos. Como se vê, só os governos petistas foram honestos – ou ingênuos – o suficiente para não fazer valer o poder da Presidência da República. Por isso o PT, Lula e o governo Dilma foram massacrados.

Após nomeação de Moreira Franco, Lula pede correção de “erro histórico”


Ex-presidente pediu ao Supremo a correção do "possível erro histórico" da decisão que suspendeu sua nomeação como ministro da Casa Civil do governo Dilma em março de 2016.

A nomeação foi invalidada pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que alegou que Dilma cometeu "desvio de finalidade" e "fraude à Constituição" ao nomear Lula com o propósito de conferir foro privilegiado ao ex-presidente.

Uma nova decisão sobre o caso poderá ter impacto direto sobre a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência, citado mais de 30 vezes na Lava Jato.

Embaraço à Lava Jato foi o golpe, Janot!

Com muitos meses de atraso, o procurador-geral Rodrigo Janot decidiu denunciar o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e sua turma por obstrução de Justiça e "embaraço à Lava Jato".

Ao oferecer a denúncia, Janot praticamente valida o que disse Jucá, quando o senador afirmou que era necessário derrubar Dilma para "parar essa porra e estancar a sangria".

Ou seja, está mais do que claro que o golpe foi, como disse o escritor Miguel Sousa Tavares, uma assembleia de bandidos presidida por um bandido, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para derrubar Dilma Rousseff, a presidente honesta; a saída honrosa, para Janot e o STF, deveria ser encampar a bandeira da anulação do golpe.

Moraes é o Mussolini de Temer e do PSDB


"Não é só pela careca, porque carecas há para todos os gostos, de Foucault e Yul Brynner a Mike Tyson e Eike Batista. É a combinação da careca com outros atributos - o porte militar de fancaria, o olhar metálico, o sorriso robótico, o jeito truculento que um verniz de bons modos não consegue esconder - que me faz lembrar de Benito Mussolini cada vez que olho para Alexandre de Moraes", compara o cientista político Luis Felipe Miguel.

O colunista lembra que Moraes "é uma personalidade pública marcada pelo apreço à violência policial, pelo desprezo aos direitos e ao direito, pela conivência com abusos".

Miriam Leitão, da Globo, resume lambança de Temer com Moraes no STF


Até na Globo, principal responsável pelo golpe parlamentar de 2016, a indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal pegou muito mal e foi recebida como um tapa na cara da sociedade.

Quem bateu mais duro foi a colunista Miriam Leitão: "Michel Temer errou na indicação do ministro da Justiça Alexandre de Moraes para a vaga no Supremo. Temer foi citado na Lava-Jato, vários dos seus ministros também, alguns deles já estão sendo investigados. Esta não é a hora de escolher para o STF alguém da sua copa e cozinha e membro do PSDB".

Temer transformou o Supremo numa Corte Bolivariana

A turma do golpe dizia uma coisa e agora faz outra! São todos hipócritas!

A direita brasileira, que tanto acusou o PT de tentar transformar o Brasil numa Venezuela, aparelhando o Estado em defesa de seus interesses, acaba de fazer o que fingia condenar.

Ao indicar ao STF como revisor da Lava Jato seu próprio ministro da Justiça, Michel Temer converteu o Supremo Tribunal Federal numa corte bolivariana.

Lá, Alexandre de Moraes terá a missão de estancar a sangria, blindando políticos do PSDB, seu partido, e do PMDB, como o próprio Temer, que foi citado 43 vezes apenas na primeira delação da Odebrecht.

Curiosamente, Gilmar Mendes, que em 2014 condenava o risco de bolivarianismo no STF, foi quem articulou a ida do tucano Moraes para a corte.

Se há algo de bom na tragédia brasileira, resta apenas o aspecto pedagógico do golpe, que está nu e exposto como uma articulação de políticos corruptos que se uniram para se salvar e derrubar uma presidente honesta.

Globo esquece o que escreveu e avaliza ida de Moraes ao Supremo

Por que o jornal mudou de opinião?

Esqueçam o que eu escrevi: esta é a regra do Globo, peça-chave no golpe de 2016, em relação a Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal.

O grupo da família Marinho, que há um mês o apontava como "o homem errado" para ser ministro da Justiça, agora o vê como o "constitucionalista" talhado para o cargo.

Na capa do Globo desta terça-feira, os Marinho dão seu aval a Moraes, que chega ao STF com a missão de estancar a Lava Jato no que diz respeito ao consórcio PMDB-PSDB, livrando políticos como Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra e o próprio Michel Temer, todos delatados pela Odebrecht.

O supremíssimo Merval Pereira, a última instância do Poder Judiciário no Brasil, diz que a escolha foi técnica, e não política.