Traição está no sangue O vice-presidente Michel Temer começa em janeiro uma intensa agenda de viagens pelo Brasil. Além do propósito de unificar o PMDB, mais dividido do que nunca, Temer usará o “road show” para atrair mídia espontânea e, por meio dela, tentar melhorar o seu baixo grau de conhecimento. Nos cálculos internos, o vice precisa vencer o relativo anonimato se quiser ser visto como alternativa de poder à presidente da República durante a tramitação do processo de impeachment.
A crise é só na Tv Apesar da mídia golpista - tv Globo e outras - falarem diariamente de uma crise econômica sem fim, o faturamento do comercio foi maior do que no ano passado, a balanço comercial teve superávit, muita gente está viajando de férias e a passeio, entre outros dados. O ânimo está de volta.
Comparando Como 2016 está bem aí e as eleições para prefeito também, em Itaituba, muitos eleitores começam a comparar o que aconteceu na cidade, em termos infraestruturais e outros aspectos, durante a administração de Valmir Climaco, ex-prefeito e pretenso candidato e a administração de Eliene Nunes, candidata a reeleição. Quem supera o adversário, nessa análise, vai para a disputa com Ivan D'Almeida, que nunca foi prefeito, que nesse ponto, não dá para ser comparado com os citados anteriormente.
O chefe mor da conspiração O ex-ministro Eliseu Padilha (PMDB-RS) ficou encarregado de preparar o giro nacional do vice-presidente.
Chiclete Para o núcleo duro do governo, o impeachment ainda não pegou na sociedade “porque o povo não viu um substituto, alguém que convença a população, sobretudo a mais pobre, de que será melhor do que Dilma”.
Barriga vazia Depois de saber que só teria direito a quatro horas por dia em companhia das três filhas —além de outra série de restrições impostas para que passasse as festas de fim de ano fora da carceragem da PF—, o doleiro Alberto Youssef fez três dias de greve de fome.
Lar doce lar Ele foi convencido a parar com o jejum, mas decidiu abrir mão do benefício. O doleiro já havia até alugado um imóvel em Curitiba para receber a família.
Extinção Um dos maiores especialistas em reestruturação de empresas do país, o advogado Thomas Felsberg desenha um quadro sombrio para a crise. “Companhias excelentes e de grande porte estão cada vez mais preocupadas”. Se nada for feito, diz, pode haver “um genocídio de empresas”.
Mexam-se Ele defende uma política nacional de recuperação de empresas, que dê segurança a quem deseja comprar firmas endividadas. “Estão falando muito em equilíbrio fiscal e nada de preservação de empresas”, aponta.
Pendura A direção do Banco do Brasil está preocupada com o risco do tal genocídio. Não param de pipocar apelos por renegociação de dívidas. O interesse por novos empréstimos também caiu. Resultado: o volume de financiamentos cresceu menos que a inflação ao longo do ano.
Bolso cheio O governo de São Paulo reforçou em dezembro o caixa das administrações municipais em R$ 121,3 milhões. A receita extra veio do programa de parcelamento do ICMS.
Frescor “João Dória tem aquela cara de bebê Johnson. Toda vez que você encontra com ele, parece que acabou de sair de um banho!”, diz o presidente de um partido rival sobre o pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo.
Faz a egípcia Dilma recebe em fevereiro o presidente Evo Morales. O contato entre os dois mandatários rareou após a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina com a ajuda de um diplomata brasileiro.
Interventor O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) recebeu a tarefa de reestruturar o partido no Rio Grande do Norte. A cúpula nacional da sigla está incomodada com o grau de proximidade do deputado tucano Rogério Marinho, que controla a divisão regional, com Eduardo Cunha.
No lugar Flávio Dino, governador do Maranhão, diz que terminou o ano sem uma rebelião sequer na Penitenciaria de Pedrinhas, onde presos foram decapitados no ano passado.
Receita Adversário da família Sarney, Dino sustenta ter conseguido melhorar os indicadores carcerários. Substituiu funcionários terceirizados por servidores; fez treinamento de pessoal e programas voltados para a profissionalização de detentos.
Robin Hood brasileiro Policiais contam que, meses atrás, durante depoimento à Lava Jato, Pedro Corrêa, ex-deputado federal pelo PP, foi indagado por um dos presentes:
—Desde quando o senhor tem conhecimento sobre esquemas de corrupção?
—Desde a época do Império, doutor! — respondeu o político.
Mesmo com a resposta inusitada, o investigador tentou seguir com a oitiva.
—E o senhor tem dinheiro guardado?
—Não tenho mais dinheiro, doutor. Dei tudo o que tinha aos pobres — replicou Corrêa, sem ruborizar.