ao divulgar o endereço do filho de um ministro, por este tomar uma atitude que não agradou o artista
Dezenas de imbecis foram até o endereço marcado no post na madrugada de ontem, dia 23, para fazer arruaça. Ninguém fez nada. (Cadê o Ciro??)
Um sujeito disse que Teori só volta para o STF sob escolta. Outro colocou a foto de uma ratoeira, na melhor tradição nazista (os judeus eram chamados de jüdenrats).
O codigo penal prevê detenção de um a quatro anos e multa para quem “divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública”.
Na Constituição: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
Lobão deu um passo adiante na profecia autorrealizável do editor da Época que previu que a “revolta começou agora e vai piorar imensamente”.
Diego Escosteguy estabeleceu um padrão de indigência, irresponsabilidade e militância no jornalismo que vai ser difícil bater. Ato contínuo, diante da reação previsível depois de uma declaração estúpida como essa, refugiou-se no papel de mártir da imprensa livre.
Liberdade de expressão, como reza aquela expressão gasta, não é gritar “fogo” num teatro lotado. É o que Lobão, Escosteguy e seus cães amestrados estão fazendo, sendo que o teatro é o país.
Luís Fernando Veríssimo perguntou quem será o primeiro cadáver dessa guerra. Não vai demorar a aparecer. Mas a primeira vítima da guerra, como se sabe, é a verdade.
Se Teori e outros ministros do Supremo vão se dobrar à pressão, temos algumas pistas. Quando Luiz Fachin se declarou “suspeito” para julgar o habeas corpus de Lula, ficou a pergunta: e Gilmar Mendes é o quê?
A sociedade precisa se proteger de terroristas que incitam o ódio e a violência enquanto denunciam uma ditadura bolivariana que só fez protegê-los e deixa-los falar à vontade.
Quem conclama o ódio é tão responsável pelos atos praticados por seus seguidores, como os brasileiros cordiais que se submetem. Precisamos, urgentemente, de uma legislação que afirme isso.
Fonte: DCM, 23/03/2016