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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
"Marina Silva, da Rede, tem apetite incontrolável de poder"
Engana-se quem pensa o contrário
Por Fernando Brito, do Tijolaço
Magrinha daquele jeito, Marina Silva é dona de um apetite incontrolável, daqueles que se manifestam fora de hora.
Parecia – só parecia – que Marina tinha adotado uma posição discreta, opondo-se ao golpe do impeachment – mesmo com a ressalva de que impeachment não é golpe, pois está previsto na Constituição.
Que impeachment por crime de responsabilidade não é golpe até as pedras sabem, o que é golpe é inventar crime de responsabilidade para fazer o impeachment. É contra este abuso que se está lutando e, até agora, é assim que os deputados de sua Rede têm agido.
Hoje, porém, descobre-se que não é assim a posição de Marina.
Ela quer a deposição de Dilma por outro tipo de golpe, capitaneado não por Eduardo Cunha, mas por Gilmar Mendes.
“O melhor caminho para o Brasil é o processo que está no TSE, porque no TSE você teria a cassação da chapa, se forem comprovadas as graves denúncias de que o dinheiro da corrupção foi utilizado para a campanha do vice-presidente e da presidente da República”, disse hoje Marina ao G1.
Marina bem deve confiar na Justiça Eleitoral, pois até agora nada se apurou sobre o misterioso jato sem dono que matou Eduardo Campos e que a ela servia também porque, como diz ela própria dos outros, candidato a presidente e o vice "são faces da mesma moeda".
Está claro que o que a faz considerar o TSE “melhor” que o impeachment é o mesmo que faz Aécio preferi-lo também: sentir que o impeachment naufragou politicamente e que a “esperança” de eleições antecipadas estão no Tribunal.
Virou siamesa de Aécio: só pensam em “assaltar a geladeira” durante a noite.
Infelizmente Marina decaiu a um nível que só as pessoas dadas a delírios – ou oportunistas que se penduram em certa imagem “limpinha e cheirosa” que a mídia ainda dela projeta – a leva sério.
Ela só sobrevive porque uma parte do PT tem certo banzo do udenismo e porque a direita, sempre esperta, sabe que ela, já há duas eleições, presta-se com prazer ao papel de “bucha” para tirar votos do campo popular.
Fonte: Brasil 247, 07/01/2016
Ministro da Justiça manda investigar vazamentos de Leo Pinheiro
Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou no início da noite desta quinta-feira, 7, a abertura imediata de inquérito pela Polícia Federal, para investigar o vazamento à imprensa de mensagens do empresário Leo Pinheiro, da construtora OAS, que estão protegidas por sigilo legal.
Nas mensagens interceptadas por investigadores da operação Lava Jato, Pinheiro aparece em conversas com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e com o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.
Em outro diálogo, Leo Pinheiro revela pressão de Eduardo Cunha (PMDB) por doações eleitorais: "Estou sendo cobrado com insistência. Liga para o EC (Eduardo Cunha). Fugir é o pior", diz o executivo a outro dirigente da construtora.
A oposicao, por meio do PPS, ja usa os vazamentos para pedir ao STF investigação contra Jaques Wagner.
A lógica pela qual a imprensa não cobre o caso Lu Alckmin
A bordo, como de costume: Lu Alckmin
Acabo de dar uma vasculhada nos tuítes dos últimos dois dias de Ricardo Noblat.
Era um teste cujo resultado, a rigor, eu já conhecia.
Queria ver se ele tinha feito alguma menção aos vôos de Lu Alckmin patrocinados pelo contribuinte paulista.
Nada.
Escolhi Noblat porque, para mim, ela é a essência do jornalista que temos nas grandes empresas. O JP, o Jornalista Patronal, aquele que se empenha loucamente em produzir e reproduzir conteúdos que agradem os patrões.
O caso aéreo de Lu é exemplar para entender a alma abjeta da imprensa.
Se fosse a mulher de Lula, jornais e revistas se atirariam, em matilha, às denúncias. Manchetes, primeiras páginas, capas, demorados minutos no Jornal Nacional. O público, ou vítima, seria bombardeado.
Mas não é Dona Mariza.
Sendo a mulher de Alckmin, ninguém repercute a história ou, muito menos, a aprofunda. A própria Folha, que deu, logo esquece, ao contrário do que faria se fosse Dona Mariza, ainda que o furo fosse da concorrência.
A mídia já não faz questão sequer de manter as aparências. É preciso ser definitivamente um analfabeto político para levá-la a sério.
Machado de Assis escreveu que o pior pecado depois do pecado é a publicação do pecado. Jornais e revistas usam essa lógica machadiana para encobrir os pecados dos amigos: não os publicam.
O problema é que, na Era Digital, a informação se espalha velozmente pelos sites progressistas e pelas redes sociais.
Quem perde é a sociedade com o comportamento delinquente da mídia.
Discussões importantes são perdidas. Por exemplo: faz sentido um Estado, mesmo sendo São Paulo, ter aviões e helicópteros para o transporte do governador?
Um governo que não pode pagar decentemente professores pode se dar a tal luxo?
Recentemente, o governo britânico conseguiu enfim aprovar a aquisição de um jato para uso do premiê e dos ministro. Uso a serviço, naturalmente, não aquilo que Lu Alckmin e Aécio fizeram com aviões mantidos por recursos públicos.
A argumentação contrária era que um avião para o governo seria um gesto ruim em tempos de austeridade e uma afronta à cultivada frugalidade britânica.
O governo teve que fazer contas para mostrar que economizaria dinheiro com um avião particular.
Foi uma batalha.
Enquanto isso, você fica sabendo, por vias tortas como a compulsão aérea da primeira dama de São Paulo, que o governo paulista tem uma frota aérea.
O Brasil necessita de um choque urgente de simplicidade e frugalidade para que excessos dessa natureza, e de muitas outras, sejam evitados.
A mídia poderia ajudar se fizesse um trabalho decente.
Mas o que ela faz é indecente.
Vice-Presidente admite que não haverá impeachment de Dilma
Numa velocidade relativamente estonteante para um homem de seu quilate, Michel Temer passou de autor de cartas constrangedoras a golpista fracassado.
Um deputado do PMDB, Osmar Terra, contou ao Estadão que ele, Temer, “trabalha com a ideia de que não vai ter impeachment. Pelo menos este ano ele acha que não vai”. Terra ainda falou que Temer “quer todo o PMDB unido para a eleição de 2018”.
O afastamento de Dilma teria “perdido relevância” depois da decisão do STF. Lúcio Vieira Lima, também da facção peemedebista pró golpe, fez uma conta: “Com esses embargos, a votação na Câmara deve ficar lá para maio ou junho deste ano. No segundo semestre, tem eleições municipais e depois, acabou o ano”.
Se alguém ainda achava que Temer era um grande articulador — e não faltaram colunistas descrevendo-o desta maneira — , é melhor repensar.
MT passou 2015 tentando se vender como alternativa diante de uma queda de Dilma. Conspirou à luz do dia, chegou a ser cortejado por parlamentares (Serra tentou emplacar um ministério), palestrou para empresários, recebeu cupinchas no Palácio do Jaburu, tentou cavar uma vaga como alguém capaz de “unir o Brasil”.
Seu suposto rompimento com o Planalto naquele mimimi antológico que ele mesmo vazou para um jornalista amigo dividiu o partido. Suas próprias pedaladas foram lembradas. Consolidou-se como comparsa de Eduardo Cunha. Comprou briga com Renan Calheiros. E ainda tem sobre a cabeça a Lava Jato.
Terminou dezembro bambeando e começa janeiro tentando juntar os cacos de seu papel de vice decorativo, lutando apenas para não perder o comando da legenda.
Em algum lugar do passado recente, Temer acreditou que poderia ser mais do que isso. A realidade acabou por demonstrar que, como dizia o pessoal de Tropa de Elite, nunca será.
Fonte DCM, 06/01/2016
Movimentos sociais reagem contra a reforma na previdência
O anúncio da presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 7, de que o Brasil terá que encarar uma reforma da Previdência recebeu reação imediata dos movimentos populares; líder do MST, João Pedro Stedile disse que "haverá mobilização contra o governo" se a reforma proposta pelo governo retirar benefícios dos trabalhadores do campo.
"Se o governo tentar mudar a idade mínima no campo, certamente haverá mobilizações em todo o país contra o governo", disse Stedile: "O governo não é dono, nem responsável pela previdência dos trabalhadores", afirmou.
Para o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, os movimentos irão para "o enfrentamento" contra a medida, que classificou como "desastrosa" e "covarde". A decisão da presidente pode resultar em perda de apoio dos que foram às ruas defender seu mandato.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Terreno onde funciona a usina de asfalto de Itaituba foi negociado
Na manhã desta quarta feira, os vereadores Peninha e Iamax Prado foram comunicados que o empresário José Oliveira Lemos – conhecido por Tata, estava limpando o terreno para murar. Imediatamente os vereadores que estavam na Câmara foram até o local e constataram que o empresário usando maquinas pesadas estava fazendo a limpeza da área para murar.
Há vários anos a Usina de asfalto funciona ali, devido o terreno pertencer ao município. Os edis apuraram que o terreno era de propriedade do falecido vereador José Alexandre Primo, que na época do então prefeito Francisco Xavier Lages de Mendonça havia trocado com o município e recebido vários terrenos situados na área do antigo aeroporto (Bairro Boa Esperança).
Entretanto, com o falecimento do então vereador José Alexandre, o terreno não chegou a ser transferido para o patrimônio municipal e em seguida apareceu varias escrituras desmembrando este terreno.
Agora, os vereadores estão buscando junto ao Cartório de Registro de Imóveis e no Setor de Terra da Prefeitura de Itaituba documentos para evitar a perda da área, que mesmo sem documento, pertence ao município.
Também, os vereadores, através da Câmara vão cobrar do município (prefeita e Procuradoria do Município) que embargue qualquer obra nele terreno, até que seja esclarecida a origem e a veracidade dos documentos daquela área.
Fonte: Blog do Peninha, 06/01/2016
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Bolsa da China deixa clara cafajestice com que imprensa e oposição trataram da crise
O que não é novidade para ninguém
Bolsa da China: crise mundial
O que aconteceu com a Bolsa de Valores da China no primeiro pregão do ano deixou clara a cafajestice com que a imprensa nacional e a oposição política brasileira trataram a crise mundial durante todo esse tempo.
O tombo de 7% no principal índice chinês arrastou para o abismo as demais bolsas asiáticas e causou danos na Europa e no continente americano. O estrago só não foi maior porque as negociações foram encerradas antes do fechamento oficial com a intervenção do chamado “circuit breaker”.
Para conter a queda livre na desvalorização do Yuan, o Banco Central chinês injetou num único só dia, 20 bilhões de dólares no mercado. Uma mordomia para quem possui o luxo de contar com reservas internacionais de 343 bilhões de dólares. Um pouco menos do que as reservas do Brasil.
Tudo isso causado com a simples divulgação da retração na produção industrial da China. Muito antes disso, a Alemanha, a maior economia da Europa, já emitia sinais profundos de dificuldades em função da crise global.
A despeito de tudo isso, economistas picaretas como Miriam Leitão e Carlos Sardemberg, além da trupe circense que se transformou os líderes de oposição, teimaram em querer imputar as dificuldades da economia brasileira a fatores exclusivamente internos.
Tentaram, de todas as formas, desenhar um quadro onde um Brasil em ruínas se apresentava como uma ilha de retrocesso em meio a um oceano mundial de bonança e prosperidade.
O triste – para a turma do quanto pior, melhor – é que contra fatos e dados não existem argumentos. Apesar da crise MUNDIAL, o Brasil fechou o ano de 2015 com a maioria dos indicadores sociais de causar inveja a muitas potências européias.
Além de um saldo positivo na balança comercial de 19,7 bilhões de dólares, entramos 2016 com um histórico de redução da extrema pobreza de inacreditáveis 63% nos últimos dez anos.
Mais do que isso, o salário mínimo completou o seu décimo terceiro ano consecutivo de aumento real. Uma seqüência jamais vista desde a sua criação em 1 de maio de 1936 no governo de Getúlio Vargas.
Com o aumento estipulado em 11,67%, considerando o acumulado de 2002, já atingimos um ganho frente à inflação de 77,3%. Como efeito prático, o que em 1995 dava para comprar 1,1 cesta básica, em janeiro de 2016 o SM eqüivale a 2,4 o valor da cesta. Mais do que o dobro.
Evidente, como deixou exposto o primeiro dia útil do ano, que o cenário atual que se impõe para o Brasil e para o mundo é extremamente desafiador, principalmente com a queda das importações pela China de commodities produzidas no mundo inteiro.
No Brasil, os índices de desemprego e inflação são indicadores que merecem especial atenção pelo governo, justamente por serem os que mais rapidamente afetam a população de menor poder aquisitivo.
O fato é que ao fim e ao cabo, a exemplo das demais crises que já superamos, muitas delas piores do que a atual, iremos mais uma vez sair de uma crise internacional muito maiores e mais fortalecidos.
Apesar da grande mídia e de partidos como o PSDB e o DEM.
Fonte: DCM, 05/01/2016
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Constatação
A PF do Zé só falta colocar na farda a insignia ou um broche de "tucaninho".
Comentário de Nilson Fernandes, na postagem "A Democracia americana é uma democracia?", em Conversa Afiada, 04/01/2016
FHC passou de grande sociólogo a golpista inveterado
Que coisa feia, deprimente, ex-presidente dando canelada!
Em entrevista ao programa Manhattan Connection, do GloboNews, nesta madrugada, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso voltou a defender o afastamento da presidente Dilma Rousseff: “não precisa de empurrão, se cair, Dilma cai sozinha”.
Segundo ele, Dilma e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) ‘disputam cabeça a cabeça’ pelo título de pior de 2015. “Sou otimista, para recompor uma situação política no Brasil, 3 a 5 anos”, completou.
Ele afirma ainda que "o risco maior na América Latina é esse populismo (...) tomara que o Brasil se livre disto". Um dos principais líderes do movimento golpista, FHC escreveu ontem que vale tudo para derrubar Dilma: "renúncia, retomada da liderança presidencial em novas bases ou, sendo inevitável, impeachment ou nulidade das eleições".
Dolar fecha a R$ 4,03 pressionado pela China
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu com força ante o real nesta segunda-feira e fechou a primeira sessão do ano na maior cotação desde setembro, em um dia marcado por aversão a risco e aumento do temor de uma desaceleração econômica global, após a divulgação de dados fracos da China.
O dólar avançou 2,18 por cento, a 4,0339 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 29 de setembro (R$4,0591). Na máxima da sessão, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a 4,0717 reais, alta de 3,13 por cento. (Por Flavia Bohone)
Fonte: Brasil 247, 04/01/2016
domingo, 3 de janeiro de 2016
sábado, 2 de janeiro de 2016
Dicas rápidas para entender as novas regras da Língua Portuguesa
Que passaram a valer a partir desta sexta-feira (1º/1); fique por dentro das mudanças
Desde 1º de janeiro de 2009, as novas regras conviviam com as velhas. Agora o cadáver foi pra cova. Esperneios, jeitinhos & cias. insatisfeitas ficaram pra trás. É hora de olhar pra frente. As mudanças são poucas, muito poucas. Poderiam ter sido mais ousadas, mas optaram pela timidez. Dicionários, gramáticas, livros didáticos etc. e tal do velho time foram pro lixo. Abriram alas pra edições atualizadas. Não há volta. É adotar. Ou adotar.
Sem bobeira 1 A reforma é ortográfica. Refere-se só à grafia das palavras. Pronúncia, concordância, regência, crase continuam do mesmo jeitinho, sem alteração.
Sem bobeira 2 A mudança nos acentos atingiu apenas as paroxítonas. Proparoxítonas, oxítonas e monossílabos tônicos não foram nem arranhados. Mantêm-se como sempre foram.
O que mudou?
Alfabeto - O abecedário ganhou três letras. k, w e y tornaram-se gente de casa. O que era fato agora é direito. Nada mais. O emprego do trio continua como antes. Abreviaturas e nomes que se escreviam com as ex-intrusas mantêm a grafia. É o caso de km, Wilson, Yara. Atenção, não se precipite. Grafar wísque e kilo? Nem pensar. Fique com uísque e quilo.
Trema - O trema se foi, mas a pronúncia ficou. Frequente, tranquilo, lingueta, linguiça & cia. agora se grafam assim, leves e soltos. Olho vivo! Trema não é acento. Por isso não discrimina oxítonas, paroxítonas ou proparoxítonas. Para ele, tudo o que cai na rede é peixe. Nenhuma palavra portuguesa tem trema.
Oo - O chapéu do hiato oo se despediu: voo, abençoo, perdoo, coroo & demais oos livraram-se do incômodo acessório. Xô!
Eem - O circunflexo do hiato eem disse adeus. Veem, creem, deem, leem ganharam forma mais leve e descontraída. Não vacile. Caiu o acento da duplinha eem. O solitário êm não tem nada com a história. Está firme como sempre esteve na 3ª pessoa do plural de vir, ter e derivados: eles vêm, têm, convêm, detêm, contêm.
U - O u tônico dos verbos apaziguar, averiguar, arguir & cia. perdeu o grampinho: apazigue, averigue e argue.
I e u - O i e u antecedidos de ditongo perdem o grampo: feiura, baiuca, Sauipe. Atenção: não confunda Germano com gênero humano. Caiu o acento do i e u antecedidos de ditongo. Pouquíssimas palavras — talvez meia dúzia — se enquadram na regra. A norma que acentua o i e o u antecedidos de vogal continua firme e forte. É o caso de saída, saúde, caí, baú.
Ei e oi - O acento dos ditongos abertos ei e oi se despediram nas paroxítonas: ideia, joia, jiboia, heroico. Lembra-se? A reforma só atingiu as paroxítonas. O grampinho permanece inalterável nas oxítonas e monossílabos tônicos: papéis, herói, dói.
Acentos diferenciais - Foram-se os das paroxítonas. Pêlo, pélo, pára, pólo, pêra ficaram mais leves. Assim: pelo, para, polo, pera. Exceção? Só duas. Mantém-se o chapéu de pôde, passado do verbo poder. E o verbo pôr fica com o chapéu à mostra. (Ele é monossílabo tônico. Escapou da facada, que só cortou o acessório das paroxítonas.)
Hifen
Vogais: só entram na jogada os prefixos que terminam por vogal e se juntam a outra palavra também iniciada por vogal. Portanto, é vogal com vogal. São duas regras:
Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento: aeroespacial, agroindústria, antieducação, autoescola, coedição, coautor, infraestrutura, plurianual, semiopaco. Usa-se o hífen quando o segundo elemento começar pela mesma vogal com que termina o hífen: anti-inflamatório, auto-observação, contra-ataque, micro-ondas, semi-internato.
Exceção: co- se junta ao segundo elemento mesmo quando ele acaba com o: coordenar, coobrigação. Resumo da ópera: os diferentes se atraem; os iguais se rejeitam. (O co- é exceção que confirma a regra.)
Prefixos terminados em vogal que se juntam a palavras começadas por R ou S: no caso, valem duas observações. Uma: o hífen não tem vez. A outra: pra manter a pronúncia, duplicam-se o R e o S: antirrábico, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrassenso, infrassom, microssistema, minissaia, multisseculas, neossocialismo, semirrobusto, ultrarrigoroso, ultrassom.
Sufixos de origem tupi-guarani açu, guaçu e mirim: Use o hifen: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
Os iguais se rejeitam: quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante: hiper-rico, inter-racial, sub-bloco, super-resistente, super-romântico. (O sub vai além. Usa hífen com palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça.
Fonte: Correio Braziliense, 01/01/2016
Fonte: Correio Braziliense, 01/01/2016
Marta Suplicy, uma grande comntradição
Marta Suplicy foi a Marta Suplicy do ano. Em janeiro, numa entrevista ao Estadão, falou dos “desmandos” do PT, do “Volta, Lula”, da incompetência e Dilma, de como perdeu poder e prestígio na legenda.
Em 28 de abril, desfiliou-se do partido no qual militou durante 34 anos. Em tese, a situação poderia ser resumida de maneira simples: ela não via mais espaço e procurou outro caminho. Do jogo.
O ressentimento de Marta, porém, a transformou numa Rachel Sheherezade de calças. E o ressentimento, como se sabe, é um veneno que você toma esperando que o outro morra.
A Marta que nasceu de sua filiação ao PMDB guarda todas as características da encarnação anterior, especialmente a arrogância, mas agora é também um pote até aqui de mágoa.
Embarcou no discurso moralista mais rasteiro, topou o impeachment, apostou no cavalo do Temer. Meses antes, era ministra da Cultura. Haja vontade de tratar o eleitor como idiota.
“A gente quer um Brasil livre da corrupção, livre das mentiras, livre daqueles que usam a política como meio de obter vantagens pessoais. Afinal, estou no PMDB do Doutor Ulysses, que democratizou o país. E no PMDB do doutor Michel, que vai reunificar o país”, disse ao se filiar.
“Doutor Michel” é de um sabujice linda. Como ela se referia a Lula? Ao seu lado, naquela noite, Eduardo Cunha e Renan Calheiros sorriam como répteis.
Em outubro, chegou a diminuir as acusações contra Cunha. “Tem [denúncias contra ele], como tem em qualquer partido de relevância. Tem contra o PSDB. Acho que só o PSol não deve ter, né? Não sei. Mas partido grande, me diga um que não tenha. Tem no PSB, com o Bezerra, né? Todos têm, não passa por aí. A contaminação é grande na política brasileira. O que importa é nós termos uma união diferente do que está acontecendo.”
Ué, mas a ideia não era dizimar o câncer da corrupção? Ou não é um problema tão grave, dependendo do autor do delito?
Marta vai concorrer à prefeitura de São Paulo em 2016. Continuará colocando suas fichas na falta de discernimento dos paulistanos. Em sua coluna na Folha de hoje, mistura alhos e bugalhos, direita, esquerda, centro e um tal cônego Severino.
Como exemplo de “renovação diante das crises”, elenca “movimentos” como Brasil Livre e Vem pra Rua, juntamente com o Podemos e o Cidadãos da Espanha. São grupos que defendem uma “nova ordem política e social e preservação de direitos”, segundo a autora. “Bem vindos. Viva a democracia!”, vibra a senadora.
Pobre Podemos, pobre Syriza. Que direitos os kataguiris querem preservar é um mistério que Marta e seus amigos terão de responder em algum momento.
2015 foi pródigo em rancores, manifestações de ódio, oportunismo e maus perdedores. Marta Supicy juntou a isso uma impressionante quantidade de laquê e de falta de visão ao embarcar na canoa do Doutor Michel e do Achacador em seu desespero para não sumir.
Fonte: DCM, 01/01/2016
PT quer imposto sobre fortunas e CPMF
Para superar ajuste, partido pede mais impostos e empréstimos da China
Em O Globo:
Documento entregue por deputados ao governo traz pacote de medidas econômicas
SÃO PAULO — Para superar a pauta do ajuste fiscal, a bancada do PT na Câmara vai intensificar a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff com o objetivo de que o governo adote um pacote de medidas na economia, como a reformulação da cobrança do imposto de renda com adoção de alíquota de até 40%, a tributação de lucros distribuídos por empresas a acionistas, além da busca de empréstimos na China.
(...)
AS 14 PROPOSTAS
1) Vender papéis da dívida ativa da União para bancos e levantar recursos para obras
2) Adotar sete faixas de alíquotas do Imposto de Renda — a mais alta, de 40% para salários acima de R$ 108 mil mensais — e isenção para quem ganha até R$ 3.390
3) Instituir imposto de renda sobre lucros e dividendos e remessa de recursos para o exterior
4) Fim da possibilidade de empresas poderem abater do IR o valor pago como juros para os acionistas
5) Aumentar o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) das propriedades improdutivas
6) Mudar tributação sobre cigarros
7) Criar um imposto sobre grandes fortunas
8) Elevar imposto sobre heranças e doações
9) Instituir imposto semelhante ao IPVA para jatinhos e helicópteros
10) Legalizar jogos de azar
11) Volta da CPMF (já encampada)
12) Alterar legislação para acordos de leniência (já encampada)
13) Repatriação de recursos mantidos no exterior (já encampada)
14) Captação de empréstimo na China para financiar empresas brasileiras
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