domingo, 18 de junho de 2017

Wanderley: Lula vai salvar o FHC e o Itaúúú

Não conseguiram provar que Lula faz parte da lama!

Conversa Afiada, 18/06/2017

O Conversa Afiada reproduz notável análise do professor Wanderley Guilherme dos Santos:

Seria bom que a esquerda oficial se curasse da atração pela direita, a que se entrega “por um corte de cetim”.

Basta um aceno de ocasião do carona FHC para sonharem com o conto de vigário de um acordo entre ele e Lula.

Personagem da mais espetacular e duradoura perseguição políitca por parte do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, Lula vai se transformando na mais desesperada alternativa dos conservadores para ultrapassar o lodaçal em que estão atolados.

Por mais que tentem, ainda não conseguiram demonstrar que Lula faz parte dessa lama e, justo por isso, os perseguidores contribuem mais do que ninguém para a consolidação da imagem de Lula.

Muito mais do que praticamente imbativel candidato à Presidência da República, em eleições normais, a Lava Jato e as Organizações Globo estão demonstrando ser Lula um dos raros homens públicos com biografia decente.

Com faro oportuno, é à sua sombra que FHC tentará se abrigar, fugindo da liquidação moral do PSDB.

FHC e o Banco Itau precisam de Lula, o que tem cacife eleitoral e moral, e que pode dispensar tanto FHC quanto ​o ​ Itau.

Só os estrategistas da esquerda oficial não percebem isso.

A Lula restará decidir se se imola a uma coalizão à direita, em nome da restauração, ou se assume a oportunidade de circunstancial falência da direita (que ela tem conseguido disfarçar) e dá um passo à frente: sem eleição e plebiscito, não há o que conversar.

O FHC talvez até tope.

​Wanderley Guilherme dos Santos​

Cunha recebeu propina da JBS por empresa ligada a ex-assessor de Temer


As provas entregues pelo empresário Joesley Batista em sua delação premiada complicam ainda mais Michel Temer; isso porque a empresa indicado por Eduardo Cunha para receber propinas da empresa, a Persoft Informática, tem entre seus sócios o filho de Sandro Mabel, que, até recentemente, era assessor especial de Temer, ocupando a mesma sala de Rodrigo Rocha Loures, o "homem da mala".

Ao todo, a Persoft emitiu notas frias que somam R$ 2 milhões ,em 2014.

Logo depois do caso Rocha Loures, Mabel também pediu demissão do Palácio do Planalto, temendo ser o próximo assessor de Temer a entrar na mira da PF.

MPF pede ao STJ inclusão de Roseana Sarney no caso Usimar


O MPF recorreu ao STJ para que julgue pedido negado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região contra decisão que retirou o nome da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, da denúncia do caso Usimar.

Entre janeiro e março de 2000 foram desviados R$ 44,2 milhões da extinta Sudam para a construção em São Luís de uma fábrica de autopeças.

Roseana é suspeita de ajudar em uma plenária pela aprovação do projeto no Conselho Deliberativo da Sudam.

Josias: pressa de Temer não é por reformas, é por medo de novas delações


"O governo alega que o Brasil não pode perder tempo. É preciso cuidar de reformas como a da Previdência. É lorota. Deve-se a pressa de Temer ao medo do presidente de ser abalroado por novas delações", escreve o jornalista, citando Lúcio Funaro, Rodrigo Rocha Loures e Eduardo Cunha.

Segundo Josias de Souza, "Temer vive a neurose do que está por vir".

Helena Chagas: Brasília está de cabelo em pé após entrevista de Joesley


"Os aliados do Planalto estão paralisados porque a entrevista do empresário Joesley Batista à Revista Época é devastadora, sobretudo para Michel Temer. E afunda o sistema político, seus protagonistas e partidos, no pântano da imprevisibilidade. Aquela impressão consolidada ao longo da semana, de que Temer governará até o fim de 2018, volta a se desvanecer", analisa a jornalista.

FHC já admite união com Lula para salvar o país


"Essa nova posição de FHC, adotada depois que finalmente percebeu com bastante atraso não haver outra solução para os problemas do país a não ser o afastamento de Temer e a convocação de eleições gerais, não deve porém ficar apenas em palavras". 

"É imperioso partir para ações concretas, pois de outro modo ficará parecendo mais uma demagogia do tucano-mor. Considerando que o PSDB é quem está segurando a escada de Temer, basta retirá-la para que ele caia de uma vez, não existindo mais nenhum pincel em que possa segurar-se", diz o jornalista Ribamar Fonseca.

"O momento é tão grave que não comporta mais hesitações ou adiamentos. É preciso por um fim nessa agonia do povo brasileiro".

Rapidinhas


Joesley e a Rede Globo tentaram mais uma vez envolver o nome do ex-presidente Lula sem a exibição de uma única prova, tudo ilação para atender ao MPF e ao manipulado Juiz Sérgio Moro porque todas as delações servem para buscar incriminar o ex-presidente, entretanto sem conseguir provar absolutamente nada.

Joesley, a arma da Globo contra Temer, é só mais uma peça no tabuleiro anti-Lula   RENATO ROVAI, 18/06/17

A entrevista de Joesley para a revista Época é de uma desfaçatez poucas vezes vista no jornalismo. Porque, em primeiro lugar, não é jornalismo. É um acordo de empresas e empresários.

Orcrim    LELÊ TELES 18/06/17

Com a ORCRIM de Temer há dinheiros em malas, extratos de contas no exterior, maracutaias filmadas, voz dos delinquentes a delinquir... Contra Lula: um apê fuleiro que nunca foi dele e uma chácara com um lago de águas barrentas, que também não é dele. Ah, e um terreno que ele nunca pediu e nunca recebeu.



Por que o Governo, com a cumplicidade da grande imprensa, insiste em sustentar que a economia retomou o crescimento quando os dados atuais, e as análises prospectivas, revelam inteiramente o contrário? Por que os idiotas da TV Globo insistem em dizer que o projeto de lei de abuso da autoridade é contra a Lava Jato?


Não há dúvida da quantidade de bons trabalhos, das boas produções e que universidades/faculdades do país realizam, mas o problema do ensino superior é que esqueceu do bairro, da favela, da periferia, do acampamento, do presídio. Abriu mão do povo.



Se separarmos a espuma do estilo midiático do prefeito, de sua simbiose com o ídolo João Dória, veremos que de sólido nada ainda foi demonstrado em seu governo. Em seis meses, quase nada. Conflitos, intrigas, anúncios de intenções. De firme e factual, pouco ou nada. Anotem o nome: Orlando Morando. Iremos ainda ouvir falar muito dele


As intervenções, falas, entrevistas, aulas magistrais de Ariano Suassuna eram e continuam a ser até hoje impagáveis na memória. Nele, se subverteu aquele princípio que rezava: os escritores são melhores quando lidos


Finalmente, a Direita se vê obrigada a assumir e mostrar publicamente a sua verdadeira face. Despida do eterno pretexto moral que sempre usou no jogo político: o combate à corrupção. Mas o novo discurso da Direita neoliberal, de tão ultrapassado e assustador, não lhe permite ganhar espaço político eleitoral.



Especialmente temerária é a visão conservadora que considera os bancos públicos instituições ineficientes e não lucrativas. O argumento é parcial, totalmente ideológico e passa ao largo de qualquer análise técnica mais aprofundada. Até mesmo os economistas mais conservadores admitem que os bancos públicos são, sim, importantes para o equilíbrio da economia nacional.


E não é que surgiram provas justamente contra aqueles que a Operação Lava Jato ajudou chegar ao poder com a destituição da presidente Dilma Rousseff, uma mulher séria e honesta? Final do filme na Lava Jato: o mocinho era bandido e o bandido era o mocinho.




Em tempos em que aviões despencam e senadores são pegos falando abertamente em matar membros da família, Joesley afirmou que mantinha uma distância segura de Temer. Nem muito perto, nem muito longe, para que nada fosse armado contra ele pelas suas costas. Enquanto isso, Lula é investigado por uma reforma em um triplex, no qual nunca chegou a morar e em um sítio que não lhe pertence. Aguardaremos o novo Power Point, Sr. Dallagnol.


Os novos fatos gerados pelo presidente americano, Donald Trump, voltados para interferência e controle ideológico em Países da América Latina, especialmente o Brasil - muito além de Cuba e Venezuela -, acabam se traduzindo em nova etapa iniciada em solo brasileiro a partir do Mensalão, em 2005, cujo objetivo era implodir a linha Socialista do Brasil e primeiro alvo alcançado era eliminar a ascensão do ex-Ministro José Dirceu.

Calero humilha Temer: bandido que você recebeu na calada da noite?


Ex-ministro da Cultura, que deixou o governo Temer após denunciar que estava sendo alvo de pressão para que liberasse uma obra em benefício pessoal de Geddel Vieira Lima, rebateu declaração de Temer contra a entrevista do empresário Joesley Batista.

O peemedebista se referiu ao dono da JBS como "bandido notório" ao anunciar que o processará na Justiça.

"Bandido que ele recebeu na calada da noite, no porão do palácio, dando codinome. Ah, usou seu jatinho também, recebeu até flores dele...", ironizou Marcelo Calero.

JBS teme devassa da Receita Federal, a mando de Temer


Grupo JBS, autor de delação premiada que atinge e pode derrubar Michel Temer, teme ser retaliado em mais uma frente do governo: a Receita Federal.

Especulações apontam que o governo determinou uma devassa nas contas da empresa.

Aécio ameaçou tucanos para ter apoio


Senador afastado lembrou a mais de um correligionário que tem excelente memória sobre os últimos 20 anos do partido e de pecados de diferentes tamanhos de seus mais ilustres integrantes, segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo.

Temer vai usar AGU para perseguir JBS

Ele quer aumentar o desemprego


De acordo com o jornalista Kennedy Alencar, Michel Temer pediu à Advocacia Geral da União para estudar medidas judiciais contra o empresário Joesley Batista e o grupo JBS por "danos à economia do país".

Temer afirmou que Joesley "mentiu e se fez de vítima" na delação e na entrevista à revista "Época", causando prejuízos econômicos ao Brasil.

Segundo ele, o Tesouro precisa ser reparado.

Janio: Temer não tem condições políticas nem morais para fazer ‘reformas’


Jornalista diz que pacote de mudanças na lei trabalhista e previdenciária, que "revolvem a vida de uns 150 milhões de brasileiros", "não é coisa para ser mani­pulada por Michel Temer e seu grupo de políticos, la­ranjas, intermediários, cor­ruptores e corrompidos".

Para Janio de Freitas, Temer não reúne "condições intelectuais, políticas, morais, e quaisquer outras. É só um fantoche. À espera de que alguém conte os seus feitos ou os silencie por dinheiro".

Nota de Temer foi tiro no pé e confirma crime de responsabilidade


Num dos trechos da nota oficial em que ataca o empresário Joesley Batista, que o acusou de ser o líder da "maior e mais perigosa organização criminosa" do Brasil, Michel Temer deu um tiro no pé e confirmou crimes de responsabilidade apontados em seus 14 pedidos de impeachment – um deles apresentado pela Ordem dos Advogados do Brasil.

"Ao delatar o presidente, em gravação que confessa alguns de seus pequenos delitos, alcançou o perdão por todos seus crimes", diz a nota palaciana.

Temer não só confirma os diálogos, como também admite nada ter feito e classifica como "pequenos delitos" saber que Joesley estava segurando juízes e procuradores, assim como comprando o silêncio de Eduardo Cunha.

"Mesmo que o áudio tivesse alguma edição, as duas declarações públicas de Temer confirmam o teor do diálogo. E isso que é indiscutível. A decisão da OAB levou mais em consideração o fato de o presidente ter escutado tudo que escutou e não ter feito nada em relação a isso", diz Claudio Lamachia, presidente da OAB.

Ex-presidente da OAB diz que país vive politização da Justiça

Eduardo Anizelli/Folhapress 
Autor do pedido de impeachment de Collor, Lavenère diz que a crise atual é mais grave que a de 1964

Folha, 18/06/2017

Autor do pedido de impeachment que levou à queda de Fernando Collor em 1992 e membro da comissão de defesa de Dilma Rousseff, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Marcello Lavenère critica a "politização do Poder Judiciário", com a "atuação de figuras midiáticas", segundo ele, como o ministro Gilmar Mendes e o juiz Sergio Moro.

Para ele, a única maneira de sair da atual crise é por eleições diretas.

Folha - A atual crise política é mais grave que em 1992?
Marcello Lavenère - Penso que é mais grave que em 1992. Como estou perto de 80 anos, vi crises políticas e acredito que seja mais grave até que o golpe militar de 1964.

No golpe militar temos uma quartelada que tinha como motivação lutar contra o comunismo. Perseguiram os comunistas, os subversivos, mas não perseguiram o país.

A ditadura não entregou as riquezas brasileiras na bacia das almas, como o golpe político-midiático que foi dado contra a presidenta Dilma, com o pretexto cínico de dizer que é contra a corrupção.

Nesta crise agora, estamos vendo uma situação muito mais grave, inclusive envolvendo o Judiciário, que não decide de acordo com o que está no processo. Decisões são a favor ou contra a opinião pública.

O Judiciário tem cometido excessos?
O Poder Judiciário, depois da Constituição de 1988, ganhou um protagonismo muito grande. O cidadão brasileiro começou a procurá-lo, até porque o acesso à Justiça foi negado na ditadura.

Depois de 1988, o Judiciário foi tão chamado para resolver as coisas que passou-se a falar em ativismo, que extrapola suas atribuições nucleares e passa a ter atuação em áreas que não seriam consideradas seu campo de atuação.

Falou-se em judicialização da política. Agora vivemos a politização do Judiciário. Há atuação de figuras muito midiáticas, como Gilmar Mendes, Sergio Moro, Deltan Dallagnol. E isso começou no mensalão, quando os órgãos de imprensa condenaram antes e o Judiciário ratificou uma posição já estabelecida.

Michel Temer tem condições de terminar o mandato?
Não. Não tinha nem para iniciar, pois iniciou por um golpe. E está se mantendo às custas de procedimentos contrários à Constituição.

Deve haver eleições diretas?
Se o presidente golpista sair, ninguém em sã consciência admite que o Congresso, que já mostrou sua ilegitimidade porque é todo investigado, tem condições de fazer eleições indiretas. Se houver eleição indireta, vai continuar a crise. Se vier o presidente da Câmara [Rodrigo Maia], o senador Tasso Jereissati, Henrique Meirelles, vai continuar o povo na rua, economia complicada, desemprego, o desmonte do país. A única forma que tem hoje é eleição direta.

Como vê a decisão da OAB de pedir o impeachment?
O que a OAB fez é uma decisão a meu ver equivocada, porque o que a consciência cívica e brasileira está pedindo é que o presidente Temer, o golpista, renuncie, seja afastado, para que haja eleições diretas. Se esse pedido de impeachment for aceito, vai acontecer o quê? Se ele for processado, vai levar oito meses, um ano. Quando chegar a hora de decidir, o presidente vai sair porque cumpriu o mandato que o golpe lhe conferiu.

Como imagina que o Brasil pode sair dessa crise?
Só com diretas, imediatamente. Se o país quiser tomar esse caminho que esse governo está tomando, essa linha pós-neoliberal, de desmonte, tudo bem, o povo é que vai decidir.

Ou não, vamos para o caminho contrário, um governo nacionalista, que proteja nossas empresas, a Amazônia. Não se pode dizer que é inconstitucional respeitar o artigo 1º da Constituição, que diz que todo o poder emana do povo.

sábado, 17 de junho de 2017

O mal por si se destrói

Se ficar confirmado que o golpe e os golpistas estão acabados, teremos mais uma vez a confirmação do ditado popular de que "O mal por si se destrói".

O equilíbrio precário da aliança PMDB/PSDB


"O PSDB foi devorado pelo jogo pesado do PMDB. Se a cúpula tucana não enquadrasse os que defendiam a ruptura com Temer e a entrega imediata dos cargos no governo federal, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) também não teria os votos dos peemedebistas no conselho de ética do Senado", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247.

"O equilíbrio da aliança PSDB-PMDB, no entanto, é extremamente precário e pode desmoronar já na próxima terça-feira, quando um pedido de prisão formulado pelo procurador-geral Rodrigo Janot será levado ao plenário do Supremo Tribunal Federal. A se repetir a maioria formada no julgamento de um habeas corpus impetrado pela defesa de sua irmã Andréa Neves, Aécio será preso", diz ele.

"Portanto, os tucanos não terão mais motivos para se enfileirar nas trincheiras de Temer, que também sofrerá novos desgastes com a denúncia de Janot".

Joesley derruba o mito da ligação LulaFriboi


A entrevista bombástica do empresário Joesley Batista, em que ele apontou Michel Temer como chefe da "maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil", também serviu para desmontar uma lenda urbana: a de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus parentes seriam sócios da JBS, dona da marca Friboi.

Num determinado trecho, o jornalista de Época questiona por que Joesley nunca gravou Lula e a resposta veio direta: "porque eu nunca tive uma conversa não republicana com o Lula".

Joesley disse ainda que só esteve com Lula uma única vez enquanto ele foi presidente – o encontro ocorreu em 2006, quando assumiu o comando da empresa.

Em sua nota, Temer diz que Joesley protegeu o PT, alegando que a JBS que a empresa cresceu no governo Lula e não no dele.

A realidade, no entanto, mostra que praticamente todas as empresas brasileiras cresceram com Lula e afundaram com o golpe.

Moro terá 15 dias para explicar liberação dos áudios de Lula


O juiz Sérgio Moro terá que explicar ao corregedor nacional de Justiça os motivos pelos quais autorizou a divulgação de conversas telefônicas entre os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

A medida é questionada, pois Moro não tinha autorização judicial para gravar diálogos da presidenta do País.

O juiz federal tem prazo de 15 dias para enviar as explicações para o corregedor João Otávio de Noronha.

Joesley e a Globo


"A Globo capturou as manifestações de 2013 e as colocou em sua grade de programação – com agendas e transmissões ao vivo – para fazer daquelas 'jornadas' o primeiro movimento manipulado de massas com vistas a tirar o PT do poder. Deu no que deu: em três anos, ajudou a colocar essa quadrilha chefiada por Michel Temer no Palácio do Planalto", diz o jornalista Leandro Fortes.

"Agora, anuncia um desembarque triunfante, entregando Temer aos leões, mas com o cuidado recorrente de se tornar dona do processo para que, como de costume, as coisas possam mudar de tal forma que permaneçam da mesma forma que estão".

Segundo ele, a Globo decidiu trabalhar pelas Indiretas Já e "decidiu capturar, também, o #ForaTemer, depois de ter sido a protagonista do golpe que colocou essa gente no poder".

Aécio é o primeiro caso de usuário de tornozeleira moral


O jornalista Fernando Brito, do blog Tijolaço, avalia a situação delicada de Aécio Neves, que teve negado o pedido para que fosse julgado pelo pleno do Supremo Tribunal Federal.

"Com isso, Aécio vai ser julgado pelos mesmo ministros que, semana passada, decidiram manter presa sua irmã, Andrea, por três votos a dois", lembra Brito.

"Não creio, porém, que vá fazer grande diferença, porque Aécio Neves, depois da “saidinha” para se reunir com o tucanato e tentar mostrar que não está no fundo do poço, vai ter de seguir em sua prisão domiciliar. Aécio Neves é o primeiro caso que se conhece de usuário de tornozeleira moral", escreve o jornalista.

PF ouve delatores e quer saber função de Geddel no esquema


A Polícia Federal vem colhendo depoimentos de delatores da JBS e de investigados no inquérito que envolve o presidente Michel Temer, com o objetivo de descobrir se eles sabiam dos pagamentos para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro.

Um dos alvos agora é o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

PF quer saber, por exemplo, qual o papel de Geddel no esquema: se ele perguntava aos funcionários da JBS e aos familiares do doleiro sobre pagamentos.

Zanin diz que Joesley foi incapaz de apontar qualquer crime de Lula


"A entrevista de Joesley Batista tem que ser entendida no contexto de um empresário que negocia o mais generoso acordo de delação premiada da história. Mesmo nesse contexto, Batista foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida, conversada ou do conhecimento do ex-presidente Lula. Considerações genéricas e sem provas de delatores não podem ser consideradas como dignas de crédito e não têm qualquer valor jurídico", diz o advogado Cristiano Zanin Martins.

Temer decide processar Joesley, mas não explica propinas


Em nota divulgada neste sábado, Michel Temer anunciou que irá processar o empresário Joesley Batista, que o chamou de chefe da "maior e mais perigosa quadrilha" do Brasil.

"Na segunda-feira, serão protocoladas ações civil e penal contra ele. Suas mentiras serão comprovadas e será buscada a devida reparação financeira pelos danos que causou, não somente à instituição Presidência da República, mas ao Brasil. O governo não será impedido de apurar e responsabilizar o senhor Joesley Batista por todos os crimes que praticou, antes e após a delação", diz Temer.

Na nota, no entanto, ele não explica porque Rodrigo Rocha Loures, seu ex-assessor especial, recebeu uma mala com R$ 500 mil em propinas, depois de ser indicado para ser o interlocutor de Temer com a JBS.

OAB volta a pedir saída de Temer e critica cinismo de Rodrigo Maia


O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, voltou a pedir a queda de Michel Temer, após a bomba deste fim de semana, em que ele foi acusado pelo empresário Joesley Batista de comandar a "maior e mais perigosa organização criminosa" do Brasil.

Segundo Lamachia, o Brasil não pode continuar pagando a conta por "atitudes pouco republicanas tomadas pelos ocupantes do Poder".

Ele também criticou o "cinismo" do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que estaria ignorando os pedidos de impeachment já apresentados – um deles, pela própria OAB.

Lamachia, no entanto, não se desculpou por ter apoiado o golpe parlamentar de 2016, que derrubou Dilma Rousseff, a presidente legítima e honesta, instalando uma quadrilha no poder.

Nassif diz que prisão de Aécio será choque de realidade para o PSDB


"Se não há motivos para manter presa Andrea Neves, existem motivos sólidos para a prisão de Aécio Neves. Solto, ele ficará articulando com colegas do Senado e com o Ministro Gilmar Mendes maneiras de impedir as investigações", diz o jornalista Luis Nassif, editor do jornal GGN.

"Sua provável prisão finalmente trará o PSDB para a realidade política, constatando a impossibilidade total de bancar uma organização presidida por Temer. Mais relevante: quebra o elo da possível parceria com o Judiciário e fecha a porta para o que parecia ser a saída planejada do impeachment".

Dilma foi vítima da quadrilha mais perigosa do Brasil


A entrevista explosiva do empresário Joesley Batista, que apontou Michel Temer como chefe da maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil, explica por que Dilma Rousseff, a presidente legítima e honesta, foi derrubada.

Acusada de ser "inábil politicamente", Dilma era apenas refratária à corrupção endêmica do PMDB.

De um lado, Moreira Franco operava nos aeroportos.

De outro, Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima atuavam na Caixa Econômica Federal.

Em paralelo, Michel Temer e Eliseu Padilha conspiravam no Congresso, enquanto Henrique Eduardo Alves recolhia propinas numa das arenas da Copa do Mundo.

Com o golpe dos corruptos contra a presidente honesta, o Brasil passou a ser comandado diretamente pelo crime e milhões de pessoas perderam seus empregos.

Clementino, o herói anônimo do Brasil

São tantos Clementinos,
Mas somente ele perde um olho
Ao tiro do policial
E do Estado estressado.

Emprestado à luta por um Brasil igual,
O homem volta a seu lar,
No interior dos Goyazes,
Onde outros Goyazes também foram
[ mutilados.

Clementino está menos completo:
Parte de seu corpo foi arrancada por um
[ projetil displicente;
Parte de seus direitos,
Arrancada por um
[ projeto indecente;
Parte de seus sonhos,
De uma vida melhor a todos,
Arrancada
Por despostas que elegemos
A nos matar pouco-a-pouco,
Arrancando parte
Do sonho ou do corpo;
Nossas oportunidades
[ e de nossos filhos.
Seja como for,
Clementino é um herói anônimo
E merece nossa solidariedade.

Clementino perdeu um olho
No campo de batalha covarde,
Na luta incansável,
Por mais que a dor e a sensação
Seja de impotência
Diante dos representantes da Nação.

Foi no histórico dia 24 de maio,
Na sequência das lutas
E da Greve Geral de Abril.
Abriu uma fenda sem fim nesse
[ atual ridículo Brasil.
E abriu uma fenda na face
[ do nosso herói gentil.

Clementino,
Que enfrentava o Presidente Cretino,
E nos inspira jamais recuar
Dessa luta por um Brasil
Que nossos filhos possam se orgulhar.

É desse herói o simbólico bradar.
Não há o que Temer.
(Fora!)
Vencer e avançar,
Mesmo quando a carne treme;
Mesmo quando nos rasgam a face
E nos rasgam a Constituição.
[ Relegando-nos à opressão.

Clementino,
Somente digo-te duas causas:
Meu menino,
Franzino e indefeso,
Saberá de seu peso ao Brasil.
Sua importância diante da implicância
Dos malditos que elegemos ontem.
E esse guri,
A partir de teu ato heroico,
Votará melhor que eu
E lutará tão mais que eu
Por uma nova civilização,
Digna.
E ouviremos, enfim, uma única canção,
Justa.

A outra é:
Muito obrigado!
Homem de pé e de fé,
Obrigado – e me desculpe
Por sofrer tamanha violência por nós.
(Como Cristo!)
Ao perder parte de sua visão,
(Sinto muito!)
Devolveu a nossa,
Há tanto perdida
[ pelas mentiras da televisão;
[ pela dissimulação de nossos patrões;
[ pela hipocrisia dessa ou daquela instituição.

Força, guerreiro!
Que a vida,
Clementino,
Tenha a ti outro destino.
O da paz.
O da certeza que você
Veio fazer em Brasília
(Vencer!)
Ser para sempre o nosso herói.

Carta do médico do Hospital de Base de Brasília sobre um manifestante baleado

Clementino finalmente recebeu alta hoje, sábado. Depois de 10 dias internado, ontem a noite foi submetido a um procedimento cirúrgico. Partiu, com um olho a menos, acompanhado de sua humilde esposa, sacola de plástico na mão, chinelo de dedo, a pé, em direção ao metrô. Fará uma escala na Ceilândia, na casa de um familiar, até conseguir pegar o ônibus para Goianésia, a mais de 200 km de Brasília.

Ontem levei-lhe duas camisas, porque já não tinha roupas limpas. O Estado? A Defensoria Pública? A OAB? A Secretaria de Direitos Humanos? Os moralistas? Nunca apareceram! Alguém da polícia para ao menos pedir-lhe desculpas? Quem vai devolver-lhe esse olho?

Quem vai arcar com os prejuízos materiais, físicos, psicológicos e morais desse cidadão, cujo único crime foi vir a Brasília manifestar-se por seus direitos?

Chorei ao sair do hospital: pela hipocrisia, a ignorância e a desumanidade do cidadão médio brasileiro. Não se trata de ideologias, de partidos políticos, mas de respeitar a condição humana, a dignidade. Sinto aquela impotência que rasga a carne. A esperança se esvai.

Só me resta uma certeza: são esses heróis anônimos que fazem a História, enquanto vocês ficam sentados no sofá assistindo televisão chamando-os de baderneiros.

(Relato do Dr. Daniel Sabino, médico que cuidou de Clementino durante toda a sua internação no HBB.)

Joesley, da J&F diz que Temer é o chefe da maior e mais perigosa quadrilha do Brasil


O Brasil é hoje presidido por seu maior e mais perigoso criminoso, chamado Michel Temer. Quem afirma, em entrevista concedida à revista Época, é o empresário Joesley Batista, do grupo J&F.

"O Temer é o chefe da Orcrim da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique, Padilha e Moreira. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto". 

"Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles. Por outro lado, se você baixar a guarda, eles não têm limites". 

"Então meu convívio com eles foi sempre mantendo à meia distância: nem deixando eles aproximarem demais nem deixando eles longe demais. Para não armar alguma coisa contra mim. A realidade é que esse grupo é o de mais difícil convívio que já tive na minha vida", afirma.

Morais: O alvo de Trump é o petróleo da Venezuela


Ao comentar a nova doutrina dos Estados Unidos para a América Latina, pela qual os norte-americanos se sentem autorizados a intervir no continente para "garantir a democracia", o escritor Fernando Morais afirma que Cuba é apenas uma cortina de fumaça.

O alvo real dos Estados Unidos, diz ele, é o petróleo venezuelano.

"Trump diz que os Estados Unidos têm obrigação de garantir a democracia na América Latina e citou Cuba, obviamente. Mas fez referências repetidas à Venezuela, dizendo que se não houver democracia na Venezuela, os Estados Unidos terão que intervir de alguma maneira", afirma.

Ele lembra, no entanto, que a Venezuela tem um exército coeso, equipado pelos russos e diz que os americanos estão "caçando encrenca".

Quanto ao Brasil, desde o golpe de 2016, o país optou por uma submissão voluntária ao Império e adotou como uma de suas primeiras medidas a entrega das reservas do pré-sal.

Temer é rechaçado por líderes globais como um cão pulguento, diz Fernando Brito


"A Ansa lembra que o Papa Francisco cancelou a viagem que faria pelos 300 anos da festa de Nossa Senhora Aparecida e que governantes europeus, como Francois Hollande e Angela Merkel vieram à América do Sul sem fazer escalas no Brasil. Rechaçado como um cão pulguento, Temer não recebe visitantes nem mesmo aqui no Brasil", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço.

Para sorrir: Coletivo de pobre



Geddel intermediava silêncio de Cunha, diz Joesley

Danilo Verpa/Folhapress 
Joesley Batista, dono da JBS, na sede da empresa, em São Paulo


Folha, São Paulo, 16/06/2017

O empresário Joesley Batista, sócio do grupo J&F, disse que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) era "o mensageiro" do presidente Michel Temer, responsável por informá-lo sobre a situação de supostos pagamentos feitos para silenciar o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, ambos presos desde o ano passado pela Lava Jato.

A informação faz parte da entrevista que Joesley concedeu à revista "Época", divulgada nessa sexta (16).

O ex-ministro, segundo Joesley, mantinha contato quinzenal com ele para saber sobre os repasses.

"E toda hora o mensageiro do presidente me procurando para garantir que eu estava mantendo esse sistema", disse o empresário.

"Geddel [era o mensageiro]. De 15 em 15 dias era uma agonia terrível. Sempre querendo saber se estava tudo certo, se ia ter delação, se eu estava cuidando dos dois. O presidente estava preocupado. Quem estava incumbido de manter Eduardo e Lúcio calmos era eu", declarou.

Joesley disse não ter dúvidas de que Temer estava consciente do esquema. "Sem dúvida [Temer sabia dos pagamentos]. Depois que o Eduardo foi preso, mantive a interlocução desses assuntos via Geddel. O presidente sabia de tudo", disse.

"Eu informava o presidente por meio do Geddel. E ele sabia que eu estava pagando o Lúcio e o Eduardo. Quando o Geddel caiu, deixei de ter interlocução com o Planalto por um tempo. Até por precaução."

O empresário disse que Temer tinha ascendência sobre Cunha e o acusou de chefiar uma organização criminosa. "A pessoa à qual o Eduardo se referia como seu superior hierárquico sempre foi o Temer", disse o empresário, na entrevista.

"O Temer é o chefe da Orcrim [sigla para organização criminosa] da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique [Alves], [Eliseu] Padilha e Moreira [Franco]. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles", prosseguiu o empresário.

Joesley afirmou que recebia pedidos do presidente. "O Temer não tem muita cerimônia para tratar desse assunto. Não é um cara cerimonioso com dinheiro", disse. "Acho que ele me via como um empresário que poderia financiar as campanhas dele -e fazer esquemas que renderiam propina."

O empresário citou um caso específico na entrevista. "Teve uma vez também que ele me pediu para ver se eu pagava o aluguel do escritório dele na praça [Panamericana, em São Paulo]", disse.

Joesley diz que na ocasião se fez de desentendido e não atendeu à solicitação.

Joesley afirmou que recebia pedidos de dinheiro de Cunha e Funaro vinculados a vários assuntos e citou como exemplo uma solicitação de Cunha de R$ 5 milhões para evitar a abertura de uma CPI que atingiria a JBS. Na ocasião, o empresário disse que não pagou.

Os pedidos de propina, segundo ele, continuaram mesmo depois da prisão do ex-deputado.

ACORDO POLÊMICO

Joesley Batista assinou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, que foi homologado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Lava Jato no tribunal.

O acordo recebeu críticas por conta dos benefícios concedidos ao empresário, que não cumprirá pena nem mesmo será processado. Ele e a família tiveram autorização para viajar aos EUA em jatinho da empresa.

A JBS, frigorífico do grupo J&F, está sendo investigada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em cinco processos administrativos para apurar supostas irregularidades, como o uso de informações privilegiadas em negociações de dólar futuro e ações.

Na entrevista, o empresário diz que não manipulou o mercado: "A CVM pode investigar e temos tranquilidade em responder. São operações feitas absolutamente dentro das regras", declarou.

Ele também afirmou que se viu forçado a gravar Temer para provar que estava sofrendo achaques, e refutou que o áudio tenha sido alterado. "Zero. Zero. Gravamos e entregamos. Podem fazer todas as perícias do mundo", afirmou.

PT E PSDB

Na entrevista, Joesley também faz acusações ao PT, que, segundo ele, inaugurou o esquema que perdurou sob Temer. Seu interlocutor para o pagamento de propina seria o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

"Quando era efetivado o negócio, saía uma parcela, eu creditava o valor da propina na conta do Guido na Suíça", declarou. A diferença, segundo ele, era que a abordagem do PT era "menos agressiva".

Ele poupa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que nunca teve conversa "não republicana" com o petista.

Explica também por que gravou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), hoje afastado do cargo por decisão do Supremo.

Aécio, segundo ele, era a alternativa de poder. "Teve 48% dos votos dos brasileiros [na eleição de 2014]. E tinha entrado no governo do Temer", afirmou.

O empresário declarou ainda que não tem mais revelações a fazer e que prestaria depoimento a uma CPI para investigar suas acusações.

Nenhum dos citados por Joesley na entrevista quis se manifestar até o momento.