sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Em coletiva, Haddad mostra que há oposição



O editor e colunista do 247 Gustavo Conde afirma que a entrevista coletiva de Fernando Haddad mostrou que a oposição está viva e, na verdade, ressurge com força depois de três semanas de transição patética do governo Bolsonaro.

Sobre Haddad, Conde diz "sua força também emerge do convite que recebeu do senador americano Bernie Sanders - atualmente, o político mais popular dos EUA - para encampar uma frente internacional pela democracia e que sirva de anteparo ao recrudescimento dos ultranacionalismo de extrema-direta".

Futuro presidente da Petrobrás acha a gasolina no Brasil barata




"O preço [atual] com impostos e subsídios está na média global. Agora, vamos examinar o preço que a Petrobras cobra, como vai ser. Esse é um assunto que vou passar a estudar", afirmou na saída do Centro Cultural Banco do Brasil, onde trabalha a equipe de transição do governo. 

A política livre de preços, implantada por Pedro Parente e defendida por Castello Branco, produziu o caos no Brasil, com a greve dos caminhoneiros

FHC diz que Bolsonaro afeta imagem do País e o coloca no colo dos EUA


Depois de atuar como Pilatos no processo eleitoral, lavando as mãos e deixando de apoiar uma frente democrática com Fernando Haddad, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso agora vê Jair Bolsonaro como um risco à imagem do Brasil. 

"Será um impacto, no meu modo de ver, negativo. Ele disse que o Mercosul não é prioridade, o que abala a relação do Brasil com parceiros do Sul". 

"Foi dito que, eventualmente, o Brasil poderia cortar relações com certos países", disse ele. "Se formos por esse caminho, vamos levar o Brasil para uma posição como se fosse os Estados Unidos, mas sem ser os Estados Unidos"




domingo, 4 de novembro de 2018

Heleno ataca Amorim e diz ser antipatriótico criticar a prisão de Lula


Escolhido como ministro da Defesa do presidente eleito Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno atacou duramente o ex-chanceler Celso Amorim, que foi também ministro da Defesa. 

"É o primeiro ex-chanceler a usar vários diplomatas a ele ligados em uma campanha no exterior contra o seu próprio país, mentindo sobre a prisão de Lula. Atitude impatriótica, vergonhosa e injustificável”, disse ele". 

"A tese de que Lula é um preso político conta com o apoio de juristas do Brasil e do mundo, de ex-prêmios Nobel da Paz e de vários ex-chefes de estado".

A repercussão


"O que incomoda muito e envergonha os militares patriotas, o corpo diplomático e o povo brasileiro é um presidente que além de defender a tortura e os grupos de extermínio, bate continência para a bandeira americana, entrega a Embraer e o pré-sal, acaba com o programa espacial e negocia uma base militar americana no Nordeste brasileiro", avalia o ex-ministro Aloizio Mercadante, em resposta à crítica do general Augusto Heleno ao ex-chanceler Celso Amorim.

sábado, 3 de novembro de 2018

Previdência de Bolsonaro destrói mais direitos que a do Temer

Gabas: os bancos vão se encher de dinheiro

Conversa Afiada, 02/11/2018

Carlos Gabas, que foi ministro da Previdência de Lula e Dilma, analisa a proposta que o banqueiro Armínio Naufraga doou ao banqueiro Paulo Guedes:

Gabas: vão tirar a Previdência da Constituição para poder explorar o povo mais fácil

Leia a transcrição:

Hoje ficamos sabendo, pelas matérias nos jornais, que o governo pretende enviar ao Congresso Nacional uma outra proposta de Reforma da Previdência.

Essa, muito mais ampla, segundo eles.

Nós passamos dois anos denunciando a PEC 287, a proposta de reforma que o Temer mandou para o Congresso Nacional.

Claro que ela já era ruim.

Claro que ela desmontava o sistema de proteção social.

Mas esses neoliberais conseguem se superar. Eles se reinventam a cada momento.

Propuseram agora, como soubemos pelos jornais, uma PEC, uma reforma muito mais devastadora, muito mais destruidora de todo o nosso sistema de proteção social.

Isso é muito grave!

Eu vinha dizendo que qualquer país civilizado não pode abrir mão de um sistema que protege os trabalhadores, que protege o seu povo.

Nós temos um sistema que, claro, precisa de uma reorganização, especialmente nas fontes de financiamento (e nós propusemos isso), só que, para nós, Previdência é um tema tão importante para a sociedade, tão complexo, tão abrangente, que ele precisa ser fruto de um debate, ele precisa ser colocado na mesa, com as contas abertas, o que arrecada, o que gasta, quem paga, quem não paga... Tem muita isenção, tem muita empresa que não paga, tem muita gente que não paga, tem muito devedor da Previdência Social que precisa ser cobrado.

E este Governo eleito agora não está nem aí para isso.

Propõe justamente o contrário.

Sem debate, estão dizendo que vão trazer para o Brasil o modelo chileno.

E o modelo chileno não serve - nem para o Chile, nem para o Brasil.

É um modelo que só serve ao capital especulativo.

Só serve aos bancos, porque vai dar muito lucro para banqueiro, mas vai desproteger a sociedade.

Vamos lá a um resumo do que eles estão propondo:

Primeiro: tira a regra previdenciária da Constituição. Passa para lei infra-constitucional, que é muito mais fácil de ser mudada a qualquer momento.

Segundo: institui uma espécie de Renda Básica de Cidadania, uma espécie de renda geral para todo mundo que completar 65 anos, indistintamente. Isso parece uma coisa boa, mas não é. Primeiro, porque acaba com o PPC, o benefício de prestação continuada, da Lei Orgânica da Assistência, que era um salário mínimo. Esse novo benefício vai ter um valor fixado por eles. Estão falando de algo em torno de 70% do salário mínimo. Desvincula do salário mínimo e vai ser reajustado quando eles quiserem.

E, acima disso, esse valor estão falando em torno de R$ 800... acima disso, vão instituir uma Previdência complementar privada, com conta individual obrigatória.

O trabalhador vai ter que escolher qual é o banco que ele vai pagar a Previdência dele e o banco vai administrar o seu dinheiro.

Detalhe: vão utilizar o nosso PIS-PASEP e o nosso Fundo de Garantia, dinheiro que já é nosso, para criar saldo para essa "poupança individual", como estão falando.

Isso vai levar o trabalhador à desproteção, à miséria.

No Chile, um idoso, quando se aposenta por esse sistema, o dinheiro dura 3, 4, até 5 anos, depois acaba o dinheiro.

E ele fica na rua da amargura, fica para ser cuidado pelos familiares, se puderem cuidar. Se não puderem cuidar, ele fica sem nenhuma proteção social.

Não é esse sistema que nós precisamos para o Brasil.

Nós não podemos deixar que isso seja aprovado.

Ainda não foi enviado ao Congresso, mas será.

E, possivelmente, ainda este ano.

O que eles fazem mais de maldade ainda?

Eles instituem a idade mínima de 65 anos. E, para você ter direito à sua aposentadoria, mesmo que seja um salário mínimo (para você ter direito a um salário mínimo!) você tem que ter pelo menos 40 anos de contribuição.

Isso é cruel, gente.

Isso é rebaixar a proteção social.

Isso é jogar o trabalhador na miséria.

Acesse o link e saiba mais:Previdência de Bolsonaro destroi mais direitos que a do Temer

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Bolsonaro é o novo presidente do Brasil

Ele foi eleito com um projeto de ultradireita

Com quase 100% das urnas apuradas, Jair Bolsonaro (PSL) está eleito presidente do Brasil, com 55,63% dos votos válidos, enquanto o candidato do PT, Fernando Haddad, aparece com 44,37%.

Os votos brancos até o momento chegam a 4,08%, votos nulos, 7,42%, e abstenções chegam a 21,17%.

Bolsonaro foi eleito com base num discurso de ultradireita e numa campanha de fake news pelas redes sociais considerada sem precedentes na história pela OEA.

domingo, 21 de outubro de 2018

Havan, apoiador de Bolsonaro, usa Lei Rouanet para produzir o CD mais caro do mundo


Fico apenas no valor de cada CD: R$ 237.281,28 para 2 mil CDs a serem distribuídos gratuitamente dá, na boa e velha aritmética, R$ 118,64 por unidade. Acho que se trata do CD mais caro do mundo inteiro, diz Fernando Brito, sobre o projeto aprovado por Luciano Hang, da Havan, no Ministério da Cultura.

Generais já traçam 22 medidas para Bolsonaro


O plano inclui redução da maioridade penal, revisão da história da ditadura, corte de ministérios e relativização de mortes cometidas por policiais, informa o jornal Zero Hora. Além disso, invasão de propriedade será classificada como terrorismo, enquanto, nas escolas, voltarão as aulas de Moral e Cívica e haverá expurgo das obras de Paulo Freire.

Sinais de tempos sombrios


O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL,) disse, durante uma palestra antes do primeiro turno, que se o STF tentar impugnar a candidatura do presidenciável por "qualquer motivo" "terá que pagar para ver o que acontece".

"Será que eles vão ter essa força mesmo? Se quiser fechar o STF você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo", disse.

A ameaça às instituições ganha força em meio a denúncia de que empresários impulsionaram a campanha de Bolsonaro por meio de contratos milionários para disparos em massa de mensagens contra o candidato do campo democrático Fernando Haddad e o PT por meio aplicativos como o Whatsapp.