domingo, 2 de janeiro de 2022

IPVA 2022: veja enfermidades que dão direito à isenção

Ano de fabricação do veiculo e enfermidades, podem te dar isenção do IPVA

Jornal Contábil | 01/01/22 - 09h21

O ano nem acabou e as contas para o início de 2022 já estão batendo na porta. Se você é dono de um veículo, fique sabendo que o Imposto sobre propriedade de Veículo Automotor (IPVA) teve um reajuste médio na casa dos 22% e 2022. Trata-se de um imposto estadual, portanto haverá variações de estado para estado.

O aumento será sentido, inclusive, para quem tem carro usado. Isso porque devido a problemas na produção dos carros novos, muita gente comprou o usado e o preço disparou. Ou seja, ele se valorizou em vez de se desvalorizar. Por isso o bolso vai doer mesmo se seu carro for usado.

Como consultar o valor do IPVA 2022? - Os estados já estão divulgando a tabela com as datas de pagamento. Quem pagar à vista ganha desconto ou poderá pagar em até três vezes. Para saber quanto você vai pagar de IPVA, consulte o valor do seu carro na tabela Fipe. Depois multiplique pela alíquota que seu estado cobra. Ela varia conforme a região: a alíquota mais alta é de 4%, cobrada em São Paulo e Rio de Janeiro. A mais baixa 2% – cobrada no Acre, Tocantins, Espírito Santo e Santa Catarina. Outra maneira é consultar o site do Detran do seu estado e tenha em mãos o número do Renavam.

Ano de fabricação do veículo pode dar isenção - Mas nem tudo está perdido e ainda há uma esperança. Há alguns veículos que são isentos do pagamento do IPVA. Isso porque é levado em conta o ano da fabricação do veículo. Então, este pode ser o seu caso. Mas atenção, pois a norma varia de estado para estado. Portanto, vamos listar as regras em cada um deles:

Amapá e Rio Grande do Norte: veículos com mais de 10 anos ou que tenham sido fabricados antes de 2010 ficam isentos do imposto;

Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espirito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Sergipe e Tocantins: quem possuí veículo que tenha 15 anos ou mais ou tenha sido fabricado antes de 2007 não precisará pagar a taxa;

Mato Grosso: é dada a isenção de IPVA em 2022 para veículos fabricados antes de 2004 ou que tenham a partir de 18 anos;

Acre, Alagoas, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná: veículos com fabricação antes de 2002 ou com 20 anos ou mais ficam isentos;

Pernambuco e Santa Catarina: quem tem veículo com mais de 30 anos ou fabricado antes de 1922 não precisa arcar com o imposto;

Minas Gerais: IPVA grátis apenas para carros com placa preta;

Roraima: ficam isentos veículos agrícolas, motos de até 160 cilindradas, táxis, veículos de pessoas com deficiência e ambulâncias.

Outros fatores que podem dar isenção de IPVA - Se o motorista conseguir comprovar alguma doença, poderá ter o IPVA grátis em 2022. Para isso, é preciso obter laudo médico em clínica credenciada pelo Detran do seu estado. Veja as situações que podem gerar isenção:

Amputações;
Artrite Reumatoide;
Artrodese;
Artrose;
AVC;
AVE (Acidente Vascular Encefálico);
Autismo;
Alguns tipos de câncer;
Doenças Degenerativas;
Deficiência Visual;
Deficiência Mental;
Doenças Neurológicas;
Encurtamento de membros e más formações;
Esclerose Múltipla;
Escoliose Acentuada;
Lesão por esforço repetitivo (LER);
Linfomas;
Lesões com sequelas físicas;
Manguito rotador;
Mastectomia (retirada de mama);
Nanismo (baixa estatura);
Neuropatias diabéticas;
Paralisia Cerebral;
Paraplegia;
Parkinson;
Poliomielite;
Próteses internas e externas, exemplo: joelho, quadril, coluna, etc.;
Problemas na coluna;
Quadrantomia (Relacionada a câncer de mama);
Renal Crônico com uso de (fístula);
Síndrome do Túnel do Carpo;
Talidomida;
Tendinite Crônica;
Tetraparesia;
Tetraplegia.

Chefe de novo escritório do Brasil em Washington assinou o aumento do próprio salário, quatro vezes maior


Brasil 247, 2 de janeiro de 2022, 08:46

Escalado por Paulo Guedes para chefiar o futuro escritório de representação do Brasil em Washington, o secretário de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa é quem assina a nota técnica que justifica a necessidade de se criar a nova repartição, com um cargo que quadruplicará seu salário. A informação é do jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.

O documento diz que o chefe da estrutura vai precisar de “senioridade máxima” para divulgar o Brasil. Daí a necessidade, escreve o parecerista, de ganhar como um ministro de primeira classe do Itamaraty. Costa terá uma remuneração de US$ 13,3 mil ou R$ 75 mil mensais.

Atualmente, ele recebe R$ 18,3 mil. Foi ele também quem elaborou a minuta do decreto a ser assinado por Jair Bolsonaro autorizando a abertura do escritório e, com isso, sua transferência.

MST vai atingir marca de mil toneladas de alimentos doados na campanha Natal Sem Fome

Solidariedade

Brasil 247, 2 de janeiro de 2022, 07:27

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) calcula que a campanha Natal Sem Fome, que tem como alvo famílias em situação de insegurança alimentar, atingirá a marca de mil toneladas de alimentos doados até quinta-feira (6), o equivalente a 50 mil cestas básicas. A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo.

Neste ano, a campanha conta com a colaboração de centrais sindicais como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical.

Pesquisa Datafolha aponta que 26% dos brasileiros afirmam que a quantidade de comida em casa não foi suficiente para alimentar suas famílias nos últimos meses. O percentual chega a 37% entre aqueles com renda mensal de até dois salários mínimos.

Três anos depois, nada se sabe sobre cheques de Queiroz a Michelle Bolsonaro

Corrupção!

Brasil 247, 2 de janeiro de 2022, 08:27

Três anos após a revelação dos cheques depositados pelo ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não esclareceu os pagamentos que totalizaram R$ 89 mil, feitos entre 2011 e 2016. A reportagem é do jornal O Globo.

Desde então, o casal presidencial jamais tocou no assunto, revelado em reportagens do jornal “O Estado de São Paulo” e da revista “Crusoé”. Em dezembro de 2020, Bolsonaro fez a última declaração pública sobre o caso, e disse que os valores depositados eram para ele.

— Vamos apurar? Vamos. Mas cada um com a sua devida estatura, e não massacrar o tempo todo, como massacram a minha esposa, quando falei desde o começo que aqueles cheques do Queiroz ao longo de dez anos foram para mim, não foram para ela. Eu dava 89... divide aí, Datena — disse o presidente em entrevista ao programa do Datena. — R$ 89 mil por dez anos dá em torno de R$ 750 por mês. Isso é propina? Pelo amor de Deus! R$ 750 por mês. O Queiroz pagava conta minha também. Era de confiança, tá?

Em agosto de 2020, ao ser questionado pela reportagem do GLOBO a respeito dos pagamentos, Bolsonaro, irritado, disse ter vontade de “dar porrada” no jornalista:

— Estou com vontade de encher essa tua boca na porrada, tá?

Já o ex-assessor de Flávio, Queiroz, que chegou a ser preso em 2020, obteve importantes vitórias na Justiça no caso das rachadinhas. Ele é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como operador do esquema no gabinete do então deputado na Assembleia Legislativa do Rio.

Em novembro, atendendo a um pedido da defesa de Queiroz, o ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu que o MP-RJ deverá apresentar nova denúncia contra o hoje senador para que as investigações do caso tenham prosseguimento.

Antes disso, em agosto, Noronha suspendeu a tramitação da denúncia que corre desde 2020 no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra Flávio, Queiroz e outras 15 pessoas investigadas no caso das rachadinhas. Eles são acusados de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema que supostamente funcionava no gabinete do então deputado estadual.

Mega da Virada: premiados pagaram cota de R$ 200, diz dono de lotérica

Uma das apostas vencedoras da Mega da Virada é um bolão de 14 cotas, feito na lotérica Campeão da Barão, em Campinas, interior de SP


Metropólis, 01/01/2022 14:09,atualizado 01/01/2022 16:00
Arquivo pessoal

São Paulo – Uma das duas apostas vencedoras da Mega da Virada é um bolão de 14 cotas feito na lotérica Campeão da Barão, em Campinas, no interior de São Paulo. Para participar do bolão que rendeu o prêmio de R$ 189.062.363,74, os apostadores tinham de pagar ao menos R$ 200, valor de cada cota.

O jogo foi feito em 14 de dezembro, às 8h38, em uma lotérica que fica dentro do Shopping Iguatemi. Osvaldo Stefanelli Filho, dono da lotérica Campeão da Barão, afirmou ao Metrópoles que o grupo de apostadores são clientes fiéis da loja.

“Algumas pessoas que ganharam nós conhecemos, porque o pessoal sempre joga com a gente, sempre faz bolões aqui”, disse o homem de 67 anos, que está no ramo de loterias há 40.

Uma das duas apostas vencedoras da Mega da Virada é um bolão de 14 cotas feito na lotérica Campeão da Barão, em Campinas

“Como é um jogo de 11 dezenas, além de acertarem a Mega-Sena, eles acertaram 30 Quinas e 150 Quadras. Deu R$ 13.822.731,12 para cada cota. É um jogo bom, porque quanto mais dezenas você joga, mais prêmio dá”, afirmou Osvaldo.

O empresário acompanhou o sorteio da Mega da Virada nessa sexta-feira (31/12) pela TV. “É muito emocionante, eu tenho 40 anos de loteria e agora um prêmio desse. Ficamos muito emocionados. Foi maravilhoso”, contou. “É muito bom dar sorte para outro, é melhor do que ganhar para falar a verdade”, disse rindo.

Segundo ele, alguns ganhadores receberam a notícia sobre a aposta ter vencido em primeira mão pela equipe da lotérica. “Gosto muito do que faço, então eu vejo a alegria das pessoas que ganharam, que nem sabiam que tinham ganhado ainda quando fomos avisar.”

O dono da lotérica não se preocupa em perder os clientes fiéis que agora são milionários. “Já jogaram bastante agora vão jogar mais ainda”, afirmou, entusiasmado. Ele também acredita que agora o movimento na lotérica vai aumentar.

De acordo com Osvaldo, a lotérica Campeão da Barão, em Campinas, foi responsável por fazer uma aposta ganhadora de um prêmio de R$ 4,1 milhões, há 10 anos.

Mesmo com surto de gripe, Brasil tem 12 milhões de vacinas paradas

O Ministério da Saúde distribuiu 80 milhões de doses, mas apenas 67,9 milhões foram aplicadas

Brasil 247, 31/12/2021, 09:23 h Atualizado em 31 de dezembro de 2021, 09:23

Mesmo com um surte de gripe, causado pelo vírus H3N2, o Brasil está com 12 milhões de doses da vacina contra a doença paradas. A explicação está na falta de procura do brasileiro para se imunizar, segundo o Metrópoles.

O Ministério da Saúde distribuiu 80 milhões de doses, mas apenas 67,9 milhões foram aplicadas, o que equivale a 84% do total disponível.

Para especialistas, a baixa imunização pode provocar uma epidemia da enfermidade e agravar o cenário da pandemia de Covid-19.

O Ministério da Saúde liberou, desde julho, as doses para todas as faixas etárias. Além disso, não é preciso ter intervalo entre a aplicação das vacinas contra a Covid-19 e a da gripe.

sábado, 1 de janeiro de 2022

Noblat: Bolsonaro pode abdicar da reeleição

“Ele tem mais três ou quatro meses pela frente para decidir o seu destino”, aposta o jornalista

Brasil 247,1/01/2022, 08:46 h Atualizado em 1 de janeiro de 2022, 08:46
Ricardo Noblat e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)

Por Ricardo Noblat, no portal Metrópoles - Com cara enfezada e fala dirigida unicamente aos seus devotos fiéis, o presidente Jair Bolsonaro apresentou-se aos brasileiros no último dia de 2021 para desejar-lhes um feliz ano novo.

A ocasião pedia que ele manifestasse compaixão pelas vítimas da pandemia da Covid-19 e despertasse em seus familiares a esperança em dias melhores, mas não foi o que aconteceu.

Bolsonaro estava tenso e irritado. Deu por esgotada sua recente versão de Jairzinho paz e amor e reconciliou-se com a outra que sempre lhe caiu muito bem – a do presidente criador de casos.

Não de bons casos, mas de maus. O presidente é um fabricante de crises que não sabe viver em relativa paz. Se o modelo de fato servisse aos seus propósitos, poderia dar-se bem ao fim e ao cabo.

Mas não é o que parece, segundo indicam todas as pesquisas de opinião. O exercício do poder exige a delicada e penosa construção de maiorias sem as quais nada é possível.

Se não for capaz de ampliar o contingente dos que ainda o apoiam, onde Bolsonaro pensa que chegará? Parte dos seus seguidores, convencida de que ele não se reelegerá, o largará de mão.

Cresce entre seus aliados dentro e fora do governo a impressão de que ele começa a examinar a hipótese de abdicar da reeleição, disputando uma vaga ao Senado ou recolhendo-se à sua casa.

Para uma derrota certa e humilhante, ele não irá. Tem mais três ou quatros meses pela frente para decidir o seu destino.

Leonardo Boff: Lula está na boca do povo e até bolsonaristas estão mudando voto

"A mudança é Lula presidente, aquele que poderá resgatará o país do abismo", disse Boff pelo Twitter

Brasil 247, 1/01/2022, 16:40 h Atualizado em 1 de janeiro de 2022, 17:21
(Foto: Reprodução)

O teólogo e escritor Leonardo Boff destacou neste sábado (1) a ampla aceitação da população brasileira à candidatura do ex-presidente Lula, inclusive com a mudança de apoio de eleitores de Jair Bolsonaro.

"O Lula está no boca do povo, nas ruas. Até os bolsonaristas estão mudando. Muitos dizem: apoiar esse homem boçal, mentiroso, inimigo da vida e das crianças, já é demais;é uma vergonha para o BR e para nós. Mudam. A mudança é Lula presidente, aquele que poderá resgatará o país do abismo", disse Boff pelo Twitter.

Leia também reportagem da Rede Brasil Atual sobre o assunto:

O Partido dos Trabalhadores (PT) tem a preferência de 28% dos eleitores, segundo pesquisa divulgada ontem (30) pelo Datafolha. Em segundo lugar, PSDB e MDB aparecem com 2%, enquanto Psol, PDT têm 1% e os demais partidos não pontuam. Os dados fazem parte da mesma pesquisa realizada pelo instituto entre 13 e 16 de janeiro, na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera com folga a corrida presidencial nas eleições de 2022. No levantamento, Lula tem 48% da preferência, 26 pontos à frente de Bolsonaro (PL), com 22%.

Ou seja, Lula tem hoje chance real de vencer no primeiro turno. O ex-presidente é considerado também o melhor da história e o mais preparado para tirar o país da crise. Aliás, evitar um segundo turno com Bolsonaro é uma preocupação real manifestada em entrevista recente pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Isso porque o senador não descarta pretensões golpistas do bolsonarismo.

A recuperação da preferência pelo PT aos patamares de uma década atrás domina, assim, o ambiente eleitoral do ano que começa. E ocorre na esteira de dois fatores marcantes para a história política do Brasil: um deles, as contundentes vitórias de Lula na Justiça, depois de 22 processos e uma perseguição implacável; e outro, o fracasso do golpe. Afinal, sob pretexto de “salvar” o país da corrupção e “recuperar” a economia, o impeachment de Dilma e a prisão de Lula se revelaram farsas. Isso sem contar o desastre que tem sido o governo de Jair Bolsonaro, tanto na condução da crise econômica quanto na pandemia.

Preferência de uma década atrás

Desse modo, o PT – que comemora também ter alcançado 1,6 milhão de filiados – reassume de maneira categórica a liderança do campo progressista. Afinal, os 31% de preferência que o PT tinha em 2012 despencaram nos anos seguintes depois de intenso bombardeio. Em 2013, após os protestos de junho, caiu para 19%. E no início de 2015, quando começavam a explodir as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, bateu em 9%.

A liberdade de Lula, conquistada em novembro do ano passado depois de 580 dias de prisão política, foi desfrutada com intenso ativismo. O ex-presidente passou a viajar o Brasil para reafirmar sua liderança popular. E iniciou uma agenda de conversas com diversos partidos, da esquerda à centro-direita. Além disso, realizou viagens pela Europa, onde encontrou-se com estadistas e lideranças. O objetivo: recuperar a imagem do Brasil no mundo, deteriorada pelo governo Bolsonaro.

Batalha digital

Em outra frente, a esquerda ensaia um crescimento sustentável também nas redes sociais, campo mais decisivo para a eleição de 2018 do que a televisão. De maneira inédita, o Índice de Popularidade Digital realizado pela Quaest Consultoria mostrou ontem que Lula termina o ano à frente de Bolsonaro também na internet. O ranking é feito após coleta de dados em redes sociais e buscadores — como Twitter, Instagram, Facebook e Google Search. E considera número de seguidores, capacidade de promover engajamento, reações positivas e negativas. Com base nessas informações, a Quaest confere uma pontuação de 0 a 100 a cada ranqueado. Nesse levantamento, Lula tem 73,4 pontos e Bolsonaro, 68,9 pontos. Moro tem 45,2, Ciro 32,1 e Doria (PSDB – 24,7).

Além disso, Bolsonaro já não nada de braçada nas redes sociais. Aliás, nos últimos dias, sua classificação como “vagabundo” por se divertir na praia em meio a tragédia na Bahia bombou nas redes. Outro aspecto da batalha digital é que a atuação profissionalizada e robotizada do bolsonarismo também enfrenta outra forma de resistência hoje. Há uma comunidade virtual atuante e criativa, agora composta não apenas por políticos e celebridades, mas também influenciadores digitais e militantes anônimos, autônomos e indignados.

Retrospectiva 2021

Nessa perspectiva, de se contrapor o tempo todo a Bolsonaro e ampliar a confiança em seu potencial, o ex-presidente Lula lançou esta semana uma retrospectiva de suas andanças ao longo de 2021. É um ano em que Bolsonaro não terá nada a mostrar em seu pronunciamento de seis minutos previsto para hoje à noite. E possivelmente ainda tenha muito a esconder. “É preciso acreditar que o Brasil pode voltar a ser um país de todos”, diz Lula, na abertura.

Salário mínimo teve aumento real de 59% com Lula e Dilma e de 0% com Bolsonaro

A nova quantia apenas reajusta a perda resultante da inflação anual acumulada desde dezembro de 2020

Brasil 247, 1/01/2022, 14:17 h Atualizado em 1 de janeiro de 2022, 14:27
Dilma Rousseff e Lula (Foto: Cláudio Kbene)

Brasil de Fato - O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), anunciou na última quinta-feira (30), durante live transmitida pelas redes sociais, que o novo salário mínimo em 2022 será de R$ 1.212, um aumento de R$ 112 em relação à cifra atual, de R$ 1.100.

Mas a nova quantia apenas reajusta a perda resultante da inflação anual acumulada desde dezembro de 2020, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE), o que é obrigatório por norma constitucional.

Assim, o governo Bolsonaro mantém pelo terceiro ano consecutivo o valor do mínimo sem qualquer ganho real de poder de compra. Já durante o governo de Michel Temer (MDB), o aumento real acumulado do mínimo (somando os reajustes de janeiro de 2017, 2018 e 2019, que foi estipulado ainda durante a gestão do emedebista), foi de 0,79%.

Em contrapartida, o aumento real do salário mínimo - acima da inflação - durante os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, de abril de 2003 a janeiro e 2016, foi de 59,21%. Veja tabela abaixo.


Por que o salário mínimo parou de crescer a partir de 2017?

Em 2004, o segundo ano do governo Lula, as centrais sindicais, por meio de movimento unitário, lançaram uma campanha de valorização do salário mínimo. Nessa campanha, foram realizadas três marchas conjuntas em Brasília com o objetivo de fortalecer, junto aos poderes Executivo e Legislativo, a importância social e econômica da proposta de valorização do salário mínimo.

Como resultados dessas marchas, o salário mínimo, em maio de 2005, passou de R$ 260,00 para R$ 300,00. Em abril de 2006, elevou-se para R$ 350,00. Já em abril de 2007, o salário mínimo foi corrigido para R$ 380,00. Também como resultado dessas negociações, o governo federal estabeleceu em 2007 uma política permanente de valorização do salário mínimo, até 2023 (mas que deveria ser revalidada anualmente na Lei de Diretriz orçamentária.

Essa política tinha como critérios o repasse da inflação do período entre as suas correções, mais um aumento real calculado a partir da variação do Produto Interno Bruto (PIB) do país, além da antecipação da data base de sua correção - a cada ano - até ser fixada em janeiro.

Graças a essas medidas, Lula se tornou o presidente que maior aumento real concedeu ao salário mínimo desde a sua criação, em 1º de maio de 1940.


Assim, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu a política de valorização real do mínimo, e Dilma Rousseff, na gestão seguinte, transformou a regra em lei com vigência para os anos de 2015 a 2018, que era o período que deveria ter durado seu governo se não tivesse sido interrompido pelo processo de impeachment em 2016.

Na sequência, o presidente Michel Temer, que governou durante a recessão, não mudou a legislação, mas acabou por não conceder aumento real, visto que o PIB brasileiro não apresentou crescimento.

O presidente Bolsonaro, por sua vez, abandonou a política de valorização real em 2019, seguindo orientação de seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que entendeu que a valorização do índice comprometeria as contas públicas. Ele argumentou que o salário mínimo é base de referência para outras despesas, como os benefícios da Previdência Social e de assistência social a idosos e pessoas com deficiência (BPC), além do abono salarial.

Então, desde 2019, Bolsonaro ainda não aprovou uma nova política de reajuste para o mínimo, e tem seguido o mínimo exigido pela Constituição, que é o reajuste pela inflação.

Bolsonaro conta a primeira mentira de 2022, culpando o PT pelo alto preço dos combustíveis

Bolsonaro diz que brasileiros pagam caro pela gasolina para quitar dívida da Petrobrás. Desmentido e ridicularizado, ele foi discutir com internautas

Brasil 247, 1/01/2022, 12:16 h Atualizado em 1 de janeiro de 2022, 12:16
Fachada da Petrobras e Bolsonaro (Foto: Reuters)

Revista Fórum - Entra ano, sai ano, e o presidente Jair Bolsonaro não perde alguns hábitos. Ainda nas primeiras horas do primeiro dia de 2022, o mandatário extremista de direita já lançou a mentira inaugural do ano: brasileiros pagam gasolina caríssima para pagar dívida da Petrobras, insinuando culpa do PT.

O clichê infantil e falso, inacreditavelmente usado por um presidente da República, despertou a fúria de muitos internautas, que imediatamente “lembraram” ao chefe de Estado radical que o valor cobrado pelos combustíveis faz parte da política de preços da Petrobras, que ao atrelar o óleo brasileiro aos valores dolarizados praticados no mercado internacional, o fez unicamente para aumentar o lucro dos acionistas.

“A dívida bruta da Petrobrás, em 2021, caiu de U$ 160 bilhões para U$ 60 bilhões. Essa queda (100 bi), em parte, foi quitada com lucro na venda de combustíveis que você paga nos postos em todo o Brasil”, disse Bolsonaro no começo da postagem, feita no Facebook. A nítida intenção de distorcer a realidade e a impressão de que o presidente tenta justificar os preços pornográficos dos combustíveis com bobagens que seus seguidores adoram ouvir fez muita gente reagir.

Leia a íntegra na Fórum.