quinta-feira, 17 de junho de 2021

Pesquisa mostra Lula em crescimento e Bolsonaro em queda, com mais rejeição que apoio em todas as regiões

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas confirma o esvaziamento de Jair Bolsonaro. Numa simulação de segundo turno presidencial em 2022, o resultado é de empate técnico, mas com tendência de crescimento do petista e queda de Bolsonaro

Brasil 247, 17/06/2021, 13:41 h Atualizado em 17/06/2021, 15:24
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 
(Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta quinta-feira (17) mostra como está a corrida eleitoral para as eleições em 2022 com a saída de Luciano Huck e Sérgio Moro da disputa, e a entrada de José Luiz Datena como aposta para a 3ª via. A pesquisa confirma o esvaziamento de Jair Bolsonaro. Foram apresentados três cenários de primeiro turno e outros três de segundo turno.

De acordo com reportagem publicada no site O Cafezinho, no primeiro cenário proposto pela pesquisa, no qual Datena aparece, Bolsonaro tem 34,3%, contra 32,5% de Lula, o que configura empate técnico. Na pesquisa anterior, de maio deste ano, Bolsonaro tinha 33% e Lula 29%. O crescimento mais expressivo, portanto, foi o do petista. Bolsonaro oscilou 1 ponto para cima, ao passo que Lula cresceu 3,5%.

Para um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, a pesquisa aponta empate de 40% para cada um, porém Bolsonaro vem perdendo pontos, ao passo que Lula vem crescendo nas pesquisas.

A pesquisa apontou que o segundo turno das eleições pode ser decidido pelas mulheres. Enquanto Lula tem 44,3% dos votos femininos, Bolsonaro tem 32,5%. Entre as regiões, Lula permanece com vantagem no nordeste com 49,7% contra 33,8% de Bolsonaro.

A pesquisa traz ainda o potencial eleitoral dos principais candidatos. Na tabela, chama a atenção a rejeição de 57% de João Doria. Lula e Bolsonaro seguem empatados na coluna do “voto com certeza”. Ciro Gomes e Datena têm uma boa pontuação na coluna “poderia votar”.

A aprovação do governo Bolsonaro também foi avaliada na pesquisa. Em relação ao levantamento de maio, houve uma leve piora na avaliação do governo. No mês passado, 44% aprovavam o governo, contra 52% que o desaprovavam. Na pesquisa divulgada nesta quinta, o governo Bolsonaro tem 42% de apoio e 54% de rejeição.

Ele tem mais rejeição que apoio em todas as regiões. No Nordeste, todavia, sua situação é pior: o governo tem 58% de rejeição.

O governo é melhor avaliado no Norte & Centro/Oeste, onde tem 47% de aprovação e 50,5% de rejeição.

No Sudeste, também subiu a rejeição ao governo Bolsonaro, que agora é de 53% (contra 42% de aprovação).

Leia a pesquisa na íntegra:

19J: organizadores confirmam mais de 310 atos 'Fora Bolsonaro' no Brasil e exterior; veja lista

De terça para quarta, foram mais de 70 novas manifestações confirmadas. São 319 atos no total

Brasil 247, 16/06/2021, 21:45 h Atualizado em 16/06/2021, 22:26
Manifestação de 29 de maio na Av. Paulista contra Bolsonaro e por vacina (Foto: Mídia Ninja)


Mais de 310 cidades brasileiras já confirmaram protestos contra o governo Jair Bolsonaro no próximo sábado, 19, em todas as regiões do País. São 319 atos no total.

Também há atos previstos para acontecer no exterior, em locais como Inglaterra, Itália e Portugal. A TV 247 fará ampla cobertura das manifestações.

Além das manifestações do dia 19, as jornadas contra Bolsonaro também ocorrerão nos dias 18 e 20. Confira a lista divulgada nesta quarta-feira, 16. De terça para quarta, foram mais de 70 novas manifestações confirmadas.

Saiba aqui quais as cidades terão programação Fora Bolsonaro:



TCU diz que governo Bolsonaro não tem plano para combater a covid

Técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) afirmam, após auditoria, que o governo Bolsonaro não tem planos de combate à covid-19. Além do comportamento negacionista de Jair Bolsonaro e de seu ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o governo não tem plano estratégico de ação e não entrega os equipamentos necessários ao enfrentamento da pandemia

Brasil 247, 21/06/2020, 05:36 h Atualizado em 21/06/2020, 06:21
Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) chegou à conclusão de que o governo Bolsonaro não tem um plano estratégico para enfrentar a pandemia de cobid-19.

Reportagem da jornalista Constança Rezende aponta que entre os problemas constatados estão a falta de entrega de equipamentos de proteção individual, respiradores, kits de testes e irregularidades em contratos.

Os auditores do TCU também manifestaram preocupação com o descompasso entre o cronograma de fornecimento das vacinas contra a covid e o de entrega das seringas e agulhas.

Questionado sobre o relatório, o Ministério da Saúde respondeu, em nota, que viabiliza ações para o combate à covid-19. Mas o tribunal afirma que não há um planejamento minimamente detalhado.

O Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, não compreende como função do ministério a articulação de ações com os estados e municípios, o que dificulta ações integradas de compras de materiais e representa risco para o adequado uso de recursos.

De acordo como o TCU, o não cumprimento pelo governo das ações necessárias ao combate à pandemia pode gerar a responsabilização dos gestores do ministério".

O ex-governador do Rio de Janeiro é uma ameaça para o presidente Bolsonaro?

Witzel: 'no dia em que a polícia prendeu os assassinos de Marielle, o presidente parou de falar comigo'

Brasil 247, 16/06/2021, 15:32 h Atualizado em 16/06/2021, 15:42
(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | ABr)

O ex-governador do Rio Wilson Witzel deu mais informações nesta quarta-feira (16) sobre sua relação com Jair Bolsonaro após a prisão dos autores do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Em entrevista coletiva após seu depoimento à CPI da Covid, Witzel disse que após ter assumido cargo de governador, em janeiro de 2019, dois meses depois, o sargento reformado da PM Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz, acusados pelo homicídio de Marielle Franco e Anderson Gomes, foram presos.

"A investigação começa durante a intervenção. Após o término de 2018, já havia indícios suficientes para prender aqueles que foram executores do crime. Eu não sabia quem eram nem onde estavam. Mas como o meu programa de governo dava independência à polícia e exigia que o caso Marielle seria esclarecido, a polícia chegou aos dois que moravam no condomínio do presidente [Jair Bolsonaro] a partir daquele momento, o presidente não falou mais comigo", afirmou Witzel.

Witzel disse ter um "fato gravíssimo a revelar" relacionado a possíveis intervenções do governo federal em sua administração, mas só poderia dizê-lo em uma sessão em segredo de Justiça.

Durante o depoimento à CPI, Wilson Witzel já havia dado detalhes sobre a prisão de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

Witzel promete revelar informações sobre relação do clã Bolsonaro com milícias se houver sessão secreta na CPI

O vice-presidente da CPI da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que irá produzir um requerimento para que os senadores tenham uma sessão secreta com o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que deixou a comissão sem concluir seu depoimento.

Durante a sessão desta quarta-feira (16), Witzel afirmou que somente responderá a questões sobre o envolvimento de Jair Bolsonaro no assassinato de Marielle Franco sob sigilo.

Questionado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), sobre o porteiro do condomínio onde mora Jair Bolsonaro, que interfonou para a casa do então deputado federal para obter liberação da entrada de um dos envolvidos no crime, Witzel disse: "Há um fato que vou manter em sigilo e se houver a sessão em segredo de Justiça, vou revelar. Um fato gravíssimo. Envolve intervenção do governo federal em meu governo".

Falando do porteiro para Aziz, o ex-governador disse: "só posso responder se a CPI adotar o procedimento do segredo de Justiça, porque os fatos são graves".

Mourão lamenta: "não sei por que o presidente me exclui das reuniões"

"Eu jamais vou maquinar contra ele, como já aconteceu no passado recente no nosso país", disse o vice Hamilton Mourão, enfatizando que não irá trair Jair Bolsonaro

Brasil 247, 17/06/2021, 05:46 h Atualizado em 17/06/2021, 05:46
O vice-presidente da república, general Hamilton Mourão 
(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O vice-presidente Hamilton Mourão concedeu entrevista à jornalista Malu Gaspar, em que se queixou por ser deixado de lado por Jair Bolsonaro. "Eu já deixei muito claro ao presidente que ele tem a minha lealdade. Eu jamais vou maquinar contra ele, como já aconteceu no passado recente no nosso país. Ele sabe disso muito bem." 

"Por outro lado, ele sabe que a minha visão de mundo em muitos assuntos é totalmente distinta da dele, assim como o meu modo de agir. Eu não entendo por que o presidente me exclui dessas reuniões. E eu lamento porque deixo de tomar conhecimento de assuntos que o governo está debatendo." 

"Lembrando que eu, eventualmente, posso substituí-lo e ter de decidir sobre algum assunto desses, que eu não sei nada. Então, eu não vou tomar decisão nenhuma se eu for substituí-lo numa situação dessas", afirmou. 

Mourão também disse não saber se será o vice na eventual reeleição de Bolsonaro. "Até o momento, ele jamais falou pra mim de forma direta, ou seja, naquele papo reto, que não serei o companheiro de chapa dele. Agora, os indícios, as próprias declarações dele, são de que ele não deseja a minha companhia no seu projeto de reeleição. Ele também pode necessitar de um outro político ou partido em termos de composição político-partidária, um troço perfeitamente normal. Não tem nada demais isso pra mim", anotou.

Em outros trechos da entrevista, ele afirmou que não há risco de levante de policiais militares contra governadores no Brasil e disse ainda que o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, provavelmente passará para a reserva após a CPI da Covid.

CPI aprova quebras de sigilos dos donos da Apsen, laboratório que mais lucrou com a cloroquina

Colegiado aprovou as transferências de sigilo do presidente e da diretora da empresa Apsen Farmacêutica, respectivamente Renato Spallicci e Renata Farias Spallicci

Brasil 247, 17/06/2021, 06:16 h Atualizado em 17/06/2021, 06:44
Bolsonaro com uma caixa de cloroquina (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Agência Senado – Após muita discussão sobre a convocação ou não do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Eduardo Gabas, os senadores da CPI da Pandemia rejeitaram, por seis a quatro votos, os requerimentos apresentados para seu testemunho ao colegiado. Foram aprovados nesta quarta-feira (16) cinco requerimentos de transferência de sigilos, três de convocação e três de de informação.

Entre os requerimentos de transferência aprovados estão a quebra de sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário do empresário Carlos Wizard Martins, apontado como membro do suposto “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. O empresário está sendo esperado para depor à CPI nesta quinta-feira (17).

“Os trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito já demonstraram a existência de um "gabinete das sombras" que ditaram os rumos da atuação do governo federal no combate à pandemia. Esse gabinete defendia a utilização de medicação sem eficácia comprovada, apoiava teorias como a da imunidade de rebanho e fez campanha contra as vacinas. O senhor Carlos Wizard Martins é um de seus membros mais influentes e um de seus financiadores”, afirma o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento.

Também de autoria de Randolfe, o colegiado aprovou as transferências de sigilo do presidente e da diretora da empresa Apsen Farmacêutica, respectivamente Renato Spallicci e Renata Farias Spallicci; do sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano e do sócio da Vitamedic Indústria Farmacêutica, José Alves Filho.

Consórcio Nordeste

Com amplo debate, os senadores divergiram quanto à convocação do secretário-executivo do Consócio Nordeste, Carlos Eduardo Gabas, a partir dos requerimentos de Eduardo Girão (Podemos-CE), Ciro Nogueira (PP-PI) e Marcos Rogério (DEM-RO).

Há dias sendo solicitado pelo senador Girão para ser posto em votação, o requerimento se justificaria, segundo o parlamentar, pela compra pelo consórcio de 300 ventiladores clínicos de UTI da empresa Hempcare, em valor aproximado de R$ 48 milhões, pagos antecipadamente.

Os ventiladores seriam distribuídos para todos os estados da região, mas nunca foram entregues, segundo o senador.

A contradita foi iniciada por Humberto Costa (PT-PE), que afirmou ter entregue ao senador Girão e à CPI um documento que demonstra que os recursos aplicados foram dos governos estaduais, da chamada fonte 100, à exceção do estado da Paraíba, cujo recurso é da transferência fundo a fundo.

Isso, portanto, já eliminaria a possibilidade de investigação nossa dessa aquisição por parte do consórcio, que, aliás, já é resultado de processo que andou na Justiça estadual e que está agora no STJ [Superior Tribunal de Justiça], expôs Humberto.

Em contestação, Girão afirmou possuir documentos de que são verbas federais. Ele apresentou nota técnica da Controladoria Geral da União na Bahia, em parceria com o Ministério Público do estado da Bahia.

ꟷ A nota técnica aponta diversos indícios de irregularidades nessa aquisição: contrato eivado de vícios para respaldar a compra milionária dos respiradores pulmonares aqui referidos, falta de zelo na escolha da contratada para o fornecimento dos equipamentos e não foi identificado no portal de transparência ou disponibilizadas informações referentes à execução de verbas pelo Consórcio Nordeste, pontuou Girão.

Por maioria, os requerimentos para o testemunho de Gabas foram rejeitados.

Mas o colegiado aprovou os requerimentos do senador Marcos Rogério (DEM-RO) para a convocação dos deputados estaduais do Amazonas Delegado Péricles (PSL) e Fausto Junior (PRTB). Esse último, segundo o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), “tem muito a explicar”. Junior foi relator da CPI da Saúde realizada pela Assembleia Legislativa no estado.

Também foi aprovada a convocação do sócio da Precisa Medicamentos Francisco Emerson Maximiano e do representante da Jansen no Brasil, ambos requerimentos de Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Mais informações

Estão sendo requeridos ainda pelo colegiado informações, no prazo de dez dias, do presidente da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson. No dia 11 de junho, foi autorizada pela empresa a entrada do presidente Bolsonaro, acompanhado de um segurança, em uma aeronave no Aeroporto de Vitória.

“Em um dos vídeos, publicado pela imprensa, nota-se que a entrada do presidente causou tumultos entre os passageiros. Apoiadores e adversários se aglomeram dentro a aeronave para saudar e criticar a atitude do presidente. Em resposta às vaias e gritos de “Fora Bolsonaro”, Bolsonaro retirou a máscara e, também aos gritos, pediu os passageiros que “viajassem de jegue para ser solidário ao candidato deles”. Pelas imagens, a tripulação da aeronave tirou fotos com o presidente, inclusive sem máscara. Como é sabidamente conhecido, é obrigatório o uso de máscaras nos terminais e aeronaves”, afirma Humberto, que quer explicações da empresa sobre o ocorrido.

Relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) requereu a relação de procedimentos e processos instaurados em desfavor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Do senador Alessandro, foi aprovado requerimento à empresa Precisa Comercialização de Medicamentos.

Miguel Nicolelis: “chegamos a 500.000 mortos e estamos permitindo que a terceira onda seja acelerada no Brasil”

Neurocientista diz que novo marco de óbitos do qual país se aproxima é estarrecedor: “É como se a população de Florianópolis desaparecesse num piscar de olhos”

Brasil 247, 17/06/2021, 07:27 h Atualizado em 17/06/2021, 07:34


O neurocientista Miguel Nicolelis, em análise concedida ao portal El País, observa o panorama do país prestes a alcançar a marca de meio milhão de mortos na pandemia:

“Chegamos a 500.000 mortos e estamos permitindo que a terceira onda seja acelerada no Brasil”, diz ele.

O cientista aponta que, de acordo com os dados oficiais, o Brasil voltou à liderança no ranking dos países onde mais se morre por covid-19 no planeta.

“É como se Florianópolis sofresse um ataque nuclear e toda a população da cidade, por volta de 500.000 habitantes, desaparecesse num piscar de olhos.”

Pelo menos quatro crianças estão internadas com sintomas graves da Covid-19 na Paraíba

Em meio à terceira onda, com o país às vésperas de chegar a meio milhão de mortes notificadas, a Covid-19 começa a atingir de maneira grave as crianças: quatro delas estão internadas na Paraíba

Brasil 247, 17/06/2021, 07:13 h Atualizado em 17/06/2021, 08:36
(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Em meio à terceira onda, com o país às vésperas de chegar a meio milhão de mortes notificadas, a Covid-19 começa a atingir de maneira grave as crianças: quatro delas estão internadas na Paraíba. Algumas chegaram a ser intubadas e uma delas precisou ser transferida para a capital João Pessoa.

Segundo reportagem do portal G1, dois adolescentes, de 11 e 12 anos, foram internados no Hospital Municipal Pedro I, uma criança de 9 anos no Hospital da Criança e outra, de três anos, internada no Hospital do Valentina, em João Pessoa.

De acordo com Tito Lívio, diretor do Hospital Pedro I, em Campina Grande, as crianças estão evoluindo bem e os pediatras estão sempre manejando as condutas dessas crianças. "Em um ano de pandemia, eu ainda não tinha visto isso. A gente via casos espaçados. Agora, quatro de uma vez foram acometidas e uma evolução muito rápida. Então chama a atenção realmente", disse.

Todas as crianças apresentam algum tipo de comorbidade, como crises epilépticas, síndrome de down e paralisia cerebral.

Cerca de 90% das madeiras retiradas da Amazônia são ilegais, dizem membros da PF

Entenda como madeireiros conseguem "esquentar" produtos brasileiros para burlar a fiscalização. O esquema é tão grande e tão poderoso que até o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, passou a ser investigado por facilitar a exportação de madeira ilegal

Brasil 247, 13/06/2021, 11:26 h Atualizado em 13/06/2021, 11:26
Amazônia (Foto: PF / Amazônia Real / Fotos Públicas)

Membros da Polícia Federal ouvidos pelo Estado de S. Paulo afirmam que aproximadamente 90% das madeiras retiradas da Amazônia têm origem na exploração ilegal. O esquema de exportação ilegal alimenta os mercados dos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, China, Tailândia e México, entre outros.

Grandes volumes de investimentos fazem com que infratores consigam burlar a fiscalização da exploração de madeira. Em conluio com servidores públicos, que agem em troca de propina, madeireiros adulteram o DOF (Documento de Origem Florestal) com informações falsas de áreas que possuem autorização para o corte de madeira. Tais autorizações são chamadas de "créditos florestais". Assim, os infratores conseguem "esquentar" a madeira retirada ilegalmente da Amazônia.

O esquema é tão poderoso que até mesmo o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, passou a ser investigado por supostamente facilitar a exportação de madeira ilegal do Brasil. O presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo pelo mesmo motivo.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Rosa Weber diz que Gabinete Paralelo é fato "gravíssimo" ao manter quebra de sigilo de Wizard

A ministra do STF manteve a quebra de sigilo do bilionário Carlos Wizard e afirmou na decisão que a formação do Ministério da Saúde Paralelo "constitui fato gravíssimo que dificulta o exercício do controle dos atos do Poder Público"

Brasil 247, 16/06/2021, 13:59 h Atualizado em 16/06/2021, 14:05
Rosa Weber e Carlos Wizard (Foto: Rosinei Coutinho /SCO/STF | Washington Costa/Ministério da Economia)

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber manteve as quebras de sigilo pela CPI da Covid do bilionário Carlos Wizard e do assessor internacional da Presidência da República Filipe Martins, ambos acusados de integrar o "Ministério da Saúde Paralelo".

Na decisão referente a Wizard, a ministra afirma: "A eventual existência de um Ministério da Saúde Paralelo, desvinculado da estrutura formal da Administração Pública, constitui fato gravíssimo que dificulta o exercício do controle dos atos do Poder Público", reporta a CNN Brasil.

A ministra também negou nesta quarta-feira (16) um pedido para derrubar a quebra de sigilos fiscal e bancário da Associação Médicos pela Vida.

Segundo ela, as manifestações da entidade em defesa de medicamentos como a cloroquina no "tratamento precoce" contra a Covid-19 pode ter causado “impacto negativo” no enfrentamento da pandemia, especialmente em razão da influência da entidade no governo federal.

"Se existe determinada atividade de natureza privada que, como visto, pode ter impactado o enfrentamento da pandemia, eventual ligação dessa entidade com o poder público propiciará, em abstrato, campo lícito para o desenvolvimento das atividades de investigação", afirmou, conforme reportado no Globo.