domingo, 9 de maio de 2021

Além de Alexandre Garcia, Leda Nagle também apaga vídeos negacionistas com medo da CPI

Com a instalação da CPI da Covid no Senado, defensores de Bolsonaro na imprensa aparentam estar com medo de possíveis consequências da disseminação de informações falsas sobre a pandemia nas redes

Brasil 247, 9/05/2021, 11:30 h Atualizado em 9//05/2021, 12:51
  Jair Bolsonaro e Leda Nagle (Foto: Isac Nóbrega/PR)
 
Depois de o jornalista da CNN Brasil Alexandre Garcia, que chegou a insinuar ao vivo que pediria demissão da emissora, apagar vídeos negacionistas de seu canal no YouTube, a jornalista Leda Nagle também seguiu os mesmos passos, é o que revela reportagem do The Intercept Brasil publicada neste domingo (9). A jornalista foi muito criticada em abril por espalhar fake news conspiratória sobre um suposto plano do ex-presidente Lula para matar Jair Bolsonaro.


Leda já ocultou 50 vídeos, a maioria de entrevistas realizadas com médicos que difundem falsas informações sobre a pandemia de Covid-19.

Veículos da mídia também estão tomando providências. Uma rádio local de Camaquã, interior do Rio Grande do Sul, apagou um vídeo em que Bolsonaro ligava para a rádio para defender uma médica que havia sido demitida de um hospital da cidade após orientar que pacientes com Covid-19 fizessem nebulização com hidroxicloroquina. A prática resultou em três mortes. A Gazeta do Povo, jornal de extrema direita do Paraná, teve recentemente um vídeo removido pelo YouTube por difundir informações mentirosas sobre o coronavírus.


O cerco parece estar se fechando para os bolsonaristas disseminadores de fake news. A CPI da Covid, que completou sua primeira semana com depoimentos dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, parece estar assustando os aliados de Bolsonaro na imprensa.

Por falar em Queiroga, o ministro, antes de ir à CPI, também adotou a mesma estratégia de apagar os rastros e ordenou que fossem varridos do site do Ministério da Saúde todos os conteúdos relacionados à cloroquina.

Saída de multinacionais evidencia fracasso da política econômica de Guedes e Bolsonaro

Fracasso da política econômica do governo Jair Bolsonaro, sob o comando de Paulo Guedes, associado aos erros no enfrentamento à pandemia, tem feito com que grandes multinacionais deixem o país em ritmo acelerado. O movimento deve continuar nos próximos anos, dizem economistas

Brasil 247, 9/05/2021, 07:37 h Atualizado em 9/05/2021, 08:05
Fachada do Ministro da Economia e Bolsonaro com Paulo Guedes 
(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado | Reuters)

A saída acentuada de grandes multinacionais do Brasil revela o fracasso da política econômica do governo Jair Bolsonaro, capitaneada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e sinaliza que a situação deverá se estender pelos próximos anos. Desde o ano passado, empresas como Ford, Walmart, Sony, além de farmacêuticas e laboratórios como Roche e Eli Lilly deixaram o país e o movimento não dá sinais que irá estancar, dizem os economistas.

"O Brasil dá sinais de crescimento pífio, com muitos problemas sociais agravados pela pandemia", diz. De 2017 a 2019, por exemplo, o país teve média anual de crescimento de 1,5%”, disse o economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin, ao jornal Folha de S. Paulo.

O fraco desempenho da economia, associada ao avanço da pandemia de Covid-19, fez com que a entrada líquida do investimento estrangeiro direto no Basil ao longo do ano passado registrasse uma retração de 50,6% quando em comparação com o exercício anterior.

Em março deste ano, porém, o investimento estrangeiro no País cresceu 17% em relação a fevereiro, mas Cagnin observa que uma retomada a longo prazo ainda está distante. "Podemos até atrair investimentos em commodities e em setores de infraestrutura, mas as deficiências vão continuar em muitas outras áreas", avaliou.

Ainda segundo ele, os erros do governo Jair Bolsonaro também contribuem para a fuga das multinacionais. "A gente não tem uma melhora de performance do ponto de vista sanitário, de como gerir e lidar com o surto de Covid-19. Não fizemos lockdowns adequados, vivemos de abre e fecha, temos uma vacinação lenta e cheia de erros, além de desemprego”, destacou. "O governo poderia ajudar a reduzir graus de incerteza, mas não faz isso”, completou o economista.

De acordo com a reportagem, um ranking de vulnerabilidade macroeconômica, elaborado pela consultoria MB Associados, aponta que o Brasil ocupa a antepenúltimo posição, com 62% de vulnerabilidade. Na comparação com 18 outros países, o Brasil só está melhor que a Argentina (74%) e África do Sul (67%).

Luis Felipe Miguel rebate Joel Pinheiro: não é possível dissociar golpe contra Dilma, Lava Jato e eleição de Bolsonaro

Professor de Ciência Política da UnB Luis Felipe Miguel afirmou que o colunista da Folha de S. Paulo Joel Pinheiro da Fonseca se inclui na “direita moderada”, que agora renega Jair Bolsonaro, mas evita fazer autocrítica e condenar o golpe contra a presidente deposta Dilma Rousseff e a Operação Lava Jato

Brasil 247, 9/05/2021, 09:39 h Atualizado em 9//05/2021, 09:45
 (Foto: ROBERTO STUCKERT FILHO/PR)

O professor de Ciência Política da UnB Luis Felipe Miguel afirmou que o colunista Joel Pinheiro da Fonseca se inclui na “direita moderada”, que agora renega Jair Bolsonaro, mas evitafazer autocrítica e condenar o golpe contra a presidente deposta Dilma Rousseff e a Operação Lava Jato. "Não faltam motivos para condenar Bolsonaro, mas, se um deles inclui o apreço à democracia e ao Estado de Direito, não é possível deixar de condenar igualmente a Operação Lava Jato e o impeachment fraudulento da presidente Dilma Rousseff", diz o cientista político em uma réplica a um artigo de Fonseca na Folha de S. Paulo em que o jornalista afirma não existem motivos para se arrepender do processo que resultou no afastamento de Dilma do Planalto

“Fonseca se inclui na “direita moderada” —curiosa definição para alguém que se construiu como vulgarizador de uma versão extrema do fundamentalismo de mercado. É uma doutrina que reduz todos os direitos ao direito de propriedade (ao ponto de achar que a venda de órgãos é uma ideia digna de atenção) e nega que a solidariedade e a justiça social sejam valores legítimos para orientar a organização do mundo social”, destaca Miguel no texto do artigo.

“A narrativa do colunista da Folha tem como marco zero as manifestações populares de 2013. Adere a uma leitura simplória e mistificadora, que tem uma chave única, a ‘profunda desconexão entre o brasileiro médio [sic] e a classe política’. É tão equivocada quanto a de alguns círculos petistas, que entendem que as jornadas de junho teriam sido a preparação do golpe, quem sabe sob orientação da CIA” observa Luis Felipe Miguel.

Para ele, “o golpe de 2016 só ocorreu graças à pressão dos grupos radicais de direita, com pouca presença parlamentar, mas com a capacidade de empurrar seus aliados mais moderados para além de seus planos iniciais. Diversos entre si, esses grupos tinham, no entanto, pontos de contato significativos, em particular um discurso de recusa à solidariedade e de negação de direitos”.

“Foi um golpe alimentado por um discurso regressista. Sua deflagração mostrou que, no Brasil, deixavam de vigorar os dois pilares básicos da compreensão mais minimalista de democracia: o respeito aos resultados eleitorais e o império da lei. Uma presidente legitimamente eleita foi retirada do cargo com base em pretextos frágeis. O artigo de Fonseca serve, inadvertidamente, de comprovação, ao fazer uma empolgada defesa da derrubada de Dilma, mas passando ao largo dos motivos que pretensamente embasariam um impeachment”, acrescenta. “Este foi, em suma, o objetivo do golpe: impedir que o campo popular continuasse a ser admitido como interlocutor legítimo do jogo político”, afirma Miguel no texto.

“Os excessos de Bolsonaro incomodam o colunista da Folha, mas a democracia também o incomoda. Incapaz de fazer a autocrítica de suas opções no passado recente, ele permanece preso à fantasia impraticável de um governo antipovo, mas ‘limpinho’, capaz de exacerbar a exploração sem ampliar a repressão e sufocar a cidadania. Não faltam motivos para condenar Bolsonaro, mas, se um deles inclui o apreço à democracia e ao Estado de Direito, não é possível deixar de condenar igualmente a Operação Lava Jato e o impeachment fraudulento da presidente Dilma Rousseff”, finaliza.

Cloroquina, um veneno, é o símbolo do governo Bolsonaro, diz Miriam Leitão

Ela afirma que em cada área do governo pode-se encontrar a solução “cloroquina”, um falso remédio, que é, na verdade, um veneno

Brasil 247, 9/05/2021, 05:50 h Atualizado em 9/05/2021, 05:50
   (Foto: ABr | Reprodução)

"Cloroquina é o símbolo deste governo que sempre tem falsos remédios com efeitos tóxicos para os problemas do país. O Brasil está diante de um devastador retrocesso na educação por causa da pandemia, e a proposta pela qual o governo Bolsonaro se bate é o homeschooling . O país vive uma grave crise na democracia, em parte criada por este governo, mas Bolsonaro exige a volta do voto impresso e por ele ameaça até a realização das eleições. Em vez de uma política de segurança, o projeto que tem sido posto em prática é a liberação das armas. Para o trânsito, o projeto, felizmente atenuado no Congresso, foi o da menor punição para infratores e o fim da cadeirinha das crianças. Em cada área pode-se encontrar a solução 'cloroquina', um falso remédio, que é, na verdade, um veneno", escreve a jornalista Miriam Leitão, em sua coluna deste domingo no Globo. "Assim é o governo Bolsonaro. Tóxico."

“É possível ter uma relação num outro plano entre Brasil e Estados Unidos”, diz Mercadante

O ex-ministro comentou os avanços econômicos e sociais promovidos pelo governo Biden nos Estados Unidos e afirmou que o plano Biden é semelhante ao projeto de Lula e do PT, apesar de diferenças sobre política externa. Além disso, Mercadante destaca que “o relevante para nós é que os neoliberais aqui perderam uma parte importante do discurso”. 

Brasil 247, 7/05/2021, 17:16 h Atualizado em 7/05/2021, 17:51
Aloizio Mercadante, Lula e Joe Biden 
(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Stuckert | Reuters)

O presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-ministro Aloizio Mercadante, em entrevista à TV 247, comentou os avanços econômicos e sociais promovidos pelo governo Joe Biden nos Estados Unidos. Para ele, as políticas de Biden representam uma “mudança profunda” do neoliberalismo que, em grande parte, são alinhadas com o projeto de Lula e do Partido dos Trabalhadores, apesar das diferenças em relação à política externa.

“Os conflitos vão fazer parte. A política externa americana, a política imperial e belicista, não acredito que isso vai mudar. Agora, é possível ter uma relação num outro plano, e muita coisa temos que reconhecer. O plano Biden é um plano de 6 trilhões de dólares em 8 anos. Estamos falando de 30 trilhões de reais, para as pessoas terem ideia do que estamos dizendo. É uma coisa muito forte. Ele fez um programa de emergência muito forte, auxílio emergencial de 1400 dólares, alguma coisa como 6 mil reais. Quer dizer, é uma saída muito forte para manter a demanda. Ele faz um programa de investimentos focado no Green New Deal, de transição energética, carros elétricos, de redução de emissão de gás carbônico, de cumprir metas em relação ao aquecimento global, que o Trump tinha negado e se retirado, o que é muito importante para o planeta e para outros países acompanharem. Ele fala em anistiar a dívida das famílias americanas com educação superior, que não é pequena. É a segunda dívida depois das hipotecas imobiliárias. Fala em algo tipo o Prouni para financiar os alunos carentes”, disse.

“É uma mudança muito profunda em relação ao neoliberalismo que vinha há 40 anos reduzindo carga tributária, reduzindo taxação dos ricos, não progressividade no imposto de renda e com a ideia do Estado mínimo. O Biden rompe com a ideia de Estado mínimo e volta ao New Deal, a uma política econômica que foi muito importante”, completou Mercadante.

Ele destaca ainda o impacto da mudança na economia norte-americana na perda de força do discurso dos neoliberais brasileiros: “Então, os democratas, que pelas regras do colégio eleitoral, têm mais votos, mas não ganham mais eleições, estão voltando a disputar a base operária e popular que eles tinham. Então, ele [Biden] fala que os trabalhadores têm que se sindicalizar e defender seus direitos, o país tem que voltar a ter uma classe média. Isso é totalmente contra o que o neoliberalismo vinha fazendo, que é, como o Temer fez no Brasil, desmontar sindicatos, retirar direitos previdenciários e trabalhistas e esmagar o Estado de Bem-Estar Social. Este avanço tem que ser reconhecido. Não sabemos se o Biden vai conseguir fazer tudo isso. A divisão no Senado é igual entre republicanos e democratas, tem um voto de diferença que é o da vice-presidenta. Então, é muito difícil, ele vai ter muita resistência. Os neoliberais estão reagindo, o sistema financeiro, mas o relevante para nós é que os neoliberais aqui perderam uma parte importante do discurso”.

sábado, 8 de maio de 2021

Israel abre fronteiras ao turismo e dá apoio a países na luta contra pandemia, mas Brasil de Bolsonaro está barrado

Índia, Argentina e Uruguai estão recebendo apoio de Israel na luta contra a pandemia; o Brasil, não. Sete países estão com as portas de Israel fechadas para turismo: o Brasil de Bolsonaro é um deles

Brasil 247, 8/05/2021, 19:51 h Atualizado em 8/05/2021, 20:15
  (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Brasil está barrado em Israel. Nem todos os salamaleques de Bolsonaro ao governo do decadente Benjamin Netanyahu salvou seu governo na relação com os israelenses. O país está barrado nos dois planos principais de Israel depois de ter vacinado a maioria de sua população: o apoio médico a países na pandemia e a retomada do turismo estrangeiro. A informação é da Folha de S.Paulo.

Com números da doença em baixa —apenas 50 novos infectados por dia e quase nenhum óbito—, a vida praticamente voltou ao normal. Agora, Israel começou a oferecer assistência a outros países. Os israelenses estão enviado à Índia que é, com o Brasil, um dos epicentros da pandemia neste momento, carregamentos com milhares de geradores de oxigênio, respiradores, medicamentos e outros equipamentos médicos.

Argentina e Uruguai, por sua vez, estão recebendo apoio de hospitais de Israel. Mas o Brasil não está nos planos do governo israelense para socorro na crise.

Turismo

A partir do dia 23, turistas de 14 locais já poderão visitar Israel, desde que estejam totalmente vacinados: Portugal, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Malta, Islândia, Dinamarca, Irlanda, Nova Zelândia, Austrália, Singapura e Hong Kong.

Já o Brasil, com o segundo maior número de mortes pela doença no mundo, faz parte de outra lista, a de sete países com entrada barrada em Israel: turistas de Brasil, Índia, México, África do Sul, Ucrânia, Etiópia e Turquia estão vetados.

É o fracasso completo da politica externa de Bolsonaro-Ernesto Araújo.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Governo Bolsonaro é desaprovado por 52,1% da população, diz Paraná Pesquisas

Pesquisa foi divulgada nesta 6ª feira. Confira também a avaliação do governo
O governo do presidente Jair Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo 
por 43,1% dos entrevistados - 05.mai.2021

PODER36007.maio.2021 (sexta-feira) - 16h21

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é desaprovado por 52,1% da população. É o que mostra uma nova pesquisa de opinião do Instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta 6ª feira (7.mai.2021). O levantamento também mostra que 32,1% vê o governo como ótimo ou bom.

A pesquisa (íntegra – 559 KB) foi realizada de 30 de abril a 4 de maio de 2021, por meio de entrevistas telefônicas com 2.010 pessoas de 16 anos ou mais, moradoras de 198 cidades, das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e a taxa de confiabilidade é estimada em 95%.

De acordo com o Instituto, 43% dos entrevistados são da região Sudeste. Outros 26% (538) são do Nordeste. Juntas, as regiões Centro Oeste e Norte são representadas por 15,2% (308) dos entrevistados, enquanto que 14,8% (297) são do Sul.

Foram feitas duas perguntas diferentes para os participantes da pesquisa. A 1ª (resultados do lado esquerdo da imagem) quis registrar a avaliação do governo Bolsonaro. Entre os entrevistados, 43,1% consideram a administração atual ruim (8,6%) ou péssima (34,5%).

Já para 23,5%, o governo Bolsonaro é regular. Outros 32,1% consideram a administração como boa (18,1%) ou ótima (14%).


Na outra pergunta (“De uma maneira geral, o(a) Sr(a) diria que aprova ou desaprova a administração do Presidente Jair Bolsonaro, até o momento?“), 52,1% afirmaram que desaprovam o governo Bolsonaro. Os que aprovam são 43,8%, enquanto que 4% não sabem ou não responderam.

Nos dados do Paraná Pesquisas é possível perceber que as mulheres (57%) e os jovens de 16 a 24 anos (58,7%) são quem mais desaprovam o governo atual. As taxas de rejeição também são altas entre quem declarou ser católico (57,2%), ter ensino superior (55,9%) e ou ser praticante de outras religiões (64,1%).

Em um recorte por região, o Nordeste e o Sudeste são os que mais desaprovam o governo Bolsonaro, 55% e 54,9% respectivamente. Já o Sul é a região que mais apoia: 50,8%.

 ELEIÇÕES 2022

O Paraná Pesquisas também avaliou o potencial de votos de 4 pré-candidatos a presidência nas eleições de 2022: o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo João Doria (PSDB).

De acordo com os dados, o nome mais rejeitado é o de Doria: 52,4%. Já Bolsonaro é o mais indicado na categoria “Com certeza votaria nele para Presidente do Brasil“, com 26,7%.


A pesquisa também montou 9 possíveis cenários para a eleição para presidente. São 4 cenários para o 1º turno e 5 para o 2º. Em todos os cenário, Lula e Bolsonaro conseguem a liderança nas intenções de voto. Leia em detalhes aqui.

O Poder360 integra o

Bolsonaro volta a prescrever cloroquina, remédio inútil e perigoso, e é chamado de assassino por Felipe Neto

Em recado no Twitter direcionado "aos inquisidores da CPI sobre o tratamento precoce", Bolsonaro voltou a divulgar medicamento ineficaz contra a Covid-19, que inclusive tem se mostrado perigoso se mal administrado. O youtuber Felipe Neto rebateu o ocupante do Planalto

Brasil 247, 7/05/2021, 16:18 h Atualizado em 7/05/2021, 17:02
   Felipe Neto e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)

Jair Bolsonaro voltou a defender nesta sexta-feira (7) o uso de cloroquina para tratar pacientes com Covid-19. O medicamento não tem eficácia comprovada contra a doença e tem se mostrado perigoso se mal administrado.

A declaração de Bolsonaro, desta vez, foi feita pelo Twitter, em recado direcionado "aos inquisidores da CPI sobre o tratamento precoce". A CPI da Covid nesta semana colheu depoimentos dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, e muito foi falado sobre a cloroquina. Os ex-ministros confirmaram que havia pressão de Bolsonaro para que o Ministério da Saúde indicasse o uso do remédio contra o coronavírus. Queiroga, com medo de ser demitido, se esquivou de todas as perguntas sobre a substância.

"Uns médicos receitam Cloroquina; Outros a Ivermectina; e o terceiro grupo (o do Mandetta), manda o infectado ir para casa e só procurar um hospital quando sentir falta de ar (para ser intubado). Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?", escreveu.

Em resposta ao ocupante do Palácio do Planalto, Felipe Neto destacou as mortes causadas pelo mal uso da cloroquina no Brasil. "Alguns médicos assassinam pacientes utilizando método que você ligou pra rádio para defender que fosse utilizado".

CPI da Covid cogita condução coercitiva de Pazuello

Condução coercitiva de Pazuello está nos planos da CPI depois do general alegar ter tido contato direto com pessoas que contraíram Covid para fugir do depoimento, que deveria ter ocorrido na última quarta-feira (5). Ex-titular da pasta, que deveria estar em isolamento, se encontrou nesta quinta com Onyx Lorenzoni, causando desconfiança dos senadores

Brasil 247, 7/05/2021, 09:42 h Atualizado em 7/05/2021, 12:47
   (Foto: Reprodução | Pedro França/Agência Senado)

Senadores propuseram, na tarde desta quinta-feira (6), que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, general da ativa do Exército, seja alvo de condução coercitiva para depor perante a CPI da Covid, após o ex-titular da pasta alegar ter tido contato direto com pessoas que contraíram Covid para fugir do depoimento na comissão e ter se reunido com o ministro Onyx Lorenzoni.

Segundo reportagem do jornal Estado de S.Paulo, senadores passaram a cogitar a medida após Pazuello receber, na manhã desta quinta-feira, uma visita do ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral da Presidência) no Hotel de Trânsito de Oficiais, onde supostamente estaria em isolamento depois de ter contato com dois servidores que contraíram a doença.

Pazuello não manteve medidas de isolamento e se reuniu com Onyx, que foi escalado como articulador da estratégia de defesa do governo Jair Bolsonaro na CPI, gerando a desconfiança por parte dos membros da comissão parlamentar que aguardam sua presença no fórum.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Carlos Bolsonaro retoma controle da comunicação da Presidência e reativa "gabinete do ódio"

O filho “02” de Bolsonaro está mais uma vez no controle da comunicação da Presidência e o “gabinete do ódio” voltou a funcionar a todo vapor

Brasil 247, 6/05/2021, 09:26 h Atualizado em 6/05/2021, 09:39
  Guedes, Heleno, Carlos e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram)

 Carlos Bolsonaro, o filho “02” de Jair Bolsonaro, retomou o controle da comunicação da Presidência da República e orientou a recente radicalização do discurso de Bolsonaro. O vereador passou duas semanas em Brasília, retornando ao Rio na última sexta-feira (30). O “gabinete do ódio” foi rearticulado e está a todo vapor, informa O Globo.

Carlos Bolsonaro, mais uma vez, aconselhou o pai a partir para o confronto, espalhar ameaças e “fechar” com a base bolsonarista. O discurso de Bolsonaro no Palácio do Planalto nesta quarta (5) tinha as digitais do filho Carlos. Jair Bolsonaro atacou tanto o STF como a China e tentou ridicularizar o uso da máscara na pandemia.

No na CPI da Covid nesta terça (4), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta citou Carlos algumas vezes, dizendo que ele participava das reuniões sobre a pandemia no Planalto.

Também nesta quarta, Bolsonaro, em linha com a estratégia de Carlos, prometeu um decreto para regulamentar o marco civil da internet, alegando que ele e muitos que o apoiam “são cerceados” - num claro aceno à militância de extrema direita nas redes. Bolsonaro prometeu “liberdade e punições” para quem não respeitar as regras.

O presidente foi ainda mais explícito quanto à ingerência de “02” na comunicação da Presidência e defendeu Carlos e assessores presidenciais que integram o “gabinete de ódio”. Bolsonaro afirmou que eles são “o gabinete da liberdade, da seriedade” e que são “perseguidos”. Após ser investigado na CPMI das Fake News, o grupo pode ser chamado para falar na CPI da Covid.

Bolsonaro citou nominalmente no discurso dois assessores da Presidência que integram o “gabinete do ódio”, Tercio Arnaud Tomaz e “Mateus” (uma referência a José Matheus Sales Gomes). Os dois, junto com Mateus Matos Diniz, que tem um cargo no Ministério das Comunicações, são do grupo “carlista” e integram o “gabinete do ódio”.

Bolsonaro afagou abertamente o grupo no discurso: “O meu marqueteiro não ganhou milhões de dólares fora do Brasil. O meu marqueteiro é um simples vereador, Carlos Bolsonaro, lá do Rio de Janeiro. É o Tercio Arnaud, aqui que trabalha comigo, é o Mateus... São pessoas, são perseguidas o tempo todo, como se fosse, tivesse inventado um gabinete do ódio. Não tem do que nos acusar. É o gabinete da liberdade, da seriedade”

Em sua passagem por Brasília, Carlos esteve diversas vezes com o pai no gabinete presidencial e ajudou a rever a estratégia de comunicação do governo, fechando-se ainda mais para a imprensa e com foco nas redes sociais. O principal argumento de Carlos é que a suposta “moderação” adotada por Bolsonaro nos últimos meses, sugerida por ministros e aliados do Centrão, não foi suficiente para impedir a CPI da Covid.