sábado, 8 de maio de 2021

Israel abre fronteiras ao turismo e dá apoio a países na luta contra pandemia, mas Brasil de Bolsonaro está barrado

Índia, Argentina e Uruguai estão recebendo apoio de Israel na luta contra a pandemia; o Brasil, não. Sete países estão com as portas de Israel fechadas para turismo: o Brasil de Bolsonaro é um deles

Brasil 247, 8/05/2021, 19:51 h Atualizado em 8/05/2021, 20:15
  (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Brasil está barrado em Israel. Nem todos os salamaleques de Bolsonaro ao governo do decadente Benjamin Netanyahu salvou seu governo na relação com os israelenses. O país está barrado nos dois planos principais de Israel depois de ter vacinado a maioria de sua população: o apoio médico a países na pandemia e a retomada do turismo estrangeiro. A informação é da Folha de S.Paulo.

Com números da doença em baixa —apenas 50 novos infectados por dia e quase nenhum óbito—, a vida praticamente voltou ao normal. Agora, Israel começou a oferecer assistência a outros países. Os israelenses estão enviado à Índia que é, com o Brasil, um dos epicentros da pandemia neste momento, carregamentos com milhares de geradores de oxigênio, respiradores, medicamentos e outros equipamentos médicos.

Argentina e Uruguai, por sua vez, estão recebendo apoio de hospitais de Israel. Mas o Brasil não está nos planos do governo israelense para socorro na crise.

Turismo

A partir do dia 23, turistas de 14 locais já poderão visitar Israel, desde que estejam totalmente vacinados: Portugal, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Malta, Islândia, Dinamarca, Irlanda, Nova Zelândia, Austrália, Singapura e Hong Kong.

Já o Brasil, com o segundo maior número de mortes pela doença no mundo, faz parte de outra lista, a de sete países com entrada barrada em Israel: turistas de Brasil, Índia, México, África do Sul, Ucrânia, Etiópia e Turquia estão vetados.

É o fracasso completo da politica externa de Bolsonaro-Ernesto Araújo.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Governo Bolsonaro é desaprovado por 52,1% da população, diz Paraná Pesquisas

Pesquisa foi divulgada nesta 6ª feira. Confira também a avaliação do governo
O governo do presidente Jair Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo 
por 43,1% dos entrevistados - 05.mai.2021

PODER36007.maio.2021 (sexta-feira) - 16h21

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é desaprovado por 52,1% da população. É o que mostra uma nova pesquisa de opinião do Instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta 6ª feira (7.mai.2021). O levantamento também mostra que 32,1% vê o governo como ótimo ou bom.

A pesquisa (íntegra – 559 KB) foi realizada de 30 de abril a 4 de maio de 2021, por meio de entrevistas telefônicas com 2.010 pessoas de 16 anos ou mais, moradoras de 198 cidades, das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e a taxa de confiabilidade é estimada em 95%.

De acordo com o Instituto, 43% dos entrevistados são da região Sudeste. Outros 26% (538) são do Nordeste. Juntas, as regiões Centro Oeste e Norte são representadas por 15,2% (308) dos entrevistados, enquanto que 14,8% (297) são do Sul.

Foram feitas duas perguntas diferentes para os participantes da pesquisa. A 1ª (resultados do lado esquerdo da imagem) quis registrar a avaliação do governo Bolsonaro. Entre os entrevistados, 43,1% consideram a administração atual ruim (8,6%) ou péssima (34,5%).

Já para 23,5%, o governo Bolsonaro é regular. Outros 32,1% consideram a administração como boa (18,1%) ou ótima (14%).


Na outra pergunta (“De uma maneira geral, o(a) Sr(a) diria que aprova ou desaprova a administração do Presidente Jair Bolsonaro, até o momento?“), 52,1% afirmaram que desaprovam o governo Bolsonaro. Os que aprovam são 43,8%, enquanto que 4% não sabem ou não responderam.

Nos dados do Paraná Pesquisas é possível perceber que as mulheres (57%) e os jovens de 16 a 24 anos (58,7%) são quem mais desaprovam o governo atual. As taxas de rejeição também são altas entre quem declarou ser católico (57,2%), ter ensino superior (55,9%) e ou ser praticante de outras religiões (64,1%).

Em um recorte por região, o Nordeste e o Sudeste são os que mais desaprovam o governo Bolsonaro, 55% e 54,9% respectivamente. Já o Sul é a região que mais apoia: 50,8%.

 ELEIÇÕES 2022

O Paraná Pesquisas também avaliou o potencial de votos de 4 pré-candidatos a presidência nas eleições de 2022: o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT) e o governador de São Paulo João Doria (PSDB).

De acordo com os dados, o nome mais rejeitado é o de Doria: 52,4%. Já Bolsonaro é o mais indicado na categoria “Com certeza votaria nele para Presidente do Brasil“, com 26,7%.


A pesquisa também montou 9 possíveis cenários para a eleição para presidente. São 4 cenários para o 1º turno e 5 para o 2º. Em todos os cenário, Lula e Bolsonaro conseguem a liderança nas intenções de voto. Leia em detalhes aqui.

O Poder360 integra o

Bolsonaro volta a prescrever cloroquina, remédio inútil e perigoso, e é chamado de assassino por Felipe Neto

Em recado no Twitter direcionado "aos inquisidores da CPI sobre o tratamento precoce", Bolsonaro voltou a divulgar medicamento ineficaz contra a Covid-19, que inclusive tem se mostrado perigoso se mal administrado. O youtuber Felipe Neto rebateu o ocupante do Planalto

Brasil 247, 7/05/2021, 16:18 h Atualizado em 7/05/2021, 17:02
   Felipe Neto e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)

Jair Bolsonaro voltou a defender nesta sexta-feira (7) o uso de cloroquina para tratar pacientes com Covid-19. O medicamento não tem eficácia comprovada contra a doença e tem se mostrado perigoso se mal administrado.

A declaração de Bolsonaro, desta vez, foi feita pelo Twitter, em recado direcionado "aos inquisidores da CPI sobre o tratamento precoce". A CPI da Covid nesta semana colheu depoimentos dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, e muito foi falado sobre a cloroquina. Os ex-ministros confirmaram que havia pressão de Bolsonaro para que o Ministério da Saúde indicasse o uso do remédio contra o coronavírus. Queiroga, com medo de ser demitido, se esquivou de todas as perguntas sobre a substância.

"Uns médicos receitam Cloroquina; Outros a Ivermectina; e o terceiro grupo (o do Mandetta), manda o infectado ir para casa e só procurar um hospital quando sentir falta de ar (para ser intubado). Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?", escreveu.

Em resposta ao ocupante do Palácio do Planalto, Felipe Neto destacou as mortes causadas pelo mal uso da cloroquina no Brasil. "Alguns médicos assassinam pacientes utilizando método que você ligou pra rádio para defender que fosse utilizado".

CPI da Covid cogita condução coercitiva de Pazuello

Condução coercitiva de Pazuello está nos planos da CPI depois do general alegar ter tido contato direto com pessoas que contraíram Covid para fugir do depoimento, que deveria ter ocorrido na última quarta-feira (5). Ex-titular da pasta, que deveria estar em isolamento, se encontrou nesta quinta com Onyx Lorenzoni, causando desconfiança dos senadores

Brasil 247, 7/05/2021, 09:42 h Atualizado em 7/05/2021, 12:47
   (Foto: Reprodução | Pedro França/Agência Senado)

Senadores propuseram, na tarde desta quinta-feira (6), que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, general da ativa do Exército, seja alvo de condução coercitiva para depor perante a CPI da Covid, após o ex-titular da pasta alegar ter tido contato direto com pessoas que contraíram Covid para fugir do depoimento na comissão e ter se reunido com o ministro Onyx Lorenzoni.

Segundo reportagem do jornal Estado de S.Paulo, senadores passaram a cogitar a medida após Pazuello receber, na manhã desta quinta-feira, uma visita do ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral da Presidência) no Hotel de Trânsito de Oficiais, onde supostamente estaria em isolamento depois de ter contato com dois servidores que contraíram a doença.

Pazuello não manteve medidas de isolamento e se reuniu com Onyx, que foi escalado como articulador da estratégia de defesa do governo Jair Bolsonaro na CPI, gerando a desconfiança por parte dos membros da comissão parlamentar que aguardam sua presença no fórum.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Carlos Bolsonaro retoma controle da comunicação da Presidência e reativa "gabinete do ódio"

O filho “02” de Bolsonaro está mais uma vez no controle da comunicação da Presidência e o “gabinete do ódio” voltou a funcionar a todo vapor

Brasil 247, 6/05/2021, 09:26 h Atualizado em 6/05/2021, 09:39
  Guedes, Heleno, Carlos e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram)

 Carlos Bolsonaro, o filho “02” de Jair Bolsonaro, retomou o controle da comunicação da Presidência da República e orientou a recente radicalização do discurso de Bolsonaro. O vereador passou duas semanas em Brasília, retornando ao Rio na última sexta-feira (30). O “gabinete do ódio” foi rearticulado e está a todo vapor, informa O Globo.

Carlos Bolsonaro, mais uma vez, aconselhou o pai a partir para o confronto, espalhar ameaças e “fechar” com a base bolsonarista. O discurso de Bolsonaro no Palácio do Planalto nesta quarta (5) tinha as digitais do filho Carlos. Jair Bolsonaro atacou tanto o STF como a China e tentou ridicularizar o uso da máscara na pandemia.

No na CPI da Covid nesta terça (4), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta citou Carlos algumas vezes, dizendo que ele participava das reuniões sobre a pandemia no Planalto.

Também nesta quarta, Bolsonaro, em linha com a estratégia de Carlos, prometeu um decreto para regulamentar o marco civil da internet, alegando que ele e muitos que o apoiam “são cerceados” - num claro aceno à militância de extrema direita nas redes. Bolsonaro prometeu “liberdade e punições” para quem não respeitar as regras.

O presidente foi ainda mais explícito quanto à ingerência de “02” na comunicação da Presidência e defendeu Carlos e assessores presidenciais que integram o “gabinete de ódio”. Bolsonaro afirmou que eles são “o gabinete da liberdade, da seriedade” e que são “perseguidos”. Após ser investigado na CPMI das Fake News, o grupo pode ser chamado para falar na CPI da Covid.

Bolsonaro citou nominalmente no discurso dois assessores da Presidência que integram o “gabinete do ódio”, Tercio Arnaud Tomaz e “Mateus” (uma referência a José Matheus Sales Gomes). Os dois, junto com Mateus Matos Diniz, que tem um cargo no Ministério das Comunicações, são do grupo “carlista” e integram o “gabinete do ódio”.

Bolsonaro afagou abertamente o grupo no discurso: “O meu marqueteiro não ganhou milhões de dólares fora do Brasil. O meu marqueteiro é um simples vereador, Carlos Bolsonaro, lá do Rio de Janeiro. É o Tercio Arnaud, aqui que trabalha comigo, é o Mateus... São pessoas, são perseguidas o tempo todo, como se fosse, tivesse inventado um gabinete do ódio. Não tem do que nos acusar. É o gabinete da liberdade, da seriedade”

Em sua passagem por Brasília, Carlos esteve diversas vezes com o pai no gabinete presidencial e ajudou a rever a estratégia de comunicação do governo, fechando-se ainda mais para a imprensa e com foco nas redes sociais. O principal argumento de Carlos é que a suposta “moderação” adotada por Bolsonaro nos últimos meses, sugerida por ministros e aliados do Centrão, não foi suficiente para impedir a CPI da Covid.

Butantan acompanha estarrecido novas agressões de Bolsonaro contra a China, que poderão zerar estoques de vacina

Instituto Butantan, que depende dos insumos chineses para produzir a Coronavac, acompanhou estarrecido o mais novo ataque gratuito de Jair Bolsonaro, ao insinuar que a China fez “guerra química” com o coronavírus

Brasil 247, 6/05/2021, 07:54 h Atualizado em 6/05/2021, 08:50
  (Foto: ABr)

O instituto Butantan, que depende dos insumos chineses para produzir a vacina Coronavac, acompanhou estarrecido o mais novo ataque de Jair Bolsonaro, que insinuou que a China teria promovido uma “guerra química” com o coronavírus.

Segundo reportagem do jornal Estado de S.Paulo, o instituto, produtor da Coronavac, tem a expectativa de receber dos chineses até o dia 15 de maio insumos para mais doses. O Butantan entregará lotes da vacina nesta quinta (6) e na próxima semana, mas não há mais IFA para a sequência da produção em larga escala. Em privado, dirigentes do instituto dizem que declarações desastradas respingam na difícil negociação pelos insumos.

O Butantan solicitou 6 mil litros de IFA aos chineses, mas não há confirmação nem de datas de entrega nem de quantidade. Após a fala de Bolsonaro, agora o quadro é muito mais complexo.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Teich entrega Bolsonaro e diz que saiu porque foi obrigado a prescrever cloroquina

"Minha convicção pessoal era a de que não existia evidência de eficácia, tínhamos (eu e Bolsonaro) um entendimento diferente", afirmou o ex-ministro da Saúde Nelson Teich em depoimento na CPI da Covid.

Brasil 247, 5/05/2021, 10:55 h Atualizado em 5/05/2021, 11:48
  (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Em depoimento na CPI da Covid, na manhã desta quarta-feira (5), o ex-ministro da Saúde Nelson Teich já entregou Jair Bolsonaro, ao reforçar que membros do governo Jair Bolsonaro faziam lobby pelo uso da cloroquina contra a Covid-19. O medicamento não tem comprovação científica para o tratamento contra a doença.

O ex-titular da pasta disse que deixou o cargo devido à "falta de autonomia" para fazer o gerenciamento da maior crise sanitária da história do País.

"Minha convicção pessoal era a de que não existia evidência de eficácia, tínhamos (eu e Bolsonaro) um entendimento diferente. Isso motivou minha saída", afirmou Teich. "O pedido (de demissão) específico foi pelo desejo de ampliação de uso da cloroquina. Esse era o problema pontual, mas isso refletia uma falta de autonomia e de liderança", acrescentou.

O ex-ministro também disse que não sabia da produção de cloroquina pelo Exército. Ele disse que não foi consultado sobre o uso do remédio. "Era uma conduta tecnicamente inadequada", disse. "Minha orientação era contrária (à distribuição de cloroquina). Se eu tivesse sabido, não deixaria fazer", continuou.

Lula janta com senador Weverton, do PDT, e praticamente sela aliança entre ele e o PT

Durante agenda em Brasília (DF), o ex-presidente Lula teve um encontro com o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e deixou as portas do PT abertas, caso o pedetista não consiga disputar o governo maranhense pela sigla pedetista

Brasil 247, 5/05/2021, 11:26 h Atualizado em 5/05/2021, 11:48
Senadores Weverton Rocha (PDT-MA) e o ex-presidente Lula 
(Foto: Divulgação (Twitter))

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva jantou nessa terça-feira (4), em Brasília (DF), com senador Weverton Rocha (PDT-MA) e deixou as portas do PT abertas para o parlamentar, caso a legenda pedetista não apoie o congressista para uma eventual candidatura ao governo do Maranhão em 2022.

"Conversei com o ex-presidente @LulaOficial sobre o futuro do nosso país e do Maranhão e sobre as jornadas que nos uniram no passado. Jantamos juntos ontem, a convite do @senadorpaulor, líder do PT no Senado, com a presença de toda a bancada do partido no Senado", afirmou Rocha no Twitter.

A agenda do ex-presidente em Brasília faz parte uma de série de encontros com lideranças para estreitar articulações e afinar alianças para as próximas eleições.

Na capital federal, Lula já oficializou o convite para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) se filiar ao PT e, possivelmente, disputar o governo do Espírito Santo.

Nesta quarta-feira (5), Lula tem um encontro com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e nesta quinta-feira (6), o petista será recebido por Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na presidência do Senado.

Lula dispara nas pesquisas

Pesquisa Poderdata divulgada no dia 14 de abril apontou o ex-presidente 18 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno.

Também no mês passado, outro levantamento, da XP/Ipespe, mostrou Lula com 29% das intenções de voto, contra 28% do ex-capitão em um primeiro turno.

Bolsonaro finge solidariedade com morte de Paulo Gustavo e causa revolta: "cínico", "verme" e "assassino"

Houve um verdadeiro levante de indignação nas redes sociais entre a noite e a madrugada desta quarta depois que Bolsonaro postou um tuíte expressando falsa tristeza pela morte do ator Paulo Gustavo. Ele tuitou duas horas depois de Lula

Brasil 247, 5/05/2021, 07:21 h Atualizado em 5/05/2021, 08:48
  (Foto: Reprodução)

Duas horas depois de Lula expressar sua tristeza pela morte do ator Paulo Gustavo por Covid na noite de ontem, Jair Bolsonaro foi ao Twitter e postou às 0h20 desta quarta-feira um texto que causou revolta na Internet.

Bolsonaro escreveu: “Meus votos de pesar pelo passamento do ator e diretor Paulo Gustavo, que com seu talento e carisma conquistou o carinho de todo Brasil. Que Deus o receba com alegria e conforte o coração de seus familiares e amigos, bem como de todos aqueles vitimados nessa luta contra a Covid.”

Imediatamente começaram reações em massa ao pronunciamento daquele que já é apontado na CPI da Covid como responsável pelas mais de 410 mil mortes na pandemia: “cínico”, “verme” e “assassino” foram algumas das reações.

Comandante do Exército tenta distanciar imagem das Forças Armadas de Pazuello

O comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, e o senador Omar Aziz (PSD-AM), conversaram sobre o depoimento que será prestado pelo general Eduardo Pazuello na CPI da Covid. Treinamentos prévios do ex-ministro da Saúde preocuparam a instituição militar

Brasil  247, 5/05/2021, 10:13 h Atualizado em 5/05/2021, 11:01
  Comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, senador 
Omar Aziz (PSD-AM) e o ex-ministro Eduardo Pazuello (Foto: Divulgação)

O Exército vem trabalhando nos últimos dias para impedir que o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI da Covid, marcado para o dia 19, prejudique a imagem da Força. O comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, e o senador Omar Aziz (PSD-AM), conversaram sobre o assunto, na noite dessa segunda-feira (3). Pazuello recebeu nos últimos dias recomendações para não associar a sua atuação no ministério aos papéis que desempenhou no Exército, de acordo com informação publicada pela coluna de Malu Gaspar, no jornal O Globo.

Membros da instituição militar ficaram preocupados com os treinamentos de Pazuello para falar na CPI, pois assessores do Planalto afirmaram que o general "está muito nervoso". Pazuello teve um media training de seis horas e foi simulado um confronto com parlamentares.

Temia-se que Pazuello pudesse comparecer de farda à CPI – o que foi desencorajado nas mensagens enviadas ao ex-ministro.

Na conversa com Nogueira de Oliveira, Aziz garantiu que a CPI ouviria Pazuello como ministro e não como general ou militar - a pessoa física e não a pessoa jurídica, como o senador disse na conversa, segundo fontes próximas a Aziz.

O presidente da CPI e o comandante do Exército se conhecem há muitos anos. Aziz governou o Amazonas quando o general comandava a 12ª Região Militar, com sede em Manaus. O general Paulo Sérgio passou dez anos na Amazônia em diferentes funções.

A CPI ouve nesta quarta-feira (5) o ex-ministro da Saúde Nelson Teich. A ideia é questionar o ex-titular da pasta se o governo Jair Bolsonaro pressionou o ministério a recomendação cloroquina e hidroxicloroquina como prevenção para a Covid-19 - os remédios não têm comprovação científica contra a doença.