domingo, 2 de maio de 2021

Direita neoliberal já trabalha com hipótese de Bolsonaro nem ir para o segundo turno em 2022

Para articular de candidatura dita "de centro", o governo federal é como um avião que perdeu altura e não tem motor para arremeter

Brasil 247, 2/05/2021, 13:22 h Atualizado em 2/05/2021, 13:46
  Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O articulador de uma candidatura de direita já avalia que, com a CPI da Covid, Bolsonaro pode nem chegar ao segundo turno das eleições de 2022.

É o que diz a coluna do Estadão, que chama essa candidatura de “centro”, que, como se sabe, é o nome que a direita envergonhada dá a uma uma terceira candidatura competitiva em 2022 — Lula é nome certo no segundo turno, caso se candidate e não vença no primeiro turno.

"A preço de hoje, a CPI da Covid deverá ter impacto imobilizador no governo se escancarar erros e omissões no combate à pandemia, avaliam os políticos mais rodados de Brasília. Em um cenário de inflação crescente e postos de trabalho fechados, vai se consolidando o sentimento de que Jair Bolsonaro pode enfrentar dificuldades de chegar ao segundo turno em 2022, algo inimaginável até bem pouco tempo atrás. No centro partidário, presidenciáveis já se movimentam com base nesse novo cenário, o de enfrentar Lula na fase decisiva da eleição”, diz a nota.

O tal articulador diz que o governo é um avião perdendo altitude e sem motor para arremeter: gastou mal no passado e agora não tem “motor” para alavancar Bolsonaro.

A definição de centro torna-se a cada dia mais elástica: Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM), Luciano Huck (sem partido), João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB). Aliás, o grupo de WhatsApp desses presidenciáveis já foi pro brejo.

Todos esses nomes hoje trabalham para a direita.

Segundo a coluna, o governador Renato Casagrande (PSB-ES) passou a ser cotado como novo presidenciável.

Altman: eleição entre Lula e Bolsonaro coloca um dilema para a Casa Branca

O jornalista avaliou em entrevista à TV 247 que a Casa Branca enfrentará uma encruzilhada nas eleições presidenciais brasileiras, já que, por um lado, Bolsonaro é completamente “disfuncional” e, pelo outro, Lula se mostra intransigente em defesa de suas políticas. “Podem começar a pressionar ambos, como alguns porta-vozes começam a fazer, para tentar arrancar compromissos do interesse da geopolítica dos Estados Unidos”. 

Brasil 247, 30/05/2021, 16:50 h Atualizado em 30/05/2021, 17:27
   (Foto: Divulgação)

O jornalista Breno Altman, em entrevista à TV 247, avaliou a estratégia da Casa Branca para as eleições presidenciais brasileiras em 2022. Para ele, apesar de não serem simpáticos a Lula, os Estados Unidos devem tentar estabelecer um pacto com o petista como forma de conter a “disfuncionalidade” de Jair Bolsonaro.

“Qual será a opção do Biden? Bolsonaro ou Lula? Não há nenhuma simpatia da Casa Branca por Lula, zero simpatia. Eles participaram diretamente dos movimentos políticos que levaram ao golpe de Estado contra a presidente Dilma Rousseff e na construção da Lava Jato. Tiveram um papel de destaque em todo esse processo do chamado lawfare. E quando digo ‘eles’, não falo dos republicanos de Trump que foram ao governo apenas a partir de 2017, mas exatamente do próprio Biden, que era vice-presidente do Obama”, disse o jornalista.

Altman destaca que, sob o ponto de vista da Casa Branca, se estabelece um dilema: “O problema é que Bolsonaro se transformou num presidente muito disfuncional. A Casa Branca diante de um cenário no qual a terceira via não possa se estabelecer, ela vai fazer a seguinte pergunta: com qual dos dois é mais fácil estabelecer limites? É mais fácil controlar e enquadrar o Bolsonaro, ou tentar estabelecer um pacto com o Lula e o PT? Essa é a questão que vai estar posta na Casa Branca”.

“Há uma questão que não pode ser desconsiderada, de que, evidentemente, o Bolsonaro é um personagem que não é levado a sério, no sentido de que não é possível estabelecer compromissos e acordos com ele. Eles aprenderam essa lição. Acredito que numa situação como essa, a Casa Branca vai estar numa encruzilhada complicada. Podem começar a pressionar ambos, como alguns porta-vozes começam a fazer, para tentar arrancar compromissos do interesse da geopolítica dos Estados Unidos”, avaliou.
Pressão externa

Altman considera que a manutenção dos interesses geopolíticos dos Estados Unidos vai contra as ideias de Lula e que, para contê-lo, será necessário criar um clima de grande pressão externa: “O que isso quer dizer? Estabelecer um clima político onde dizem, ‘não temos nada contra o Lula, mas se ele ganhar e não fizer uma política pró-Venezuela, nós podemos trabalhar juntos’, ou, ‘se Lula ganhar, mas não resolver reestatizar os ativos da Petrobras que foram vendidos no último período, podemos trabalhar juntos’, ou, ‘se Lula ganhar, mas não brigar com as autoridades financeiras internacionais, especialmente o Fundo Monetário Internacional, podemos trabalhar juntos’, ou, ‘se Lula ganhar, mas for bastante moderado na construção dos BRICS e nas alianças com a Rússia e China, podemos trabalhar juntos’. Podem começar a exercer uma pressão grande sobre a candidatura do Lula para tentar estabelecer algum pacto”.

Militares articulam saída política para 2022, falam em impeachment de Bolsonaro e criação de “terceira via”

Generais críticos a Bolsonaro articulam uma “terceira via” para as eleições de 2022 e não descartam impeachment

Brasil 247, 2/05/2021, 06:36 h Atualizado em 2/05/2021, 10:52
  (Foto: ABr)

Em ampla reportagem, o jornalista Vasconcelo Quadros, da Pública, descreve o ambiente de ebulição política entre militares críticos ao governo Bolsonaro. Esses militares querem uma terceira via eleitoral em 2022 e não descartam o impeachment do atual ocupante do Palácio do Planalto.

"Em 27 meses no cargo, o general Hamilton Mourão construiu uma trajetória bem diferente da dos vices nos últimos 60 anos. Ele tem atribuições de governo e comanda efetivamente nichos importantes da política ambiental e de relações exteriores. É, por exemplo, mediador de conflitos com a China, processo iniciado com um encontro com o presidente do país, Xi Jinping, em 2019, restabelecendo a diplomacia depois de duros ataques feitos por Jair Bolsonaro ainda na campanha".

"Mourão esforça-se para não parecer que conspira, mas é visto por militares e especialistas ouvidos pela Agência Pública como um oficial de prontidão diante de uma CPI que pode levar às cordas o presidente Jair Bolsonaro pelos erros na condução da pandemia".

" 'Como Bolsonaro virou um estorvo, os generais agora querem colocar o Mourão no governo', diz o coronel da reserva Marcelo Pimentel Jorge de Souza, um dos poucos oficiais das Forças Armadas a criticar abertamente o grupo de generais governistas que, na sua visão, “dá as ordens” e sustenta o governo de Bolsonaro."

"Ex-assessor especial do general Carlos Alberto Santos Cruz na missão de pacificação no Haiti, Jorge de Souza está entre os militares que enxergam o movimento dos generais como uma aposta num eventual impeachment e ascensão de Mourão – que, por sua vez, tem fechado os ouvidos para o canto das sereias."

" 'Mourão jamais vai ajudar a derrubar Bolsonaro para ocupar a vaga. O que ele pode é não estender a mão para levantá-lo se um fato grave surgir. Honra e fidelidade são coisas muito sérias para Mourão”, diz um general da reserva que conviveu com o vice-presidente, mas pediu para não ter o nome citado."

"A opção Mourão é tratada com discrição entre os generais que ocupam cargos no governo. Três deles, Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional, o GSI) e Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), formam o núcleo duro fechado com o presidente. Os demais, caso a crise política se agrave, são uma incógnita. Mas são vistos como mais acessíveis à influência dos generais da reserva que romperam com Bolsonaro e articulam a formação de uma terceira via pela centro-direita".

Miriam Leitão diz que Lula é inocente e rejeita a teoria dos "dois extremos"

Colunista do Globo afirma que o ex-presidente joga dentro do campo democrático e é inocente, enquanto Jair Bolsonaro é um extremista de direita que ameaça a democracia

Brasil 247, 2/05/2021, 06:39 h Atualizado em 2/05/2021, 06:46
  (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução)

A jornalista Miriam Leitão publica artigo neste domingo, em que rejeita a tese criada pela direita tradicional brasileira, que se apresenta como "centro", de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro seriam dos "dois extremos" da política brasileira. "Na disputa entre Lula e Bolsonaro não há dois extremistas. Há um: Bolsonaro. O centro deve procurar seu espaço, seu programa, seu candidato, ou seus candidatos, porque o país precisa de alternativa e renovação. Mas não se deve equiparar o que jamais teve medida de comparação. O ex-presidente Lula governou o Brasil por oito anos e influenciou o governo por outros cinco. Não faz sentido apresentá-lo como se fosse a imagem, na outra ponta, de uma pessoa como o presidente Jair Bolsonaro", escreve a jornalista.

"O PT jogou o jogo democrático, Bolsonaro faz a apologia da ditadura", lembra Miriam. "Em dois anos e quatro meses, Bolsonaro superou as piores expectativas. Na pandemia, ele mostrou seu lado mais perverso. A lista é longa. Deboche diante do sofrimento alheio, disseminação do vírus, criação de conflitos, autoritarismo. O país chegou ao número inaceitável de 400 mil mortos com um presidente negacionista ameaçando usar as Forças Armadas contra a democracia."

A colunista também lembra que Lula, mantido como preso político por 580 dias a partir de uma reportagem do Globo, é um inocente. "As decisões recentes do Supremo Tribunal Federal tiraram as penas que recaíram sobre Lula e ele tem dito que foi inocentado. Tecnicamente sim, porque não é mais um condenado pela Justiça", afirma.

Machismo teve papel destacado no golpe contra Dilma, aponta livro lançado nos EUA

A então presidente procurou empoderar as mulheres em seu governo, muitas sem filiação partidária, e, com isso, desagradou a classe política

Brasil 247, 2/05/2021, 12:49 h Atualizado em 2/05/2021, 12:52
  Dilma Rousseff e Michel Temer (Foto: Ederson Casartelli/247 | Reuters)

O livro “Women’s Empowerment and Disempowerment in Brazil: The Rise and Fall of President Dilma Rousseff” (empoderamento e desempoderamento das mulheres no Brasil: ascensão e queda da presidente Dilma Rousseff), lançado nos EUA, atribui ao machismo papel destacado no golpe contra Dilma Rousseff.

Para os autores da obra, Pedro A. G. dos Santos e Farida Jalalzai, a ascensão da petista à Presidência despertou uma reação desvairada que buscava não apenas tirá-la do poder, mas também enfraquecer a participação de mulheres na política, o que contribuiu para o retrocesso do combate às desigualdades nos governos seguintes.

Santos fazia pesquisa no Brasil para o seu doutorado durante a campanha eleitoral de 2010, enquanto Jalalzai já vinha estudando as experiências de mulheres em cargos executivos — inclusive Hilary Clinton.

Juntos, eles combinam uma compreensão da burocracia institucional do governo brasileiro com uma perspectiva nítida das relações de gênero no âmbito político.

Os autores examinam duas questões principais no livro. Primeiro, como Dilma usou o seu poder para fortalecer o papel das mulheres na política brasileira. Segundo, como a questão de gênero impactou o seu governo e o processo de impeachment que a derrubou — observou Andre Pagliarini, em artigo na Folha.

Pagliani é professor de história da América Latina moderna no Dartmouth College, em Hanover (New Hampshire, EUA).

Segundo ele, os autores do livro concluíram que o empoderamento das mulheres — o processo de fornecer a elas mais poder decisório sobre políticas públicas— oferece benefícios para a sociedade como um todo.

“Embora alguns possam estar convencidos de que empoderar as mulheres é um jogo de soma zero,” sustentam os autores, “sabemos que empoderar as mulheres empodera todos nós”.

Uma lição infeliz que sobressai do estudo, contudo, é a fragilidade de avanços na área de representatividade de gênero na política.

Existem ao menos três maneiras para julgar até que ponto uma mulher na Presidência serve para empoderar as mulheres em geral na política, de acordo com os autores. A primeira e mais direta passa por uma análise de suas nomeações.

Como reparam Santos e Jalalzai, “os chefes do Executivo possuem maior capacidade que os legisladores e membros individuais do gabinete para influenciar a composição de gênero das instituições políticas e as prioridades políticas”.

Santos e Jalalzai lembram que Dilma tanto insistiu em empoderar mulheres que acabou sacrificando possíveis apoios políticos. Nomeou dez mulheres sem filiação partidária, oito do PT e apenas uma de outro partido (Kátia Abreu, então no PMDB, hoje no Progressistas) para chefiar ministérios em seu governo.

Os autores especulam que, dada a percepção de que mulheres são menos suscetíveis à corrupção que homens, aumentar o número delas no governo à medida que escândalos de corrupção surgissem tinha uma certa lógica política.

Santos e Jalalzai ressaltam também a complexidade do sistema de coalizões que sustentam o presidencialismo brasileiro, notando que, nos governos Lula e Dilma, mulheres foram nomeadas quase que exclusivamente para ministérios controlados pelo PT depois de negociações com partidos de sustentação do governo ou para ministérios bem próximos ao presidente (Secretaria de Relações Institucionais e Casa Civil, por exemplo).

Se a presidenta priorizasse menos a questão de gênero, poderia ter distribuído esses cargos entre os fisiologistas de plantão em troca de um aval político, que acabou se dissipando. Os resultados para o seu governo foram catastróficos, mas não parece apropriado culpá-la inteiramente por isso.

Lula no 1º de maio: “já reconstruímos o Brasil uma vez e vamos reconstruir de novo”

Em pronunciamento no Dia dos Trabalhadores, o ex-presidente Lula lamentou as mais de 400 mil mortes na pandemia e os retrocessos do governo, mas diz ter confiança de que o País vai dar a volta por cima. "Nós já construímos uma vez esse Brasil. E juntos vamos construir de novo", afirmou Lula. 

Brasil 247, 1/05/2021, 17:40 h Atualizado em 1/05/2021, 17:43
   Ex-presidente Lula se dirige aos trabalhadores neste 1º de Maio (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dirigiu aos trabalhadores e trabalhadoras neste sábado, 1º de Maio. Lula defendeu que, apesar das mais de 400 mil mortes pela pandemia e dos mais de 14 milhões de desempregados no País, este Dia do Trabalhador seja de esperança.

"Nós já provamos que existe outro jeito de governar. Que é possível garantir a cada trabalhador e a cada trabalhadora o salário digno, a segurança da carteira assinada, o 13º, as férias remuneradas para descansar ou viajar com a família", disse Lula.

"É preciso acreditar que o Brasil pode voltar a ser um país de todos. Com geração de empregos, salários dignos e direitos reconquistados. Com saúde e educação públicas de qualidade. Um país de livros em vez de armas, de respeito ao meio ambiente e às minorias, do amor em vez do ódio", acrescentou o ex-presidente.

Leia o pronunciamento do ex-presidente Lula:


“Minhas amigas e meus amigos.

Este é um 1º de maio triste para os trabalhadores e as trabalhadoras do nosso país.

Um dia de luto.

Pelas 400 mil vidas perdidas por conta do covid-19, muitas delas porque o governo Bolsonaro se recusou a comprar as vacinas que lhe foram oferecidas.

Pelos 14 milhões de desempregados, vítimas de uma política econômica que enriquece os milionários e empobrece os trabalhadores e a classe média.

Pelos 19 milhões de brasileiros que estão hoje passando fome, abandonados à própria sorte por esse desgoverno.

Mas o que eu mais desejo, de coração, é que este Dia dos Trabalhadores e das Trabalhadoras seja também um dia de esperança.

Sabemos o tamanho do nosso desafio. Nosso país está sendo devastado pelo governo do ódio e da incompetência. Mas sabemos também a nossa força.

Num passado muito recente, fomos capazes de construir juntos um novo Brasil, que o atual governo se esforça todos os dias para destruir.

O pleno emprego, conquistado pelos nossos governos, deu lugar a uma taxa recorde de desemprego e desalento.

Além dos 14 milhões de brasileiros desempregados, 6 milhões desistiram de procurar trabalho, porque sabem que não vão encontrar. 38 milhões estão subempregados,sobrevivendo de bicos. São, ao todo, 58 milhões de trabalhadores sobrevivendo em condições precárias.

Ao número recorde de desempregados, somam-se mais de 4 milhões de brasileiros que trabalham na informalidade, para aplicativos.

São na maioria jovens que arriscam as vidas no trânsito das grandes cidades, trabalhando até 14 horas por dia, sem qualquer direito ou proteção social: sem 13º, férias, descanso semanal, previdência, afastamento remunerado em caso de acidente de trabalho.

Enfrentam jornadas estafantes e perigosas para enriquecer patrões invisíveis, os bilionários donos dos aplicativos, que se recusam a reconhecer e a honrar seus direitos trabalhistas.

Mesmo assim, em plena pandemia, o governo nega ao povo um auxílio emergencial de 600 reais, para que ele seja capaz de suprir suas necessidades básicas.

Meus amigos e minhas amigas.

Nos últimos anos, andamos para trás.

A economia brasileira encolheu, e é hoje 7% menor do que em 2014.

Já estivemos entre as sete maiores economias do mundo. Hoje descemos ladeira abaixo, ocupando a décima segunda colocação.

Entre 2015 e 2020, 37 mil indústrias fecharam as portas, o equivalente a 17 por dia. Sem qualquer apoio do governo, as micro e pequenas empresas, que geram 75% dos empregos formais, são as mais atingidas.

Como se não bastassem a incompetência e o descaso desse desgoverno, a operação Lava Jato destruiu setores estratégicos da nossa economia, sobretudo a construção civil e a cadeia produtiva de petróleo e gás, beneficiando empresas e governos estrangeiros.

Por conta da Lava jato, o Brasil perdeu 172 bilhões de reais em investimentos produtivos. Deixou de recolher na forma de impostos diretos quase 50 bilhões de reais.

O juiz, que teve sua parcialidade declarada pelo Supremo Tribunal Federal, e os procuradores da chamada “força tarefa” são responsáveis também pela destruição de 4 milhões e meio de postos de trabalho.

Minhas amigas e meus amigos,

O Brasil, o povo, as trabalhadoras e os trabalhadores, as crianças, os jovens e os aposentados não deveriam estar passando por tanto sofrimento.

Minha indignação diante de tanta injustiça é muito grande. Mas ainda maior que a indignação é a minha confiança no povobrasileiro. Ele é maior do que essa gente que está destruindo nosso país. O Brasil vaidar a volta por cima. Não podemos perder a esperança.

Porque a primeira coisa que nossos inimigos tentam matar em nós é a esperança. E um povo sem esperança está condenado a aceitar migalhas, a ser tratado como gado a caminho do matadouro, como se não houvesse outro jeito.

Nós já provamos que existe outro jeito de governar. Que é possível garantir a cada trabalhador e a cada trabalhadora o salário digno, a segurança da carteira assinada, o 13º, as férias remuneradas para descansar ou viajar com a família.

É preciso acreditar que o Brasil pode voltar a ser um país de todos. Com geração de empregos, salários dignos e direitos reconquistados. Com saúde e educação públicas de qualidade. Um país de livros em vez de armas, de respeito ao meio ambiente e às minorias, do amor em vez do ódio.

Nós já construímos uma vez esse Brasil. E juntos vamos construir de novo.

Trabalhadores: lutar sempre, desistir jamais.”

Luiz Inácio Lula da Silva

Governo aciona tropa de choque na CPI da Covid para restringir depoimento de Mandetta

Com medo do que Mandetta vai dizer na CPI da Covid, Bolsonaro prepara operação para neutralizar efeitos políticos do depoimento do ex-ministro da Saúde

Brasil 247, 2/05/2021, 09:30 h Atualizado em 2/05/2021, 09:47
  (Foto: ABr)

Integrantes do grupo de trabalho do Palácio do Planalto admitem que estão promovendo um pente-fino na gestão do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, que será o primeiro a depor na CPI da Covid, na próxima terça-feira (4).

A ideia é restringir as perguntas feitas a Mandetta ao período em que ele esteve à frente da Saúde, para evitar, segundo governistas, que o ex-auxiliar se transforme em uma espécie de comentarista político de ações tomadas por Bolsonaro após sua saída do cargo. E colocar o ex-ministro na defensiva apontando erros que ele teria cometido no início da pandemia.

A força-tarefa montada no Palácio do Planalto para levantar dados a serem usados nas audiências mobiliza servidores da Casa Civil, da Secretaria de Governo, da Secretaria-Geral e da Secom (Secretaria de Comunicação), informa a Folha de S.Paulo​.

Mandetta foi demitido em 16 de abril de 2020, ainda no estágio inicial da pandemia. Mas seu desembarque ocorreu após cerca de um mês de desentendimentos com Bolsonaro, causados principalmente pela insistência do presidente em ignorar recomendações de isolamento social.

sábado, 1 de maio de 2021

Documento mostra que PF fez “diligências e pesquisas” contra Apib e Sonia Guajajara antes de intimação

Após abertura de inquérito, corporação concluiu ausência de "antecedentes criminais ou atividades delituosas" por parte da líder indígena, que acusa o governo de perseguição

Brasil 247, 1/05/2021, 19:04 h Atualizado em 1/05/2021, 19:19
  Sonia guajajara (Foto: ABr)

Revista Fórum - O inquérito policial aberto a pedido do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, contra a líder indígena Sonia Guajajara, militante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), mostra que a Polícia Federal fez “diligências e pesquisas” contra Sonia antes de intimá-la nesta sexta-feira (30).

No dia 13 de abril, um agente da PF anexou ao inquérito um relatório que traz o endereço da sede da Apib, em Brasília, assim como resultado da pesquisa contra Sonia. Nada foi encontrado.

“Em pesquisas realizadas nos sistemas disponíveis ao DPF [Departamento de Polícia Federal] e na internet, não se verifica existência de registros de antecedentes criminais ou envolvimento com atividades delituosas de Sonia Bone de Souza Silva Santos”, diz o documento.

Continue lendo na Fórum.

Bolsonaro sobrevoa de helicóptero ato que pede intervenção militar

Atos defenderam medida não prevista na Constituição: militares no poder com Bolsonaro na presidência, ou seja, sem o STF e o Congresso Nacional

Brasil 247, 1/05/2021, 15:47 h Atualizado em 1/05/2021, 15:56
  (Foto: Seguidores acenam para o helicóptero (reprodução))

Jair Bolsonaro usou neste sábado um helicóptero das Forças Armadas para sobrevoar a Esplanada do Ministérios, onde algumas centenas de pessoas se reuniram.

Manifestações aconteceram também em Copacabana, no Rio de Janeiro, na Avenida Paulista, em São Paulo, e no Parque Moinhos de Vento, em Porto Alegre, além de outras capitais.

Os atos reuniram muito menos apoiadores do que nas edições do ano passado.

Nas redes sociais, os bolsonaristas subiram a hashtag "Eu Autorizo", em referência a uma fala de Bolsonaro, há cerca de duas semanas, em que o presidente disse que esperava "um sinal do povo" para agir, sem deixar claro a que tipo de ação estava se referindo.

Nas manifestações, algumas faixas defendiam uma "intervenção militar com Bolsonaro no poder", além da aprovação do voto impresso e o fim das medidas de restrição de circulação decretadas nos Estados para conter a pandemia de covid-19.

Eduardo Bolsonaro participou do ato em Brasília. Ele estava com a máscara no queixo e em meio a apoiadores que também não usavam a proteção contra covid-19.

Em 200 falas, Bolsonaro expõe seu negacionismo, que levou mais de 400 mil brasileiros à morte

A CPI da Covid tem em suas mãos para análise 200 falas de Jair Bolsonaro, em que expõe opiniões contrárias a medidas que evitariam a morte de mais de 400 mil brasileiros

Brasil 247, 1/05/2021, 06:10 h Atualizado em 1/05/2021, 06:42
   Jair Bolsonaro e covas para mortos por coronavírus (Foto: Agência Brasil | Reuters)

A CPI da Covid está analisando, para efeito de apuração das responsabilidades de Jair Bolsonaro com o descontrole da pandemia, que levou à morte de mais de 400 mil brasileiros até agora, as falas do titular do Poder Executivo em que ele critica o isolamento social e propagandeia o uso da hidroxicloroquina, medicamento contraindicado pela comunidade científica nacional e internacional para o tratamento da Covid-19.

A equipe da CPI da Covid vai investigar, entre outras coisas, a propagação por Bolsonaro de discurso negacionista. As falas de Bolsonaro compiladas pela comissão propagandeiam o uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19, minimizam o coronavírus, chegando a chamá-lo de "gripezinha", destaca reportagem da Folha de S.Paulo. Bolsonaro fez também declarações contra a aquisição de vacinas e a imunização da população.

A CPI da Covid vai usar declarações e ações de Bolsonaro como base para demonstrar os crimes que cometeu ao longo da pandemia.

Bolsonaro cometeu crimes como atentar contra odireito à saúde do povo brasileiro, crimes de responsabilidade e falta de decoro.