terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Com ataque de Bolsonaro à Educação, Brasil despenca cinco posições no IDH em 2019

Governo Bolsonaro fez o Brasil despencar cinco posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU em 2019: ataques à educação são o principal motivo

Brasil 247, 15/12/2020, 08:00 h Atualizado em 15/12/2020, 08:50
   (Foto: Lincoln Ferreira/Secom | Arthur Castro/Secom | Reuters)

O Brasil despencou cinco posições no ranking de desenvolvimento humano das Nações Unidas, que mede o bem-estar da população considerando indicadores de saúde, escolaridade e renda. Dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostram que o Brasil recuou da 79ª posição em 2018 para a 84ª em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro. A estagnação na educação, fruto dos ataques de Jair Bolsonaro, foi a principal causa do resultado. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro é de 0,765.

O Relatório de Desenvolvimento Humano apresenta o IDH de 2019 para 189 países e territórios reconhecidos pela ONU. A Noruega lidera a lista, com 0,957, seguida por Irlanda, Suíça e Hong Kong. O pior colocado é o Níger (0,394).

No Brasil, o desenvolvimento humano despenca, além do tema da educação, quando a desigualdade entra na equação. O país perde nada menos que 20 posições quando o indicador é ajustado à desigualdade. O IDH de 0,765 cai para 0,570, uma queda de 25,5%.




É a segunda nação que mais perde posições, atrás apenas de Comores, um país do leste da África com 830 mil habitantes. O IDH ajustado para a desigualdade é calculado para 150 países.

A principal causa para o resultado brasileiro neste indicador é a desigualdade de renda — o que já vinha sendo observado em anos anteriores. A parcela dos 10% mais ricos do país concentra 42,5% da renda total. Enquanto isso, o 1% mais rico fica com 28,3% da renda. É a segunda maior concentração de renda do mundo, ficando atrás apenas do Qatar.


O relatório também chama atenção para a desigualdade de gênero, e um dado é representativo para ilustrar esse problema no Brasil. O país com o menor IDH do mundo, o Níger, tem mais mulheres com assentos no Parlamento — elas ocupam 17% das cadeiras —, do que o Brasil, onde a representatividade é de 15%.

Os dados do Pnud mostram ainda que as mulheres brasileiras vivem mais e têm mais anos de escolaridade que os homens, mas têm menos desenvolvimento humano. Isso porque recebem muito menos por sua força de trabalho. A renda das mulheres no país é 41,8% menor do que a dos homens.

Segundo o Pnud, o Brasil é um dos países com elevada desigualdade de gênero. Está na 95ª posição num ranking que inclui 162 nações para as quais foi calculado o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG).

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Como num quartel, Pazuello manda pesquisadores ficarem em silêncio e corta microfones em reunião no Ministério da Saúde

Pesquisadores, médicos e médicas foram proibidos de falar e tiveram microfones silenciados em reunião com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello

Brasil 247, 15/12/2020, 04:35 h Atualizado em 15/12/2020, 07:07
   Eduardo Pazuello (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, fez uma reunião com especialistas, médicos e médicas sobre o plano de vacinação contra o coronavírus como se estivesse no quartel.

Os microfones foram silenciados e os especialistas só conseguiram fazer perguntas ou considerações por escrito, sem receberem nenhum retorno

Foi o primeiro contato do ministro com os pesquisadores chamados para ajudar o governo a montar o plano de vacinação contra a covid-19. Na verdade, a reunião foi mais um monólogo do que uma troca de ideias. O encontro se realizou no dia 1º de dezembro. 




Segundo o Painel da Folha de S.Paulo, os convidados encontraram os microfones silenciados na sala virtual, enquanto o ministro e seus auxiliares apresentavam o plano do governo. Os especialistas receberam a ordem de perguntar ou fazer considerações apenas por escrito, em mensagens dentro do aplicativo, mas mesmo assim o Ministério não respondeu sequer às perguntas formuladas e encerrou a reunião. 

A Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), uma das entidades que representam os especialistas, prepara carta ao STF informando que eles não participaram da elaboração do plano de vacinação do governo, apesar de terem sido citados pela Saúde.

Ex-bolsonarista, Fagner diz que Bolsonaro "é ridículo" e vive "em surto"

Cantor cearense se arrepende do voto em Jair Bolsonaro e diz que ele atua de maneira inadmissível

Brasil 247, 15/12/2020, 05:20 h Atualizado em 15/12/2020, 07:17
    Fagner (Foto: Divulgação)
 
O cantor cearense Raimundo Fagner, que está lançando um novo álbum de serenatas, admite seu arrependimento pelo apoio a Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. "A atuação do Bolsonaro é ridícula. Ninguém está precisando ouvir as loucuras que ele fala, mas de paz. Ele tem é que trabalhar pelo Brasil. A maneira como se comporta não é a de um presidente", diz ele, que chegou a fazer um vídeo declarando apoio a Bolsonaro, em entrevista à jornalista Maria Fotuna, no Globo.

"Não aprovo a maneira como ele conduz o país. Parece que está em surto", disse ainda o cantor. "Para quem coloca 'votou em Bolsonaro' no meu Instagram, quero dizer: votei para que tocasse o Brasil, não para falar besteira", afirma.

Na entrevista, Fagner também falou sobre sua parceria com Belchior, que rendeu clássicos como Mucuripe. "Sinto, lamento não ter feito mais músicas com ele. Foi o cara responsável por eu estar aqui. Não viria para o Rio sozinho, ele foi o meu tutor, minha família confiava nele. Fizemos cinco, seis músicas maravilhosas, nossa parceria tinha identidade. Poema do Belchior, para mim, era bater o olho e sair cantando. Entendo porque a garotada o resgatou, foi o maior artista da nossa geração. Tinha Cazuza, Renato Russo, mas ele estava num patamar maior."

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

A chapa democrata formada por Joe Biden e Kamala Harris foi declarada vitoriosa na eleição presidencial dos EUA, mas só nesta segunda-feira (14), após a votação do Colégio Eleitoral, os dois serão considerados oficialmente presidente e vice-presidente eleitos

Brasil 247, 14/12/2020, 07:46 h Atualizado em 14/12/2020, 09:57
   Joe Biden e Kamala Harris (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

Os delegados do Colégio Eleitoral dos Estados Unidos se reúnem nesta segunda-feira (14) em seus estados para votar nos candidatos a presidente e vice-presidente seguindo o resultado da votação em seu território. A chapa democrata formada por Joe Biden e Kamala Harris foi declarada vitoriosa desde 7 de novembro, mas só nesta segunda, após a votação do Colégio Eleitoral, os dois serão considerados oficialmente presidente e vice-presidente eleitos dos EUA.

São os 538 membros do Colégio Eleitoral que, na prática, oficializam quem comandará o país durante quatro anos, conforme regras do sistema eleitoral norte-americano estabelecidas na Constituição.

As projeções indicam que a chapa democrata deve obter 306 votos no Colégio Eleitoral contra 232 de Donald Trump, atual presidente, e Mike Pence. São necessários, ao menos, 270 votos para vencer a eleição norte-americana.

Ciro: “Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade. O que falta para o impeachment?”

"Impeachment não é remédio para governo ruim, mas sim quando há crime de responsabilidade", afirmou o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE). "Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e nós já denunciamos. O que falta para o impeachment?", continuou

Brasil 247, 14/12/2020, 10:42 h Atualizado em 14/12/2020, 11:10
   Ciro Gomes e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Agência Brasil)

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) pediu no Twitter uma mobilização para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

"Impeachment não é remédio para governo ruim, mas sim quando há crime de responsabilidade. Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e nós já denunciamos. O que falta para o impeachment? Mais pressão popular. Procure os deputados federais do seu Estado e dê o recado!", escreveu o pedetista. 

A pressão pelo impeachment de Bolsonaro aumentou, após a constatação de que o plano de vacinação contra o coronavírus anunciado pelo governo tinha assinaturas de pesquisadores não consultados previamente sobre o texto final da proposta

Impeachment não é remédio para governo ruim, mas sim quando há crime de responsabilidade. Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e nós já denunciamos. O que falta para o impeachment? Mais pressão popular. Procure os deputados federais do seu Estado e dê o recado!— Ciro Gomes (@cirogomes) December 14, 2020

Bolsonaro é uma fraude, um genocida que ameaça a vida de todos os brasileiros! #Bolsonaro171— Ciro Gomes (@cirogomes) December 13, 2020

Eficácia da vacina russa Sputnik V contra casos graves de coronavírus é de 100%

"Eficácia da vacina Sputnik V contra casos graves de coronavírus é de 100%. Dos casos confirmados de infecção por coronavírus no grupo [que tomou] placebo foram registrados 20 casos graves, enquanto o grupo que tomou a vacina, não foram registrados casos graves", afirmaram os desenvolvedores

Brasil 247, 14/12/2020, 12:07 h Atualizado em 14/12/2020, 12:07
    Ampolas da potencial vacina russa contra Covid-19 "Sputnik-V" (Foto: REUTERS/Tatyana Makeyeva)

Sputnik - A eficácia da vacina russa Sputnik V contra casos graves de coronavírus é de 100%, declararam nesta segunda-feira (14) os desenvolvedores do medicamento.

"Eficácia da vacina Sputnik V contra casos graves de coronavírus é de 100%. Dos casos confirmados de infecção por coronavírus no grupo [que tomou] placebo foram registrados 20 casos graves, enquanto o grupo que tomou a vacina, não foram registrados casos graves", lê-se em comunicado.

Com base na análise dos dados no teste de controle conclusivo no âmbito da terceira fase dos testes, a vacina Sputnik V demonstrou uma eficácia superior a 90%, informaram desenvolvedores.



Os resultados obtidos serão publicados pela equipe de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em uma das principais revistas internacionais de medicina.

A elevada eficácia da vacina Sputnik V a um nível superior a 90% foi confirmada em cada um dos três testes de controle dos ensaios clínicos.

Como resultado da análise dos dados no primeiro teste de controle (20 casos da doença), a eficácia estimada da vacina correspondeu a 92%, já no segundo teste de controle (39 casos da doença) a 91,4%.


"A análise dos dados no terceiro teste de controle conclusivo dos testes clínicos da vacina Sputnik V confirmou que a eficácia da vacina é superior a 90%, tendo sido sucessivamente demonstrada em três testes estatisticamente significativos estipulados no protocolo dos testes. Os dados obtidos constituirão a base do relatório que será usado para solicitar o pedido de registro acelerado da vacina russa em outros países", declarou Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).

Com base nos dados recebidos até hoje, o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya vai preparar um relatório que será utilizado para o registro acelerado da vacina Sputnik V em vários países.

O que torna a vacina russa única é o uso de dois componentes diferentes baseados no adenovírus humano em duas injeções diferentes para introdução no corpo humano de material genético da membrana externa de coronavírus.

Esta abordagem proporciona uma resposta imunológica mais forte e mais duradoura do que as vacinas que usam o mesmo componente para duas injeções.

Anteriormente a AstraZeneca aceitou a proposta feita pelo RFPI e pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya de usar um dos dois vetores da vacina Sputnik V em adição aos testes clínicos de sua própria vacina, que vão iniciar antes do final do ano.

Em agosto, a Rússia se tornou o primeiro país a registrar uma vacina contra COVID-19, que foi batizada de Sputnik V.

Santos Cruz: com Bolsonaro, "pequeno grupo de extremistas" dividiu a sociedade

O general Santos Cruz, que se tornou um porta-voz da oposição militar a Bolsonaro, critica-o duramente: "(Você tem) esse pequeno grupo aprofundando a divisão da sociedade para manipular a sociedade brasileira. Você tem o ataque às pessoas e não às ideias. Você tem a destruição de reputações"

Brasil 247, 14/12/2020, 10:03 h Atualizado em 14/12/2020, 10:17
   Santos Cruz e Bolsonaro (Foto: ABr)

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência, tornou-se um porta-voz informal da oposiçao militar a Bolsonaro e voltou a criticá-lo duramente, em entrevista à Globonews: "(Você tem) esse pequeno grupo aprofundando a divisão da sociedade para manipular a sociedade brasileira. Você tem o ataque às pessoas e não às ideias. Você tem a destruição de reputações".

Santos Cruz adfirmou ser negativa a grande presença de militares, na reserva e na ativa, em cargos do alto escalão do governo, porque isso causa na população a percepção de que há um vínculo institucional entre as forças armadas e o governo, ainda que não haja, segundo ele.

Santos Cruz disse que a gestão da pandemia por Bolsonaro "é uma crise que, desde o início, se caracterizou por xingamento e cloroquina. Politização de medicamento, isso não tem cabimento."



O general classificou de "fanfarronice" e "devaneio" a fala do presidente Jair Bolsonaro após a eleição de Joe Biden nos EUA, quando afirmou que, se acabasse a saliva, "tem que ter pólvora".

Na entrevista, sinalizou que pode apoiar Sergio Moro, caso ele seja candidato nas eleições de 2022: "Eu acho que ele (Moro) é uma personalidade que, sem dúvida, nenhuma trouxe esperança e pode representar uma corrente forte na próxima eleição."

Desaprovação do governo Bolsonaro alcança 48%, diz pesquisa

Levantamento feito pela Quaest Pesquisa e Consultoria, pela internet, apontou que o governo Jair Bolsonaro tem 36% de péssimo e 12% de ruim, totalizando 48% o percentual de eleitores que desaprovam a sua administração. De acordo com os números, 56% disseram que o País está no caminho errado

Brasil 247, 14/12/2020, 12:02 h Atualizado em 14/12/2020, 13:47
   Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos - PR)

Um levantamento feito pela Quaest Pesquisa e Consultoria apontou que a desaprovação do governo Jair Bolsonaro alcança 48% (36% de péssimo e 12% de ruim). De acordo com a pesquisa, 24% aprovam a atual administração (11% de ótimo e 13% de bom). 

Os dados também mostraram que 26% consideram a gestão regular e 2% não opinaram ou não souberam responder. 

Bolsonaro tem melhor avaliação entre as pessoas que ganham mais de cinco até dez salários mínimos (35%) e a pior entre as que recebem mais de dez salários (53%). 
Segundo os números, 56% disseram que o País está no caminho errado. Para 21%, o Brasil está no rumo certo e 22% não souberam ou não responderam. 

Foram entrevistados 1.000 eleitores nos 26 Estados e Distrito Federal. A margem de erro é de 3.1 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa tem um nível de confiança de 95%.

Vacinação começa nos EUA enquanto o Brasil espera, sem data até agora

Vacinação nos EUA acontece pouco após Rússia e o Reino Unido iniciarem a imunização de suas populações. No Brasil, o governo não tem previsão início da vacinação

Brasil 247, 14/12/2020, 13:45 h Atualizado em 14/12/2020, 13:56
   Sandra Lindsay, enfermeira que foi a primeira pessoa a ser vacinada contra Covid-19 nos EUA e Caixas com vacinas contra Covid-19 da Pfizer na UPS Worldport, em Louisville, Kentucky (Foto: Reuters)

A enfermeira norte-americana Sandra Lindsay, que trabalha na unidade de terapia intensiva de um hospital de Nova York, foi a primeira pessoa nos Estados Unidos a receber a vacina contra Covid-19 produzida pela Pfizer/BioNTech. Vacinação nos EUA, que começou nesta segunda-feira (14), acontece após A Rússia e o Reino Unido iniciarem a imunização de suas populações. No Brasil, o governo não tem previsão de quando uma campanha contra a doença será deflagrada. 

As primeiras 2,9 milhões de doses da vacina começaram a ser enviadas para centros de distribuição em diversos locais dos EUA no domingo, 11 meses após o país registrar os primeiros casos da doença. O imunizante conseguiu ser aprovado emergencialmente pelos órgãos reguladores norte-americanos na última sexta-feira (11), após obter 95% de eficácia em testes clínicas. 

“Não senti nada diferente do que senti quando tomei qualquer outra vacina”, disse Lindsay. “Me sinto esperançosa hoje, aliviada. Sinto que a cura está chegando. Espero que isso marque o início do fim de uma época muito dolorosa da nossa história. Quero instilar a confiança pública de que a vacina é segura”, disse Lindsay após receber a vacina. 




O presidente Donald Trump comentou usou as redes sociais para comentar o caso. em rede social. “Aplicada a primeira vacina. Parabéns, Estados Unidos da América! Parabéns, MUNDO!”, escreveu Trump no Twitter. 

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos registram 16,258 milhões de infectados e devem ultrapassar a marca de 300 mil mortes pela doença nesta segunda-feira.

domingo, 13 de dezembro de 2020

"[Privatização da Eletrobrás] está sob suspeição, porque querem incluir uma usina isso vai beneficiar os acionistas da Eletrobrás. Quero ver o ministro falar que é mentira", disse o presidente da Câmara, durante palestra no 19º Fórum Empresarial Lide

Brasil 247, 13/12/2020, 15:46 h Atualizado em 13/12/2020, 16:17
   Rodrigo Maia e Paulo Guedes (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados | Marcos Corrêa/PR)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), acusou o ministro da Economia, Paulo Guedes, de direcionar a privatização da Eletrobrás para beneficiar determinados compradores e acionistas.

Durante palestra a no 19º Fórum Empresarial Lide, na sexta-feira (11), Maia criticou a inoperância de Paulo Guedes em relação às privatizações prometidas e fez a grave denúncia.

"Estou procurando as privatizações. Nenhuma. A única que ele colocou está sob suspeição, que é a Eletrobrás. Porque [Guedes] está negociando modelagem para beneficiar acionista, incluindo uma usina que a concessão vence agora", afirmou Maia.

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"Está sob suspeição, porque querem incluir uma usina isso vai beneficiar os acionistas da Eletrobrás. Quero ver o ministro falar que é mentira, porque é a equipe dele que fala isso", acrescentou o presidente da Câmara.

A declaração de Rodrigo Maia foi divulgada pelo deputado Glauber Braga (PSOL), que protestou contra a privatização da Eletrobrás.

Ainda durante sua participação no fórum do Lide, Maia disse que o governo está oferecendo emendas e cargos a parlamentares para votarem em seus indicados.

"Eles falaram muito em limpar a política, em modernizar a política, e eles estão propondo, algo que eu tenho certeza que o Parlamento não vai aceitar, que é se colocar à venda por emenda ou por cargo. Eu tenho certeza que a Câmara vai ser muito maior do que isso e vai eleger um presidente da Câmara independente", disse Maia.