segunda-feira, 20 de julho de 2020

Cuba anuncia ausência de transmissão local de Covid-19

Maior parte da ilha está livre da doença há mais de um mês

Conversa Afiada, 20/07/2020
        (Daniele Febei/FlickrCC)

Opera Mundi - Cuba anunciou neste domingo (19/07) a ausência de novos casos domésticos de covid-19 - a primeira vez em quase quatro meses. A maior parte do país iniciou a fase final de retomada de atividades, com uso de máscaras e distanciamento social.

O chefe de epidemiologia do Ministério da Saúde Pública de Cuba, Francisco Duran, tirou a máscara durante a transmissão para anunciar a notícia. Apenas alguns casos de covid-19 foram relatados em Cuba na última semana, todos em Havana.

A maior parte da ilha, com 11,2 milhões de habitantes, é considerada livre da doença há mais de um mês.

"Eu sempre digo para você ficar seguro em casa, mas eu sei que muitos hoje vão à praia", disse Duran. Ele reiterou à população a importância de manter o distanciamento social.

Os 2,2 milhões de habitantes da capital permanecem na primeira fase de três estágios de reabertura. Por enquanto, o transporte público e privado está liberado, bem como a praia e outros centros de recreação.

O distanciamento social e o uso de máscaras permanecem obrigatórios na maioria das circunstâncias.

O país abriu um grupo de resorts para turismo internacional. A terceira fase amplia viagens internacionais, dependendo do risco.

O país recebeu altas notas pela forma de informar sobre a pandemia. O sistema de saúde comunitário e gratuito de Cuba permitiu manter o número de infecções abaixo de 2.500, com 87 mortes.

domingo, 19 de julho de 2020

Dino quer chapa única da esquerda em 2022, mas não vê o PT como cabeça

"Não consigo imaginar que Lula só veja o caminho do isolacionismo"

Conversa Afiada, 09/07/2020
    (Ricardo Stuckert)

Ao comentar o convite feito a ele para se filiar ao PSB, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), também falou sobre os cenários para as eleições presidenciais de 2022. 

Ao Globo, Dino defendeu uma candidatura única da esquerda, mas, ao mesmo tempo, ponderou que não vê viabilidade em um nome do PT para encabeçar a chapa.

"Olhando o Lula que governou o Brasil, não consigo imaginar que ele só veja esse caminho do isolacionismo. Falar em candidatura própria do PT em 2022 é só um movimento inicial, feito para resgatar a imagem do PT hoje. Mas isso não se sustenta até 2022. Seja pelo amor, seja pela dor", afirmou.

"Contudo, o principal é compreender que, num país como o Brasil, só é possível a esquerda ganhar e governar fazendo alianças para além da esquerda", completou Dino.

A humildade segundo Paulo Freire

Redes sociais ignoram ordem de bloquear perfis suspeitos de ataques ao STF

Empresas que gerenciam serviços como Instagram, Twitter e Facebook ignoram determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para bloquear perfis de suspeitos em inquérito que apura a promoção de ataques contra o Supremo


Correio Braziliense, 19/07/2020 06:30 / atualizado em 19/07/2020 00:21

O ministro Alexandre de Moraes é o relator do inquérito que apura disseminação de notícias falsas contra a Corte e os magistrados(foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)Em 26 de maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a cumprir diversos mandados contra um grupo acusado de promover, pela internet, uma série de ataques e incitar o ódio contra integrantes da mais alta corte do país. No alvo, estavam ativistas, blogueiros, deputados federais e empresários com grande influência nas redes sociais. As investigações da PF identificaram um complexo esquema, com estrutura financiada por executivos de diversas empresas e mantido por simpatizantes do governo do presidente Jair Bolsonaro. 

Entre as ações para sustar os atos criminosos, Moraes determinou o bloqueio, pelo Facebook, Twitter e Instagram, das redes sociais dos investigados. No entanto, quase dois meses após a ordem, as contas ligadas aos suspeitos continuam no ar e autorizadas a publicar para milhões de seguidores.

A maior atividade acontece no Twitter. Em mensagens quase diárias, muitos dos alvos do inquérito 4.781 no Supremo continuam publicando e, em muitos casos, incitando ações mais radicais contra o Poder Judiciário. A situação se transformou em um embate dentro e fora das redes, a ponto de o governador Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, fechar a Esplanada dos Ministérios nos fins de semana para evitar ataques, que estariam sendo planejados.

Na decisão de maio, Moraes autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra alguns investigados, determinou que as empresas que gerenciam as redes sociais repassassem informações sobre outros perfis identificados como integrantes da estrutura de fake news, mas que ainda não tiveram as identidades de seus autores reveladas.

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Departamento de Justiça dos EUA confirma conluio com a Lava Jato

Mas se nega a fornecer detalhes

Conversa Afiada, 19/07/2020


Por Brian Mier, no Brasil Wire - Em agosto de 2019, um grupo de 13 membros do Partido Democrata dos EUA exigiu respostas para as evidências de apoio sobre o papel do Departamento de Justiça (DJ) na investigação anticorrupção corrupta da Lava Jato.

A requisição foi feita depois que as mensagens vazadas do Telegram publicadas no Intercept mostraram que, entre dezenas de outros crimes, o juiz Sergio Moro trabalhou de forma antiética para ajudar a depor Dilma Rousseff, grampeando ilegalmente seu telefone na véspera das audiências de impeachment, editando a conversa para ser mais danosa e liberá-la para a Rede Globo, a maior estação de televisão do Brasil.

Liderada pelo congressista da Geórgia Hank Johnson e composta principalmente por membros do Partido Democrata (com a notável ausência de Alexandria Ocasio Cortez), a carta ao procurador-geral William Barr expressou preocupação de que as ações do DJ estavam desestabilizando a democracia do Brasil e solicitou respostas e esclarecimentos.

Leia a matéria completa acessando o link: 

Deputado Edmilson Rodrigues pede união da esquerda e sobe o tom contra Bolsonaro: “ele é tosco, burro e criminoso”

Parlamentar do PSOL do Pará ainda afirmou que Jair Bolsonaro é “criminoso”, já que homenageia “organizações criminosas como as milícias que trabalham com assassinato de aluguel, com controle de bairros inteiros, com construções ilegais”. 

Brasil 247, 17/07/2020, 18:49 h Atualizado em 17/07/2020, 20:23
Edmilson Rodrigues e Jair Bolsonaro (Foto: Câmara dos Deputados | Reuters)

O deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) disse à TV 247 que é preciso unir a esquerda, independentemente das divergências que existem entre o setor, para evitar o avanço do fascismo que vem sendo instalado no Brasil por meio do governo de Jair Bolsonaro.

Rodrigues foi firme ao falar contra Bolsonaro e seu envolvimento com milícias. “Não é uma invenção de alguns setores, é real esse processo de instalação gradativa do fascismo, que foi constrangido agora. A gente vê um presidente há mais de duas semanas caladinho porque ele recebeu conselho. Ele é tosco, é burro, é criminoso, é bandido, eu posso afirmar. Quem homenageia, quem apoia organizações criminosas como as milícias que trabalham com assassinato de aluguel, com controle de bairros inteiros, com construções ilegais, com toda uma política própria imobiliária no sentido de inviabilizar qualquer liberdade do direito de ir e vir das comunidades que necessitam de um teto e acabam se submetendo a um sinal de internet, a uma linha telefônica, a uma van, um gás, tudo controlado estes criminosos, quem sustenta isso não pode governar o País, mas o Bolsonaro governa, infelizmente”.

Após espalhar mentira sobre esquerda e pedofilia, Bolsonaro é processado por deputados de vários partidos

Encaminhada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a petição é assinado por parlamentares do PT, Psol, PCdoB, Rede, PDT e PSB

Brasil 247, 18/07/2020, 20:33 h Atualizado em 19/07/2020, 03:48
Presidente Jair Bolsonaro 06/03/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Sputnik – Deputados de diversos partidos entraram com notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por ele ter dito, por meio do Twitter, que a esquerda quer descriminalizar a pedofilia. 

Encaminhada ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a petição é assinado por parlamentares do PT, Psol, PCdoB, Rede, PDT e PSB. 

Em 14 de julho, Bolsonaro usou o Twitter para anunciar a apresentação de Projeto de Lei que aumenta em 50% a pena para o crime de pedofilia. Na publicação, ele disse que a "esquerda busca meios de descriminalizar a pedofilia, transformando-a em uma mera doença ou opção sexual". 

​Os deputados acusam Bolsonaro de "desenterrar" uma notícia falsa divulgada na época das eleições de 2018, segundo a qual o então candidato do PT à presidência, Fernando Haddad, queria legalizar a pedofilia. A fake news dizia que o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Saúde tinha criado o PL 236/2012 para esse fim. 

No entanto, nem Haddad nem outros representantes da esquerda nunca propuseram um projeto de lei ou fizeram campanha nesse sentido. 

PL de autoria de José Sarney

O projeto, na realidade de autoria do então senador José Sarney (MDB-AP), reforma o Código Penal Brasileiro. Embora tenha pontos considerados polêmicos, ele não legaliza a pedofilia. Entre outras mudanças, o projeto diminui de 14 para 12 anos a idade máxima da vítima para que qualquer relação sexual seja considerada estupro. 

"Desse modo, configura-se de um ataque vil, difamatório e inverídico, que visa desqualificar e criminalizar os cidadãos, cidadãs, instituições e movimentos que se opõem à concepção de mundo arcaica defendida pelo Representado e seu grupo", diz a notícia-crime.

A acusação cita o artigo 139 do Código Penal, que considera crime difamar alguém, "imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação". A pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa.

Gleisi ironiza Globo: criou um PT para ser odiado e um PT para ser perdoado

Presidente do PT reagiu ao novo artigo do Globo, que tenta afastar o ex-presidente Lula e o presidenciável Fernando Haddad. Nas redes, ela também lembrou que Jair Bolsonaro é fruto da Globo

Brasil 247, 18/07/2020, 19:07 h Atualizado em 19/07/2020, 03:48
Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Lula Marques | Ricardo Stuckert)

"A mídia brasileira criou um PT para ser odiado e agora tenta criar outro para ser perdoado. Decidam-se, mas não esqueçam que Bolsonaro é filho da Globo com Moro", postou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), em suas redes sociais. Foi uma resposta ao novo artigo do colunista Ascânio Sêleme, que tenta afastar o ex-presidente Lula e o presidenciável Fernando Haddad. Saiba mais sobre o caso:

A estratégia do grupo Globo, que, na semana passada, ofereceu perdão ao Partido dos Trabalhadores, por meio da coluna do jornalista Ascânio Sêleme, ex-diretor de Redação do jornal e um de seus principais colunistas, fica mais clara nesta semana. Em novo artigo, Sêleme salienta que a clemência oferecida pela Globo se dirige a um suposto Partido dos Trabalhadores de Fernando Haddad, e não ao PT que inclui os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O artigo também nega a realidade, ao não reconhecer que houve um golpe de estado no Brasil em 2016 e que Lula foi um preso político – dois fenômenos apoiados pela Globo que permitiram a ascensão do bolsonarismo.

"Se o Partido dos Trabalhadores se organiza internamente através de algumas tendências políticas que lutam pelo poder na legenda, do lado de fora se consegue ver apenas dois PTs distintos. Um deles é o de Lula, o que manda, e tem entre seus expoentes Gleisi Hoffmann e José Dirceu. Estes não querem nem ouvir falar de entendimento político, de frente contra Bolsonaro. Apostam na ruptura como única forma de retomar o poder. Entendem que um alinhamento com as demais forças do campo democrático pode resultar na eleição de um não petista. Além disso, afirmam que se a rejeição ao PT acarretar a reeleição de Bolsonaro, esse será um problema do Brasil, não do partido", diz Ascânio Sêleme, em seu artigo.

"Mas há um outro PT, tão de esquerda quanto o de Lula, ou até mais do que este. Essa turma, liderada pelo ex-ministro, ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato a presidente Fernando Haddad, já reconheceu publicamente os erros do PT e se mostrou pronta para reconstruir e reerguer o partido. Esse grupo não tem as amarras populistas de Lula e companhia, é mais moderno, pensa no futuro e não se contenta apenas com o atendimento de interesses imediatistas e corporativistas", afirma o colunista. "O futuro do maior partido de esquerda do Brasil será determinado pela prevalência de um grupo sobre o outro. Hoje, o PT de Haddad é minoritário, sofre aberta censura do campo majoritário e muitas vezes precisa se calar para sobreviver e seguir brigando internamente pela transformação do partido", afirma Sêleme, tenta criar uma divisão inexistente entre Lula e Haddad.

Ernesto Araújo é desconvidado de evento na embaixada de Israel

Ao saber que Araújo estava na lista de convidados, um dos homenageados pela Embaixada de Israel, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, pediu e o chanceler foi desconvidado

Brasil 247, 19/07/2020, 06:44 h Atualizado em 19/07/2020, 09:01
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo (Foto: José Cruz/AgÃência Brasil)

Desprestígio internacional do governo Jair Bolsonaro chegou ao ponto da embaixada de Israel desconvidar o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo de um envento.

De acordo com a colunal Painel, da Folha, o motivo do chanceler ter sido desconvidado foi um pedido feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que será homenageado com uma medalha pelo fortalecimento das relações entre Brasil e Israel.

Ao saber que Araújo estava na lista de convidados, Barroso pediu que o evento não tivesse conotação política.

A embaixada de Istael informou a coluna que "o objetivo era realizar um evento com ministros e autoridades, mas, a fim de respeitar as restrições de segurança e a distância social durante o período da Covid-19, optamos por entregar a medalha de maneira mais reservada".

Bolsonaro critica lei que combate fake news e anuncia veto

"Essa liberdade de expressão, essa mídias sociais, que me botaram aqui na Presidência", disse ele, que usa a mentira como método permanente de ação política

Brasil 247, 19/07/2020, 03:46 h Atualizado em 19/07/2020, 03:48
Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR | Reprodução)

Jair Bolsonaro, que foi eleito presidente à base de fake news e utiliza a mentira como método permanente de ação política, anunciou que vai vetar a lei que pretende combater esse tipo de prática. "O Congresso está discutindo, já passou no Senado e está na Câmara, o que seria a lei das fake news. Eu acho que é mais uma maneira de botar limites na liberdade de expressão. Não tem que ter limites, no meu entender", declarou, em live no fim de semana.

"Se alguém se ver prejudicado, entra na Justiça. Está previsto calúnia, difamação, injúria. Não tem que inventar mais nada, porque nunca vai saber qual o limite. Vai virar um terreno onde vai perder a liberdade, não vai poder mais se manifestar sobre nada. Essa liberdade de expressão, essa mídias sociais, que me botaram aqui na Presidência", disse ainda Bolsonaro.

Neste fim de semana, deputados de vários partidos anunciaram a decisão de processá-lo por espalhar mais uma mentira: a de que a esquerda pretendia legalizar a pedofilia no Brasil.