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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
Flávio Bolsonaro empregou mãe e mulher de chefão do Escritório do Crime
Capitão Adriano é suspeito de assassinar Marielle
Conversa Afiada, 22/01/2019

(Reprodução/TV Globo)
De Bruno Abbud, Igor Mello e Vera Araújo, no Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):
O gabinete do senador eleito e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro(PSL-RJ) empregou até novembro do ano passado a mãe e a mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega , tido pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do Escritório do Crime , organização suspeita do assassinato de Marielle Franco. O policial, alvo de um mandado de prisão nesta terça-feira , é acusado há mais de uma década por envolvimento em homicídios. Adriano e outro integrante da quadrilha foram homenageados por Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Adriano é amigo de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e investigado sob suspeita de recolher parte dos salários de funcionários do político. Teria sido Queiroz - amigo também do presidente Jair Bolsonaro desde os anos 1980 - o responsável pelas indicações dos familiares de Adriano.
A mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, e a mulher, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, ocuparam cargos no gabinete de Flávio Bolsonaro. Elas tinham o cargo CCDAL-5, com salários de R$ 6.490,35. Segundo o Diário Oficial do Estado, ambas foram exoneradas a pedido no dia 13 de novembro de 2018. O GLOBO revelou a existência do Escritório do Crime em agosto do ano passado.
Ex-integrante do Bope, Adriano se formou no curso de operações especiais da PM em 2000. Ele foi preso na operação “Dedo de Deus”, de 2011, desencadeada para combater o jogo do bicho no Rio. À época, era capitão da PM.
Raimunda é uma das servidoras do gabinete que fizeram repasses para a conta do ex-assessor Fabrício Queiroz, investigado pelo Ministério Público do Rio. A ex-assessora, de 68 anos, repassou R$ 4,6 mil para a conta do policial militar. Ela ocupou cargos na Assembleia ao menos desde 2 de março de 2015, quando foi nomeada como assessora da liderança do PP - então partido de Flávio Bolsonaro. A mãe de Adriano permaneceu no cargo até 31 de março de 2016, pouco depois do senador eleito deixar o PP e se filiar ao PSC. No dia 29 de junho do mesmo ano, voltou a trabalhar na Alerj, dessa vez no gabinete de Flávio. Já Danielle aparece como servidora da Alerj ao menos desde novembro de 2010.
O relatório do Coaf aponta mais uma possível ligação entre Queiroz e Adriano. Segundo dados da Receita Federal, Raimunda é sócia de um restaurante localizado na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido. O estabelecimento fica em frente à agência 5663 do Banco Itaú, na qual foi registrada a maior parte dos depósitos em dinheiro vivo feitos na conta de Fabrício Queiroz. Na agência foram realizados 17 depósitos não identificados, em dinheiro vivo, que somam R$ 91.796 - 42% de todo o valor depositado em espécie nas transações discriminadas pelo Coaf, segundo um cruzamento de dados feito pelo GLOBO.
Nessa agência foram registradas transações com valores repetidos mensalmente - um indício de lavagem de dinheiro, segundo um integrante do Ministério Público Federal. Em setembro, novembro e dezembro foram feitos depósitos em espécie no valor de R$ 4.246. Já em outros seis meses foram feitas transferências entre R$ 4.200 e R$ 4.600.
Adriano também aparece ligado a outro restaurante na mesma rua. O elo entre os dois estabelecimentos é uma sócia em comum. O GLOBO esteve no restaurante, registrado em nome de Raimunda, em dezembro. A sócia da ex-servidora da Alerj estava no local, mas Raimunda não estava presente. Segundo funcionários, a outra sócia do restaurante "estava viajando". Um deles, ao ser questiono, negou que uma das donas se chamasse Raimunda.
- É Vera - limitou-se a dizer.
Homenagens na Alerj
Além de empregar as familiares de Adriano, Flávio Bolsonaro por duas vezes homenageou o atual chefe do Escritório do Crime.
Em outubro de 2003, Flávio apresentou uma moção de louvor ao PM. Na homenagem, afirmou que Adriano atuava com "brilhantismo e galhardia". Segundo a homenagem, o ex-PM prestava "serviços à sociedade desempenhando com absoluta presteza e excepcional comportamento nas suas atividades". Ainda elogiou Adriano, àquela altura 1º tenente e comandante da guarnição de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) do 16º BPM (Olaria): "Imbuído de espírito comunitário, o que sempre pautou sua vida profissional, atua no cumprimento do seu dever de policial militar no atendimento ao cidadão", disse Flávio Bolsonaro.
Em julho de 2005, Flávio concedeu uma nova homenagem ao policial. Desta vez concedeu a ele a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria do parlamento fluminense. O então deputado estadual destacou o currículo de Adriano, citando diversos cursos que ele realizou na Polícia Militar, assim como sua participação em uma operação no Morro da Coroa, em 2001, que resultou na prisão de 12 suspeitos e na apreensão de quatro fuzis e outras três armas de fogo, uma granada e grande quantidade de munições.
Também alvo de um mandado de prisão nesta terça-feira, o major Ronald Paulo Alves Pereira, apontado como integrante do Escritório do Crime, também mereceu uma moção de louvor de Flávio Bolsonaro em março de 2004. Na justificativa da homenagem, o deputado estadual citou a participação de Ronald em uma operação no Complexo da Maré, que terminou com um saldo de três mortos, além da apreensão de dois fuzis e uma granada.
Correspondente internacional em Davos sobre Bolsonaro: constrangimento geral
O aguardado discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, continua repercutindo negativamente pelo mundo.
"O presidente brasileiro Bolsonaro falou por menos de 15 minutos. Grande falha. Ele tinha o mundo inteiro assistindo e sua melhor linha foi dizer às pessoas para virem de férias ao Brasil", resumiu Heather Long, correspondente econômica do norte-americano Washington Post.
"Constrangimento geral", escreveu o editor-chefe do Americas Quarterly, Brian Winter.
Dilma: Bolsonaro passou fake news à TV italiana
"Em entrevista concedida a um programa de auditório da RAI, emissora italiana de TV, o presidente proferiu acusação falsa e ignomiosa, atribuindo a mim participação na VPR, organização de oposição à ditadura militar", afirmou a presidente deposta pelo golpe; "A verdade é que nunca fui integrante deste grupo, jamais participei de qualquer ação armada e não propus ou contribui para a morte de quem quer que seja", afirma ela, apontando "má-fé" de Jair Bolsonaro.
Flávio Bolsonaro empregou a mãe do chefe do Escritório do Crime
Raimunda Veras Magalhães, mãe do ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, neste momento foragido da Operação "Os Intocáveis" e suspeito de envolvimento com o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (Psol), trabalhou no gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) e aparece em relatório do Coaf como uma das remetentes de depósitos para Fabrício Queiroz, ex-assessor do parlamentar.
O filho dela, o ex-capitão Adriano, homenageado na Alerj por Flávio Bolsonaro, já foi preso duas vezes, suspeito de ligações com a máfia de caça-níqueis.
Também era tido pelo MP-RJ como chefe no Escritório do Crime, uma organização de pistoleiros e suspeita de assassinar Marielle.
Bolsonarismo já traz prejuízos e árabes suspendem importação de carne brasileira
A Arábia Saudita, maior importadora de carne de frango do Brasil, parece ter dado início às retaliações do mundo árabe pelo postura de Bolsonaro e do chanceler Ernesto Araújo de implementar uma política externa ideológica de submissão os interesses dos Estados Unidos e de Israel; os árabes riscaram cinco frigoríficos da lista dos exportadores brasileiros para o país árabe, entre eles unidades da BRF e JBS, empresas mais atuantes no setor; medida pode ser início de barreiras impostas após transferência de embaixada brasileira em Israel.
Cada vez mais enrolado, Flávio Bolsonaro diz que não sabe nada de nada
O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) postou uma nota em sua rede social para repetir o mesmo discurso que utiliza há meses: de que não sabia de nada sobre irregularidades cometidas em seu gabinete, enquanto deputado estadual.
Ele ainda se diz "vítima de uma campanha difamatória" que tem como meta atingir seu pai, Jair Bolsonaro.
No entanto, Flávio ainda não conseguiu explicar as movimentações escusas entre ele e Queiroz e muito menos a sua proximidade com a milícia carioca.
Felipe Neto faz conexão entre Bolsonaro, Queiroz e o escritório do crime
Youtuber com mais de 29 milhões de inscritos, Felipe Neto tem usado cada vez mais sua fama para denunciar as arbitrariedades do clã Bolsonaro; nesta terça-feira (22), o Youtuber postou em seu twitter uma série de pontos que, juntos, fazem a conexão entre Bolsonaro, Fabrício Queiroz e o Escritório do Crime; "Segundo MP, Capitão Adriano é chefe do escritório do crime, tido como responsável pela execução de Marielle. Adivinha quem homenageou o Capitão? Flávio Bolsonaro. Adivinha quem empregou a esposa e a mãe do Capitão? Flávio Bolsonaro. Adivinha quem era o amigo em comum? Queiroz", denuncia Neto.
Presos milicianos suspeitos de matar Marielle e homenageados por Flávio Bolsonaro
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Rio desencadeou nesta terça-feira a Operação "Os Intocáveis", em Rio das Pedras, que prendeu ao menos cinco suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Os principais alvos são o major Ronald Paulo Alves Pereira e o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras – onde Fabrício Queiroz chegou a se esconder.
Ambos foram homenageados em 2003 e 2004 na Alerj por indicação do então deputado estadual Flávio Bolsonaro – filho de Jair Bolsonaro, o único presidenciável que não condenou o assassinato.
Globo parte para cima e detalha relação de Flávio Bolsonaro com milícias
Tanto na cobertura pela Globonews, o canal fechado, quanto na TV Globo, a emissora dos Marinho tem dedicado longos minutos para escancarar o escândalo que envolve a família Bolsonaro.
Na tarde desta terça-feira 22, o Jornal Hoje revelou toda a relação de Flávio Bolsonaro com o chefe da organização criminosa Escritório do Crime, como o emprego de seus familiares em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
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