terça-feira, 27 de novembro de 2018

Os pais têm que educar os filhos com seriedade

Descabido, diz ACM Neto sobre o Escola sem Partido



O prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou ser contrário a implantação do projeto Escola sem Partido, uma das principais bandeiras de campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro na área de educação".

"Você vai censurar, monitorar o que o proessor está falando em sala de aula? Isso é descabido", afirmou.

"Me preocupa muito que o overno queira apaar um passado equivocado de um viés ideológico de esquerda imprimindo um viés ideológico de direita", completou.

STF decidirá a liberdade de Lula no dia 4

O presidente da Segunda Turma do STF, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que o habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula, mantido como preso político em Curitiba, poderá ser julgado ainda em dezembro.

No despacho em que liberou o processo para julgamento, o ministro Edson Fachin pontuou que o pedido seja avaliado pela Segunda Turma na sessão marcada para o próximo dia 4.

General na Secretaria de Governo é como deputado comandar tropa


"Em novo movimento em direção a destruição da política e, portanto, da democracia, o presidente eleito nomeou o general Carlos Alberto dos Santos Cruz para a Secretaria de Governo, o ministério que cuida das relações com o Congresso Nacional". 

"É uma aberração tão grande como designar um deputado para comandar tropas", avalia o colunista do 247 Alex Solnik.

"O militar é treinado para a guerra, não para a política. A vida política, que é essencialmente civil, tem por fundamento a negociação entre posições diferentes e até opostas, não a imposição de uma ordem de cima para baixo", observa.

"Nomear um eneral para ser interlucutor entre governo e os parlamentares é o mesmo que dizer que não haverá interlocução", afirma.

Azevedo: devemos ficar atentos com tantos generais no poder


O jornalista Reinaldo Azevedo afirma que o recém-eleito governo Bolsonaro, composto por tantos generais, deve exigir a atenção de todos; "o fato de nenhuma democracia do mundo ter essa configuração nos diz como é a coisa lá fora".

"Para levar adiante seu programa de governo, seja ele qual ffor, Bolsonaro considera mais importante contar com esses generais do que neociar com os partidos".

"É uma aposta arriscada", alerta Azevedo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O importante é ser bom!


Alô, alô, caminhoneiros, diesel vai ter reajustes diários!

Xi! Cago Boys seguem a linha do Pedro Malan Parente e da Míriam...

Conversa Afiada, 25/11/2018
Paris: coletes amarelos se tornaram símbolo dos recentes protestos contra o governo

O novo presidente da Petrobras, Castello Branco, um dos ilustres Xi! Cago Boys que vão governar a Economia (do Chile de Pinochet) "é crítico da política que segurou artificialmente os preços dos combustíveis, adotada durante os governos do PT", informa o moribundo Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção).

A política, aliás, é a mesma do presidente ladrão, depois que uma greve dos caminhoneiros o depôs.

A greve foi contra a política de reajustes diários dos derivados do petróleo que o então presidente da Petrobras Pedro Malan Parente adotou em parceria com a co-presidente da empresa, a Míriam Lúcia.

(Não deixe de ver que a Míriam é a mais vista e a mais valiosa jornalista do mundo! Nem na China há jornalista tão poderoso(a) quanto ela!).


Porque, como se sabe, o general Mourão já passou com um trator por cima do Ônyx e, segundo o Janio de Freitas, Bolsonaro recebeu um conselho que ele não pôde recusar: Mourão é o teu vice!

Convém lembrar aos caminhoneiros brasileiros e aos castellos brancos o que aconteceu ante-ontem, 23/novembro, nas ruas de Paris, por causa do aumento do preço dos combustíveis:

PHA


A polícia francesa usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar manifestantes reunidos no centro de Paris neste sábado (24/11) para protestar contra o aumento dos impostos sobre combustíveis promovido pelo governo do presidente Emmanuel Macron.

Cerca de 3 mil de policiais foram alocados para conter a manifestação na capital. Usando coletes amarelos, que já se tornaram símbolo dos protestos contra a alta de combustíveis, manifestantes seguravam cartazes com dizeres como “morte aos impostos”. Nos últimos dias, manifestantes também bloquearam estradas pelo país.

Milhares se reuniram pela manhã na famosa avenida parisiense Champs-Élysées, onde houve confrontos com policiais, que tentavam impedir que os manifestantes seguissem para a Place de la Concorde, próxima ao Museu do Louvre.

A polícia disse que alguns participantes do protesto tentaram repetidamente romper um cordão policial, o que fez com que gás lacrimogêneo fosse usado. Ninguém ficou ferido, mas 18 pessoas foram presas na capital. 

"Estávamos protestando pacificamente e fomos alvo de gás lacrimogêneo”, disse um dos manifestantes, que viajou da região de Isere, no leste do país, para a capital. "Vê-se como somos bem-vindos em Paris.”

A polícia disse que os incidentes deste sábado estiveram ligados à "presença de membros da extrema direita, que hostilizaram as forças de segurança”.

A adesão às manifestações, que contaram com a participação de 81 mil pessoas pelo país, foi menor que a de uma semana atrás, quando 124 mil protestaram, segundo o ministro do Interior francês, Christophe Castaner. O número de feridos também foi bem menor: oito, em comparação com 106 mno último fim de semana. Cerca de 300 mil pessoas bloquearam estradas e depósitos de combustíveis neste sábado.

Segundo Castener, 8 mil pessoas saíram às ruas de Paris, tendo 5 mil delas se reunido na Champs-Élysées. Ele também culpou a extrema direita e Marine Le Pen, líder do Rassemblement National (Agrupamento ou Comício Nacional, a antiga Frente Nacional), pelos confrontos registrados na avenida.

A polícia de Paris usou gás lacrimogêneo para conter manifestantes que tentavam violar um cordão policial

A polícia se deparou com grupos que "responderam ao chamado de Marine Le Pen e querem atacar as instituições e os legisladores do país”, disse o ministro. Le Pen rejeitou as acusações, afirmando nunca ter feito um chamado à violência e acusando o governo de querer transformá-la em bode expiatório.

As manifestações foram motivadas por um recente aumento do imposto sobre o diesel, apontando pelo governo como uma medida de combate à poluição e que se transformou numa frente de oposição a Macron. 

Ao longo da última semana, duas pessoas morreram e mais de 750 ficaram feridas, incluindo 136 policiais, durante manifestações contra a medida, que evidenciam uam insatisfação popular com a estagnação do poder aquisitivo e o retrocesso dos serviços públicos em algumas áreas da França.

Macron foi eleito em maio do ano passado com a promessa de colocar mais dinheiro no bolso dos trabalhadores, mas até agora os efeitos das reformas promovidas por seu governo foram limitados.

Especialmente a parcela mais pobre da população tem manifestado descontentamento com a decisão de Macron de elevar impostos antipoluição sobre o diesel e a gasolina e, ao mesmo tempo, eliminar um imposto sobre a fortuna dos mais ricos.

Sob pressão para combater a poluição antes das eleições para o Parlamento Europeu do ano que vem, nas quais o meio ambiente deve ser destaque, Macron vem se recusando a voltar atrás em relação aos impostos sobre os combustíveis poluentes. 

O presidente insiste que o aumento dos impostos é um mal necessário para reduzir a dependência da França de combustíveis fósseis e investir em energia renovável, um dos principais pontos de suas reformas.

Com gás lacrimogêneo e canhões d'água, 3 mil policiais enfrentaram manifestantes reunidos no centro de Paris para protestar contra o aumento da tributação de combustíveis decretado por governo Macron. "Coletes amarelos" portavam cartazes com dizeres como “morte aos impostos”. Nos últimos dias também houve bloqueios de estradas pelo país

Choque liberal de Paulo Guedes não deu certo em país algum

'O economista Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia de 2008 prevê o fracasso da política econômica que está sendo desenhada por Paulo Guedes e seus Chicago Boys, a mesma implantada no Chile depois que o ditador Pinochet tomou o poder, baseada no conceito do estado mínimo e mão fechada nos investimentos e que resultou em "dez anos de pesadelo'', diz o colunista do 247 Alex Solnik sobre a entrevista concedida por Krugman à revista Veja.

'Já que Krugman pode ser tudo, menos petista ou comunista, é melhor prestar atenção no que diz', ressalta Solnik.

A luz está em você!


Elite econômica abriu mão de seu verniz ao eleger Bolsonaro, diz Haddad

Congresso Em Foco, 26/11/2018

Petista diz que agenda "regressiva" de Bolsonaro dá fôlego ao seu projeto neoliberal
Ricardo Stuckert

Candidato a presidente pelo PT em 2018, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad diz que há dois anos já previa a ascensão da “extrema-direita” no país, mas que apostava na eleição do governador eleito João Doria (PSDB), com um “PSDB bolsonarizado”. Em sua primeira entrevista após a eleição, Haddad defende o PT das críticas de aliados e do ex-candidato Ciro Gomes (PDT) e afirma que o país vive um sistema híbrido, em que o autoritarismo cresce dentro de instituições democráticas.

“Eu imaginava [há dois anos] que o [João] Doria, que é essencialmente o Bolsonaro, fosse ser essa figura [que se elegeria presidente]. Achava que a elite econômica não abriria mão do verniz que sempre fez parte da história do Brasil. As classes dirigentes nunca quiseram parecer ao mundo o que de fato são”, diz Haddad na entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Para Haddad, a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) está diretamente relacionada à retirada do ex-presidente Lula da disputa e à prevalência de interesses econômicos dos Estados Unidos na América Latina. “Existe uma onda que tem a ver com a crise [econômica] de 2008, que é a crise do neoliberalismo, provocada pela desregulamentação financeira de um lado e pela descentralização das atividades industriais do Ocidente para o leste asiático”, avalia.

Na avaliação dele, a crise mundial acarretou a desaceleração do crescimento latino-americano e a crise fiscal, abrindo caminho para a direita na região. “Os EUA estavam perdendo plantas indústrias para a China. E a resposta foi [a eleição de Donald] Trump. Isso abriria espaço para a extrema direita no mundo. Mas a extrema direita dos EUA não tem nada a ver com a brasileira. Trump é tão regressivo quanto o Bolsonaro. Mas não é, do ponto de vista econômico, neoliberal. E o chamado Trump dos trópicos [Bolsonaro] é neoliberal”, considera.

Ciro e Lula

Haddad afirma que apenas Lula, por seu “significado histórico profundo” de quem saiu das “entranhas da pobreza, chegou à Presidência e deixou o maior legado reconhecido neste país”, teria força para conter essa onda da direita.

O petista também responsabiliza Ciro Gomes (PDT) pela derrota da centro-esquerda. De acordo com o ex-prefeito, Ciro “não soube fazer a coalizão que o levaria à vitória”, com o PT. O pedetista, por outro lado, já disse que foi “traído miseravelmente” pelo Partido dos Trabalhadores.

“Ele não quis fazer [a coalizão]. Uma das razões foi declarada pelo [filósofo Roberto] Mangabeira [Unger, aliado de Ciro] nesta casa. Ele dizia: ‘Nós não queremos ser os continuadores do lulismo. Não queremos receber o bastão do Lula. Nós queremos correr em raia própria’. Palavras dele. Eles não queriam ser vistos como a continuidade do que julgavam decadente. Apostavam que, com Lula preso, o PT não teria voto a transferir. Aconteceu exatamente o oposto”, afirma Haddad.

Para o ex-prefeito de São Paulo, Ciro errou no diagnóstico e pode voltar a se equivocar se insistir que isolar o PT é “a solução para o seu projeto pessoal”. “O PT é um player no sentido pleno da palavra. É um jogador de alta patente, que sabe fazer política. Sabe entrar em campo e defender o seu legado”, diz. “O PDT [de Ciro] é um partido de esquerda, ‘pero no mucho’”, ressalva.

Esquerda x neoliberalismo regressivo

O ex-candidato petista afirma que o momento é de unir a esquerda para impedir retrocessos na democracia. “Eu já tentei falar com o Cid [Gomes, irmão de Ciro]. Falei com o PDT, com o PC do B e o PSB. É obrigação nossa conversar. Entendo que devemos trabalhar em duas frentes: uma de defesa de direitos sociais, que pode agregar personalidades que vão defender o SUS, o investimento em educação, a proteção dos mais pobres. A outra, em defesa dos direitos civis, da escola pública laica, das questões ambientais.”

De acordo com Haddad, é preciso reagir à gestação no Brasil do que ele chama de “neoliberalismo regressivo”, decorrente da crise econômica.

“É uma onda diferente da dos anos 1990. Ela chega a ser obscurantista em determinados momentos, contra as artes, a escola laica, os direitos civis. É um complemento necessário para manter a agenda econômica do Bolsonaro, que é a agenda [do presidente Michel] Temer radicalizada. Essa agenda não passa no teste da desigualdade. Tem baixa capacidade de sustentação. Mas, acoplada à agenda cultural regressiva, pode ter uma vida mais longa. Pode ter voto. Teve voto.”

Sistema híbrido

O ex-prefeito paulistano recorre à definição do sociólogo português Boaventura de Souza Santos para dizer que o Brasil vive um “sistema híbrido”, em que os conceitos de ditadura e autoritarismo se confundem. “Ditadura e democracia eram conceitos bem definidos. Os golpes se davam de fora da democracia contra ela. Hoje, o viés antidemocrático pode se manifestar por dentro das instituições. Ele pode se manifestar na Polícia Militar, na Polícia Federal, no Judiciário, no Ministério Público.”

Ainda na entrevista, Haddad rebate as críticas de que falta autocrítica ao PT. “Muitos dirigentes já se manifestaram sobre a questão do financiamento de campanha, de que a regra era aquela, mas nós não fizemos nada para mudar. A reforma política foi o nosso maior problema. Eu falei isso numa discussão interna no governo, em 2003. Houve o diagnóstico de que não tínhamos força, de que seria uma perda de energia sem produzir resultado prático na vida da população. Então se focou em resultado. E ele veio. Foram quatro eleições presidenciais ganhas [pelo PT], quase uma quinta.”

Evangélicos

Haddad considera que o antipetismo cresceu desde 2013, quando houve uma onda de protestos, e que a “pauta regressiva”, defendida por Bolsonaro, reforçou esse sentimento entre os evangélicos, segmento no qual o presidente eleito teve ampla vantagem sobre o petista no segundo turno.

“Há um fenômeno evangélico sobre o qual temos que nos debruçar. Não podemos dar de barato que essas pessoas estão perdidas. A Ética Protestante e o Espírito Capitalista é um clássico do Max Weber. A gente deveria pensar na Ética Neopentecostal e o Espírito do Neoliberalismo. O Brasil, estruturalmente, é um híbrido entre casta com meritocracia. Se admite que o indivíduo ascenda. Mas sozinho. Desde que a distância entre as classes permaneça. O neopentecostalismo e a teologia da prosperidade são compatíveis com isso. Assim como no final da ditadura foi possível abrir um canal de diálogo com a Igreja Católica, a esquerda tem agora o desafio de abrir um canal com a igreja evangélica, respeitando suas crenças.”

O ex-candidato petista diz que não pretende dirigir o partido nem sua fundação, mas que militará pela formação de frentes em defesa dos direitos sociais e civis. “Porque na política ninguém perde a guerra. Não existe a guerra, com começo, meio e fim. É só batalha. Uma atrás da outra.”