As manchetes dos principais jornais brasileiros demonstram, de forma inequívoca, que o julgamento de Lula só ocorreu para que ele fosse banido da disputa presidencial de 2018 pelo tapetão judicial. Na Folha, condenação dificulta candidatura. No Globo, esvazia. No Valor, impede, enquanto o Estado de S. Paulo adianta que o registro de Lula deve ser barrado. Foi exatamente para que este objetivo fosse alcançado que o Brasil sofreu dois golpes sequenciais – o de 2016, com a derrubada de Dilma sem crime de responsabilidade, e o de 2018, com a condenação de Lula sem provas; a questão é: o povo vai aceitar?
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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
PT lança candidatura de Lula à Presidência
“Estamos lançando a pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República”, disse a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), ao abrir reunião da Executiva Nacional do partido em São Paulo, um dia depois da condenação, sem provas, do ex-presidente a 12 anos de prisão; acompanhe ao vivo a reunião.
Paulo Coelho resume o Brasil da grande hipocrisia
Em seu Twitter, o escritor Paulo Coelho ironizou a condenação de Lula em segunda instância num momento em que crimes muito mais graves de outros políticos sequer foram investigados ou julgados.
"Finalmente! Agora está tudo 100% no mundo político. Ministros impolutos, Congresso honesto, deputados que pensam apenas no bem do país, senadores que não acobertam crimes de seus pares, juízes que não se deixam pressionar pela mídia e, completando o quadro #LulaCondenado", postou.
“Lula só não será candidato se morrer ou não quiser”, diz presidente do PT em AL
"Não criamos muita expectativa sobre o julgamento porque já sabíamos a decisão desta Justiça, cujo papel é criminalizar a pobreza, minando a classe trabalhadora. Além disso, sabemos que, seja lá qual for o resultado final deste julgamento, todos os recursos possíveis serão impetrados", analisou Ricardo Barbosa, presidente do PT em Alagoas.
Ricardo Barbosa afirmou que: "Lula somente não será candidato, nas eleições presidenciais deste ano, "se morrer ou se não quiser".
Mark Weisbrot: “Não é o fim. Enquanto estiver vivo, Lula desempenha um papel importante”
Em entrevista ao Nocaute, o economista norte-americano Mark Weisbrot avalia que o Brasil terá que ser reconstituído como uma forma de democracia eleitoral muito mais limitada, "na qual um judiciário politizado pode excluir um líder político popular de concorrer a um cargo público. Isso seria uma calamidade para os brasileiros, para a região, e para o mundo".
Dirceu: estou indignado, mas esperançoso
O ex-ministro José Dirceu se manifestou sobre a condenação, sem provas, do ex-presidente Lula, em razão do triplex da OAS, que foi penhorado aos credores da empreiteira. "Estou indignado, mas esperançoso porque só crescerá o apoio a Lula", disse ele.
"Perdemos a batalha, mas não a guerra, que será popular e longa".
Na Justiça da Lava Jato, as sentenças são conhecidas antes dos julgamentos e antecipadas
"Correu tudo como previsto. Na Justiça da Lava Jato, não há surpresas: cumpre-se apenas um ritual pré-estabelecido há muito tempo", comenta o jornalista sobre o julgamento no TRF4, destacando que "as alegações preliminares e alegações finais da defesa do ex-presidente foram solenemente ignoradas e rejeitadas" e que "promotores e juízes jogam juntos, fazem tabelinha".
Manifestantes lotam Praça da República, em SP, em apoio a Lula, mesmo após sua condenação
Logo após a confirmação da condenação do ex-presidente Lula em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá, milhares de pessoas rumaram para a Praça da República, no centro de São Paulo.
Ainda na noite desta quarta-feira (24), o ex-presidente participará de um ato com a presença de lideranças políticas e demovimentos sociais no local.
Dilma: mesmo quando nos golpeiam, como hoje, vamos lutar ainda mais
Em nota, a presidente eleita e deposta pelo golpe, Dilma Rousseff, declara que "nós iremos reagir à decisão injusta tomada pelo Tribunal Regional Federal da 4a região, em Porto Alegre, ao confirmar a sentença absurda e facciosa que condenou o ex-presidente Lula".
"A inocência do ex-presidente Lula e a perseguição política expressa na sua condenação impedem o restabelecimento da normalidade democrática e a pacificação do país. Uma eleição que vier a impedir o ex-presidente Lula de concorrer não terá legitimidade", ressalta.
Douglas Belchior: judiciário nunca foi um instrumento a serviço dos pobres
O ativista Douglas Belchior critica em vídeo o Poder Judiciário após a condenação do ex-presidente Lula no TRF4.
"O judiciário nunca foi um instrumento a serviço dos pobres, dos trabalhadores, do povo negro brasileiro. A justiça brasileira sempre foi um instrumento de defesa dos interesses da burguesia, dos ricos, da elite escravocrata brasileira", diz.
"E o que fazem com Lula é a reafirmação disso", completa.
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