terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Defesa de Lula pede suspeição de Moro por evento na Petrobras


Advogados do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins protocolaram nesta segunda-feira 11 um pedido de exceção de suspeição contra o juiz Sergio Moro, da Lava Jato, por sua participação em um evento da Petrobras na semana passada e pelas considerações e aconselhamentos feitos pelo magistrado; a defesa lembra que a estatal do petróleo "é parte (acusadora) na ação contra Lula".

Em seu discurso, Moro deu conselhos à companhia para evitar atos internos de corrupção, como a não contratação de indicações políticas e o monitoramento da vida dos executivos.

Ex-mulher de Gilmar é nomeada por Temer conselheira de Itaipu

Alguém adivinha por quê?

Advogada Samantha Ribeiro Meyer, ex-mulher do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, foi nomeada por Michel Temer conselheira da binacional Itaipu, com mandato até maio de 2010.

Além dela, Temer também nomeou como conselheiro o advogado baiano Frederico Matos de Oliveira, que atualmente trabalha na Secretaria de Governo, com o ainda ministro da pasta Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Globo critica FHC e pede a prisão de Lula

É mais uma cartada da Rede Golpe de Televisão

O jornal O Globo deixou claro na edição desta terça que não gostou nada da afirmação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que preferia combater Lula nas urna a vê-lo preso.

A publicação da família Marinho, cujo braço televisivo é acusado de corrupção e pagamento de propina na compra de direitos de transmissão de futebol, atacou o tucano e defendeu que, sim, o ex-presidente petista deve ser preso.

Um editorial atribui a "benevolência" de FHC com Lula à convivência que os dois tiveram durante o combate à ditadura militar, mas avisa que os tempos mudaram: "O Brasil de hoje felizmente é outro", segundo a Globo.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Vem aí um novo partido, o Vamos!


Após quatro meses de debates a Frente Povo Sem Medo concluiu o programa de governo do Vamos, que pretende ser um movimento da busca por uma alternativa ao PT, "para além de Lula".

O programa do Vamos traz propostas como a extinção do Senado, a reversão de privatizações e a legalização progressiva das drogas, redução dos salários de congressistas e a possibilidade de perda de mandato em referendo popular, taxação de grandes fortunas, veto popular a medidas do Legislativo e o fim do mandato vitalício dos ministros do STF.

Dilma diz que: "a direita ataca Lula por não ter candidato"


"Se tivessem um candidato não tentariam tanto destruir o Lula. Querem destrui-lo porque não têm um candidato. Usam a lei como arma de guerra política e de destruição civil, da cidadania de uma pessoa, acusando-a de corrupção, e não lhes interessa se depois a pessoa será absolvida, lhes interessa que a inabilitem ou a destituam", disse a presidente deposta Dilma Rousseff, em entrevista à agência EFE.

"Para nós é fundamental conseguir reverter este projeto, e ele só poderá ser revertido agora em 2018", afirmou.

PT do Rio Grande do Sul indica Rossetto para governador e Paim para o Senado, como pré-candidatos em 2018

As definições estão acontecendo em todos os estados
O PT do Rio Grande do Sul indicou, por aclamação, os nomes de Miguel Rossetto como pré-candidato ao governo do Estado e Paulo Paim para disputar a reeleição ao Senado.

Também foi divulgada uma carta assinada pelos ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro em defesa da candidatura de Rossetto, ex-ministro dos governos Lula e Dilma e um dos fundadores do PT.

Paim, assim como Rossetto, iniciou a militância como sindicalista na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Esposa diz que Moro arrecada dinheiro para federação de Apaes, da qual ela é procuradora

Ou seja, fica tudo em casa

Advogada Rosângela Wolff Moro, mulher do juiz Sérgio Moro, está numa campanha para aprovar um projeto de lei que cria um "fundo de reserva" nas parcerias entre a administração pública e organizações da sociedade civil como as Apaes.

Ela é procuradora da Fenapaes desde 2013, Rosângela defende causas da entidade em 33 dos 49 processos vinculados ao seu registro na OAB, na Justiça Federal do Paraná.

Por vezes, Rosângela conta com a ajuda de Moro para alavancar o trabalho nas Apaes; em postagem de 18 de setembro, a advogada afirma que o marido arrecada dinheiro para projeto da associação.

"Na foto, com mamy de Moro, inauguração da instalação das placas fotovoltaicas na APAE @Maringá. Palestra de Moro arrecada $$ para esse projeto. Podem falar mal mas aqui ninguém rouba, aqui fazemos o bem!"

DCM: zumbi da democracia, Aécio visita ruínas do partido que destruiu

O PSDB poderia salvar politicamente o mineirin, mas não o fez e a consequência agora é morrerem abraçados!
 

O jornalista Kiko Nogueira, editor do Diário do Centro do Mundo (DCM), disse que saiu barato para o senador Aécio Neves (PSDB) ter sido vaiado na convenção nacional do PSDB nesse sábado, 9, fazendo com que ele ficasse apenas 40 minutos no evento e saísse pela porta dos fundos.

"Aécio Neves pode encarar a convenção tucana como o ponto alto de sua obra de destruição", diz Nogueira.

"É um zumbi da democracia. Falta apenas a sova moral de perder em Minas Gerais em 2018. Ninguém vai assistir ao formidável enterro da última quimera do Mineirinho', acrescenta.

Globo “erra” novamente ao anunciar desvio de R$ 500 milhões na UFSC

Errar uma vez é normal, errar muitas vezes é fazer politicagem

Ao anunciar a batida da Operação "Torre de Marfim" na manhã o dia 7/11 em seus veículos, novamente a empresa comete um gravíssimo "engano".

O apresentador divulga o valor total de verbas repassadas aos projetos de pesquisa da UFSC num período de sete anos – R$ 500 milhões -, como se fosse o valor sob suspeita de desvio, que sequer foi apurado ainda.

Parece que a lição de irresponsabilidade da grande mídia na cobertura da "Operação Ouvidos Moucos", que ajudou a enterrar o reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, não ensinou nada à rede Globo.

Este é o pior Congresso da História: nós e eles sabemos por quê

*Tereza Cruvinel



No dia em que uma pesquisa Datafolha apontou a reprovação sem precedentes da população ao atual Congresso (60%), e o patamar mais baixo de aprovação (5%), partiu de um estranho ao ninho parlamentar, que ao se eleger não foi levado a sério, o deputado e ex-palhaço Tiririca, uma pungente despedida do mandato, dizendo-se envergonhado da classe política que não quer mais integrar. Por isso não concorrerá em 2018. Ao longo do dia, entretanto, foram poucos os deputados e senadores que deram o braço a torcer. Como avestruzes, preferiram enfiar a cabeça na areia a comentar a desaprovação revelada pela pesquisa ou a chicotada até branda de Tiririca, que prometeu não contar tudo o que viu em sete anos. Mas nós e eles sabemos o que fez o atual Congresso nos últimos três anos. Por isso nas eleições de 2018 esperamos que o eleitorado traduza sua decepção em uma grande renovação quantitativa e qualitativa das duas Casas.


A rejeição não é ao todo, naturalmente. É à maioria da Câmara e do Senado que, ao longo dos últimos três anos, traiu os que representam e perpetrou seguidos crimes contra a democracia, contra a soberania nacional, contra os interesses populares. Daqui até à eleição, será preciso refrescar a memória do eleitorado lembrando tudo o que fizeram desde que tomaram posse em fevereiro de 2015. Lula, Manuela D´Ávila, Ciro Gomes e outros candidatos a presidente do campo democrático terão que lembrar muito o eleitorado do que fez a maioria do atual Congresso, em que se destacam os seguintes feitos vergonhosos:

A primeira decisão da maioria na Câmara, logo depois da posse, foi eleger Eduardo Cunha como presidente da Casa. Muitos, segundo o delator Lúcio Funaro, venderam seu voto a Cunha. Outros haviam tido suas campanhas financiadas por ele e pagaram a gentileza com o voto.

Logo depois, a maioria rejeitou todas as medidas propostas pela presidente reeleita Dilma Rousseff para reequilibrar as contas públicas, apostando no quanto pior, melhor. Melhor para os planos de Cunha e de todos que já conspiravam para derrubar Dilma.

Ao mesmo tempo, a maioria rejeitada começou a aprovar “pautas bomba” que agravaram a situação fiscal do governo.

Em abril de 2016, a maioria, numa votação que envergonhou o Brasil, pela exposição de sua indigência mental e intelectual, autorizou a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma. Eles sabiam que não havia crime de responsabilidade a ser apurado, e o disseram claramente, dedicando seus votos aos filhos, aos cônjuges e aos animais de estimação.

Já Eduardo Cunha, apesar de todas as evidências de corrupção e de quebra do decoro, foi por longos meses protegido pela maioria, que evitou sua cassação o quanto pode, até que o próprio STF o afastou do mandato.

Em seguida a maioria do Senado aprovou a condenação de Dilma, consumando o golpe parlamentar, na ausência de crime de responsabilidade demonstrado.

A mesma maioria que deu o golpe passou a sustentar o governo de Michel Temer e a aprovar suas medidas regressivas. A primeira foi a mudança na forma de exploração do pré-sal, abrindo as portas para o capital estrangeiro. Depois, a maioria do Congresso aprovou a PEC do teto de gastos, que congelou o gasto público por 20 anos.

A mesma maioria aprovou, em seguida, a reforma trabalhista, que cria os novos párias, os trabalhadores intermitentes, estimula a terceirização e liquida com direitos assegurados pela CLT.

Vendendo votos para Michel Temer, a maioria rejeitou duas denúncias da PGR contra ele. Uma por corrupção passiva, outra por obstrução da Justiça.

A mesma maioria que retirou direitos dos trabalhadores aprovou a premiação de empresários com o Refis, e honrou promessa feita por Temer aos ruralistas, aprovando a MP que perdoa e parcela as dívidas dos grandes proprietários com o Funrural.

Agora, a maioria acaba de aprovar uma MP que concede isenção tributária aos exploradores da cadeira de petróleo e gás, num claro atendimento ao lobby da Shell e petroleiras estrangeiras. O Estado abrirá mão de quase um trilhão de reais em poucos anos. A indústria nacional, especialmente a naval, será sacrificada em favor dos estrangeiros.

A maioria da Câmara, neste momento, resiste a aprovar a reforma previdenciária proposta por Temer. Não quer mais brigas com o eleitorado. Mas agora é tarde. O encontro com os eleitores está marcado e eles, pelo visto, já sabem como responder à maioria, por tudo que ela fez nestes três anos.

*Colunista do 247, Tereza Cruvinel é uma das mais respeitadas jornalistas políticas do País