domingo, 10 de dezembro de 2017

Quentinhas...


O compositor Aldir Blanc escreveu artigo para defender a aplicação de uma Justiça isenta em meio à escalada do autoritarismo no País, intensificada após o golpe parlamentar de 2016.

"Viva a Comissão da Verdade para que nunca mais coloquem uma grávida nua sobre um tijolo, atingida por jatos d'água, com ameaça: 'Se cair vai ser pior'", escreve Blanc; "Para que senhoras que fazem seu honrado trabalho não sejam despedaçadas por cartas bombas; Para que um covarde que bote a boca de um homem torturado no escapamento de uma viatura militar não passe por homem de bem onde mora.

Para que orangotangos que se tornaram políticos asquerosos não babem sua raiva na internet: 'Nosso erro foi torturar demais e matar de menos'", diz ele, referindo-se a declaração do deputado Jair Bolsonaro.



O jornalista Bernardo Mello Franco comparou a lealdade do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha à de um cachorro.

Mello Franco lembra a trajetória de Marun, sempre contrária aos interesses da população e critica sua provável nomeação para a Secretaria de Governo de Temer.

"O pitbull de Cunha deve ganhar um gabinete no palácio. Como não teria votos para se reeleger, ele distribuirá cargos e emendas a parlamentares que abanarem o rabo. Sua promoção a ministro é um retrato da fase final do governo Temer", acrescenta Mello Franco.



"Michel Temer concedeu R$ 1 trilhão em isenção para petroleiras estrangeiras, por outro lado, aumentou a conta de luz, o gás de cozinha e a gasolina para a população brasileira. Ou seja, a classe trabalhadora é quem paga o presente de Natal que Temer deu aos bancos e às multinacionais", lembra o deputado Paulo Pimenta.



"Como é que o governador diz que a reforma da Previdência é 'a mãe de todas as reformas' e não defende o alinhamento de seu partido a favor dela? Será porque, entre os tucanos, apenas seis tucanos dizem estar decidido a dar a ela seu voto?", questiona o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, ao comentar o discurso do novo presidente do PSDB, Geraldo Alckmin.

"Como é que alguém pretende se tornar popular se silencia ante o governo mais rejeitado da história e, ainda, assume o compromisso de apoiar suas medidas mais impopulares? O faro político de Alckmin, deste jeito, parece ter se perdido, embora se lhe conserve o nariz".


A Liga Árabe exigiu que os EUA revoguem a decisão do presidente norte-americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, informou o correspondente da Sputnik, citando a declaração final da sessão extraordinária do conselho de ministros das relações exteriores da organização em Cairo, no Egito.



A malfadada, a partir do nome, “Operação Esperança Equilibrista”, pela qual a Polícia Federal de Minas Gerais, como beneplácito da juíza substituta da 9ª Vara Federal, Raquel Vasconcelos Alves de Lima, conduziu coercitivamente e com truculência, a cúpula da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para prestar depoimento sobre gastos com o Memorial da Anistia Política – MAP, gera um fiapo de esperança de que se torne um divisor de águas na sanha punitivista que se instalou no país após a Operação Lava Jato, diz o jornalista Marcelo Auler.


"O doleiro, que esteve na carceragem de Curitiba por um bom tempo e delatou muita gente, foi visto nesta sexta almoçando tranquilamente no Madero Prime, na Jaime Reis. Papeava com amigos, livre, leve e… solto. Youssef foi condenado a 122 anos de cadeia. Mas com a delação, ficou menos de três anos preso", informa o jornalista Rogério Galindo, na Gazeta do Povo.


"Carlos foi, acima de tudo, um verdadeiro brasileiro, que colocaria “no chinelo” qualquer um que se diz patriota hoje em dia", diz o professor Luiz Fernando Leal Padulla.


As violências cometidas contra a Universidade Federal de Santa Catarina, a Universidade Federal de Minas Gerais e o Memorial da Anistia, podem ter uma resposta à altura: a campanha para ampliar o escopo do memorial, incluindo no prédio anexo um Memorial das Músicas em Favor das Liberdades Civis, uma maneira de juntar as lembranças da ditadura com o papel inestimável da música popular, em uma cidade fundamentalmente musical, como Belo Horizonte, diz o jornalista Luis Nassif.


O que é o altruísmo? Dito de forma simples, é o desejo de que as outras pessoas sejam felizes. Como diz Matthieu Ricard, filósofo francês, escritor e fotógrafo, e monge budista de linha tibetana, o altruísmo é uma ótima lente para se tomar decisões, tanto no curto quanto no longo prazo, tanto no trabalho quanto na vida. Nesta palestra ele nos explica como e por que fazer com que ele seja o nosso guia.


"Desta vez, sem seus aliados históricos, a começar pelo PMDB, e os tradicionais coadjuvantes DEM, PPS e agregados, num país hoje dominado pelo Centrão de Eduardo Cunha, Alckmin e o PSDB correm o risco de ficar falando sozinhos. Já não conseguem unir nem a Juventude do PSDB", diz o colunista Ricardo Kotscho.



O advogado Pierpaolo Bottini escreveu artigo em que destaca a importância do direito de defesa em meio ao avanço do punitivismo que se instalou no País; ele rebateu críticas de que os advogados "atrapalham" os processos com o propósito de atrasar o julgamento, por meio de recursos e pleitos no rito processual.

"Ausência de defesa é ausência de Justiça. É a consagração do justiceiro sobre o justo, da vingança sobre a razão", afirma o advogado.

Ombudsman pede autocrítica da mídia na cobertura de operações da PF e MP


A jornalista Paula Cesarino Costa, ombudsman da Folha de S. Paulo, criticou neste domingo, 10, a cobertura da mídia como um todo, e especificamente da Folha, sobre as operações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

"É preciso tirar do chamado piloto automático a cobertura das operações policiais, de seus agentes e de seus métodos", diz ela.

"A imprensa precisa estar preparada para não ser apenas reprodutor de informações passadas por procuradores e policiais, por vezes de maneira incompleta ou manipuladora. É preciso investigação própria e uma narrativa crítica, fundamentada em fatos e equilibrada", critica.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Pode ter Golpe Militar, sim!

Se a opção for Lula/Bolsonaro e o semi-presidencialismo não colar...

Conversa Afiada, 09/12/2017bessinha.jpg
Da imperdível "Rosa dos Ventos", do Mauricio Dias, na Carta Capital (onde se lê magnífica entrevista de Sergio Lirio com destemido Jair Krischke).
Diz Mauricio:

Reflexão fardada


Quem buscou, nos últimos dias, o twitter do general Villas-Boas saiu pensativo com uma instigante reflexão do comandante do Exército. Ele transcreveu este texto do (ultra-conservador - PHA) cientista político norte-americano Samuel Huntington: 'A lealdade e a obediência são as mais altas virtudes militares; mas, quais serão os limites da obediência'?
Villas-Boas respondeu: 'O Estado, ao nos delegar poder para exercer a violência em seu nome, precisa saber que agiremos sempre em prol da sociedade da qual somos servos'. Segundo a Constituição, as Forças Armadas estão sob 'autoridade suprema do Presidente da República'. O general não concorda com a Carta.
 Da Fel-lha, nesse sábado 9/XII:
O general do Exército Antonio Hamilton Mourão, que em setembro sugeriu que pode haver intervenção militar no Brasil se o Judiciário não conseguir resolver "o problema político", voltou a falar nesta quinta-feira (7) sobre a possibilidade de atuação das Forças Armadas caso haja uma situação de "caos" no país.
O militar comentou a situação brasileira para uma plateia no Clube do Exército, em Brasília, a convite do grupo Ternuma (Terrorismo Nunca Mais). Sua palestra, com o tema "Uma visão daquilo que me cerca", reuniu críticas aos governos Lula e Dilma Rousseff (ambos do PT) e também a Michel Temer (do PMDB).
"Não há dúvida que atualmente nós estamos vivendo a famosa 'Sarneyzação'. Nosso atual presidente [Michel Temer] vai aos trancos e barrancos, buscando se equilibrar, e, mediante o balcão de negócios, chegar ao final de seu mandato", afirmou ele.
Sobre a possibilidade de intervenção, Mourão repetiu o raciocínio que gerou repercussão há três meses, dizendo que a instituição poderia ter o papel de "elemento moderador e pacificador", agindo "dentro da legalidade".
Segundo ele, o Exército tem como missão defender a pátria e possui a democracia e a paz social como valores supremos.
"Se o caos for ser instalado no país... E o que a gente chama de caos? Não houver mais um ordenamento correto, as forças institucionais não se entenderem, terá que haver um elemento moderador e pacificador nesse momento [...]. Mantendo a estabilidade do país e não mergulhando o país na anarquia. Agindo dentro da legalidade, ou seja, dentro dos preceitos constitucionais, e usando a legitimidade que nos é dada pela população brasileira", disse.
N a v a l h a

Aécio é vaiado e fica apenas 40 minutos em convenção do PSDB

Folha, 09/12/2017
 
Pedro Ladeira - 26.set.2017/Folhapress

O presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), foi hostilizado neste sábado (9) ao chegar à convenção nacional do partido, em Brasília.

Na entrada do centro de convenções onde ocorre o evento, uma claque favorável ao mineiro o aguardava. O nome dele (escrito em chapéus de alguns dos apoiadores que o esperavam) foi gritado em coro pelo grupo.

Eles seguravam uma faixa em que o mineiro era aclamado como "o melhor presidente da história do PSDB" e agradeciam a ele por sua "coragem e comprometimento com o país".

O grupo o acompanhou até a porta do auditório. Lá dentro, sem os apoiadores, Aécio ouviu vaias e gritos de "fora!".

O locutor do encontro tentou contornar a situação. O mineiro não foi chamado para sentar à mesa montada no palco da convenção e, na sequência, deixou o evento. Ele ficou no local durante 40 minutos.

Tucanos, no entanto, disseram que as vaias não foram para o senador, mas para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.

Aécio perdeu força no partido e se licenciou da presidência da sigla em maio, depois que foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS.

Ele chegou a ter o mandato suspenso e o recolhimento noturno determinados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mas o Senado reverteu a decisão. Nesta semana, o mineiro teve seus sigilos bancário e telefônico quebrados.

Apesar das vaias, aliados de Aécio se mostraram aliviados com gritos de guerra em sua defesa. "Graças a Deus", disse o deputado Caio Nárcio (MG).

André Pagy, delegado do PSDB-MG, o defendeu. "O legado do senador é histórico. Ele tem uma importância enorme para o partido e nós estamos aqui para apoiá-lo. As pessoas têm direito de se manifestar contra, é da democracia."

Militantes de Minas Gerais reclamaram que Aécio não foi anunciado com destaque e gritaram o nome dele de novo. O deputado Marcus Pestana (MG) foi até eles e explicou que a decisão foi tomada para evitar manifestações contra o senador.

BALANÇO

Logo que chegou à convenção, Aécio fez um rápido balanço de sua gestão à frente do PSDB e defendeu a unidade da legenda.

"Esse período dos últimos quatro anos em que administrei como presidente o PSDB foi o mais fértil, de crescimento do partido", disse. "O PSDB depende de sua unidade interna para vencer os adversários que estão no campo externo."

Questionado se acreditava em uma aliança com o PMDB no ano que vem, o senador respondeu: "Não fecho as portas para ninguém".

Aécio também defendeu a reforma da Previdência e disse que pior do que vê-la aprovada sem os votos do PSDB "é vê-la não aprovada pela ausência dos votos do PSDB". "Acredito que o governador Geraldo Alckmin terá as condições de levar o partido a reafirmar os seus compromissos com as transformações estruturais que o país precisa viver", emendou.


Pedro Ladeira/Folhapress

Nas últimas horas, Aécio informou a aliados que faria passagem curta pela pela convenção e evitaria constrangimentos ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Alguns dos temores dos aliados do paulista era que o mineiro quisesse discursar no evento ou que ele aparecesse ao lado de Alckmin na foto oficial em que ele deverá figurar como pré-candidato ao Planalto.

OUTRAS LIDERANÇAS

Líderes tucanos começaram a chegar no fim da manhã à convenção do PSDB. O governador Geraldo Alckmin, que deve assumir o comando da sigla durante a reunião, fará um discurso em que é esperado seu lançamento como pré-candidato a presidente em 2018.

Acompanhado do senador Tasso Jereissati (CE), destituído da presidência do PSDB por Aécio Neves em novembro, Alckmin tomou café ao lado do espaço.

Os discursos de deputados e senadores filiados à legenda se iniciaram perto do meio-dia. Antes, militantes e delegados estaduais falaram no palco, onde um gigante painel exibe, abaixo do nome do partido, a frase: "Unidos por um Brasil que precisa mudar".

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Editoria de Arte/Folhapress 



Helena Chagas: da cadeia, Cunha põe Marun na articulação de Temer

Ou seja, o cara continua mandando!

A jornalista Helena Chagas ironizou o anúncio do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como secretário de Governo de Michel Temer, após o pedido de demissão de Antônio Imbassahy (PSDB) nessa sexta-feira, 8.

"Tem festa hoje numa cela lá de Curitiba. O deputado Carlos Marun, o único escudeiro que no final do ano passado foi levar boas festas a Eduardo Cunha na cadeia, assume na semana que vem Articulação Política do governo". 

"É o reencontro do PMDB de Cunha consigo mesmo, do presidente Michel Temer com suas origens, o grupo do partido na Câmara, hoje alvo de dezenas de investigações e processos", diz Chagas.

Yunes se encontra com Temer após depor sobre acusações de Funaro

Será que foi para falar sobre o depoimento dado e previamente combinado?

Michel Temer reuniu-se com o advogado e ex-assessor José Yunes nessa sexta-feira, 8, em São Paulo, em encontro não registrado na agenda.

Segundo o blog da jornalista Andreia Sadi, a reunião ocorreu cerca de uma semana depois de Yunes ter prestado depoimento à Polícia Federal (PF) para prestar esclarecimentos em relação a informações relatadas aos investigadores pelo operador financeiro Lúcio Funaro, que fez delação premiada com o Ministério Público.

Em sua delação, Funaro disse, entre outras informações, que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pediu a ele, em 2014, que retirasse R$ 1 milhão que seriam de Temer no escritório de Yunes, em São Paulo, e enviasse o dinheiro para Salvador.

Miriam Leitão denuncia a farra fiscal para aprovar reforma


A jornalista Miriam Leitão escreve neste sábado, 8, artigo em que critica a farra fiscal promovida por Michel Temer para garantir apoio à votação da Reforma da Previdência, que deverá acabar com a aposentadoria de milhões de trabalhadores brasileiros.

"O governo está em plena temporada de fazer mais concessões e renúncias fiscais a grupos empresariais. Uma parte, com o pretexto de aprovar a reforma da Previdência, o que é uma contradição. Outra parte é renúncia fiscal fora de hora e lugar, como as que subsidiam petrolíferas ou a que pode renovar o programa de subsídio às montadoras. O governo quer gastar ou economizar?", questiona.

Richa, do PSDB, mandou silenciar corrupto para obstruir a Justiça


Em proposta para acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República, Mauricio Fanini, ex-integrante do governo do Paraná, disse que recebeu propina do governador Beto Richa (PSDB) para que o tucano não fosse comprometido nas investigações da operação Quadro Negro, que apura cerca de R$ 20 milhões de desvios da construção de escolas públicas para beneficiar políticos.

Segundo Fanini, "cala boca" veio por meio do empresário Jorge Atherino no valor mensal de cerca de R$ 12 mil.

Fanini detalhou viagens que fez com o governador e que teriam sido pagas por empresários que tinham negócios com o estado.

Lula diz que "A jararaca está viva e vai disputar as eleições"


Diante de uma multidão de milhares de pessoas na concha acústica da Uerj, o ex-presidente Lula encerrou sua terceira caravana pelo País, que rodou pelos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Lula teve na Educação o principal foco de seus discursos nesta etapa.

Entre as propostas para um eventual terceiro governo, Lula anunciou a federalização do ensino médio. "Não vou federalizar presídio, não quero federalizar bandido. Vou federalizar o ensino médio. Haddad já está fazendo um estudo", afirmou.

"Eles mexeram na jararaca e jararaca não adianta bater no rabo porque não morre, tem que bater na cabeça. E eles não vão bater. Eu vou disputar as eleições com o apoio de vocês", disse Lula, sendo bastante aplaudido pelo público.

Lula recebeu até um pedido de casamento de uma eleitora.

Ação policial nas universidades objetiva manter o povo ignorante

Quanto mais ignorante no saber, for o povo, mais fácil será dominá-lo

Para o colunista Ribamar Fonseca, a ação da Polícia Federal na UFMG, que levou coercitivamente o reitor Jaime Arturo Ramirez, entre outros dirigentes e ex-dirigentes da instituição, "uma repetição da violência praticada também contra a Universidade Federal de Santa Catarina – que culminou com a morte do reitor Carlos Cancellier – parece indicar efetivamente, como denunciou o senador Roberto Requião, uma operação planejada para abrir caminho à privatização das universidades públicas".

"O governo Temer decidiu ampliar o leque de ataques privatizacionistas às escolas públicas de nível superior, (...) pois é preciso matar na fonte, ou seja, nas escolas, a pretensão de brasileiros que amam este país de torna-lo uma grande Nação".