Ele quer “VISTAS” ? ? ? Ministro, abra a janela do seu gabinete e terá uma “Vista” de como a população do Pais, olha para os Senhores! Ministro não precisa pedir “VISTAS” nós lhe fornecemos os “óculos” para clarear sua visão, que terá uma “grau” altíssimo de, INDIGNAÇÃO para a vista ESQUERDA e DESCONFIANÇA para a vista DIREITA!
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quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Supremo revela tendência à autodesmoralização
Josias de Souza, 23/11/2017 18:52
A questão é de enorme relevância. E deveria preocupar a todos. Tomado por suas decisões mais recentes, o Supremo Tribunal Federal tomou gosto pelo comportamento de alto risco. O pedido de vista do ministro Dias Toffoli, que interrompeu o julgamento sobre a restrição do foro privilegiado, confirma uma estonteante tendência para a autodesmoralização.
Muita gente está empenhada em chamar a atenção do Supremo. Foi assim no caso do afastamento meia-sola de Renan Calheiros da linha sucessória da Presidência da República. Os alertas soaram também quando o STF lavou as mãos no caso de Aécio Neves. Mas isso parece agravar a situação. Quanto mais se critica a Suprema Corte, mais desmoralizada ela se empenha em ficar.
A instância máxima do Judiciário brasileiro demonstra uma incapacidade atroz de resistir aos impulsos autodestrutivos. Já é possível concluir, sem qualquer margem para dúvidas, que o Supremo caminha para igualar-se em desmoralização ao Legislativo e ao Executivo. Com uma diferença: os políticos foram arrastados para o caldeirão pela Lava Jato. O Supremo pula no melado ardente voluntariamente.
Por 7 votos a 1, prevaleceu o voto do ministro Luís Roberto Barroso. Por esse voto, o foro privilegiado valerá apenas para os crimes cometidos durante o exercício do mandato, se tiverem alguma relação com o exercício da função pública. Dito de outro modo: o privilégio seria exceção. Como regra geral, todos seriam igualados perante a lei. Ao pedir vista, sabe-se lá em nome de quais interesses!, Dias Toffoli comportou-se como menino dono da bola que interrompe uma partida que perdia de goleada.
Aos pouquinhos, vai se solidificando a impressão de que um pedaço do Supremo opera para oferecer proteção a malfeitores. Foi à lata do lixo todo o prestígio que a Suprema Corte amealhara no julgamento do mensalão. Mas não se deve dizer isso em voz alta. Aí mesmo é que o Supremo pode atear fogo às togas. Impossível prever o comportamento de um suicida.
Expulsa do PMDB, Kátia diz: Corruptos venceram. Não é punição, é biografia
Blog do Josias de Souza, 23/11/2017 20:21
Ex-ministra de Dilma Rousseff, crítica mordaz do governo de Michel Temer, a senadora Kátia Abreu (TO) foi expulsa do PMDB pela Comissão de Ética da legenda. Reagiu assim: “Lutei pela democracia no partido. Os corruptos venceram. Mas não por muito tempo. Foi uma vitória de Pirro. Minha expulsão não é uma punição. É algo para entrar na biografia.”
Em nota, a senadora expulsa fez pose de navio que foi abandonado pelos ratos. Vai abaixo o texto de Kátia Abreu:
A comissão de ‘ética’ do PMDB decidiu pela minha expulsão do partido de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves.
Fui expulsa exatamente por não ter feito concessão a ética na política.
Fui expulsa por defender posições que desagradam ao governo.
Fui expulsa pois ousei dizer não a cargos, privilégios ou regalias do poder.
A mesma comissão de ''ética'' não ousou abrir processo contra membros do partido presos por corrupção e crimes contra o país.
Fiquei no PMDB e não saí como queriam. Fiquei e lutei pela independência de ideias e por acreditar que um partido deve ser um espaço plural de debates. A democracia não aceita a opressão.
Hoje os membros da comissão de ''ética'' imprimiram na história do partido que lutou contra a ditadura, a mácula do sectarismo e da falta de liberdade.
Sigo na luta política.
Sigo com Ética.
Sigo sem medo e firme nos meus propósitos, pois respeito minha família, respeito o povo do Tocantins e do Brasil, que ainda acreditam que esse país pode ser melhor.''
PMDB expulsa Kátia e assume seu lado bandido
E por que não expulsa Eduardo Cunha, Geddel Vieira e outros?
O mesmo partido que não tomou qualquer providência contra Eduardo Cunha, que governa o Brasil da cadeia, Geddel Vieira Lima, do bunker de R$ 51 milhões, e Henrique Alves, todos presos, decidiu expulsar a senadora Kátia Abreu (TO); motivo: crítica a Michel Temer, apontado como chefe de quadrilha pela PGR.
A ex-ministra da Agricultura de Dilma Rousseff foi acusada também de ter violado o Código de Ética e Fidelidade Partidária e o Estatuto da sigla, por apresentar posições contrárias às orientações do PMDB.
Ela votou contra a reforma trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores, e se manifestou contra a reforma da Previdência.
No PMDB parece imperar a regra: quem defende o trabalhador e critica corruptos, não tem vez no partido.
Lula diz que "adoraria disputar com alguém com o logotipo da Globo na testa"
Essa foi uma referência à colocação do apresentador Luciano Huck, que tem sido cortejado por partidos, como PPS e DEM, para disputar o pleito presidencial do próximo ano e que contaria com o apoio da emissora.
Ex-presidente Lula disse que não se vê fora das disputa presidencial de 2018 e afirmou que o que mais deseja é "disputar as próximas eleições com alguém com o logotipo da Globo na testa".
A declaração a uma rádio de Goiás é uma referência à colocação do apresentador Luciano Huck, que tem sido cortejado por partidos, como PPS e DEM, para disputar o pleito presidencial do próximo ano e que contaria com o apoio da emissora.
Nesta quinta-feira (23), o empresário Alexandre Accioly, sócio de Huck em uma rede de academias e amigo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), foi alvo de mandados de busca e apreensão e levado pela Polícia Federal para prestar depoimento em um desdobramento da Lava Jato.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
O golpismo como tragédia e como farsa
"Uma nova vitória eleitoral do projeto encarnado por Lula representará também uma grande derrota da direita, com o fracasso do golpe e da tentativa de restauração neoliberal", escreve o cientista político Emir Sader.
Para ele, "o novo golpe impõe a necessidade de uma nova estratégia de redemocratização do país, que desta vez não pode se limitar a restabelecer as normas formais do liberalismo político".
"Se o primeiro golpe foi uma tragédia, o segundo é uma farsa, que precisa ser derrotada, para que as conquistas democráticas estabeleçam raízes profundas na sociedade e no Estado brasileiro", afirma.
Presidente da EBC será denunciado por racismo
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação pretende denunciar o presidente da EBC, Laerte Rimoli, por debochar nas redes sociais de declaração da atriz Taís Araujo, que recentemente afirmou que seu filho é vítima de racismo.
Para a jornalista Renata Mielli, coordenadora do FNDC, as postagens de Rimoli são graves porque racismo, no Brasil, é crime.
"E se tornam mais graves ainda por incompatíveis com a função de um gestor de comunicação pública, que deveria zelar pelo fim de todas as formas de discriminação", afirmou.
Depois de repercussão negativa, Rimoli pediu desculpas.
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Ao restabelecer prisões TRF-2 dá aula ao STF
Blog do Josias de Souza, 21/11/2017 16:26
Em decisão unânime —5 votos a 0—, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região restabeleceu a ordem de prisão contra três caciques do PMDB do Rio de Janeiro: Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. Com essa decisão, os desembargadores do TRF-2 deram uma lição ao Supremo Tribunal Federal. Ensinaram o seguinte: quando a Justiça não faz da roubalheira uma oportunidade para impor a lei, os tribunais viram uma oportunidade que os larápios aproveitam.
Presos na semana passada, os três xamãs do PMDB fluminense foram libertados por decisão da Assembleia Legislativa do Rio. Abriram-se as celas sem que ao menos o TRF-2 fosse comunicado sobre a revogação de sua decisão. Nesta terça-feira, ao discorrer sobre a encrenca, um dos desembargadores do tribunal, Paulo Espírito Santo, disse ter enxergado as imagens dos deputados deixando o presídio de carro, sem ordem judicial, como “um resgate de filme de faroeste.”
O doutor resumiu assim a cena: “Acabo de ver, na sexta-feira passada, algo que nunca imaginei ver na vida. Nunca vi uma coisa dessas. Não há democracia sem Poder Judiciário. Quando vi aquele episódio, que a Casa Legislativa deliberou de forma absolutamente ilegítima, e soltou as pessoas que tinham sido presas por uma Corte federal, pensei: o que o povo do Brasil vai pensar disso? Pra quê juiz? Pra quê Ministério Público? Pra quê advogado? Se isso continuar a ocorrer, ninguém mais acreditará no Judiciário. O que aconteceu foi estarrecedor. Que país é esse?”
O desembargador Espírito Santo não disse, talvez por cautela, mas o Brasil virou um país em que a Suprema Corte às vezes fica de cócoras quando o Poder Legislativo faz cara feia. Assim procedeu ao lavar as mãos no caso do tucano Aécio Neves, autorizando o Senado a anular sanções cautelares como a suspensão do mandato e o recolhimento domiciliar noturno. Conforme já noticiado aqui, o STF tinha a exata noção de que abria um precedente que não passaria em branco nos Estados.
O debate sobre as prerrogativas dos legislativos para revogar prisões e sanções impostas a parlamentares federais e estaduais ainda vai dar muito pano para a manga. No Rio, a maioria cúmplice da Assembleia não há de ficar inerte. Farejando o cheiro de queimado, outro desembargador, Abel Gomes, mencionou inclusive a hipótese de o TRF-2 requerer ao STF intervenção federal na Assembleia fluminense.
A confusão certamente chegará ao Supremo, oferecendo aos ministros a oportunidade de se reposicionar em cena. Sob pena de desmoralização do Judiciário. Na antessala das urnas de 2018, não restará ao brasileiro senão a alternativa de praguejar na cabine de votação: ''Livrai-me da Justiça, que dos corruptos me livro eu.''
João Gordo: Nunca votei no Lula, mas agora vou votar
O músico e apresentador João Gordo também está convencido de que somente o ex-presidente Lula pode unificar o País; ele revela que nunca foi eleitor de Lula, mas agora está determinado a votar nele para barrar os "idiotas" que "se juntaram".
"Nunca votei no Lula, mas agora vou votar. Porque, do jeito que a coisa está indo, em 2039 a suástica vai ser moda, cara. Vai ter pijaminha de suástica. Óculos de suástica. A bandeira do Brasil vai ter uma suástica vermelhona; Gordo repudia a candidatura de Jair Bolsonaro, cujos eleitores, em sua opinião, são fascistas.
"Eles começaram a se juntar nesse movimento fascistão. Você vê o monte de babaca que tem por aí. E o negócio é isso aí. Bolsonaro no seu rabo, meu irmão".
Lula deu uma sinuca de bico na Casa Grande
Genro: mas Lula também está numa sinuca
Conversa Afiada, 21/11/2017

(Crédito: Ricardo Stuckert)
O Conversa Afiada reproduz do Sul21 artigo de Tarso Genro, ex-Governador do Rio Grande do Sul:
“Duas frases exprimem a insustentabilidade do reducionismo” – diz Karel Kosik – no seu Dialética do Concreto – “Franz Kafka é um intelectual pequeno-burguês; mas nem todo intelectual pequeno-burguês é Franz Kafka”. Parodiando o filósofo tcheco, nascido em Praga em 1926, transitando dos escritores para personalidades políticas, poder-se-ia dizer que “Lula é um político democrático de caráter pragmático, mas nem todo o político pragmático democrático é como Lula”. Assim como poder-se-ia dizer que “Macron foi uma saída liberal de centro-direita genial, das altas finanças do capital financeiro, para a França, mas nem toda a saída liberal de centro-direita – num momento de aperto – é genial, basta ver Temer”. Poderíamos prosseguir ao infinito- no plano da política, normalmente mais acolhedor dos reducionismos vulgares, mas a questão que inspira este artigo é outra.
Poderíamos fazer uma série de considerações de natureza ideológica e histórica para dizer que Lula, “esnucado”, deu uma sinuca de bico no oligopólio da mídia. Este, com os grupos de centro-direita e da direita dos diversos partidos, com os antigos aliados fisiológicos de Lula e com os grupos empresariais subvencionados da Avenida Paulista – aliados do capital financeiro de olho na dívida dívida pública – aproveitaram a fraqueza política do Governo Dilma e promoveram o golpismo paraguaio, que achávamos impensável no Brasil da Constituição de 88. Moveram mundos e fundos – principalmente fundos – atacaram o inconsciente coletivo, moldando-o com o convencimento de que os problemas do Brasil eram a CLT e o PT e nos levaram a maior e mais profunda divisão política, depois do golpe contra Jango em 64.
Sou contra o restabelecimento de uma aliança de poder com qualquer partido fisiológico que integrou conosco os Governos Lula e Dilma e defendo que formemos, no país, uma nova maioria política da esquerda plural, em torno de um programa de transição de uma economia liberal-rentista, para uma economia de taxas elevadas de crescimento, que reforce o setor público como balizador do desenvolvimento estratégico da nação e proporcione, no curto prazo, mais democracia com geração de emprego e renda. Um programa que, excluindo da agenda imediata as questões que nos dividem, firme um compromisso positivo em torno de pontos claros, capazes de serem implementados com realismo, para bloquear, pelo menos, o desmonte em curso. Se isso não ocorrer, em poucos anos uma força de esquerda que chegar ao Governo não vai ter o que governar e ela será apenas a herdeira do caos.
O ideal seria um programa semelhante ao que o Syriza, na Grécia, tentou, mas que soçobrou por falta de apoio interno e de sustentação mínima da própria social-democracia européia. Mas a experiência portuguesa, tendo à proa o Partido Socialista, com apoio do PCP e do Bloco de Esquerda, até agora deu certo e mostrou que não é impossível – mesmo em condições adversas – enfrentar as perversidades neoliberais e redespertar em milhares o gosto pela política e o apreço à democracia. Portugal, com o governo de centro-esquerda atual, tem as taxas de crescimento mais elevadas da Europa, reduziu o déficit público, aumentou o emprego, estancou as privatizações selvagens e valorizou o salário mínimo. Portugal tem, atualmente, o governo mais generoso e democrático na Europa, o que não é pouco quando a hidra do fascismo, do racismo, do sexismo, da violência fundamentalista, ergue as suas mil cabeças odiosas.
A “sinuca de bico” do pragmatismo lulista redundou no seguinte: comparem quaisquer dos candidatos com Lula e apontem qual deles, independentemente do seu currículo moral e político, tem mais condições de pacificar o país; comparem quaisquer dos candidatos com Lula e apontem qual deles demonstrou, concretamente, que governou melhor para as maiorias pobres e excluídas; comparem quaisquer dos candidatos com Lula e apontem qual deles, se for inviabilizado para concorrer, torna ilegítimo o Presidente que for eleito em 2018; comparem quaisquer candidatos com Lula e digam qual deles foi mais perseguido pela mídia e pela “elite” e que tem condições, se eleito, de”perdoar”, pragmaticamente, os seus próprios detratores; e, finalmente, comparem quaisquer candidatos com Lula e digam qual deles teria a capacidade de pedir, depois de eleito, paciência ao povo espoliado deste país, porque precisamos de tempo para sair desta crise brutal, que nos assola sem piedade.
Esta é a “sinuca de bico” que Lula deu, nos que pediram a sua morte política e também propagaram a necessidade da sua morte física. Lula é um pragmático (genial politicamente), mas nem todo o pragmático é (genial politicamente) determinado como Lula. Resta saber se as alianças que Lula vai compor não lhe darão, também, uma “sinuca de bico”, pois podem fazê-lo tornando disforme o sentido estratégico do seu pragmatismo, que sempre foi destinado a melhorar e dignificar a vida do povo trabalhador – a qualquer custo – permitindo que “todos ganhem”. Na verdade, esta possibilidade se esgotou com a crise mundial, com a ascensão de Trump, com a seguidas vitórias da direita na Europa e na América Latina, com o capital financeiro cobrando as suas contas -devidas e indevidas- originárias dos séculos sem fim de opressão colonial e neocolonial. Assim como Moro foi “condenado a condenar” Lula, Lula está condenado a resolver este grande enigma pragmático, que é o que vai preencher os atos finais do seu percurso na História.
Encerro também com Kosik, para relativizar, não para contemporizar com o pragmatismo: “Nenhuma época histórica é, em absoluto, apenas uma passagem para outro estágio, assim como nenhuma época se eleva acima da história. A tridimensionalidade do tempo se desenvolve em todas as épocas: se agarra ao passado com os seus pressupostos, tende para o futuro com as suas consequências e está radicada no presente pela sua estrutura.” É mais ou menos o que lembro ter dito T.S. Eliot, num poema clássico: tempo futuro e tempo passado estão fundidos no tempo presente. Será o resto, silêncio, em nosso meio?
***
Tarso Genro foi Governador do Estado do Rio Grande do Sul, prefeito de Porto Alegre, Ministro da Justiça, Ministro da Educação e Ministro das Relações Institucionais do Brasil.
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