sábado, 26 de agosto de 2017

Moro reconhece ter condenado Lula sem apontar contrapartidas



247 - O juiz Sergio Moro afirmou neste sábado, em evento em Campos do Jordão (SP), que as propinas pagas aos agentes públicos, nos grandes esquemas de corrupção, vêm acompanhadas de "contrapartidas indeterminadas". 

Os advogados de Lula sustentam exatamente isso: que Moro condenou o ex-presidente sem comprovar as situações específicas nas quais Lula teria ajudado a empreiteira OAS no esquema de corrupção da Petrobras.

"Tenho a seguinte crença: assim como vale aquela frase 'não existe almoço grátis', eu tenho muito claro que não existe propina grátis. Sempre se espera alguma coisa em troca", afirmou o juiz federal. Ou seja, ele não especificou de que forma Lula teria ajudado a OAS.

Na sentença de Moro, Lula foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No entanto, Moro considerou que os crimes foram cometidos apenas uma vez, quando o petista aceitou receber o imóvel da construtora OAS, supostamente como contrapartida por contratos que a empresa fechou com a Petrobras.

"Não se pode admitir uma condenação fundada em mera elaboração retórica, construções cerebrinas e presunções descabidas", dizem os advogados de Lula", dizem os advogados do ex-presidente.

O apartamento no Guarujá, segundo os registros de imóveis, não pertence a Lula – e foi usado pela OAS como garantia numa operação de crédito junto à Caixa Econômica Federal. 

As "propinas" seriam reformas num imóvel que, comprovadamente, não pertence a Lula.

Segunda instância

No evento, o juiz voltou a dizer que está preocupado com a possibilidade de o colegiado do STF mudar o entendimento de que a prisão de réus pode ocorrer já a partir de condenações em segunda instância.

De acordo com Moro, ocorrerá um retrocesso "triste" e "lamentável" caso a corte altere sua posição e só passe a permitir detenções após esgotadas todas as possibilidades de recursos aos tribunais superiores.

Palocci acusa ex-ministro do STJ de levar R$ 5 milhões para enterrar Castelo de Areia


Em sua tentativa de delação premiada, o ex-ministro Antonio Palocci, que está preso em Curitiba, acusa Cesar Asfor Rocha, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, de receber R$ 5 milhões, com a ajuda do ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, para enterrar a Operação Castelo de Areia – a primeira grande ação contra uma empreiteira, a Camargo Corrêa, que poderia ter sido precursora da Lava Jato.

Rocha diz que irá processar Palocci, a quem chamou de "bandido, safado e ladrão"; em nota, a Camargo afirma que "a anulação da operação foi confirmada pela 1ª turma do STF, que ratificou a existência de nulidade insuperável".

Palocci ainda não conseguiu viabilizar sua delação.

Tasso corta as asas de João Doria

CRITICA DISCURSO DE ÓDIO E DIZ: ALCKMIN É O CANDIDATO

"Alckmin é uma das lideranças mais importantes do partido há muito tempo e é o primeiro da fila", diz o senador Tasso Jereissati (PSDB-MG), que afirma que, se não houver consenso, o candidato tucano será escolhido por meio de prévias.

Como o prefeito João Doria promete não disputar prévias contra seu padrinho Geraldo Alckmin, tudo indica que o governador paulista será mesmo o candidato do PSDB à presidência da República em 2018.

Tasso também criticou o discurso de ódio que vem sendo promovido por Doria nos últimos meses.

"Essa política de nós contra eles é um desserviço para o Brasil. Além de dividir, traz violência, desrespeito e intolerância. É um péssimo sinal para democracia", afirmou.

Temer vazou a mineradoras canadenses o fim da Reserva Ambiental na Amazônia


Segundo denúncia publicada pela BBC, o ministro Fernando Coelho Filho, filho do senador Fernando Bezerra (PSB-PE), um dos políticos mais encrencados na Lava Jato, antecipou a mineradoras do Canadá a extinção da reserva ambiental, num evento ocorrido há cinco meses.

"Em março, cinco meses antes do anúncio oficial do governo, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, anunciou a empresários do país que a área de preservação amazônica seria extinta, e que sua exploração seria leiloada entre empresas privadas", aponta a BBC.

A decisão revoltou ambientalistas e demonstrou que Temer colocou até a Amazônia à venda.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Dilma diz: "Somos capazes de enterrar esse golpe, como enterramos o de 1964


Durante ato no Pátio do Carmo, no Recife, parte da caravana do ex-presidente Lula pelo Nordeste, a presidente deposta Dilma Rousseff discursou: "A gente supunha que o país não ia sentir outra vez um golpe de Estado. 13 anos após conquistas sociais, isso ocorre".

Ela afirmou que o impeachment que a tirou do poder "é um golpe para tirar dos trabalhadores todos os direitos conquistados" e que "só ampliando a mobilização e a organização conseguiremos revertê-lo".

Para Dilma, a "caravana é uma grande marcha para a democracia. E para elegermos nosso grande líder Lula".

Janot denuncia Jucá, Raupp, Renan, Sarney e Garibaldi Alves na Lava Jato


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou hoje (25) denúncia contra quatro senadores do PMDB: Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR), Garibaldi Alves Filho (RN) e Valdir Raupp (RO).

A denúncia é resultante das investigações sobre desvios em contratos da Transpetro. São apurados os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

No mesmo inquérito, também foram denunciados o ex-presidente José Sarney.

O ex-presidente da Transpetro (subsidiária da Petrobras) Sergio Machado; o ex-presidente da empresa Odebrecht Ambiental Fernando Reis.

E os executivos Luiz Fernando Maramaldo e Nelson Maramaldo, sócios da empresa NM Engenharia.

O PT recupera o seu vigor no compasso das caravanas


"A ofensiva da direita afetou a ambos: a Lula e ao PT. Agora, quando Lula se lança a caravanas por todo o Brasil, o PT como que se revigora nessa onda, no ritmo dos percursos de Lula, retoma seus vínculos estreitos com as bases populares que levaram o partido às quatro vitórias nas eleições presidenciais", escreve o sociólogo Emir Sader.

Para ele, "o PT tem agora a possibilidade de se rejuvenescer, ganhar para suas filas a amplos setores de massa que se mobilizam ao compasso da viagem de Lula".

"O PT tem uma nova oportunidade de se reconstruir como partido, depois de ter sofrido os mais duros e continuados ataques que um partido jamais sofreu na história política do Brasil", acrescenta.

Emir acredita que nem o Brasil nem o PT serão os mesmos depois das caravanas.

Blairo Maggi liderava quadrilha no Mato Grosso, diz Janot


No pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal para que fosse aberto um inquérito a fim de investigar supostos crimes ocorridos no governo do Mato Grosso - já autorizado pelo ministro Luiz Fux - o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, argumenta que o ex-governador e agora ministro da Agricultura, Blairo Maggi, "exercia incontestavelmente a função de liderança mais proeminente na organização criminosa" no Estado.

Os crimes foram revelados - e provados com vídeo - pelo ex-governador Silval Barbosa em acordo de delação premiada.

MP quer punir Empiricus por promover candidatura de João Doria


A PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral) entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral em que pede punição à empresa de análise de investimentos Empiricus, dona do site O Antagonista, por fazer propaganda antecipada da candidatura presidencial do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).

A página da consultoria na internet traz um anúncio que diz: "A candidatura de Doria pode te deixar rico".

A Empiricus também já espalhou ameaças e fez terrorismo eleitoral contra a candidatura do ex-presidente Lula.

O processo está agora nas mãos do ministro Herman Benjamin, do TSE.

Um apelo a favor do Brasil

NASSIF APELA A MILITARES E EMPRESÁRIOS NACIONALISTAS CONTRA A DESTRUIÇÃO DO BRASIL

247 – Numa carta aberta à sociedade brasileira, o jornalista Luis Nassif diz que a Lava Jato entregou o Brasil "à mais irresponsável organização criminosa" que já comandou o País e alerta industriais e militares contra a destruição econômica que vem sendo promovida por Michel Temer.

"Atenção, Anfavea, Abimaq, Abdib, atenção ruralistas, ambientalistas, Forças Armadas, brasileiros com responsabilidade em relação ao futuro: movam-se! Pelo amor de Deus! Por respeito ao país!", diz ele, em artigo publicado no jornal GGN.

O desastre mais recente, diz Nassif, é a privatização da Eletrobrás, que pode inviabilizar a indústria nacional com tarifas mais caras. "Atenção, Anfavea. Essa negociata que estão fazendo com o setor elétrico vai bater direto nos seus custos. Pretendem ampliar o que o governo Fernando Henrique Cardoso fez lá atrás. O Brasil tinha a energia mais limpa e barata do mundo, por conta de hidrelétricas já amortizadas. E FHC definiu a descontratação dessa energia, elevando substancialmente o valor das tarifas e inviabilizando diversos setores eletro intensivos, além de acabar com um grande trunfo que o país dispunha, na competição internacional. Esse quadro voltou reverteu nas últimas renovações de concessão. O que se pretende, agora, é descontratar o que resta dessa energia, especialmente nas usinas da Eletrobrás, jogando os preços nas alturas, como ocorreu nos anos 90", afirma.

Ele também alerta contra a destruição da soberania nacional. "Atenção, Forças Armadas, sabem aquela história de que energia é soberania? Pois é, o setor elétrico será entregue aos chineses, o petróleo aos americanos. E o projeto Amazônia Azul será bancado pela IV Frota, já que os ativos a serem defendidos serão os deles."