quarta-feira, 16 de agosto de 2017

'Brasil vive sequência de assaltos à mão armada, a partir do Palácio do Planalto'


A explosão dos índices de desemprego, violência e pobreza no país fez o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), ir à tribuna do plenário da Casa criticar "duramente a trupe de salteadores que comanda o Palácio do Planalto" que, segundo ele, resultou em uma "sequência de assaltos à mão armada que tem sido realizada, à luz do dia, a partir do Palácio do Planalto".

"Sob aplausos do PSDB e do DEM, Temer mergulhou o país em um caos social sem precedentes na nossa história", completou.

Governador de Minas diz que: "Impedir candidatura de Lula seria um desatino perigoso"


Governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), diz que a candidatura de Lula deixou de ser a esperança, como em 2002, para se transformar na única certeza do povo de que é possível superar a degradação econômica e política trazida pelo governo Temer e esperar por dias melhores.

"Se, por algum motivo, o Lula for impedido de ser candidato, poderão estar empurrando este país para uma convulsão social nunca vista. Tirar de um povo já tão castigado sua única esperança pode ser a gota dágua", diz Pimentel em entrevista à colunista do 247 Tereza Cruvinel.

Pimentel falou ainda que, apesar da crise, não houve colapso de serviços públicos nem atraso no pagamento dos servidores do estado".

"Estamos fazendo muito bem nosso dever de casa, cortando gastos e buscando receitas para garantir a normalidade administrativa, sem impor sacrifícios adicionais à população”.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Impeachment e Aécio. Equívocos imperdoáveis de Marina Silva

Fundador da Rede: Marina "se queimou" com toda a esquerda e também não é alternativa da direita!

Conversa Afiada, 15/08/2017


Beijo da morte? (Reprodução: Ag. Estado)

Nem a direita quer Marina

Com apenas 3% das intenções de voto, Marina Silva (Rede) é o grande fenômeno negativo da pesquisa DataPoder360; ex-senadora cometeu dois erros cruciais: o apoio ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), fisgado num esquema de propinas, e ao golpe que levou ao poder Michel Temer, denunciado por corrupção

No Brasil de hoje, ela não seduz a esquerda, o centro ou a direita, que tem nomes mais identificados com o ódio e com o golpismo

Da BBC:


Marina poderia ser favorita para 2018, mas 'queimou caravelas com esquerda' ao apoiar impeachment, diz fundador da Rede


Fundador e ex-membro da Rede Sustentabilidade, o antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares afirma que a líder política do partido, Marina Silva, pode ter perdido a chance de chegar às próximas eleições presidenciais como favorita após ter declarado apoio ao impeachment de Dilma Rousseff no ano passado.

"Quando ela assumiu essa posição, extremamente irresponsável do ponto de vista da democracia, acho que ela queimou as caravelas relativamente ao campo das esquerdas. Não só do PT, das esquerdas", considera ele. "Isso circunscreve o seu potencial eleitoral e político."

(...) BBC Brasil - O senhor ajudou a fundar a Rede Sustentabilidade e saiu fazendo críticas ao partido. Como vê hoje as perspectivas para a Marina Silva?


Soares- Fui o primeiro presidente da Rede no Rio. Mas a frustração foi muito grande, porque os vícios de todos os partidos foram simplesmente reproduzidos.


A minha divergência com a Marina teve a ver com seu apoio ao impeachment (da presidente Dilma Rousseff). Ela tinha sempre se manifestado contrária. O (deputado Alessandro) Molon entrou para o partido depois que ela se comprometeu a ser contrária.

E uma semana antes da votação, ela se pronunciou a favor do impeachment, sem nos consultar. E pior ainda, a direção do partido, que era contrária ao impeachment, mudou de posição menos de 24 horas depois, para não deixá-la só. Isso é o retrato de que o partido não dispõe de instâncias autônomas.


BBC Brasil - Qual foi o impacto dessa mudança para a trajetória política dela? O senhor acredita que Marina tenha chances em 2018?



Soares - Ser a favor do impeachment significava entregar o país ao núcleo mais perigoso da política nacional, o PMDB. Quando ela assumiu essa posição, extremamente irresponsável do ponto de vista da democracia, acho que queimou as caravelas relativamente ao campo das esquerdas. Não só do PT, das esquerdas.


Ela hoje teria todas as condições de ser favorita nas eleições de 2018 se tivesse se mantido contra o impeachment. Poderia unificar o campo das esquerdas com um discurso palatável, capaz de suscitar respeito entre eleitores do centro, e a população evangélica também se reconheceria nela. Ela viria com um potencial eleitoral muito grande.

Com sua ruptura com o campo da esquerda, resta a ela buscar unir o centro com fatias mais conservadoras e de centro-esquerda. Mas isso já circunscreve o seu potencial eleitoral e político.

Ela deixou de ser espontânea e genuína. Essa era a sua marca. Passou a estar sempre numa posição ambígua, com poucas definições claras, e a jogar o jogo mais tradicional. (...)

Em tempo: ao entrevistado faltou acrescentar dois gloriosos momentos da carreira fulgurante da Bláblárina, a nossa Fadinha da Floresta: viajar seis vezes no jatinho sem dono e nem desconfiar quem é o dono e quase chorar de emoçao patriotica, ao dar apoio ao gângster do Mineirinho na eleição de 2014. É mais do que apoiar o impeachment... - PHA

A Dra. Dodge vai tolerar a turma de Curitiba?

Santos Lima desafiou a nova procuradora. E aí?

Conversa Afiada, 15/08/2017
(E) Santos Lima, o Juiz Imparcial, e o mega-conferencista Dallagnol (D)

A Dra. Raquel Dodge começou mal.

Depois, mereceu um voto de (breve) confiança, do Eugenio Aragão, que aproveitou para tecer generosos comentários sobre o atual Procurador que procura o que quer achar...

Agora, se sabe que o Procurador Santos Lima desafiou a nova Procuradora.

Ele considerou um mau passo ela se encontrar na calada da noite na caverna do Jaburu com o ladrão presidente.

Observação tão inútil quanto desrespeitosa.

Inútil porque até os cozinheiros da Papuda sabem que foi um péssimo passo, o da futura Procuradora.

A observação do Lima é redundante.

Provavalmente "interessada" e, portanto, desrespeitosa.

Um funcionário público, remunerado pelo nosso salário, tentar, misoginamente, desfalcar a autoridade de uma outra funcionária pública que se prepara para exercer função pública relevante.

"Interessada" com um sentido subjacente: não vem que não tem!

Aqui em Curitiba ninguém mexe, isso aqui ninguém tasca.

Somos eu, o Imparcial e o Dallagnol, entre conferências.

A Dra. Dodge, para merecer a integral e definitiva generosidade do Aragão, vai precisar confrontar a arrogância dos donatários da Justiça de Curitiba.

O presidente do TRF-4 já os qualificou de "irrepreensíveis".

Se a Dra. Dodge se curvar a Curitiba, como o Juiz de Porto Alegre, esquece, amigo navegante.

Como disse o Dr. Sepúlveda Pertence, um dos criadores do MP, na Constituinte de 88: "criei um monstro".

Ou como diz aquele amigo navegante: "o ministério dito público é o DOI-CODI da Democracia".

O que já não é nem verdade.

Porque chamar essa República da Cloaca de Democracia é um equívoco lamentável.

Como talvez tenha sido nomear a Dra. Dodge.

PHA

Por que o povo não está nas ruas?


"Várias são as razões que podem tentar explicar tal situação. Dentre elas estão a perplexidade, a refeição à política e aos partidos, o desemprego e, principalmente, a indignação contra a corrupção", avalia o ex-deputado federal Aldo Arantes.

"No Brasil o falso combate à corrupção foi o mote da agitação necessária para o golpe contra a presidenta Dilma. E continua sendo agora com o objetivo de aprofundar as reformas antipopulares e antinacionais e inviabilizar a candidatura do ex-presidente Lula à presidência", reforça Arantes.

"Este processo de reconstrução da hegemonia passa pela politização da sociedade com o estímulo à retomada do pensamento crítico. Tal perspectiva tem muita aceitação, particularmente, entre a juventude. Para isto o debate, a luta de ideias em torno dos projetos de país contribuirá para a sociedade se situar em relação ao projeto de nação defendido pela esquerda e o que está sendo levado à prática por este governo".

Moro vê Brasil governado por gângsters e diz que não será candidato

Detalhe: gângster que ele contribui muito para assumir o poder

Em evento na Joven Pan, o juiz Sérgio Moro comparou o Brasil de hoje à Geórgia de dez anos atrás, que, segundo ele, era governada por gângsters e disse que não será candidato em 2018.

"Em 2006, a Geórgia, ex-integrante da União Soviética, era um país governado por gangsters. Ocupava a 79ª posição no ranking da Transparência Internacional. Agora está na posição 44. O Brasil, coincidentemente, está na mesma posição da Geórgia de dez anos atrás. Quem sabe daqui a dez anos mostremos o mesmo avanço da Geórgia", declarou.

Moro, no entanto, contribuiu para a derrubada da presidente legítima e honesta Dilma Rousseff, ao divulgar grampos ilegais, e para a ascensão de Michel Temer, denunciado por corrupção.

O magistrado defendeu também o financiamento privado de campanha que foi criminalizado pela Lava Jato.

Governador do RN é alvo de batida da Polícia Federal


A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira 11 medidas judiciais, incluindo dois mandados de prisão, como parte de uma operação para investigar suspeita de crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça pelo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD).

"As manobras ilegais tinham por objetivo encobrir que fossem investigados atos do Executivo estadual relativos ao desvio de recursos públicos por meio da inclusão de funcionários fantasmas na folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2006 até os dias atuais", informou a PF em comunicado.

Filiações ao PT estão crescendo bastante

É a volta da onda vermelha?

Fábio Assunção e Tássia Camargo se filiam ao PT

Os atores Fábio Assunção e Tássia Camargo decidiram se filiar ao PT – uma tendência que tem crescido desde que o ex-presidente Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro.


O ator Nando Cunha também se filiou

Além de Tássia Camargo e Fábio Assunção, o ator Nando Cunha também se filiou ao PT no último sábado, quando o ex-presidente Lula discursou na quadra da Império Serrano.

PT teve mais de 3 mil novas filiações desde a condenação de Lula e militantes têm dito que se trata de um ato de resistência contra a politização do Poder Judiciário.

Sentença de Moro contra Lula não traz provas, afirma professora de Direito da UFRJ

Essa afirmação de uma pessoa qualificada se soma a muitas outras de juristas conceituados
Sérgio Moro, juiz federal e Carol Proner, professora de Direito da UFRJ

"Todos já sabíamos que a sentença viria e que seria condenatória. E é uma pena que todos nós já imaginávamos a sentença anunciada, porque não deveria ser assim no Poder Judiciário, em um julgamento. Nós deveríamos ser surpreendidos pelo resultado final, afinal de contas havia, em tese, o contraditório", diz Carol Proner.

A crítica

É constrangedor para qualquer pessoa da área do Direito comentar e criticar uma sentença com argumentos duros, como, de certa forma, são feitos no livro. Ninguém fica confortável. Acredito que nenhum professor na área de Direito Público, Direito Constitucional, Direito Penal e Processo Penal, Direitos Humanos se sinta feliz com um livro como esse. Não é um livro que nos traz alegria. É um livro que nos traz preocupação, ninguém aqui está comemorando nada. Nós estamos preocupados, como é que pudemos chegar a esse ponto?

Nesse caso, um juiz monocrático. 20% da sentença, praticamente, é a defesa do juiz das acusações de todos os réus a respeito da sua conduta como juiz imparcial, ou que deveria ser imparcial, na utilização das provas, da produção das provas, ou no cerceamento de defesa do réus ou dos réus e dos advogados. Então, é uma sentença inédita, inclusive, nesse aspecto. A impressão que dá pra um leigo que está lendo a sentença, e eu tenho alguns amigos que são de outras áreas – das artes, da literatura, de outras áreas – que dizem: “que curioso, um juiz que passa tantos itens, quase 150, buscando defender-se”. Às vezes, a impressão que dá é que o juiz é um acusador. Durante os depoimentos, a coleta dos depoimentos, inclusive do presidente Lula, isso ficou claro, parecia que ele era um acusador, se misturava com a função do Ministério Público, o acusador do processo, e às vezes, durante a sentença, parece que ele é o réu, o réu de acusações. Então, isso é muito inusual. Nós vivemos uma situação em que o judiciário, no caso, é diferente, digamos, é absolutamente inusual a conduta do magistrado, dentro dos autos, na sentença, pronunciando-se publicamente, tentando fazer uso da imagem conquistada como um combatente da corrupção, o que não seria mau, mas utilizando isso buscando apoio na opinião pública. Então, nós vivemos realmente uma situação em que, no mínimo, causa estranhamento no campo jurídico essa conduta desse magistrado curitibano.

Moro aos olhos do mundo

Temos duas coisas aí: uma, do ponto de vista jurídico, e nós temos três artigos dentro do livro, que falam do aspecto internacional. É plasmado, é consolidado na jurisprudência internacional, nas sentenças das cortes, tanto da Corte Interamericana, que tem ampla jurisprudência defendendo o devido processo legal, que é uma espécie de guarda-chuva, dentro dele cabem vários outros princípios, é a base do direito à defesa de qualquer pessoa que esteja acusada de qualquer crime e, principalmente, em situações relacionadas a direitos individuais, direitos humanos. É também jurisprudência da corte europeia, enfim, isso é uma conquista civilizatória do Direito em todas as ordens jurídicas que se dizem democráticas. Então, o devido processo legal é uma das acusações que nós temos reiteradamente colocado como em perigo por essa sentença e não só pela sentença, mas pela forma do julgado, pelo processo como um todo, incluindo a produção de provas, a forma da ouvida das testemunhas, ignorando testemunhas de defesa durante a pronúncia da sentença. Ou seja, por vários aspectos.

Por outro lado, o aspecto que é indissociado do processo, que é a figura do réu. É impossível separar quem é o réu do processo, ainda que haja necessidade de distância por parte do juiz natural, vamos dizer, do juiz que se coloca como independente de quem é o réu e daquilo que ele representa, mas isso é indissociado, é impossível separar e ele próprio, o magistrado, não o faz, não separa. Em vários momentos da sentença, e isso fica claro, aparece a correlação do réu que era presidente da República, do réu que é uma figura política e que tem uma biografia ligada ao país, então, essa conexão política e biográfica do réu afeta a visão do magistrado e isso está claro tanto na sentença quanto – muito mais claro ainda – durante o processo, na acolhida das testemunhas e da chamada delação premiada e também a conduta pessoal do magistrado nas fotografias, nos atos sociais, nessa visibilidade inadequada, indevida, que é estranha ao código de ética da magistratura, por exemplo, totalmente inusual, inadequado.

Então, claro que isso choca no plano internacional, choca o campo jurídico internacional. Nós fizemos um livro que comentava o impeachment e esses juristas, também 100 pessoas das áreas jurídica, ciência política, sociologia, filosofia, antropologia, artes, que olharam para o Brasil para ver o que estava acontecendo, não apenas esse momento da Lava-Jato, mas também conectando com o momento político da crise institucional e política do ano passado, do fim do impeachment, que, pra mim, é claríssimo, um impeachment sem crime, a forma como ele aconteceu. Então, esses juristas já se manifestaram. Alguns vieram ao Brasil, inclusive, no Tribunal pela Democracia, cuja vítima era a democracia e fizeram seu julgamento sobre o processo vivido pelo Brasil. E, novamente, em alguns artigos, nós temos artigos de juristas de fora escrevendo no livro, embora esse não fosse nosso foco, nós queríamos aqui gente que conhece a legislação brasileira e pessoas aqui de dentro.

Mesmo assim, nós vimos os jornais demonstrando que estão enxergando claramente a conexão persecutória que há nesse processo, um processo carente de provas é um processo sem provas. Então, não tem prova de corrupção e, por consequência, não há prova de lavagem de dinheiro, nesse caso, aquilo que poderia ser constitutivo do segundo crime acusado. Aí entra nos detalhes que nós já estamos cansados de debater, a questão do triplex não ter a materialidade do crime, não é dele o apartamento, ele não dispõe desse bem, não pode vender o bem, se ele quisesse. Enfim, é uma situação muito constrangedora, como eu dizia, e que está sendo percebida claramente no plano internacional. Os principais jornais têm identificado isso. Do El País até outros jornais da Alemanha, isso tem acontecido.

sábado, 12 de agosto de 2017

Ex-ministra alemã diz que ‘há dúvidas sobre isenção da Justiça no Brasil’


A ex-ministra da Justiça da Alemanha Herta Däubler-Gmelin afirmou que "há dúvidas cada vez maiores" sobre se o Judiciário brasileiro coloca o país na lista de lugares onde o Estado de Direito não é respeitado.

Em referência à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Michel Temer, ela disse que uma situação similar na Alemanha provocaria a imediata renúncia do peemedebista.