quinta-feira, 10 de agosto de 2017

De golpe em golpe, chegamos ao "distritão"


Colunista do 247 Tereza Cruvinel lamenta a aprovação, pela comissão da reforma política da Câmara, do chamado "distritão" para as eleições de deputados federais e estaduais em 2018, sistema pelo qual serão eleitos os candidatos mais votados.

"As decisões ainda passarão pelo plenário mas a frente anti-distritão a não tem 150 votos para evitar a tragédia: com estes sistema, vamos ter um Congresso piorado, mais elitista, mais conservador, mais negocista, com forte prevalência de bancadas evangélica e ruralista. Esta perspectiva é tenebrosa e aponta para o pior dos mundos". 

"Ainda que seja eleito um presidente progressista, ainda que Lula seja eleito, como será possível governar com um Parlamento destes?", questiona; "Seria deposto, como Dilma. É dura a vida no bananão", afirma.

Fachin tira Temer do quadrilhão do PMDB. Tudo dominado?


O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, negou o pedido da Polícia Federal para incluir Michel Temer entre os investigados no inquérito sobre organização criminosa de integrantes do PMDB, o chamado "quadrilhão do PMDB".

O pedido da PF tinha parecer favorável do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Fachin lembrou na decisão que Temer já é alvo de inquérito pelo crime de organização criminosa e por obstrução de Justiça, que foi aberto em maio decorrente da delação de executivos da J&F.

O ministro determinou ainda que a PF conclua as investigações do inquérito do PMDB da Câmara no prazo de 15 dias.

É preciso enxergar o óbvio

Temer está muito incomodado com o procurador geral, Rodrigo Janot e muito à vontade com sua substituta Raquel Dodge. Por quê?




"Sra. Raquel Dodge, não fica bem para a futura PGR manter encontros informais na intimidade noturna com um investigado em potencial, Temer!", lembrou o jornalista da Globo.


Jornalista Alex Solnik dispara perguntas sobre o encontro entre Michel Temer e a nova procuradora-geral da República; "A primeira questão é: por que o encontro foi secreto? 

A segunda: nunca se soube de um caso em que o presidente da República se ocupou em tratar de detalhes da posse um Procurador Geral, tarefa que é delegada ao chefe do cerimonial. 

E ainda: se o encontro foi combinado no mesmo dia supõe-se que havia um assunto urgente a debater ou combinar. Que urgência havia a respeito de uma posse que se dará daqui a 40 dias?".

Para ele, "não têm pé nem cabeça as explicações de Dodge e de Temer".

No Rio, Temer recebe benção de pastor condenado por estupro

O que você acha disso?

Durante visita ao Encontro Nacional de Comércio Exterior, Michel Temer recebeu uma bênção do pastor Marcos Pereira da Silva, líder da Igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias; Silva foi preso, em 2013, pelo crime de estupro, e condenado pela 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, em primeira instância, a 15 anos de reclusão pelo crime de atentado violento ao pudor.

O pastor pediu para Deus “visitar o coração, a coluna, o rim, o intestino, o fígado”, entre outros órgãos do peemedebista.

domingo, 6 de agosto de 2017

O que é integridade


Ruralistas tomam estrada dos índios

E o tucano Taques vai para a cadeia, Dr. Moro?

Conversa Afiada, 05/08/2017
Leitão (E) e Taques (D) são tucanos. O do meio... não vem ao caso...

Rubens Valente é um dos últimos vestígios de jornalismo na Fel-lha, o jornal (sic) de 1001 colonistas.

Valente é autor do irrefutável livro "Operação Banqueiro", em que se comprova que, sem o Ministro Gilmar Mendes, o ínclito banqueiro Daniel Dantas não teria existido.

Nesse sábado 5/VIII, Valente publica na Fel-lha reportagem devastadora.

O presidente ladrão se comprometeu com a bancada ruralista a aprovar uma estrada em Mato Grosso, a BR- 242, de 194 km, que beneficia o Ministro (breve, encarcerado) Blairo Maggi e os produtores de soja da região que liga Querência, a Gaúcha do Norte e Canarana.

A estrada redesenhada pelos interesses ruralistas vai passar o trator em cima de sítios arqueológicos, grutas com inscrições e pinturas rupestres, e matas vitais para para as cabeceiras dos rios que cruzam o Parque Indígena do Xingu, onde vivem 16 etnias, e que, em seu extremo sul, fica a 10 km do novo traçado.

É a política do índio bom é índio morto!

(Será que a fadinha da Floresta vai protestar?)

(E as ONGs americanas, que o Putin põe na cadeia? Vão deixar? Ou elas só se manifestam quando o interesse nacional americano é explícito?)


E apareceram dois negociadores poderosíssimos da bancada ruralista (fora, é claro, o ministro breve encarcerado, o Maggi).

São o deputado Nilson Leitão (PSDB!!! - MT), presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio.

E o Governador tucano (claro, só podia ser, não é isso, Dr. Reale, filho?) Pedro Taques.

Segundo Valente, Taques botou o "Caçula", o produtor rural Odir José Nicolau, presidente da comissão pró-242 para falar com o ladrão presidente e conseguiu:

"As fontes (de financiamento), ele (ladrão presidente) me disse: já estão liberadas. Para liberar a BR-242!"

E foi freneticamente aplaudido, segundo a gravação de uma reunião pública.

Nilson Leitão comanda uma bancada de 300 deputados - viva a República Federativa da Cloaca - , segundo a suspeita avaliação do governador Taques.

E como vai Taques, aquele que generosamente acolhe o Juiz Imparcial Moro de Curitiba?

Segundo o Estadão, na mesma edição em que o ladrão presidente insinua que a Procuradora Dodge vai abafar a Lava Jato, o Estadão mostra:

- Primo de governador (Taques) é preso em Mato Grosso;

- Paulo Taques foi secretário da Casa Civil do governador Taques;

- A Polícia Civil apreendeu na casa do primo material de grampos clandestinos que eram feitos pela Polícia Militar sob o comando do primo, o Governador;

- "Não podemos descartar ... que estamos diante de uma organização criminosa muitíssimo bem arquitetada e formada para a prática de crimes de interceptação telefônica ilegal!", diz o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

É dificil, porém, que essa operação "Barriga de Aluguel" prospere e leve o chefe da suposta quadrilha para a cadeia.

Como se sabe, o Ministro Gilmar Mendes, de Diamantino, MT, manteve edificante comunicação telefônica com um ex-ilustre governador de Mato Grosso.

Stanislaw Ponte Preta dizia que em Niterói urubu voa de costas.

Em Mato Grosso também.

PHA

Bolsonaro vota contra a maioria do povo

Quando se traz o Bolsonaro para o campo que vai discutir reforma trabalhista, terceirização total e irrestrita, ele não quer. Foge. Porque ele está votando contra a maioria do povo. Então, temos que mostrar tudo isso que está acontecendo.

Ele não resiste a um debate qualificado e amplamente divulgado quando tiver que falar sobre reforma trabalhista, terceirização, PEC do teto de gastos e a sua visão econômica, que é de retirada de direitos das pessoas. Bolsonaro vai ter que se posicionar, em algum momento, porque faz o jogo de uma parcela do eleitorado dele, de maior poder aquisitivo, que está no topo da pirâmide econômica, que é a favor da retirada de direitos do povo. (Glauber Braga)

Os violentos ataques da Empiricus a Lula nos meios empresariais

- 5 de agosto de 2017



Publicado no blog de Mauro Santayana.

Um dos fenômenos mais impactantes do processo histórico vivido pelo país neste momento, é a extensão, profundidade e complexidade alcançadas pelo amplo esquema de contrainformação fascista montado nos últimos anos.
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Voltado para atingir não apenas o público geral, mas também segmentos específicos da opinião pública, como a juventude, as igrejas (católicas e evangélicas) os ruralistas e os empresários urbanos, ele tem operado, desde 2013, praticamente sem contestação.

Na ausência de planejamento tático, estratégia, determinação ou articulação, a esquerda, que poderia servir de alternativa a esse discurso, reage, junto com o campo nacionalista e democrático, de uma forma tão lamentável e errática, que as derrotas vão se sucedendo, umas sobre as outras, com grande rapidez e facilidade, como ocorreu com o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016.

Não há no Brasil uma frente pela democracia.

Não existe, no país, um comitê estratégico de comunicação, que pudesse, ao menos em parte, suprir a ausência dessa frente, ou transformar-se no seu braço mais atuante, em defesa da Verdade, da Liberdade, do Estado de Direito e da Constituição.

Nem uma coordenação jurídica nacionalista e desenvolvimentista, que possa restabelecer minimamente a justiça e fazer frente ao verdadeiro tsunami de calúnias produzido de forma mendaz pelo sistema de manipulação entreguista e fascista, em seus moinhos, ininterruptamente ligados, de ódio, mentira e hipocrisia.

E nem sequer grupos de monitoramento dignos desse nome, para ao menos mapear o que está ocorrendo nesse contexto, na internet e nos meios tradicionais de comunicação.

A cada 24 horas, no âmbito econômico e no institucional, da desculpa da busca de austeridade – agora ridicularizada pelos mais de 3 bilhões em emendas parlamentares aprovados pelo governo – que disfarça e sustenta a entrega da nação aos estrangeiros, à suposta defesa da honestidade que justifica, por meio do discurso de combate à corrupção, a destruição do Brasil, de programas e projetos no valor de centenas de bilhões de reais, são gerados, livre e maciçamente – na mídia, nos organismos de controle, justiça e segurança da República, nos intestinos de uma plutoburocracia sem nenhuma visão geopolítica ou um mínimo de sensibilidade estratégica para com a dimensão e a história do país que está irresponsavelmente arrebentando – centenas de ataques (milhares, se somarmos as redes sociais) ao Estado, à Democracia e à Política.

Às principais empresas nacionais e aos nossos bancos públicos – que poderiam nos servir de instrumento para enfrentar a crise em que nos meteram a propaganda, a conspiração e a sabotagem golpista desde a época da Copa do Mundo – distorcendo descaradamente a verdade, invertendo a realidade dos fatos, criando mitos tão mendazes quanto absurdos.

Disseminam-se, como sementes de ódio que brotam assim que atingem o solo – e tivéssemos sido tomados por um cego, orgásmico e orgiático viralatismo – falsos paradigmas que estão chegando – pela constante repetição, no incansável “pós venda” da “pós-verdade” – a milhões de brasileiros, nos mais diferentes nichos da sociedade e regiões do país, cumprindo sua missão de enfraquecer e destruir o Estado, desnacionalizar a economia e nossos principais instrumentos de desenvolvimento, e de ajudar a entregar, quem sabe definitivamente, o país ao fascismo, com embrulho de presente e tudo, nas próximas eleições.

Para fazer isso, a aliança entre direita “light”, o anticomunismo tosco e anacrônico e o entreguismo mais abjeto, que encontraram no território brasileiro, nos últimos anos, um campo fértil, adubado com o preconceito e a ignorância, não utilizam apenas a mídia de massa – a ponta mais visível do iceberg que está afundando o país.

Mas também os mais insidiosos métodos e instrumentos, desenvolvendo estratégias específicas para cada tipo de público, por meio de instituições ligadas a interesses estrangeiros, vide as ligações entre o MBL e os irmãos Koch, por exemplo.

Há palestras e cursos de formação de “liderança” promovidos e financiados por consulados e embaixadas estrangeiras, de países que nos espionaram ainda nesta década

Há “seminários” organizados por institutos e fundações de “defesa” da “justiça” e da “democracia”, que não apenas levam nossos jovens para outros países, facilitando por meio de “bolsas” suas viagens e estudos, como depois também promovem e premiam, com plaquinhas, diplomas, medalhas, espelhinhos, festinhas, diplomas e miçangas e palestras remuneradas, sua fiel, abjeta e prestimosa “cooperação”, quando alcançam algum poder em suas carreiras.

Há centenas de sites sofisticados, sem fontes de financiamento claras, e também empresas de “consultoria” e “research” que, a pretexto de prestar informações ao mercado e a investidores, fazem o mais descarado proselitismo político e antinacional.

Isso, sem serem incomodadas ou impedidas, na maioria das vezes, nem pelas autoridades, nem por quem está sendo por elas impiedosa e constantemente caluniado.

Usando, para pescar otários no oceano dos brasileiros comuns, saturantes- e caríssimas – campanhas de mídia dirigida, que, por sua extensão e capilaridade, devem envolver, principalmente na internet, milhões de reais.

Ora, todo mundo com um mínimo de conhecimento histórico sabe que, desde o início dos tempos, a mentira e o medo são as duas principais muletas do fascismo.

Que as utiliza para percorrer a trilha, pavimentada pela desinformação e o analfabetismo político, que costuma conduzí-lo ao poder, para finalmente calçar, sem abandoná-las como apoio para equilibrar-se, as pesadas botas do terror e do autoritarismo.

Quando na oposição, a falsidade e o preconceito servem ao fascismo para incentivar o golpismo.

Quando na situação, para impedir que ascendam novamente ao poder forças que possam se opor a ele.

Em fevereiro de 2015, denunciamos, em um texto para o qual recomendaríamos novamente a leitura, publicado na “Revista do Brasil”, com o título de “O “FIM” DO BRASIL”, a realização, na linha do “tenho medo”, lembram-se? – de uma ampla campanha de mídia, dirigida principalmente para os meios empresariais, disfarçada como a venda de relatório de conjuntura, que afirmava – dentro da estratégia de disseminação e justificação do golpismo – que o Brasil iria “quebrar” naquele ano.

Por trás dela, estava uma empresa de “consultoria” cuja principal missão tem sido, nos últimos anos, a de explorar e apoiar abertamente o anticomunismo e o antipetismo no Brasil, adotando o sensacionalismo mais vulgar e o mais descarado terrorismo econômico, mesma estratégia que adota em outros “mercados”, como Portugal, por exemplo.

Não apenas negando as eventuais conquistas que o país obteve na última década, mas, principalmente, assustando um público ignorante em economia, suscetível e contaminado ideologicamente pelo discurso conservador, privatista, entreguista e antibrasileiro vigente.

Ameaçando-o com a perspectiva da volta ao poder de um governo nacionalista, capaz de recolocar o país, por meio de um programa desenvolvimentista, em uma situação minimamente soberana e digna diante do mundo.

Agora, com a mesma estratégia, já denunciada, entre outros, por Fernando Brito, Tereza Cruvinel e Denise Assis – a de apresentar um discurso escarradamente político, em sua forma e consequências, como peça de propaganda de uma pseudo “análise exclusiva” – essa mesma empresa, a EMPIRICUS – sócia do site Antagonista e já processada pela CVM e o MP de São Paulo – está promovendo outra campanha milionária, que, no lugar de “O FIM DO BRASIL” traz como apelo o alerta “A AMEAÇA QUE PODE ARRUINAR COM O PATRIMÔNIO DE SUA FAMÍLIA”.

Nela, ela usa como principal gancho o retorno de Lula – que tirou o Brasil da decima-terceira economia do mundo e levou para sexta, hoje, ainda, nona posição, pagou a dívida com o FMI, triplicou o PIB, e multiplicou por 10, para 340 bilhões de dólares, as reservas internacionais – à Presidência da República e também defende, em outra peça de propaganda, a condenação definitiva do ex-presidente como um fator de melhora da situação para os investidores.

Em homenagem a Goering (Goebbels era mais sofisticado) vale a pena ler, na íntegra, o fac-símile dessa pilantragem:




Agora, resta saber o que o PT poderia fazer a respeito disso.

O leitor escolhe, nas alternativas abaixo, como nas provas do Ministério Público:

a) Chamar alguns economistas sérios e incentivar a montagem de uma consultoria para concorrer – ao menos institucionalmente – com a Empiricus, que possa finalmente explicar aos investidores – e a parte da opinião pública – o que realmente ocorreu com a economia brasileira desde 2002.

b) Mandar alguém fazer um estudo criterioso dos “relatórios” da EMPIRICUS nos últimos anos e mostrar que, entre os alegados 1.6 milhão de “leitores” que a seguem, muita gente jogou dinheiro fora – como no caso das ações da Petrobras – ao se deixar contaminar ideologicamente e indo atrás da conversa fiada deles.

c) Processar – como já fez no passado – essa pseudo consultoria junto ao TSE por propaganda (ou contra informação) eleitoral antecipada.

d) Não fazer absolutamente nada, porque trata-se de um caso típico de liberdade de expressão, ou porque “isso não vem ao caso”, como diz certo juiz “imparcial” de Curitiba.

sábado, 5 de agosto de 2017

Meirelles está afundando a economia do País!


Por Aristóteles Cardona Júnior, no Brasil de Fato

Passado este período de pouco mais de 1 ano de consolidação do golpe que derrubou a presidenta Dilma Roussef, a ficha, como se diz popularmente, parece seguir caindo para grande parte da população. Hoje é muito difícil encontrar pessoas que defendam o governo de Temer ou até mesmo que achem que as coisas melhoraram desde a queda da Presidenta Dilma. É o que atestam todas as últimas pesquisas. Uma das mais recentes deixa claro que um governo nunca foi tão mal avaliado desde Sarney.

No meio deste rolo todo, alguns nomes já estão bastante rejeitados. É o exemplo do próprio Michel Temer. Outro grande exemplo é o de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e que segue preso. Mas há outros tantos nomes que precisam vir à tona. E um deles certamente é o de Henrique Meirelles, Ministro da Fazenda do governo golpista.

Meirelles é um dos principais responsáveis por vender “um produto” que não conseguiu entregar. Qual produto? O Produto da recuperação econômica. A tese deste pessoal é de que num cenário de dificuldade financeira, a solução passa por aumentar o arrocho, diminuir empregos, retirar direitos e por aí vai. Mas a verdade é que este tipo de pacote não resolve problemas. A história do Brasil mostra isso. Não precisa nem ser economista para saber.

Mais do que isso, o Governo Temer não apenas afunda ainda mais a economia do país, como mente descaradamente para a população. É possível verificar isso com a mudança do discurso do Ministro com relação ao aumento de impostos.

Há declarações suas no final de 2016 garantindo que não haveria aumento de impostos. Poucos meses depois, por volta de março de 2017, o ministro fala que se houver aumento de impostos, deverá ser temporário. Até que nas últimas semanas o discurso muda novamente e eles não escondem mais o aumento dos impostos. O mais recente foi o aumento que incide na gasolina. Tal aumento já representa o maior no preço do combustível dos últimos 13 anos. E certamente isso se refletirá em breve nos transportes públicos, na alimentação, etc.

Não bastaram poucos meses e o discurso se inverteu completamente. Enquanto isso, a economia segue afundando. Quais serão os próximos ataques à classe trabalhadora? Em que o momento o peso deixará de estar apenas em cima da população mais pobre? Não precisamos de Michel Temer ou de Henrique Meirelles. O povo não pode seguir pagando a conta.

Hoje meu coração sangrou de novo lembrando como a vida é injusta, diz filha de Genoíno

"Meu pai não foi gravado pedindo e nem oferecendo dinheiro, não foi visto com mala, não pediu para matar ninguém", mas foi condenado, disse Miruna, filha de José Genuíno

Jornal GGN - Em seu Facebook, a filha de José Genoíno faz desabafo:

Há quase 4 anos essa foto foi tirada. 15 de novembro de 2013, meu pai na Polícia Federal. De lá para cá, morando em São Paulo, obviamente vi a sede da PF várias vezes, mas nunca tinha ido para lá de novo... hoje tive que ir. Eu estava mentalizando isso há tempos, desde que não consegui outro lugar para agendar o passaporte, mas mesmo assim, foi muito, muito duro. Eu cheguei lá, com a Paulinha na mão, e na hora que olhei para aquela escada eu só pensava no meu pai, nessa imagem, nele do lado de lá da grade e eu do lado de fora, na calçada. Eu fiquei muito angustiada achando que não ia conseguir nem andar, parecia que eu não podia nem respirar. Mas e a minha filha?

Estava lá comigo

Não dava para fraquejar. Ela percebeu, claro, não teve muito jeito, mas eu fui falando com minha alma de filha-mãe, dizendo de algumas coisas que eu estava lembrando, e ela só me observava com aqueles olhinhos lindos, mas tão, tão expressivos! Encaramos a escada, encarei a portaria, subi, fiz o que tinha que fazer, mas para onde eu olhava, pensava... foi aqui o primeiro lugar do confinamento injusto do meu pai. Foi aqui que ele entrou. Foi aqui que o pesadelo começou.

Não ficamos mais de uma hora por lá, mas ainda estou, mais de 7 horas depois, com o coração apertado. Fico só aqui lembrando da injustiça, de como foi lá que tudo começou, de como tanta gente se calou diante do nosso sofrimento, de como tantos pensaram que poderia ser algo que ficasse "só com o Genoino". E fiquei ainda mais triste por ter vivido isso hoje, um dia depois da indignação com a não investigação do Golpista. Meu pai não foi gravado pedindo nem oferecendo dinheiro, não foi visto com mala, não pediu para matar ninguém. "Ele só podia saber" foi o que o condenou, e hoje meu coração sangrou de novo um pouquinho lembrando de como a vida é injusta.