sábado, 8 de julho de 2017

Política brasileira virou “espetáculo da traição”


"Michel Temer não é – e Rodrigo Maia não será – presidente do Brasil, mas esmerados servos do mercado, com o segundo prometendo, escandalosamente, fazer o que o primeiro não conseguiu", diz Fernando Brito, do blog Tijolaço.

Para o jornalista, o Brasil virou um país regido pela "deduragem", num deprimente "espetáculo de traição".

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Maia também está na delação de Eduardo Cunha


Movendo-se para assumir a presidência após a queda de Michel Temer, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), também será citado na delação premiada do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que estaria em fase final de negociação.

Maia aparece como destinatário de recursos de origem ilícita; da prisão, Cunha teria até mandado um recado a Maia por um intermediário, para avisá-lo de que ele também seria delatado.

A presidência da República pode trocar um investigado por outro.

Pensando bem

Temer se encontra com a morte política e pede tempo para terminar seu quadro… Temer não é só um político sem virtudes. Ele é um qualquer. Uma pessoa desprezível. E que sempre só existiu articulando nas sombras. E a presidência da República torna qualquer um num ser visível. E a visibilidade tem seu charme, mas pode ser demolidora, porque não revela apenas nossas qualidades.

Até o ‘Estadão’ ameaça abandonar Temer  O oligárquico jornal Estadão era um dos últimos biombos da mídia mercenária na defesa de Michel Temer. Mas em seu editorial desta quinta-feira (6), a decadente famiglia Mesquita deu os primeiros sinais de que também está próxima de abandonar o governo.

O Código Penal dos petralhas  E Fachin, então? Quem diria que o ministro que negou habeas corpus para uma mulher que furtou chicletes e dois desodorantes no valor de 42 reais de um mercado em Varginha, Minas Gerais, seria precisamente aquele que soltaria o homem da mala de Temer, gravado correndo na rua com meio milhão de reais e prestes a dar com a língua nos dentes?

Nossas desculpas ao menino Artur Cosme de Melo  Filho de Klebson Cosme da Silva e de Claudineia dos Santos Melo, Artur foi agredido de dentro do útero de sua mãe ao ser atingido covardemente por uma bala perdida na cidade de Duque de Caxias, na baixada fluminense. Desde então, esse bravo brasileirinho, apeado às pressas do conforto uterino, conheceu a face mais nefária do mundo que o aguardava.

Todos são iguais perante a lei… Será?  Afirma a nossa Constituição Federal que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza". As evidências, no entanto, demonstram que alguns são "mais iguais" do que outros. No caso de Aécio, o Supremo não somente negou a prisão e o reconduziu ao Congresso, como atestou sua "carreira elogiável", nas palavras do ministro Marco Aurélio Mello.  

Presente de grego  A reforma trabalhista foi minuciosamente arquitetada pela elite dos 5% mais ricos e poderosos do Brasil com o único objetivo de facilitar o aumento dos lucros do grande empresariado, à custa da retirada de direitos e conquistas sociais e trabalhistas que foram alcançadas com o suor do povo brasileiro durante décadas e décadas.

Temer inflacionou a corrupção  Chegamos ao fundo do poço no que tangue à degradação moral deste governo golpista. É inacreditável ver como o bando de corruptos que tomou de assalto o Brasil traça as prioridades para usar o dinheiro público de maneira totalmente inversa aos dos interesses da Nação.

Os preços e os valores de cada deputado  Impossibilitado pelas próprias circunstâncias de convencer o mais ingênuo dos parlamentares de sua inocência, Temer adota mais uma vez o lado mais espúrio da política e abre os cofres para comprar apoio. Esse mercado negro de votos é feito com dinheiro público e à luz do dia.

Sinal verde para a segunda fase do golpe: elite paulista autoriza os ‘amarelinhos’ saírem às ruas  Não. Definitivamente, as pessoas que vão às ruas, com direito a Champagne, cães da raça Poodle e requinte, não têm o poder de retirar, sequer, um cisco de poeira da cadeira presidencial.

Dallagnol incrementa o circo da Lava Jato e cobra para a Apae de olho em Lula  O garoto propaganda do negócio que envolve dinheiro promete informações em primeira mão aos participantes do show do servidor público, cujos salários são pagos com o suor dos contribuintes. Pois, perguntemos: quais são as informações de "primeira mão" que tal servidor vai repassar à plateia?

Temer Bonaparte: crise no golpe, endurecimento do regime  A nova fase do golpe, expressa pela ofensiva contra Temer, mostra um verdadeiro ataque descoberto contra o Congresso. Eis porque muitos setores da burguesia já assinam embaixo da proposta de Diretas Já. Já que as indiretas recolocariam o problema num patamar ainda mais caótico.

O direito à vida é um direito democrático As políticas sociais dos governos Lula e Dilma, reforçadas pelas políticas de cotas e de promoção dos direitos da igualdade racial e de gênero, conseguiram atenuar substancialmente os efeitos mais perversos da luta pela vida que a base popular é obrigada a enfrentar. Mas o inacreditável retrocesso social imposto pelo golpe revigorou a luta pela vida, que volta a ser uma necessidade imediata de grande parte do povo brasileiro

O emprego do futuro  O investimento em educação e qualificação do trabalhador é essencial para o desenvolvimento do Brasil. A tecnologia bate à porta e o emprego do futuro chega a cada dia, assim como, se faz urgente o incentivo ao empreendedorismo numa política de Estado para avançarmos.

Por que o Congresso ignora os sentimentos populares?  Porque ele foi sequestrado pelo poder econômico, uma situação que só começará a mudar se houver uma reforma da legislação eleitoral.

O encantado mundo de Aécio  O discurso de Aécio Neves no Senado Federal no ontem, 04/07, é um libelo; uma homenagem ao vício e a decadência política brasileira; mais do que enfadonha descrição auto-justificante expressa e retrata a essência, o espírito do atual momento pela qual passa o moribundo PSDB e seu movimento.

Flávio Dino condena agenda de "Reformas" equivocadas


Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), defende eleições diretas "para reconectar o sistema institucional com a soberania popular, como quer a Constituição", mas afirma que, "caso tenhamos um novo governo indireto, como tudo indica, espero que a agenda seja outra: estabilidade e não 'reformas' equivocadas".

Ganha força o cenário em que Michel Temer é afastado pela Câmara e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) assume seu posto.

Nesta sexta, Maia já prometeu ao mercado as reformas que Temer não conseguiu entregar.

"País está exaurido pela crise sem fim, pela agenda errada de retirar direitos, pelo desemprego, pelas incertezas políticas", completou Dino.

Renan diz que Maia é “saída constitucional”


Ex-líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL) afirmou que o governo Temer tem uma rejeição "quase universal" e que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é a opção constitucional para buscar sair da crise política.

"A sociedade quer se ver livre do governo de qualquer forma, por isso nós não podemos deixar de olhar a saída constitucional", disse.

"Rodrigo Maia, ele é a saída constitucional e nada mais recomendável olhar para ela", completou.

A ministra está equivocada ou a sociedade não entende a realidade

O problema ministra Cármen Lúcia  não é a falta de "comunicação" do Poder Judiciário com a "sociedade", mas as decisões da Justiça. Não há como entender uma sentença desconectada da realidade.

(...) direito é razão na relação da pólis, segundo a ministra. Mas que direito é esse? Que razão é essa?

Desde quando as ações de Aécio e sua laia, encontram amparo no Direito? Desde quando é correto libertar um criminoso prestes a delatar seu possível chefe?


Aragão: Amélia e "Reitor" dão o Golpe do STF

Quanto mais distante do povo melhor

Conversa Afiada, 07/07/2017


O Conversa Afiada reproduz artigo de Eugênio Aragão, ministro da Justiça do governo Dilma (ela acertou por último...):

As ideias de Ana Amélia, Cristóvam e outros "jênios" sobre a escolha de Ministros do STF
Leio hoje que a nata do reacionarismo do Senado Federal está a armar mais uma arapuca para a soberania popular. Quietinha e vendendo com falsa modéstia um arremedo de espírito público. Trata-se de uma PEC para transformar o STF para todo o sempre num cocker spaniel manso e festeiro para os donos do poder.

Qual é a ideia? Restringir o poder do presidente ou da presidenta da República na escolha dos ministros daquela corte. É engraçado que esse assunto só virou pauta política quando, por um desses acasos históricos, se abriu a oportunidade de os governos liderados pelo PT indicarem 13 ministros ao longo de 13 anos (e só não foram mais porque Gilmar Mendes articulou com Eduardo Cunha a votação a jato da PEC da bengala). 

O problema do STF definitivamente não é ter sido "aparelhado" pelo PT. O método de escolha dos agraciados seguiu, nos governos Lula e Dilma, uma lógica trôpega ou, até mesmo, lógica nenhuma: abria-se a vaga e logo se iniciava a gincana dos interessados em coroar seus currículos pessoais com o que entendiam ser um galardão. Penduravam-se em padrinhos, desde Delfim Netto a João Pedro Stédile; de Ministro da Justiça a Presidente do Supremo; Deputados, Senadores, Governadores e até Prefeitos... faziam fila nas ante-salas de seus gabinetes. Esperavam humildes por horas. Não havia chá de cadeira que fosse demorado demais para os ministros in spe.

É claro que a gincana favorecia os mais vaidosos e concorrentes mais cotovelentos e resilientes, aqueles que, quando vislumbravam uma ameaça a seu sonho de felicidade por um outro gincaneiro, tratavam de queimá-lo com imprensa, maledicências, fofoca e tudo! E, quando atacados, conseguiam manter-se de pé. O vencedor era coroado dentro dos cânones da Lei de Darwin. 

Esse tipo de recrutamento, é claro, não traz para a corte necessariamente os mais éticos, nem os mais habilitados. Traz os mais musculosos e bonitos. Traz os Johnny Bravos da carreira jurídica, incapazes de aguentarem uma crítica dos meios de comunicação de massa, impróprios para desempenhar o papel de juízes contramajoritários. São todos simpáticos. Abanam o rabinho quando querem o osso suculento da indicação. Choram de emoção quando chegam lá. Mas, investidos, têm medo de enfrentar a opinião pública, pois não querem queimar seu filme. Quando muito, se experimentam na defesa de direitos sexy, aqueles que até o liberalismo burguês da Rede Globo propugna. Isso dá brilho, dá a falsa ideia de ousadia e torna esses liberais pop. 

Aliás, por falar em aparelhamento, quem o promoveu, sempre foi o PSDB e o PMDB, que, ao não deixarem a gincana correr solta, fizeram questão de indicar seus pit-bulls. Gilmar é um deles e Alexandre de Moraes outro. Estes são adestrados para não deixar seus donos serem atacados e expostos. Já os lindinhos indicados nos governos do PT fazem festa e mais parecem ter compromisso com sua própria imagem. "Espelho, espelho meu...". 

Por isso é difícil, a esta altura, entender a intenção dos que querem mexer nas regras de indicação de ministros do STF. Afinal, varreram o PT do poder e, nem antes, o PT conseguira indicar ministros que o favorecessem. Na hora do perigo, todos preferiram abrigar-se na linguagem moralista e desancar seus patronos. 

O perigo da personalização da escolha é, portanto, um perigo que é criado apenas por aqueles que hoje querem mudar as regras. Ou será que estão com medo de Lula em 2018? 

Vamos à arapuca propriamente dita. Tem a carinha de Gilmar Mendes, tamanha a influência germanófila. Querem montar um grêmio à imagem e semelhança daquele que indica os juízes da corte constitucional federal tedesca. Só com uma diferença: enquanto lá a composição é tal que que contempla a política, a academia, os Länder e a sociedade civil, aqui seria formada pelos urubus-rei das corporações: presidentes de tribunais superiores, presidente do Conselho Federal da OAB, o PGR e o Defensor-Público-Geral da União. Um colegiado de juristas que bebem chopp do mesmo barril e frequentam a mesma loja maçônica. O povo que se dane. Não é apto para participar de tão grave escolha. 

A lista que for produzida, com três nomes resultantes do consenso entre comensais, será apresentada àquele ou àquela que representa a soberania popular. Ou seja: a soberania manietada, mais uma vez, pela elite da burocracia ou pela burocracia da elite. Serão ministros, advogados ricos, de escritórios de vastas redes de relações ou juristas acadêmicos que darão uma puxadinha de saco aos componentes do colégio eleitoral. A maioria desprovida de disposição de luta e alguns, até, de coluna vertebral. Assim é que nossa justiça continuará classista, mansa e subserviente aos interesses dos que mandam no país... que não é o povo! 

É isso que queremos? É justo ver criticamente o método de recrutamento de ministros do STF. Não porque sua escolha, pelo PT, tenha sido aparelhada. Mas porque se deu azo ao desfile de vaidades. É pedir muito a um chefe do executivo que escolha sozinho esses lindinhos, sem ter conhecimento da cultura rasteira das corporações. Fica, ele ou ela, a mercê de conselheiros de ocasião, todos pertencentes a uma torcida. 

Mas porque restringir o colégio aos de sempre? Já vimos que isso não funciona nem para controlar juízes e membros do MP, sujeitos à tutela disciplinar de colegiados com composição uniforme do estamento jurídico! Precisamos é desmistificar nosso direito, que não passa de um instrumento de manutenção do status quo numa sociedade profundamente desigual. Precisamos de mais povo, de mais sociedade civil! Precisamos de gente que enxergue no STF uma trincheira da democracia e da cidadania e não uma honraria fútil. Um grêmio que for composto apenas pelos urubus-rei não é capaz de inovar nada. Só restringirá o número de padrinhos para aqueles que participam da gincana.

Serra usou empresa global para lavar dinheiro

Vai para cela comum, porque não tem diploma superior reconhecido no Brasil - PHA

Conversa Afiada, 07/07/2017

O Nassif e Cintia Alves desvendam outras roubalheiras do maior ladrão do Brasil:

A LRC Eventos e Participações, uma das empresas da tradicional família Coutinho Nogueira, foi usada por José Serra (PSDB) para receber R$ 6 milhões da JBS via caixa 2, na disputa eleitoral de 2010, aponta o Ministério Público Federal.

Segundo a delação da JBS, Serra pediu "pessoalmente" a Joesley Batista uma contribuição para sua campanha a presidente, em 2010. Do total de R$ 20 milhões, R$ 13 milhões foram repassados regularmente ao candidato, com registro na Justiça Eleitoral; R$ 6 milhões foram pagos por meio da LRC e outros R$ 420 mil, transferidos à APPM Análises e Pesquisas.

À Procuradoria Geral da República, Joesley afirmou que houve "emissão de nota fiscal da LRC Eventos e Promoções para simular a aquisição de um camarote na Fórmula 1".

"Eles me deram nota de patrocínio de um camarote de um autódromo de Fórmula 1, como se nós tivéssemos comprado um camarote. E teve realmente esse camarote. Teve realmente essa corrida de Fórmula 1. Só não podia custar R$ 6 milhões", disse Joesley, segundo edição da Época Negócios de maio passado.

A mesma revista também apontou que a LRC é "empresa de um amigo de infância de Serra." 

O amigo em questão é o ex-presidente da LRC, Luís Roberto Coutinho Nogueira, morto em 2014. A empresa, que vende oficialmente ingressos e translado aéreo do GP Brasil de Fórmula 1, tem hoje entre os sócios os filhos de Luis Roberto, Fernanda e Roberto Coutinho Nogueira.

O pai de Luís Roberto é José Bonifácio Coutinho Nogueira, ex-secretário de Agricultura e Educação de São Paulo, ex-presidente da UNE, ex-diretor da TV Cultura e fundador do grupo EPTV - afiliada da Globo no interior paulista - além de primeiro presidente da Fundação Padre Anchieta. 

Atualmente, o Grupo EPTV, com quase 40 anos, tem em seu quadro societário Antonio Carlos Coutinho Nogueira e José Bonifácio Coutinho Nogueira Filhos, tios dos donos da LRC.

Ao GGN, Antonio Carlos ressaltou que, apesar do laço sanguíneo, a EPTV e a LRC não mantêm relações empresariais - são formadas por braços distintos da mesma família, que é muito "grande" - e a emissora tampouco teve participação na campanha de Serra.

EMPRESA QUE TRABALHOU NA CAMPANHA DE 2010 TAMBÉM É CITADA
Outra empresa que recebeu parte dos recursos solicitado por Serra a Joesley Batista - cerca de R$ 420 mil - foi a APPM Análises e Pesquisas, apontou o procurador-geral Rodrigo Janot.

A APPM trabalhou para o PSDB na campanha de 2010, fazendo os chamados tracking - pesquisas eleitorais diária, via telefone - segundo informação da Veja, de junho de 2010.

A revista apontou que as pesquisas da APPM, à época, "levavam a assinatura" de Antonio Prado Júnior, o Paeco, e do cientista político Antônio Lavareda.

Paeco ainda comanda a empresa. Já Lavareda informou ao GGN que não fazia parte do quadro societário à época dos acontecimentos e não trabalhou especificamente na campanha de Serra em 2010.

De acordo com o site oficial, a APPM foi contratada por órgãos ligadas à gestão do PSDB em São Paulo, como a Sabesp. Também tem entre seus clientes a agência Lua Branca, de Luiz Zinger González, marqueteiro de Serra na derrota para Dilma Rousseff (PT).

A esposa de Paeco, Iara Glória Areias Prado, foi secretária de Educação da Prefeitura de São Paulo e passou pela empresa de consultoria PRS, de Paulo Renato de Souza, que foi ministro da Educação no governo FHC.

Janot pediu ao Supremo que o caso de Serra seja redistribuído a outro ministro que não Edson Fachin, porque embora as revelações tenham sido feitas pela JBS, não há conexão com a Lava Jato com foco na Petrobras.

Folha de S. Paulo disse que "não conseguiu contato com as empresas" acusadas, mas Serra, por meio de assessoria de imprensa, afirmou que "todas as suas campanhas eleitorais foram conduzidas dentro da lei".

Dilma tira sarro do golpe de Maia contra Temer


Traída por Michel Temer, a presidente legítima Dilma Rousseff debochou do destino de seu sucessor, que está sendo traído à luz do dia pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"Desde [Karl] Marx sabemos: a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. Golpe 2016: tragédia. 2017: farsa das elites", escreveu Dilma no Twitter; "Em vez de carta, Twitter.

A verba volant scripta manent!", escreveu ainda Dilma, em referência às manifestações desta sexta-feira de Maia, que foi ao Twitter prometendo as reformas que Temer, denunciado por corrupção e, em breve, obstrução judicial, não é mais capaz de entregar.

"O governo caiu", diz Cássio Cunha Lima


Um dos aliados mais próximos de Aécio Neves, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirmou em conversa com investidores que, se depender do processo na Câmara, “dentro de 15 dias o país terá um novo presidente”.

Cunha Lima enfatizou que Rodrigo Maia já teria dado sinais de que não mexerá na equipe econômica se chegar ao Planalto; na avaliação de Cunha Lima, a “instabilidade aumentou” com a prisão de Geddel Vieira Lima, o avanço da delação de Eduardo Cunha e a escolha de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) como relator da denúncia na CCJ.

“O governo caiu”, resumiu o senador, evidenciando que o tucanato já rifou Michel Temer.

Ontem, o presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati, admitiu que o Brasil "caminha para a ingovernabilidade" e defendeu o nome de Rodrigo Maia para fazer a "travessia".