sexta-feira, 7 de julho de 2017

Aragão: Amélia e "Reitor" dão o Golpe do STF

Quanto mais distante do povo melhor

Conversa Afiada, 07/07/2017


O Conversa Afiada reproduz artigo de Eugênio Aragão, ministro da Justiça do governo Dilma (ela acertou por último...):

As ideias de Ana Amélia, Cristóvam e outros "jênios" sobre a escolha de Ministros do STF
Leio hoje que a nata do reacionarismo do Senado Federal está a armar mais uma arapuca para a soberania popular. Quietinha e vendendo com falsa modéstia um arremedo de espírito público. Trata-se de uma PEC para transformar o STF para todo o sempre num cocker spaniel manso e festeiro para os donos do poder.

Qual é a ideia? Restringir o poder do presidente ou da presidenta da República na escolha dos ministros daquela corte. É engraçado que esse assunto só virou pauta política quando, por um desses acasos históricos, se abriu a oportunidade de os governos liderados pelo PT indicarem 13 ministros ao longo de 13 anos (e só não foram mais porque Gilmar Mendes articulou com Eduardo Cunha a votação a jato da PEC da bengala). 

O problema do STF definitivamente não é ter sido "aparelhado" pelo PT. O método de escolha dos agraciados seguiu, nos governos Lula e Dilma, uma lógica trôpega ou, até mesmo, lógica nenhuma: abria-se a vaga e logo se iniciava a gincana dos interessados em coroar seus currículos pessoais com o que entendiam ser um galardão. Penduravam-se em padrinhos, desde Delfim Netto a João Pedro Stédile; de Ministro da Justiça a Presidente do Supremo; Deputados, Senadores, Governadores e até Prefeitos... faziam fila nas ante-salas de seus gabinetes. Esperavam humildes por horas. Não havia chá de cadeira que fosse demorado demais para os ministros in spe.

É claro que a gincana favorecia os mais vaidosos e concorrentes mais cotovelentos e resilientes, aqueles que, quando vislumbravam uma ameaça a seu sonho de felicidade por um outro gincaneiro, tratavam de queimá-lo com imprensa, maledicências, fofoca e tudo! E, quando atacados, conseguiam manter-se de pé. O vencedor era coroado dentro dos cânones da Lei de Darwin. 

Esse tipo de recrutamento, é claro, não traz para a corte necessariamente os mais éticos, nem os mais habilitados. Traz os mais musculosos e bonitos. Traz os Johnny Bravos da carreira jurídica, incapazes de aguentarem uma crítica dos meios de comunicação de massa, impróprios para desempenhar o papel de juízes contramajoritários. São todos simpáticos. Abanam o rabinho quando querem o osso suculento da indicação. Choram de emoção quando chegam lá. Mas, investidos, têm medo de enfrentar a opinião pública, pois não querem queimar seu filme. Quando muito, se experimentam na defesa de direitos sexy, aqueles que até o liberalismo burguês da Rede Globo propugna. Isso dá brilho, dá a falsa ideia de ousadia e torna esses liberais pop. 

Aliás, por falar em aparelhamento, quem o promoveu, sempre foi o PSDB e o PMDB, que, ao não deixarem a gincana correr solta, fizeram questão de indicar seus pit-bulls. Gilmar é um deles e Alexandre de Moraes outro. Estes são adestrados para não deixar seus donos serem atacados e expostos. Já os lindinhos indicados nos governos do PT fazem festa e mais parecem ter compromisso com sua própria imagem. "Espelho, espelho meu...". 

Por isso é difícil, a esta altura, entender a intenção dos que querem mexer nas regras de indicação de ministros do STF. Afinal, varreram o PT do poder e, nem antes, o PT conseguira indicar ministros que o favorecessem. Na hora do perigo, todos preferiram abrigar-se na linguagem moralista e desancar seus patronos. 

O perigo da personalização da escolha é, portanto, um perigo que é criado apenas por aqueles que hoje querem mudar as regras. Ou será que estão com medo de Lula em 2018? 

Vamos à arapuca propriamente dita. Tem a carinha de Gilmar Mendes, tamanha a influência germanófila. Querem montar um grêmio à imagem e semelhança daquele que indica os juízes da corte constitucional federal tedesca. Só com uma diferença: enquanto lá a composição é tal que que contempla a política, a academia, os Länder e a sociedade civil, aqui seria formada pelos urubus-rei das corporações: presidentes de tribunais superiores, presidente do Conselho Federal da OAB, o PGR e o Defensor-Público-Geral da União. Um colegiado de juristas que bebem chopp do mesmo barril e frequentam a mesma loja maçônica. O povo que se dane. Não é apto para participar de tão grave escolha. 

A lista que for produzida, com três nomes resultantes do consenso entre comensais, será apresentada àquele ou àquela que representa a soberania popular. Ou seja: a soberania manietada, mais uma vez, pela elite da burocracia ou pela burocracia da elite. Serão ministros, advogados ricos, de escritórios de vastas redes de relações ou juristas acadêmicos que darão uma puxadinha de saco aos componentes do colégio eleitoral. A maioria desprovida de disposição de luta e alguns, até, de coluna vertebral. Assim é que nossa justiça continuará classista, mansa e subserviente aos interesses dos que mandam no país... que não é o povo! 

É isso que queremos? É justo ver criticamente o método de recrutamento de ministros do STF. Não porque sua escolha, pelo PT, tenha sido aparelhada. Mas porque se deu azo ao desfile de vaidades. É pedir muito a um chefe do executivo que escolha sozinho esses lindinhos, sem ter conhecimento da cultura rasteira das corporações. Fica, ele ou ela, a mercê de conselheiros de ocasião, todos pertencentes a uma torcida. 

Mas porque restringir o colégio aos de sempre? Já vimos que isso não funciona nem para controlar juízes e membros do MP, sujeitos à tutela disciplinar de colegiados com composição uniforme do estamento jurídico! Precisamos é desmistificar nosso direito, que não passa de um instrumento de manutenção do status quo numa sociedade profundamente desigual. Precisamos de mais povo, de mais sociedade civil! Precisamos de gente que enxergue no STF uma trincheira da democracia e da cidadania e não uma honraria fútil. Um grêmio que for composto apenas pelos urubus-rei não é capaz de inovar nada. Só restringirá o número de padrinhos para aqueles que participam da gincana.

Serra usou empresa global para lavar dinheiro

Vai para cela comum, porque não tem diploma superior reconhecido no Brasil - PHA

Conversa Afiada, 07/07/2017

O Nassif e Cintia Alves desvendam outras roubalheiras do maior ladrão do Brasil:

A LRC Eventos e Participações, uma das empresas da tradicional família Coutinho Nogueira, foi usada por José Serra (PSDB) para receber R$ 6 milhões da JBS via caixa 2, na disputa eleitoral de 2010, aponta o Ministério Público Federal.

Segundo a delação da JBS, Serra pediu "pessoalmente" a Joesley Batista uma contribuição para sua campanha a presidente, em 2010. Do total de R$ 20 milhões, R$ 13 milhões foram repassados regularmente ao candidato, com registro na Justiça Eleitoral; R$ 6 milhões foram pagos por meio da LRC e outros R$ 420 mil, transferidos à APPM Análises e Pesquisas.

À Procuradoria Geral da República, Joesley afirmou que houve "emissão de nota fiscal da LRC Eventos e Promoções para simular a aquisição de um camarote na Fórmula 1".

"Eles me deram nota de patrocínio de um camarote de um autódromo de Fórmula 1, como se nós tivéssemos comprado um camarote. E teve realmente esse camarote. Teve realmente essa corrida de Fórmula 1. Só não podia custar R$ 6 milhões", disse Joesley, segundo edição da Época Negócios de maio passado.

A mesma revista também apontou que a LRC é "empresa de um amigo de infância de Serra." 

O amigo em questão é o ex-presidente da LRC, Luís Roberto Coutinho Nogueira, morto em 2014. A empresa, que vende oficialmente ingressos e translado aéreo do GP Brasil de Fórmula 1, tem hoje entre os sócios os filhos de Luis Roberto, Fernanda e Roberto Coutinho Nogueira.

O pai de Luís Roberto é José Bonifácio Coutinho Nogueira, ex-secretário de Agricultura e Educação de São Paulo, ex-presidente da UNE, ex-diretor da TV Cultura e fundador do grupo EPTV - afiliada da Globo no interior paulista - além de primeiro presidente da Fundação Padre Anchieta. 

Atualmente, o Grupo EPTV, com quase 40 anos, tem em seu quadro societário Antonio Carlos Coutinho Nogueira e José Bonifácio Coutinho Nogueira Filhos, tios dos donos da LRC.

Ao GGN, Antonio Carlos ressaltou que, apesar do laço sanguíneo, a EPTV e a LRC não mantêm relações empresariais - são formadas por braços distintos da mesma família, que é muito "grande" - e a emissora tampouco teve participação na campanha de Serra.

EMPRESA QUE TRABALHOU NA CAMPANHA DE 2010 TAMBÉM É CITADA
Outra empresa que recebeu parte dos recursos solicitado por Serra a Joesley Batista - cerca de R$ 420 mil - foi a APPM Análises e Pesquisas, apontou o procurador-geral Rodrigo Janot.

A APPM trabalhou para o PSDB na campanha de 2010, fazendo os chamados tracking - pesquisas eleitorais diária, via telefone - segundo informação da Veja, de junho de 2010.

A revista apontou que as pesquisas da APPM, à época, "levavam a assinatura" de Antonio Prado Júnior, o Paeco, e do cientista político Antônio Lavareda.

Paeco ainda comanda a empresa. Já Lavareda informou ao GGN que não fazia parte do quadro societário à época dos acontecimentos e não trabalhou especificamente na campanha de Serra em 2010.

De acordo com o site oficial, a APPM foi contratada por órgãos ligadas à gestão do PSDB em São Paulo, como a Sabesp. Também tem entre seus clientes a agência Lua Branca, de Luiz Zinger González, marqueteiro de Serra na derrota para Dilma Rousseff (PT).

A esposa de Paeco, Iara Glória Areias Prado, foi secretária de Educação da Prefeitura de São Paulo e passou pela empresa de consultoria PRS, de Paulo Renato de Souza, que foi ministro da Educação no governo FHC.

Janot pediu ao Supremo que o caso de Serra seja redistribuído a outro ministro que não Edson Fachin, porque embora as revelações tenham sido feitas pela JBS, não há conexão com a Lava Jato com foco na Petrobras.

Folha de S. Paulo disse que "não conseguiu contato com as empresas" acusadas, mas Serra, por meio de assessoria de imprensa, afirmou que "todas as suas campanhas eleitorais foram conduzidas dentro da lei".

Dilma tira sarro do golpe de Maia contra Temer


Traída por Michel Temer, a presidente legítima Dilma Rousseff debochou do destino de seu sucessor, que está sendo traído à luz do dia pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"Desde [Karl] Marx sabemos: a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa. Golpe 2016: tragédia. 2017: farsa das elites", escreveu Dilma no Twitter; "Em vez de carta, Twitter.

A verba volant scripta manent!", escreveu ainda Dilma, em referência às manifestações desta sexta-feira de Maia, que foi ao Twitter prometendo as reformas que Temer, denunciado por corrupção e, em breve, obstrução judicial, não é mais capaz de entregar.

"O governo caiu", diz Cássio Cunha Lima


Um dos aliados mais próximos de Aécio Neves, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirmou em conversa com investidores que, se depender do processo na Câmara, “dentro de 15 dias o país terá um novo presidente”.

Cunha Lima enfatizou que Rodrigo Maia já teria dado sinais de que não mexerá na equipe econômica se chegar ao Planalto; na avaliação de Cunha Lima, a “instabilidade aumentou” com a prisão de Geddel Vieira Lima, o avanço da delação de Eduardo Cunha e a escolha de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) como relator da denúncia na CCJ.

“O governo caiu”, resumiu o senador, evidenciando que o tucanato já rifou Michel Temer.

Ontem, o presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati, admitiu que o Brasil "caminha para a ingovernabilidade" e defendeu o nome de Rodrigo Maia para fazer a "travessia".

Maia disse a Tasso que manterá equipe econômica se assumir a vaga de Temer

Blog do Josias de Souza, 07/07/2017

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, conversou com o senador Tasso Jereissati (CE), comandante interino do PSDB. Foi um diálogo franco. Falaram sobre a hipótese de afastamento do presidente da República. Tasso queria saber o que Maia faria se o trono lhe caísse no colo. E o substituto constitucional de Michel Temer esboçou alguns compromissos. Entre eles o de manter a equipe econômica, retomar a reforma da Previdência e higienizar o gabinete ministerial. Chegou mesmo a dizer que não hesitaria em deslocar do Planalto o seu sogro, Moreira Franco, hoje ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

Depois desse encontro, Tasso e outros tucanos, que não suportavam a ideia de ter que chamar Rodrigo Maia de presidente da República, passaram a tratá-lo como um mal menor diante do caos —ou de Temer, que avaliam ser a mesma coisa. A cúpula do DEM assegura que não há uma conspiração contra Temer. Não precisa. Quando um presidente escapa ao controle e consome a si mesmo, o primeiro nome da linha sucessória cresce como cipreste à beira do túmulo. Maia não precisou tramar contra Temer. Pelo contrário, mantém um comportamento discreto.

Temer sabe como essas coisas funcionam. Ele era um vice-presidente “decorativo” quando o derretimento de Dilma Rousseff o levou a afirmar que ''ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo'' de 7% de aprovação. Ou que o país precisa de alguém que ''tenha a capacidade de reunificar a todos''. Não imaginou que um ano depois, acomodado na poltrona de presidente, entraria num processo de autocombustão capaz de transformar Rodrigo Maia numa opção para o pós-Temer.

Na noite de quarta-feira, às vésperas de voar para a reunião do G-20, na Alemanha, Temer reuniu seus ministros para cobrar lealdade e empenho na obtenção de votos para derrubar na Câmara a denúncia que o acusa de corrupção. Entre os ministros que ouviram o apelo estava, por exemplo, Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia). Horas antes, seu pai, o senador homônimo Fernando Bezerra (PSB-PE), conversava sobre o esfarelamento de Temer com o colega Agripino Maia, presidente do DEM, partido do ministro Mendonça Filho (Educação), outro auxiliar a quem Temer dirigiu seus apelos.

A conversa entre Bezerra e Agripino envolveu também os senadores tucanos Tasso Jereissati e Cássio Cunha Lima, correligionários de mais três ministros submetidos às cobranças de Temer: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades). Os auxiliares do presidente gostariam de ajudá-lo. O tucano Aloysio chegou a veicular um vídeo defendendo Temer. Mas a Esplanada dos Ministérios não controla o Legislativo. Pior: Temer não segura nem as rédeas do seu PMDB.

Pemedebista como Temer, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Rodrigo Pacheco (MG), jacta-se de sua “independência”. Atravessou no caminho do presidente um relator duro de roer para a denúncia que lhe pesa sobre os ombros: Sergio Zveiter (RJ), outro peemedegista que tem orgulho de ser “independente.”

O Planalto receia ser surpreendido por um relatório de Zveiter a favor da concessão de licença para que o Supremo Tribunal Federal transforme Temer em réu, afastando-o da Presidência por pelo menos 180 dias. ''Se o relator, que é do PMDB, der um voto para afastar o Temer, cai uma pilastra. Aí não tem jeito. Quer coisa mais significativa que isto?'', perguntou o tucano Tasso nesta quinta-feira.

As coisas poderiam estar melhores para Temer. Mas o presidente escolheu o seu próprio caminho para o inferno ao receber no escurinho do Jaburu o delator Joesley Batista, da JBS. Já estava cercado de amigos e auxiliares presos e investigados. E tornou-se o primeiro presidente da história a ser denunciado por corrupção no exercício do cargo. Para complicar, desligou-se da realidade. Diz que a denúncia da Procuradoria é “ficção” e que tudo vai acabar bem porque ''temos um projeto'' e a “crise econômica no Brasil não existe”.

Um governo em que o presidente fabrica a partir do nada uma encrenca que pode lhe custar o mandato não precisa de adversários. Sobretudo quando aliados como Eduardo Cunha e operadores como Lúcio Funaro frequentam a cadeia como delações esperando para acontecer. “A crise caminha com suas próprias pernas”, disse ao blog um dirigente do DEM, para realçar que Rodrigo Maia “não procurou ninguém, foi procurado.”

Diante do assédio, acrescentou o apologista de Maia, ''ele não pode continuar como uma esfinge. Precisa falar sobre o futuro, sob pena de se descredenciar como condutor da transição.”

Temer apresentara-se ao país como presidente da salvação nacional. Cercou-se de ministros e aliados mais interessados em salvar a si mesmos. Imune de investigações por crimes praticados antes do mandato de presidente, cuidou de oferecer à Procuradoria crimes novinhos em folha. É como se Temer empurrasse a poltrona de presidente na direção dos glúteos Rodrigo Maia —um personagem que seria internado como um louco se dissesse há um ano que estava na bica de assumir a Planalto como representante do DEM, numa vaga do PMDB, com o apoio do PSDB. Temer está prestes a conseguir o impossível.

Maia promete ao mercado reformas que Temer não consegue entregar


Disposto a assumir a cadeira que Michel Temer usurpou da presidente legítima Dilma Rousseff, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi às redes sociais prometendo reformas que o atual ocupante da presidência da República não conseguirá entregar.

"Não podemos estar satisfeitos apenas com a reforma trabalhista. Temos Previdência, Tributária e mudanças na legislação de segurança pública", afirmou.

Com isso, ele espera consolidar o apoio do mercado financeiro para rapidamente substituir Temer, denunciado por corrupção e prestes a ser também implicado por obstrução judicial.

Temer finge que governa e é massacrado nas redes

247 - Michel Temer fez várias postagens nas redes sociais, nesta sexta-feira, tentando exaltar sua presença na reunião do G-20, onde seu nome não consta nem na programação oficial.

Enquanto isso, ele foi enterrado vivo por aliados como Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que já tratam abertamente do governo Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também assumiu explicitamente sua condição de presidenciável.

Nas redes sociais, como de costume, Temer foi massacrado pelos internautas, que cobram explicações sobre os escândalos de corrupção em série e a depressão econômica.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Joesley matou Temer ao secar a fonte de Cunha



O tiro de misericórdia em Michel Temer não foi o do empresário Joesley Batista, que o gravou no Palácio do Jaburu dando aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro.

Ele será dado pelo próprio Cunha, que, ao perder a mesada de Joesley, ficou sem saída.

Já condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem, ele receberia fatalmente uma nova condenação por obstrução judicial, ao vender o seu silêncio.

Sua delação, já em fase adiantada, tem mais de 100 anexos e atinge diretamente Temer, colocado no poder graças ao impeachment sem crime de responsabilidade aceito por Cunha.

Temer cavou sua cova ao dar as costas à ética

Blog do Josias de Souza, 06/07/2017 20:57

Michel Temer está aborrecido. Um auxiliar do presidente conta que ele se considera injustiçado. Reclama da imprensa, que não reconhece os seus feitos. Queixa-se da Procuradoria, que atrapalha o seu sucesso. Temer diz que herdou de Dilma o caos. E, com coragem, tirou o país do buraco.

Mesmo reservadamente, o presidente fala de si mesmo como se fosse um ser especial. Não é o cinismo de Temer que espanta. O que assusta é que ele acredita mesmo que tem uma missão de inspiração divina e, portanto, indiscutível.

Com apenas 7% de popularidade, o presidente não dispõe do suporte da sociedade. E perde em ritmo preocupante o apoio do Congresso e do empresariado. Mas Temer fala do seu governo e de suas realizações, em público e entre quatro paredes, como se estivesse acometido do pior tipo de ilusão: a ilusão de que preside.

Antes de viajar para a reunião do G-20, na Alemanha, Temer jogou na internet um vídeo ufanista. Nele, enumerou as conquistas que se autoatribui. E disse que o Brasil já é outro. Tem razão.

Quando Temer assumiu, referia-se à Lava Jato como uma referência a ser protegida. Hoje, seus ministros e apoiadores estão presos ou sitiados por inquéritos. E o presidente foi denunciado por corrupção.

Temer cometeu o erro primário de imaginar que poderia governar de costas para a ética. E acha que não se deve comprometer a salvação do país por algo tão supérfluo como a moralidade.

As contas do presidente Maia

Já pode mandar fazer o terno

Conversa Afiada, 06/07/2017

Falta combinar com a Odebrecht

De um tucano no Senado:

- Rodrigo Maia teve 293 votos para ser presidente da Câmara

- Com 342 votos na Câmara o ladrão presidente vai para a cadeia

- Maia tem patrimônio suficiente para assumir o Governo

Muitos petistas e muitos tucanos preferem que o ladrão presidente sangre até 2018.

Dessa forma o Lula se elegeria mais fácil e o PSDB elegeria o Luciano Hulk.

Mas, o Rodrigo Maia tem a faca e o queijo nas mãos.

E os votos.

E o regimento.

E o relógio.

E por que cargas d''água ele haveria de segurar o Temer e não sentar na cadeira em que o Serra jamais sentará?


PHA