sexta-feira, 7 de julho de 2017

Maia disse a Tasso que manterá equipe econômica se assumir a vaga de Temer

Blog do Josias de Souza, 07/07/2017

O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, conversou com o senador Tasso Jereissati (CE), comandante interino do PSDB. Foi um diálogo franco. Falaram sobre a hipótese de afastamento do presidente da República. Tasso queria saber o que Maia faria se o trono lhe caísse no colo. E o substituto constitucional de Michel Temer esboçou alguns compromissos. Entre eles o de manter a equipe econômica, retomar a reforma da Previdência e higienizar o gabinete ministerial. Chegou mesmo a dizer que não hesitaria em deslocar do Planalto o seu sogro, Moreira Franco, hoje ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

Depois desse encontro, Tasso e outros tucanos, que não suportavam a ideia de ter que chamar Rodrigo Maia de presidente da República, passaram a tratá-lo como um mal menor diante do caos —ou de Temer, que avaliam ser a mesma coisa. A cúpula do DEM assegura que não há uma conspiração contra Temer. Não precisa. Quando um presidente escapa ao controle e consome a si mesmo, o primeiro nome da linha sucessória cresce como cipreste à beira do túmulo. Maia não precisou tramar contra Temer. Pelo contrário, mantém um comportamento discreto.

Temer sabe como essas coisas funcionam. Ele era um vice-presidente “decorativo” quando o derretimento de Dilma Rousseff o levou a afirmar que ''ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo'' de 7% de aprovação. Ou que o país precisa de alguém que ''tenha a capacidade de reunificar a todos''. Não imaginou que um ano depois, acomodado na poltrona de presidente, entraria num processo de autocombustão capaz de transformar Rodrigo Maia numa opção para o pós-Temer.

Na noite de quarta-feira, às vésperas de voar para a reunião do G-20, na Alemanha, Temer reuniu seus ministros para cobrar lealdade e empenho na obtenção de votos para derrubar na Câmara a denúncia que o acusa de corrupção. Entre os ministros que ouviram o apelo estava, por exemplo, Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia). Horas antes, seu pai, o senador homônimo Fernando Bezerra (PSB-PE), conversava sobre o esfarelamento de Temer com o colega Agripino Maia, presidente do DEM, partido do ministro Mendonça Filho (Educação), outro auxiliar a quem Temer dirigiu seus apelos.

A conversa entre Bezerra e Agripino envolveu também os senadores tucanos Tasso Jereissati e Cássio Cunha Lima, correligionários de mais três ministros submetidos às cobranças de Temer: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades). Os auxiliares do presidente gostariam de ajudá-lo. O tucano Aloysio chegou a veicular um vídeo defendendo Temer. Mas a Esplanada dos Ministérios não controla o Legislativo. Pior: Temer não segura nem as rédeas do seu PMDB.

Pemedebista como Temer, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Rodrigo Pacheco (MG), jacta-se de sua “independência”. Atravessou no caminho do presidente um relator duro de roer para a denúncia que lhe pesa sobre os ombros: Sergio Zveiter (RJ), outro peemedegista que tem orgulho de ser “independente.”

O Planalto receia ser surpreendido por um relatório de Zveiter a favor da concessão de licença para que o Supremo Tribunal Federal transforme Temer em réu, afastando-o da Presidência por pelo menos 180 dias. ''Se o relator, que é do PMDB, der um voto para afastar o Temer, cai uma pilastra. Aí não tem jeito. Quer coisa mais significativa que isto?'', perguntou o tucano Tasso nesta quinta-feira.

As coisas poderiam estar melhores para Temer. Mas o presidente escolheu o seu próprio caminho para o inferno ao receber no escurinho do Jaburu o delator Joesley Batista, da JBS. Já estava cercado de amigos e auxiliares presos e investigados. E tornou-se o primeiro presidente da história a ser denunciado por corrupção no exercício do cargo. Para complicar, desligou-se da realidade. Diz que a denúncia da Procuradoria é “ficção” e que tudo vai acabar bem porque ''temos um projeto'' e a “crise econômica no Brasil não existe”.

Um governo em que o presidente fabrica a partir do nada uma encrenca que pode lhe custar o mandato não precisa de adversários. Sobretudo quando aliados como Eduardo Cunha e operadores como Lúcio Funaro frequentam a cadeia como delações esperando para acontecer. “A crise caminha com suas próprias pernas”, disse ao blog um dirigente do DEM, para realçar que Rodrigo Maia “não procurou ninguém, foi procurado.”

Diante do assédio, acrescentou o apologista de Maia, ''ele não pode continuar como uma esfinge. Precisa falar sobre o futuro, sob pena de se descredenciar como condutor da transição.”

Temer apresentara-se ao país como presidente da salvação nacional. Cercou-se de ministros e aliados mais interessados em salvar a si mesmos. Imune de investigações por crimes praticados antes do mandato de presidente, cuidou de oferecer à Procuradoria crimes novinhos em folha. É como se Temer empurrasse a poltrona de presidente na direção dos glúteos Rodrigo Maia —um personagem que seria internado como um louco se dissesse há um ano que estava na bica de assumir a Planalto como representante do DEM, numa vaga do PMDB, com o apoio do PSDB. Temer está prestes a conseguir o impossível.

Maia promete ao mercado reformas que Temer não consegue entregar


Disposto a assumir a cadeira que Michel Temer usurpou da presidente legítima Dilma Rousseff, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi às redes sociais prometendo reformas que o atual ocupante da presidência da República não conseguirá entregar.

"Não podemos estar satisfeitos apenas com a reforma trabalhista. Temos Previdência, Tributária e mudanças na legislação de segurança pública", afirmou.

Com isso, ele espera consolidar o apoio do mercado financeiro para rapidamente substituir Temer, denunciado por corrupção e prestes a ser também implicado por obstrução judicial.

Temer finge que governa e é massacrado nas redes

247 - Michel Temer fez várias postagens nas redes sociais, nesta sexta-feira, tentando exaltar sua presença na reunião do G-20, onde seu nome não consta nem na programação oficial.

Enquanto isso, ele foi enterrado vivo por aliados como Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que já tratam abertamente do governo Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também assumiu explicitamente sua condição de presidenciável.

Nas redes sociais, como de costume, Temer foi massacrado pelos internautas, que cobram explicações sobre os escândalos de corrupção em série e a depressão econômica.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Joesley matou Temer ao secar a fonte de Cunha



O tiro de misericórdia em Michel Temer não foi o do empresário Joesley Batista, que o gravou no Palácio do Jaburu dando aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro.

Ele será dado pelo próprio Cunha, que, ao perder a mesada de Joesley, ficou sem saída.

Já condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem, ele receberia fatalmente uma nova condenação por obstrução judicial, ao vender o seu silêncio.

Sua delação, já em fase adiantada, tem mais de 100 anexos e atinge diretamente Temer, colocado no poder graças ao impeachment sem crime de responsabilidade aceito por Cunha.

Temer cavou sua cova ao dar as costas à ética

Blog do Josias de Souza, 06/07/2017 20:57

Michel Temer está aborrecido. Um auxiliar do presidente conta que ele se considera injustiçado. Reclama da imprensa, que não reconhece os seus feitos. Queixa-se da Procuradoria, que atrapalha o seu sucesso. Temer diz que herdou de Dilma o caos. E, com coragem, tirou o país do buraco.

Mesmo reservadamente, o presidente fala de si mesmo como se fosse um ser especial. Não é o cinismo de Temer que espanta. O que assusta é que ele acredita mesmo que tem uma missão de inspiração divina e, portanto, indiscutível.

Com apenas 7% de popularidade, o presidente não dispõe do suporte da sociedade. E perde em ritmo preocupante o apoio do Congresso e do empresariado. Mas Temer fala do seu governo e de suas realizações, em público e entre quatro paredes, como se estivesse acometido do pior tipo de ilusão: a ilusão de que preside.

Antes de viajar para a reunião do G-20, na Alemanha, Temer jogou na internet um vídeo ufanista. Nele, enumerou as conquistas que se autoatribui. E disse que o Brasil já é outro. Tem razão.

Quando Temer assumiu, referia-se à Lava Jato como uma referência a ser protegida. Hoje, seus ministros e apoiadores estão presos ou sitiados por inquéritos. E o presidente foi denunciado por corrupção.

Temer cometeu o erro primário de imaginar que poderia governar de costas para a ética. E acha que não se deve comprometer a salvação do país por algo tão supérfluo como a moralidade.

As contas do presidente Maia

Já pode mandar fazer o terno

Conversa Afiada, 06/07/2017

Falta combinar com a Odebrecht

De um tucano no Senado:

- Rodrigo Maia teve 293 votos para ser presidente da Câmara

- Com 342 votos na Câmara o ladrão presidente vai para a cadeia

- Maia tem patrimônio suficiente para assumir o Governo

Muitos petistas e muitos tucanos preferem que o ladrão presidente sangre até 2018.

Dessa forma o Lula se elegeria mais fácil e o PSDB elegeria o Luciano Hulk.

Mas, o Rodrigo Maia tem a faca e o queijo nas mãos.

E os votos.

E o regimento.

E o relógio.

E por que cargas d''água ele haveria de segurar o Temer e não sentar na cadeira em que o Serra jamais sentará?


PHA

Prescrevem vantagens indevidas do FHC Brasif

Mas, que recebeu, recebeu...


publicado 06/07/2017
Reprodução: Twitter/@DilmaResiste

Como se sabe, Emílio Odebrecht - que deveria estar na mesma cela do filho - revelou que deu "vantagens indevidas" ao FHC Brasif.

Da mesma forma que confessou ter montado uma trampa com a Globo Overseas para manipular as privatarias do FHC Brasif.

A Justiça acaba de considerar prescritos os crimes do FHC Brasif.

Falta decidir sobre o trampo da Globo...

A Justiça arquivou o pedido de investigação envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com base no desmembramento da lista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, a partir da delação de Emílio Odebrecht. Em despacho assinado nesta quarta-feira, 5, o juiz federal substituto da 8.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Márcio Assad Guardia, determinou o arquivamento do caso por reconhecer a prescrição da pretensão punitiva estatal – o Estado perdeu o direito de punir FHC porque o fato relatado é muito antigo. (...)

Mendes deve renunciar ao cargo de ministro do STF para disputar vaga no Senado pelo Mato Grosso

Caso ele seja candidato, você sabe por qual partido?

Integrantes do Supremo Tribunal Federal revelam que o ministro Gilmar Mendes deve renunciar em setembro e entrar na disputa por uma vaga no Senado pelo Mato Grosso.

Nos planos de Mendes estariam também ações na área privada, como abrir outro estabelecimento de ensino. Com a saída do ministro, uma nova vaga seria aberta no Supremo para indicação do presidente Michel Temer, e aí o próprio Gilmar Mendes poderia influenciar nesta nova indicação do Governo.

Os deputados e senadores criticam esta mudança de hábito entre os ministros dos Tribunais Superiores.

Para o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE), a vaidade ataca o Judiciário, e ele culpa a transmissão dos julgamentos: “grande parte dos ministros se comportam como senadores, deputados federais. Isso que chamo de parlamentarização do Judiciário”.

Já para o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), a troca do Supremo para o Congresso provoca desconfianças: “o que posso atestar é que deveria ter um período de transição”.

Os constantes encontros de Temer com Mendes provocam curiosidades e a versão oficial é de que se trata de debates sobre a reforma política.

Em resposta ao repórter José Maria Trindade, a assessoria de Mendes disse que o ministro ainda tem muito a contribuir com o STF e que não pensa em sair agora da Corte.

Maia já traça agenda para quando substituir Temer


Com Michel Temer cada vez mais isolado e prestes a perder o apoio do PSDB, Rodrigo Maia (DEM-RJ) se vê mais próximo da Presidência; o próprio Maia já começa a traçar seus planos para quando estiver no Planalto.

A ideia é tentar passar uma postura "institucional" durante o processo de transição.

O presidente da Câmara já conta com forte apoio de empresários e agentes do mercado, uma vez que o afastamento de Temer e sua posse, mesmo como interino, daria fôlego para a coalizão governista continuar com a agenda de reformas.

Nos bastidores, o deputado já faz articulações com parlamentares para a sucessão.

Cunha implode Temer e aliados com megadelação

 É a última pá de terra sobre o caixão 

Ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está finalizando o material que será utilizado em seu acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

Cunha já tem cerca de cem anexos rascunhados para serem utilizados no acordo de delação que deverá ser firmado junto ao MPF e que devem ser entregues na próxima semana.

A delação de Cunha deve implicar sobretudo Michel Temer e os ministros da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, além do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que atuaram e se beneficiaram diretamente do golpe parlamentar que depôs a presidente Dilma em 2016.

Cunha também deve detalhar esquemas de financiamento de campanha, o que pode acabar de vez com o governo Temer.