quinta-feira, 22 de junho de 2017

Barroso insinua que Gilmar quer anular a delação da JBS


O ministro Luís Roberto Barroso se irritou na sessão desta quinta-feira 22 durante o julgamento que discute os limites de atuação do relator na homologação de acordos de delação premiada celebrados com o Ministério Público, como o da JBS.

Barroso já havia votado para manter o ministro Edson Fachin como relator e para que não haja revisão ou interferência nas regras atuais.

Num embate com Gilmar Mendes, que discordava dele, disse: "Todo mundo sabe o que se quer fazer lá na frente. Eu não quero". Gilmar retrucou, pedindo "respeito ao voto dos colegas".

Delações da JBS atingem diretamente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

PSB desembarca de vez, pede renúncia de Temer e diretas já

Embora tenha apoiado o golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, o PSB deixará claro nesta quinta-feira, 22, que Michel Temer não tem mais condições de governar o país.

Em programa partidário de 10 minutos que será exibido nesta noite em cadeia nacional de rádio e televisão, o PSB reforçara sua posição contra as reformas trabalhista e da Previdência e pede a renúncia de Temer com a escolha de seu substituto por eleições diretas.

"Fomos a favor das eleições diretas em 1984 para acabar com a ditadura. Agora somos a favor das Diretas Já para impedir que as interferências do poder econômico continuem valendo mais do que a vontade da população e ditando os rumos do país", diz o programa.

Lula diz vai até as últimas consequências para provar sua inocência


Ex-presidente disse em entrevista já ter provado sua inocência, e que espera agora que "provem minha culpa": "Não vou permitir que os meninos da Lava Jato tentem prejudicar uma pessoa que construiu sua história por 50 anos. Eles mexeram com a pessoa errada", disse à Rádio Brasil Atual.

Lula comentou ainda que o Brasil está "injuriado perante ao mundo. O presidente não é respeitado na Rússia, não é convidado para nada"; "As pessoas que mentiram para o Brasil, que disseram que o problema era a Dilma e promoveram um impeachment, estão deixando o País pior do que estava. Agora, quem massacrava o PT como o partido mais corrupto está com vergonha. O Aécio então desapareceu", disse.

Ele lembrou também que o índice de ótimo/bom de Temer hoje nas pesquisas (2%) é o que ele tinha de ruim/péssimo quando deixou o governo (3%).

quarta-feira, 21 de junho de 2017

STF tem saída honrosa: anular o golpe e devolver o mandato a Dilma


Agora que ficou mais do que provado que o impeachment foi uma conspiração de políticos corruptos para derrubar uma presidente honesta e frear a Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal ainda tem a chance de se redimir, anulando o golpe de 2016.

Nesta quarta-feira 21, em Brasília, um grupo de manifestantes de vários partidos, sindicatos e associações defendeu essa saída honrosa para o País.

Antes de ser deposta, Dilma assumiu o compromisso de convocar eleições diretas – o desejo de 87% dos brasileiros.

Gilmar tenta derrubar delações da JBS


Ministro Gilmar Mendes questiona em sessão do STF nesta quarta-feira 21 se acordos "flagrantemente ilegais" podem ser homologados, seja monocraticamente, seja pelo plenário.

O relator da Lava Jato na Corte, Edson Fachin vai vencendo o julgamento para que o Supremo tenha prerrogativa de homologar os acordos, mas Gilmar já entrou em ação.

Fachin votou mais cedo contra a revisão dos termos do acordo de delação premiada da JBS e pela sua permanência na relatoria das delações da empresa. Ele foi acompanhado pelo ministro Alexandre de Moraes.

As delações atingiram diretamente Michel Temer e Aécio Neves.

Pesquisa revela: 2% dos brasileiros aprovam o governo Temer e 87% querem Diretas Já


Pesquisa divulgada pelo site Poder360 revela que Michel Temer virou margem de erro: apenas 2% consideram seu governo positivo, enquanto 75% o rejeitam (aumento de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa de maio); 79% dos entrevistados desejam a renúncia ou a cassação do peemedebista.

Em caso de queda de Temer, 87% dos brasileiros querem escolher o próximo presidente. Eleições indiretas, ou seja, por meio do Congresso Nacional, é a preferência de apenas 4%.

Temer pediu a Joesley que contrastasse Yunes por R$ 50 milhões


Empresário Joesley Batista fez mais uma acusação contra Michel Temer em depoimento à Polícia Federal.

Segundo o dono da JBS, Temer tentou colocar seu melhor amigo e ex-assessor no Planalto, o advogado José Yunes, para defender o grupo J&F em uma disputa judicial. A negociação renderia R$ 50 milhões ao escritório de advocacia de Yunes.

O acordo, segundo afirmou Joesley em sua delação premiada, acabou não indo adiante e quem ficou responsável pela ação judicial foi Francisco de Assis, do departamento jurídico do grupo, também delator.

Temer tenta quebrar Joesley, que o chamou de chefe de quadrilha


A Advocacia-Geral da União, comandada por Grace Mendonça, e subordinada ao Palácio do Planalto, pediu ao Tribunal de Contas o bloqueio de R$ 850 milhões da JBS, cujo dono, Joesley Batista, acusou Michel Temer de chefiar "a maior e mais poderosa organização criminosa do País".

Desde a denúncia, o governo federal tem mobilizado todo o aparato estatal para perseguir e tentar quebrar a JBS, com ações que já envolveram a Caixa e a Petrobras.

Funaro prova que Geddel tentou pressioná-lo sobre delação


Operador Lúcio Funaro entregou à polícia os registros de ligações feitas pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima à sua mulher, Raquel, por meio do aplicativo WhatsApp.

Falando em nome de Temer, Geddel queria saber o andamento da delação premiada que Funaro negociava com os procuradores da Lava Jato.

Joesley: Temer pressionou BNDES em favor da JBS


Joesley Batista, da JBS, fez mais uma acusação contra Michel Temer. O empresário disse em depoimento que soube, através do ex-ministro Geddel Vieira Lima, de que Temer teria chamado a então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos, para pressioná-la a atender a um pedido da JBS.

De acordo com o empresário, Temer teria pedido a Maria Silvia que não vetasse uma reestruturação societária da JBS no exterior.

A data desse encontro não foi informada. Maria Silvia Bastos deixou o comando do BNDES no mês passado alegando razões pessoais, mas, fontes ligadas ao banco dizem ela decidiu pedir demissão porque sofria pressão de empresários para liberar créditos.