terça-feira, 13 de junho de 2017

PSDB sofre baixas e críticas duras por sustentar a corrupção de Temer e Aécio


Página do partido no Facebook foi bombardeada por eleitores atônitos com o casamento entre tucanos e a corrupção, depois da decisão da executiva nacional da legenda em ficar na base do governo Temer, apesar dos escândalos de corrupção e de o peemedebista ser alvo de inquérito no STF por organização criminosa, obstrução judicial e corrupção passiva.

"Tomei nojo do PSDB", diz um eleitor, que se diz arrependido de seus votos no partido. "Não vai restar nada desse partido", prevê outra.

Ex-seguidores criticam ainda a tentativa de salvar a pele do senador afastado Aécio Neves (MG).

Secretário do PSDB diz que decisão de permanecer no governo foi caciquismo

Divulgação/PSDB 
Reunião do PSDB que decidiu pela permanência no governo de Michel Temer

O secretário-geral do PSDB em Minas Gerais, deputado estadual João Vítor Xavier classificou como infeliz e "caciquismo" a decisão do partido de permanecer no governo Michel Temer (PMDB).

"Lamento profundamente a decisão tomada pelo meu partido de permanecer no morto, porém ainda não sepultado governo do presidente Michel Temer", disse durante sessão na Assembleia de Minas. "Foi mais um equívoco da história recente do PSDB", completou.

O deputado afirmou que a decisão não foi democrática, pois não ouviu as bases e os membros do partido. "O PSDB não perde a mania do caciquismo. [...] O partido não deu aos seus membros o direito de se manifestar a respeito", disse.

O tucano chamou Temer de cadáver ambulante, "que responde a todo tipo de crime". Afirmou ainda que o governo peemedebista está cambaleante e não tem a legitimidade da aprovação popular.

Xavier disse que o erro do PSDB veio, antes, em participar de um governo que havia questionado judicialmente. A chapa Dilma-Temer, contudo, foi absolvida pelo Tribunal Superior Eleitoral na semana passada.

"Como podemos encontrar o mínimo de coerência numa decisão de um partido que entra na Justiça contra uma chapa por considerar que essa chapa foi eleita de maneira ilegal e, posteriormente, esse mesmo partido decide compor esse governo que ele questiona na Justiça."

"O PSDB se abraçou ao resto de um governo infeliz do PT [...] e pela vontade e saudade de alguns de pisar no tapete macio dos palácios, esqueceu de sentir o que pensa o povo na poeira e no calor das ruas", completou.

O deputado disse ainda que o PSDB virou as costas para sua história e que poderia contribuir com as reformas do governo Temer com apoio parlamentar, mas sem ocupar cargos no governo.

Folha, 13/06/2017

Supremo pode decidir no dia 20 pela prisão de Aécio Neves


O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) viu as suas chances de ser preso aumentarem sensivelmente nesta terça-feira, 13.

O pedido de prisão de Aécio, feito pelo procurador-geral Rodrigo Janot será julgado no próximo dia 20 pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, composta por cinco ministros, dos quais três - Luis Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, votaram para manter na prisão a irmã de Aécio, a jornalista Andrea Neves.

Presa na operação Patmos após da delações da JBS, Andrea é acusada de corrupção passiva. Em sua defesa, disse que sua prisão se baseia em acusações contra o irmão.

O maior articulador do golpe parlamentar de 2016 que arruinou a economia do País, Aécio é acusado de corrupção passiva pelo recebimento de R$ 2 milhões em propina da JBS, e por obstrução de Justiça, por tentar impedir os avanços da Operação Lava Jato.

Por 3 x 2 STF mantém prisão de Andrea Neves


Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta terça-feira 13, manter presa Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG); Andrea teve votos favoráveis dos ministros Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes, que concordaram com seu pedido de habeas corpus.

Contra ela, votaram Luis Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, que entenderam que, em liberdade, há chances de Andrea voltar a cometer crimes e ainda interferir nas investigações.

Irmã de Aécio foi presa na Operação Patmos, da Polícia Federal, acusada de pedir R$ 2 milhões em propinas à JBS, em troca de favores na Vale.

Irritada com governo Temer, UE ameaça bloquear importações de carnes brasileiras


Desde a eclosão da operação Carne Fraca, os mecanismos de controle de qualidade da carne produzida pelos frigoríficos brasileiros deixaram a desejar, segundo auditoria realizada pela União Europeia.

Em carta destinada ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o bloco expõe queixa aberta às promessas não respeitadas pelo Brasil e aponta que qualquer garantia hoje dada pelo governo de Michel Temer tem problemas para ser recebida de forma positiva.

Na avaliação de Bruxelas, a falta de uma resposta efetiva do governo depois da operação realizada pela Polícia Federal em março e que revelou corrupção no controle sanitário no Brasil pode levar a um bloqueio das vendas.

Defesa de Rocha Loures descarta delação; Fachin autoriza transferência para PF


O advogado do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), Cézar Roberto Bittencourt, descartou que seu cliente fará delação premiada e disse esperar que ele seja liberado a tempo de ver o nascimento do filho, previsto para 16 de julho.

"Não vai existir delação, em nenhuma hipótese", afirmou.

O ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a transferência do homem da mala da Papuda para a carceragem da PF em Brasília, atendendo a um pedido da defesa.

PT se solidariza a Miriam Leitão, mas culpa Globo por clima de ódio


Em nota assinada pela presidente, senadora Gleisi Hoffmann (PR), o PT lamentou o "constrangimento sofrido pela jornalista Miriam Leitão no voo entre Brasília e o Rio de Janeiro", quando foi alvo de agressões verbais de militantes petistas.

A legenda afirma que "orienta a militância a não realizar manifestações políticas em locais impróprios e a não agredir qualquer pessoa por suas posições políticas, ideológicas ou por qualquer outro motivo", mas ressalta que a "Rede Globo, empresa para a qual trabalha a jornalista Miriam Leitão, é, em grande medida, responsável pelo clima de radicalização e até de ódio por que passa o Brasil".

Mello Franco: PSDB e PMDB usaram o dia dos namorados para discutir a relação


"O PSDB tirou o Dia dos Namorados para discutir a relação com o governo. O partido reclamou do parceiro, pediu que ele se comporte melhor, mas desistiu de sair de casa. O romance continua, pelo menos até a próxima desavença. (...) O que mantém os tucanos unidos a Michel Temer é uma questão de conveniência. O casamento atende aos interesses pessoais de Geraldo Alckmin e Aécio Neves", escreve Bernardo Mello Franco sobre a decisão dos tucanos permanecerem apoiando Michel Temer.

Autor da peça jurídica do golpe contra Dilma, Miguel Reale Jr vai sair do PSDB


O jurista e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr, um dos autores da peça jurídica do golpe contra Dilma de Dilma Rousseff, anunciou na noite de segunda (12) que vai deixar o PSDB.

A decisão foi tomada logo após a sigla decidir pela permanência no governo de Michel Temer.

"Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo", disse Reale após saber que os tucanos decidiram pelo não desembarque na reunião realizada em Brasilia com lideranças, nesta segunda-feira.

11 governadores rejeitam convite para jantar de Temer. A lista pode crescer

A promessa de facilitar o pagamento das dívidas com bancos oficiais, não atrai os governos de 11 Estados – inclusive de aliados – e Temer terá jantar esvaziado hoje à noite, no Palácio da Alvorada

247 - Plano de Michel Temer para conseguir apoio em troca de benefícios econômicos, o jantar com governadores na noite desta terça-feira 13 no Palácio da Alvorada teve 11 convites rejeitados, informa o Drive, newsletter do site Poder360.

Mesmo com a promessa de condições facilitadas para pagar dívidas com bancos oficiais (BNDES, Banco do Brasil e Caixa), representantes de diversos Estados – inclusive de partidos aliados – não estarão presentes.

De acordo com o Drive, ao menos esses governadores recusaram o convite: Beto Richa (PSDB-PR), Camilo Santana (PT-CE), Confúcio Moura (PMDB-RO), Flávio Dino (PC do B-MA), Paulo Câmara (PSB-PE), Paulo Hartung (PMDB-ES), Renan Filho (PMDB-AL), Ricardo Coutinho (PSB-PB), Rui Costa (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI).

O Amazonas, que teve governador e vice cassados em maio pela Justiça eleitoral, não deve ter representante no jantar. Minas Gerais, governado por Fernando Pimentel (PT-MG), e Acre, por Tião Viana (PT-AC), ainda são dúvida.