domingo, 11 de junho de 2017

Flávio Dino: Golpe criou uma crise institucional e a saída é a urna


"Um impeachment inconstitucional jogou-nos em uma crise institucional. A consulta à soberania popular é a melhor saída para tantos problemas", avalia o governador do Maranhão, em uma publicação no Twitter, em meio à denúncia de que Michel Temer teria acionado a Abin para investigar a vida do ministro do STF Edson Fachin.

Neste sábado, a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, respondeu com uma nota duríssima.

"Bem sabemos que uma parte da classe dominante no Brasil tem alergia às urnas. Sempre preferiram atalhos e retalhos inconstitucionais", comentou ainda Flávio Dino (PCdoB).

Gol também acusa Temer de dar aval a propina


Fundador da Gol, empresário Henrique Constantino disse ter se encontrado com Michel Temer após um acerto com Eduardo Cunha; ele relatou a procuradores que o peemedebista avalizou uma contribuição ilegal de R$ 10 milhões de suas empresas a políticos do PMDB e a campanhas em 2012, na época em que era vice-presidente.

O ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) também teria participado do encontro, que não foi registrado na agenda oficial de Temer.

Antes da Gol, a Odebrecht já havia denunciado participação em reunião com Temer para acertar repasse de US$ 40 milhões em propina ao PMDB.

Temer será denunciado pela mala da propina e pode pegar até 12 anos


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já tem elementos para fechar a primeira denúncia contra Michel Temer pelo crime de corrupção passiva.

Temer será relacionado à mala com R$ 500 mil em propina, entregue pela JBS a seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures, que está preso na Papuda.

Para Janot, há elementos suficientes para demonstrar que a propina, que seria paga semanalmente, durante 24 anos, tinha aval de Temer.

Se condenado, ele pode pegar de dois a 12 anos de prisão.

Outras denúncias, por obstrução judicial e organização criminosa, também estão sendo preparadas.

A primeira denúncia deve sair até 19 de junho.

STF se une em torno de Fachin contra tropa de choque de Temer


O clima é de revolta, no Supremo Tribunal Federal, com as iniciativas do Palácio do Planalto contra o ministro Edson Fachin, alvo de suposta espionagem da Agência Brasileira de Inteligência e também do jogo sujo da tropa de choque de Michel Temer no Congresso, que pretende convocá-lo na CPI da JBS.

"CPI não pode convocar juiz para justificar suas decisões. Violaria a separação dos poderes", diz o ministro Luis Roberto Barroso, do STF.

Ontem, em nota duríssima, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou a arapongagem contra qualquer cidadão é coisa típica de ditaduras.

A ação foi também condenada pela Ordem dos Advogados do Brasil e deve motivar uma CPI no Congresso.

Bresser defende projeto de governo que una a nação em torno de Lula


Ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira avalia ser "pouco provável que empichem Temer. Preferirão mantê-lo, apesar da desmoralização que isto significa para eles e para todos nós, brasileiros".

"O essencial, então, é que nos preparemos para as eleições de 2018. Para isto, porém, não basta continuar a fazer forte oposição ao governo e à reforma trabalhista. É também necessário que discutamos um projeto de governo que possa unir a nação em torno de Lula", afirma.

Temer tentou pressionar Funaro via Geddel


Ex-ministro Geddel Vieira Lima, entre os mais próximos de Michel Temer quando estava no governo, teria telefonado algumas vezes para a mulher de Lúcio Funaro para saber se o operador de Eduardo Cunha faria delação premiada.

A denúncia foi feita por Funaro em seu depoimento à PF na semana passada.

A denúncia que deverá ser apresentada pelo MPF contra Temer nos próximos dias deve incluir o conteúdo do depoimento de Funaro.

Temer prepara nomeação de engavetador na PGR


Peemedebista avalia fugir à tradição e ignorar lista tríplice indicada pelos procuradores da República com sugestões de nomes para substituir Rodrigo Janot.

O novo chefe do MPF assumirá em setembro, quando vence o mandato de Janot, que deve denunciar Temer nos próximos dias com base em delação premiada da JBS.

Mello Franco: É Temer quem pratica abusos e agressões


Colunista rebate argumentos de Michel Temer usados na carta enviada à PF em que anunciou que não responderia às 82 perguntas feitas a ele.

No texto, Temer se apresentou como vítima de "abusos e agressões aos seus direitos individuais e à sua condição de mandatário da nação".

"Temer acertou nos substantivos, mas trocou o sujeito da frase. É ele, e não a Lava Jato, quem pratica abusos e agressões em série desde que virou alvo de inquérito no Supremo", diz o jornalista.

Delação avança e Palocci está prestes a sair da cadeia

Preso desde setembro do ano passado, Antonio Palocci pode ser autorizado a sair da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba nas próximas semanas.

Isso porque seu acordo de delação premiada está avançado com os investigadores da Lava Jato.

O ex-ministro dos governos Lula e Dilma é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Gaspari revela: ‘Temer não entra em avião sem saber quem é o dono’


Próximo do peemedebista, o jornalista que chegou a liderar o movimento 'Fica, Temer' e até o teria convencido a ficar na presidência chama de "patranha" o argumento do Planalto de que Temer não conheceria o dono do jato que voou para Comandatuba em 2011.

"Temer não entra em avião sem saber quem é o dono", lembra Elio Gaspari, que chama Temer de 'arrogante' por achar que "faz o que quer".