sexta-feira, 9 de junho de 2017

Ministro Napoleão Nunes, do TSE, está na delação da OAS


O ministro do Tribunal Superior Eleitoral Napoleão Nunes Maia Filho, que nesta manhã dará seu voto tido como contrário à cassação do mandato de Michel Temer, foi citado por executivos da OAS em acordos prévios para delação premiada; Napoleão Nunes é também ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além dele, são citados os também ministros do STJ Benedito Gonçalves e Humberto Martins, que é vice-presidente da Corte, além de ex-ministros do tribunal, como o ex-presidente César Asfor Rocha, que se aposentou em setembro de 2012 do tribunal. As informações do jornal Valor Econômico.

Fonte: Brasil247, 09/06/2017

Se absolver Temer, TSE pode fechar, diz Miriam Leitão


A colunista Miriam Leitão criticou, em seu texto desta sexta, a atuação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que ameaça absolver Michel Temer.

"A Justiça Eleitoral pode terminar este processo com dificuldade de explicar sua existência. Nunca se viu tanta prova de corrupção numa campanha e mesmo assim, ontem, houve um ensaio de resultado final favorável ao presidente Michel Temer e à ex-presidente Dilma Rousseff. 

A leitura do voto foi atrasada por uma enervante manhã em que foi exibido um festival de sofismas e contorcionismos mentais", resume.

"Para encher o saco do PT". Um cafajeste provinciano destruiu o País


Num artigo ferino, publicado no Nocaute, o escritor Eric Nepomuceno aponta como senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), com aval do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, agiu criminosamente para destruir o Brasil.

"Para encher o saco do PT, esse playboy provinciano destruiu o país. Com o aval do Fernando Henrique Cardoso, com aval da cúpula do PSDB. Isso aí a gente não pode esquecer nunca. Há um dado curioso nisso tudo, porque parece que já estamos tomando atenção que essa questão merece". 

"As últimas pesquisas eleitorais indicam que Lula está com praticamente 50% dos votos. O Aécio Neves 1%. Por isso, eu não acredito que eles permitam eleições diretas. Porque afinal isso tudo não foi para acabar com o governo da Dilma. Isso tudo foi para liquidar o Lula e por no poder Aécio Neves, que agora está numa auto prisão domiciliar".

Piloto desmente Temer no caso do jatinho


O piloto do voo que levou Michel Temer e sua mulher, Marcela, de Comandatuba, na Bahia, a São Paulo, desmentiu o peemedebista e confirmou a versão contada por Joesley Batista à Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o empréstimo do Learjet PR-JBS ao político, em janeiro de 2011.

Piloto de avião há 33 anos, José de Oliveira Cerqueira, de 61 anos, disse ter entregado pessoalmente a Marcela Temer um buquê de flores em sua chegada à aeronave.

"Mandaram entregar as flores no avião. A própria empresa me orientou a informar que quem enviou foi dona Flora" disse o piloto, numa referência à matriarca da família Batista, mãe de Joesley.

Relato do piloto deve complicar ainda mais situação de Michel Temer.

Tirania Temer destrói J&F e prepara o dossiê Fachin


Prestes a ser denunciado como chefe de quadrilha, por corrupção e também por obstrução judicial, Michel Temer pode ter cometido novos crimes de responsabilidade, ao colocar toda a máquina do estado para agir em seu benefício pessoal.

Segundo aponta a colunista Lydia Medeiros, do jornal O Globo, foram montadas forças-tarefa em órgãos públicos para destruir a J&F, holding controlada pelo empresário Joesley Batista, que delatou Michel Temer.

Em paralelo, a tropa de choque de Temer no Congresso começou a preparar um dossiê contra o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.

O golpe dos corruptos, que derrubou a presidente legítima Dilma Rousseff, agora se volta contra empresários e qualquer um que ouse colocar em risco a permanência de Temer, rejeitado por mais de 90% dos brasileiros, no poder.

Gilmar esvazia processo do TSE e vê 'ineficiência' nos órgãos de controle

Folha/Josias de Souza, 09/06/2017

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Gilmar Mendes ajudou a pavimentar a saída que salvará o mandato de Michel Temer no caso sobre irregularidades atribuídas à chapa vitoriosa em 2014.

Com o seu voto, excluíram-se do processo as provas relacionadas à Odebrecht.

Paradoxalmente, Gilmar animou-se atacar durante o julgamento os órgãos de controle do Estado, responsabilizando-os pela reiteração dos crimes de corrupção no país. Interrompendo a leitura do voto do relator Herman Benjamin, Gilmar chamou de “modelos coirmãos” os escândalos do mensalão e do petrolão.

“É muito curioso que tenha se desintegrado o modelo do mensalão, mas esse outro tenha fluído com tanta desenvoltura”, disse, antes de partir para o ataque: “Isso conta uma história ruim dos nossos órgãos de controle –todos, de alguma forma, ou corrompidos ou ineficientes.

” Para Gilmar, “os órgãos de controle falharam de maneira retumbante.” O ministro tem razão. Revelou-se uma espécie de abracadabra para a caverna de Ali-Babá o trabalho preventivo de órgãos como a Receita Federal e os departamentos de auditoria de estatais como a Petrobras e bancos públicos como o BNDES e a Caixa.

O diabo é que, em matéria de controle, o tribunal que Gilmar preside é parte do problema, não da solução.

No petrolão, partidos políticos e empreiteiras se uniram para fazer do TSE uma lavanderia de dinheiro sujo.

Corruptores e corruptos higienizaram como doações eleitorais milhões roubados do Estado. E o tribunal, diante da oportunidade de se agigantar num julgamento histórico, preferiu rebaixar o pé direito do plenário de sua suntuosa sede.

Com o reforço do voto de Gilmar, esboçou-se no TSE uma maioria de 4 a 3 que deve manter intacta a tradição de punir apenas políticos periféricos —prefeitos de cidades dos fundões do país e governadores do Norte e do Nordeste, por exemplo.

O relator Benjamin avalia que talvez não surja tão cedo outra chance igual. “É um milagre que nós estamos hoje aqui apurando esses fatos”, disse Benjamin.

“Não era pra ser. Não haverá outra oportunidade para apurar fatos desta natureza aqui. Para o TSE não vejo como. E sabe por que, meu caro presidente, eminentes ministros? Porque no caso específico da Odebrecht existia um sistema tal de proteção e de sofisticação que seria impossível nos apurarmos o que foi apurado aqui se não fosse a Lava Jato.”

Ironicamente, Herman Benjamin disse incontáveis vezes que se guiou durante toda a investigação por um voto proferido por Gilmar Mendes, em 2015. Aprovado por 5 a 2 no plenário do TSE, esse voto evitou o arquivamento de uma das ações contra a chapa Dilma-Temer.

Mais: determinou o aprofundamento das investigações.” As apurações foram tão profundas que a maioria da Corte achou melhor torná-las mais rasas.

Sem as provas testemunhais e documentais relacionadas à Odebrecht, qualificadas pelo relator de ''amazônicas'', o processo se transforma numa poça.

Excluindo-se também os depoimentos do casal do marketing João Santana e Monica Moura, a poça pode ser percorrida por uma formiga com a lama na altura das canelas.

Por mal dos pecados, a outiva de Santa e Monica foi aprovada por 6 a 1 pelo plenário do TSE há dois meses. Gilmar repetiu na noite desta quinta-feira algo que já havia reiterado na véspera.

“Minha preocupação não é a cassação de mandatos, mas conhecer de fato como as campanhas são feitas.”

À sua maneira, o presidente do TSE elogiou o trabalho do relator. “Me parece que não há subsidio melhor para a reflexão sobre a necessidade de uma reforma política do que um estudo como esse que Vossa Excelência fez.” Benjamin atalhou o colega: “Eu agradeço, mas tenho que confessar que não fiz estudo.

Fiz um voto. Sei que nas nossas decisões há sempre um valor educativo. Mas para mim, no Estado de Direito, o valor mais educativo é a aplicação da lei, inclusive com as suas consequências.”

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Relator pede cassação de Temer no TSE


O ministro Herman Benjamin, relator do processo da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indicou nesta quinta-feira seu voto a favor de condenar a coligação por ter cometido abuso de poder político e econômico ao usar recursos oriundos de propina na campanha presidencial de 2014.

"Há vasto argumento probatório nos autos em relação a outros partidos, mas eu, como relator e juiz, só posso analisar a coligação vencedora na eleição de 2014. Não se pense, por um segundo sequer, que isso que estou mostrando se tratou de anomalia exclusiva desses partidos", disse; a sessão foi encerrada e será retomada nesta sexta-feira, a partir das 9h e deve ser encerrada com o veredito.

Se os demais ministros acompanharem Herman Benjamin, o Brasil poderá se livrar de Michel Temer, que está prestes a ser denunciado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial.

Temer pode recolocar Brasil no mapa da fome


O economista e pesquisador na Área de Pobreza e Segurança Alimentar da organização ActionAid no Brasil, Francisco Menezes, disse nesta quinta-feira que o Brasil corre o risco de reaparecer no mapa da fome mundial, em razão de uma série de retrocessos em andamento no país hoje governado Michel Temer.

“Estamos ameaçados de sermos reincluídos no mapa da fome”, disse Menezes, um dos convidados a participar de um seminário promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que integra a Semana do Meio Ambiente na Câmara dos Deputados, em Brasília; ou seja: depois de sair do mapa da fome com Dilma Rousseff, a presidente legítima, o Brasil pode voltar a essa vergonhosa posição com aquele que usurpou seu cargo.

Operação em Furnas joga luz sobre esquema de Aécio no setor elétrico


Jornalista Joaquim Carvalho, do Diário do Centro do Mundo, afirmou que a operação Barão Gatuno, sobre a corrupção em Furnas não chegou ainda em Minas, onde está em "plena atividade um dos tentáculos desse esquema".

"Seja com contratos em Furnas, Eletrobras ou na Cemig, o elo político da Tabocas é Aécio Neves", diz Carvalho sobre a empresa quem Dimas Toledo como sócio.

Caso do avião mostra intimidade de Temer com Joesley


"Como se pode pensar que é possível voar num avião particular sem que haja um registro e ninguém ficar sabendo? Esse fato mostra a intimidade do presidente Temer com um empresário que está envolvido em muitos problemas", afirma Merval Pereira, em comentário na Globonews.