sexta-feira, 26 de maio de 2017

Temer e Rocha Loures tramaram para que Joesley burlasse a segurança do Jaburu


"Quando chegar, teu nome é Rodrigo", disse o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures, assessor de Michel Temer e homem da mala de R$ 500 mil, numa conversa gravada com o empresário Joesley Batista.

A orientação foi dada para que o dono da JBS burlasse o esquema de segurança do Palácio do Jaburu.

Rocha Loures foi gravado por Joesley no dia 13 de março na casa do empresário, em São Paulo.

“Protege você, te deixa à vontade, dá para fazer sempre assim", afirmou Loures.

"Funcionou super", respondeu Joesley.

Temer confirma ter se encontrado com homem da mala da JBS


Acuado , Michel Temer confirmou ter se encontrado com o executivo Ricardo Saud, o "homem da mala" da JBS, que foi filmado entregando uma mala com R$ 500 mil ao deputado Rocha Loures.

Em depoimento ao MPF, Saud afirmou que se encontrou com o peemedebista sete vezes em 2014, quando tratou de repasses da empresa ao PMDB.

Segundo o delator, Temer ainda teria pedido R$ 1 milhão para ele próprio.

O valor teria sido entregue em dinheiro na Argeplan Arquitetura e Engenharia, que tem como sócio o coronel aposentado João Baptista Lima, amigo de Temer.

Embora confirme que Temer tenha se encontrado com Saud, o Planalto tentou minimizar os eventos.

Apesar de confirmar as reuniões, a assessoria de Temer não mencionou quantas vezes elas ocorreram.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Jucá, que defendeu o golpe para estancar a sangria, será investigado no STF


Procuradoria-Geral da República pede ao Supremo Tribunal Federal para investigar Romero Jucá (PMDB-RR).

De acordo com a PGR, o senador teria recebido propina para favorecer intermediar um contrato de patrocínio esportivo dos Correios com a Confederação Brasileira de Tênis (CBT).

O inquérito será relatado pelo ministro Dias Toffoli.

Nada mais salva Temer


"Temer está parecendo aquele peixe que se debate desesperadamente depois de cair na rede, mas sabe que a luta será inglória", compara o colunista Alex Solnik.

O jornalista lembra que Michel Temer foi rejeitado por seus próprios ministros e até pelo Exército ao chamar as Forças Armadas para garantir "a lei e a ordem" no Distrito Federal após manifestação contra as reformas e constata: "Tal como ocorreu com Collor depois da entrevista-bomba de seu irmão, em 1992, ele respira por aparelhos depois das revelações de Joesley Batista – mas até as enfermeiras estão loucas para desligá-los. Está cumprindo o papel do ator que a plateia não para de vaiar e ele insiste em ficar em cena. Até que as vaias aumentam e se transformam em tomates que explodem na sua cara".

Temer trama para adiar sua "morte" no TSE


Investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial, além de alvo de 14 pedidos de impeachment, Michel Temer tenta tirar uma nova carta da manga para se manter no cargo – e garantir seu foro privilegiado.

Segundo o colunista Josias de Souza, ele articula o apoio de um ministro no Tribunal Superior Eleitoral, que pediria vistas e adiaria o julgamento previsto para 6 de junho.

A queda pelo TSE vinha sendo tratada pelo PSDB como a "saída honrosa" para Temer, mas ele pretende lutar para ficar, mesmo sendo rejeitado por 95% dos brasileiros.

Dino diz que saída é diálogo entre Lula e FHC, com pausa nas reformas


Uma das vozes mais sensatas da política brasileira, o governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB, aponta uma saída para o impasse nacional.

"O único caminho que enxergo para a política é um acordo PT-PSDB, Lula e Fernando Henrique numa mesa. Neste momento de muita precarização da política, uma conversa direta seria um fato altamente positivo, uma mensagem importante de busca de recomposição da institucionalidade", disse ele, em entrevista à BBC.

Dino diz ainda que Lula é quem mais teria condições de promover uma repactuação do País, mas afirma que ele pode vir a ser impedido de disputar as próximas eleições presidenciais, porque o Brasil estaria vivendo tempos de exceção.

"A gente não vive condições normais, a Justiça se politizou, se partidarizou muito", diz ele.

Lula aponta o golpe baixo dos procuradores de Curitiba

E os jornalistas que se comportam como papagaios da Lava Jato

Conversa Afiada, 25/05/2017

Para Dallagnol, o crime de Lula foi ter sido eleito Presidente!

O Conversa Afiada reproduz nota do site do Presidente Lula:

Em conluio com procuradores da Lava Jato em Curitiba, a Rede Globo, a Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo produziram semana passada mais uma farsa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agendas de ex-diretores da Petrobras, anexadas pelos procuradores à ação sobre o tríplex do Guarujá, foram manipuladas pela imprensa de forma a apontar uma falsa contradição no depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro.

A juntada de “documentos” sobre supostas “reuniões” de Lula com a diretoria da Petrobras não foi fruto da descoberta de algum segredo em um trabalho de investigação sério, mas uma tentativa tosca de reescrever a história e criminalizar atos como viagens oficiais ao exterior, reuniões interministeriais e cerimônias da Presidência acompanhadas pela imprensa.

Uma irresponsabilidade que atenta contra o papel institucional do Ministério Público em uma democracia. Parece que para a equipe de Deltan Dallagnol, o crime de Lula foi ter sido presidente da República. E a mesma imprensa que acompanhou e divulgou essas agendas durante os dois mandatos de Lula, agora dá manchetes sem checar nem mesmo seus próprios arquivos.

A fraude começou a ser montada em 15 de maio, cinco dias depois do depoimento de Lula. Naquela data, os procuradores anexaram 78 documentos aos autos, sem explicitar o propósito. Destes, 27 são cópias de agendas de ex-diretores, registrando “reuniões”, “almoços” e “jantares” com Lula. As cópias das agendas foram entregues pela Petrobrás aos acusadores de Lula, mas não à sua defesa.

Na manchete de 17 de maio, a Folha afirmou: “Lava Jato contraria com documentos fala de Lula a Moro”. Segundo o jornal, as agendas mostrariam que Lula não teve apenas duas reuniões com a diretoria da Petrobrás em seu governo, como ele havia declarado a Moro, mas, pelo menos, 23. O Estadão destacou “reuniões de Lula” com três ex-diretores condenados na Lava Jato. O Jornal Nacional juntou as duas coisas, elevou para 28 as supostas “reuniões” e citou o Ministério Público como fonte de suas ilações, numa reportagem de três minutos.

A farsa desmorona quando se compara o que está escrito nas agendas da Petrobras e o que Lula realmente fez nas datas indicadas. Por exemplo: das 27 agendas, três se referem a recepções oferecidas por chefes de Estado a Lula e sua comitiva, em viagens internacionais: uma pelo presidente da China Hu Jintao, outra pelo rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, e outra pela presidenta do Chile, Michelle Bachelet.

Pelo menos 14 agendas referem-se à participação de ex-diretores em cerimônias públicas nas quais Lula estava presente, em inaugurações, visitas a instalações da Petrobras ou em reuniões interministeriais, como as do Conselho Nacional de Política Energética. Não se tratam, portanto, de reuniões com a diretoria da Petrobras, muito menos de agendas com diretores específicos. E tudo realizado com cobertura da mídia.

Para verificar a veracidade das agendas (o que no jornalismo se chama checagem), basta conferir as datas mencionadas com a agenda de viagens nacionais e internacionais do ex-presidente Lula, que está disponível no site da Presidência da República. 

As agendas da Petrobras mencionam duas supostas reuniões do delator Paulo Roberto Costa em Brasília, que não podem ser confirmadas porque o atual governo retirou do site da Presidência as agendas diárias de Lula. Mas o próprio delator afirmou, em dois depoimentos ao juiz Sergio Moro, um deles feito ontem (24), que nunca teve reuniões individuais com o ex-presidente Lula. Confira:

Paulo Roberto da Costa fez essa declaração como testemunha, ou seja, com a obrigação de falar a verdade. Ele já havia dito o mesmo em depoimento anterior, mas a imprensa ignorou este fato para sustentar a farsa das agendas.

Não há dúvida de que as agendas foram plantadas no processo para desqualificar o depoimento de Lula em 10 de maio, o que nem mesmo seus maiores adversários conseguiram fazer. Uma imprensa imparcial ao menos teria checado os fatos antes de publicá-los sob o viés dos detratores de Lula. E não precisaria se esforçar tanto, pois muitos desses eventos foram noticiados pelos próprios jornais, como está registrado neste documento.

Lula foi o presidente brasileiro que mais visitou as diversas instalações da Petrobras em todo o País, em eventos públicos relacionados à empresa, que viveu forte valorização durante o seu mandato. Mais de 60 dessas visitas foram registradas pela imprensa. Quanto às reuniões com a diretoria, conforme declarou no depoimento, foram mesmo raríssimas. E Lula citou duas: uma para discutir o plano estratégico da empresa e outra para decidir o cancelamento de leilões para exploração de petróleo em áreas do pré-sal, quando ele foi descoberto, em 2008.

Os dados no link mostram a verdade sobre as agendas da Petrobras, revelam o golpe baixo dos procuradores de Curitiba e denunciam a indigência e parcialidade de um jornalismo que se comporta como papagaio da Lava Jato para difamar Lula.

Moro absolve Cláudia Cruz na Lava Jato


Juiz Sérgio Moro absolveu nesta quinta-feira, 25, a jornalista Cláudia Cruz, mulher do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas, no âmbito da operação Lava Jato.

Segundo Moro, faltou 'prova suficiente de que (Cláudia Cruz) agiu com dolo' ao manter conta na Suíça com mais de US$ 1 milhão, dinheiro supostamente oriundo de propina recebida pelo marido.

"Absolvo Cláudia Cordeiro Cruz da imputação do crime de lavagem de dinheiro e de evasão fraudulenta de divisas por falta de prova suficiente de que agiu com dolo", sentenciou.

Segundo o Ministério Público Federal, Cláudia Cruz era a única controladora da conta em nome da offshore Köpek, na Suíça, pela qual pagou despesas de cartão de crédito no exterior em montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos.

'Ninguém me bota canga', diz Renan após pressão de enviados por Temer


Senadores do PMDB enviados pelo presidente Michel Temer pediram ao líder da bancada, Renan Calheiros, que ele renunciasse ao cargo por ter posição política incompatível com os interesses da maioria dos integrantes do partido.

Renan não aceitou e alegou que só havia no encontro 14 senadores e uma decisão desse porte só deveria ser tomada com a presença de todos os 22 peemedebistas; na saída do encontro, Renan ainda desafiou: “Você acha que, a essa altura do campeonato, alguém vai botar canga em mim?”.

Para senador, Temer e Jungmann são desequilibrados e irresponsáveis


Líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), considerou desastrosa a ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada por Michel Temer em Brasília e revogada menos de 12 horas depois.

"Foi um erro colossal, que denunciamos desde a primeira hora, estabelecer um estado de exceção em Brasília por conta de uma manifestação contra o governo. Temer se mostrou um tresloucado e seu ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), um completo irresponsável", disparou.

"Temer, mal assessorado por Jungmann, foi protagonista de mais um episódio patético. Seu governo é uma espécie de elenco de Os Trapalhões. Jungmann nunca teve atributo nem para chefe de Guarda Municipal, imagine para ministro da Defesa", ironizou.