terça-feira, 16 de maio de 2017

Os delatores dizem o que os Procuradores querem

E-mail da Dilma é falso!

Conversa Afiada, 16/05/2017

Da Rede Brasil Atual:


Para o ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff Eugênio Aragão, o caso da suposta conta de e-mail que Monica Moura, esposa do publicitário João Santana, afirmou à Operação Lava Jato que era usado para falar com Dilma, “está muito mal contado”. “O que mais espanta é que, quando João Santana e a Monica foram presos, deixaram bem claro na época que não tinham nada contra a Dilma”, diz. “Há um contraste entre as primeiras declarações e aquelas que depois se tornam públicas em cima de uma delação que sabe-se lá como foi feita. Não se sabe o que é discutido nessas delações, como foram negociadas.”

Aragão observa que “o mecanismo e a dinâmica (das delações) são sempre os mesmos”. “São como peças de um quebra-cabeça. Se encaixam num molde de uma teoria que o Ministério Público já montou. A gente sabe o que eles querem que os delatores digam e os delatores dizem exatamente o que eles querem que digam.” 

Na opinião do ex-ministro, “tudo indica” que o e-mail é forjado. Uma ata notarial foi registrada em um cartório de Curitiba em 13 de julho de 2016, por Felipe Pedrotti Cadori, que seria estagiário no escritório Delivar de Mattos e Castor Advogados Associados. O casal foi solto em 1º de agosto de 2016. O escritório passou a ser defensor de João Santana há um mês, em 17 de abril.

Na quinta-feira (11), Dilma Rousseff divulgou nota na qual afirma que “João Santana e Monica Moura prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores”. No sábado (13), em outra nota, ela disse que “o jornalismo de guerra promovido contra mim e o presidente Lula é a prova de que a escalada autoritária contaminou radicalmente os formadores de opinião pública", em referência ao jornalista Merval Pereira, que sugeriu no jornal O Globo que a ex-presidente seja presa por obstrução da Justiça.

A suposta conta de e-mail registra uma única mensagem, na pasta de rascunhos: “Vamos visitar nosso amigo querido amanhã. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso, né?”.

“Primeiro, um rascunho de e-mail não serve para prova nenhuma. Não tem sequer um e-mail que foi enviado. E um rascunho é facílimo de ser forjado. Pode até colocar a data que quiser ali. Isso precisa ser esclarecido”, diz Aragão.

Ele considera “mais curioso ainda” o fato de que as delações se tornaram públicas, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), logo depois do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula, na quarta-feira (10), ao juiz Sérgio Moro. No depoimento, o petista teve “uma performance muito além do que se esperava”. Para Aragão, fica a impressão de que a intenção da nova polêmica “é tirar um pouco o sucesso do depoimento do Lula e colocar na sombra eventuais pontos ganhos pela defesa”.

O ex-ministro defende que se faça no país uma profunda reflexão sobre a necessidade de um marco normativo da atuação do Ministério Público, principalmente quanto às delações premiadas. “Cada dia temos uma novidade. Essa Lava Jato nunca acaba. O país não merece isso. O MP tem que ter um prazo para investigar. Não dá para ficar o resto do tempo destruindo o tecido institucional do país, com esse tipo de trabalho midiático que está sendo feito há três anos.”

Segundo ele, se Monica Moura forjou provas, ela pode ser incriminada. É preciso saber, primeiro, quem está por trás de uma eventual fabricação de provas. “É preciso saber, caso seja uma fraude, se ela forjou provas porque quis, ou se foi obrigada. Essas circunstâncias têm que ser examinadas devidamente. Afinal, Monica Moura estava presa (quando o e-mail foi registrado). A pessoa na cadeia tem dificuldade de fazer as coisas. Está sob vigilância do Estado. Em segundo lugar, se houver realmente uma fraude, temos um crime de fraude processual, falsificação de prova. É um processo que pode pegar para ela e eventualmente outros que participaram da empreitada.”

Gang assalta o Refis para aprovar Previdência

Janaína Paschoal, Miguelzinho Reale, isso é pedalada?

Conversa Afiada, 16/05/2017
No meio da deduragem, um marido

Como anunciou o Conversa Afiada, a partir de excelente reportagem de André Barrocal, o MTvai meter a mão na tua grana para a aprovar a reforma de Previdência:

Em busca de votos para aprovar a reforma da Previdência, o governo cedeu nas negociações com o Congresso e concordou em permitir descontos de multas e juros no novo programa criado para regularização de dívidas de empresas com o fisco.

Batizado como Programa de Regularização Tributária (PRT), e popularmente conhecido como novo Refis, o novo plano começou a ser discutido depois que o Congresso alterou proposta original do governo, incluindo vários benefícios para devedores. (...) 

Em tempo: as fotos acima revelam momento de ternura e deduragem entre Eliane Tucanhêde, aquela da massa cheirosa, e o cheiroso MT, da lista de alcunhas da Odebrecht. Foi durante a "entrevista" em que o Treme agradeceu a propaganda que o Elio Gaspari (provavelmente gratuita) lhe ofereceu. Como se sabe, o marido da Tucanhêde orna a Lava Jato. Aparece lá numa das roubalheiras da Odebrecht. O que explica a familiaridade entre a suposta repórter e o suposto Presidente: imersos na mesma lama. - PHA

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Valor, da Globo, mente em editorial sobre Cardozo


Em editorial publicado nesta segunda-feira, o jornal Valor Econômico, da Globo, publica uma mentira, ao dizer que o ex-ministro José Eduardo Cardozo confirmou a versão da delatora Mônica Moura።

"Mônica contou que Dilma, informada pelo ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a avisou dos mandados de prisão expedidos contra o casal. Dilma rebateu com seu bordão favorito: a mulher de Santana 'faltou com a verdade'. Acontece que Cardozo, na sequência, disse que nada mais fez que cumprir com seu dever de ofício, ou seja, comunicar à presidente da República. Não só confirmou a versão de Mônica, portanto, como se resguardou para eventuais demandas judiciais. Dilma provavelmente será processada pelo Ministério Público", diz o texto

o que Cardozo disse foi que, em todas as operações, seguia o protocolo da PF, que consiste em informar a presidência no momento das prisões።

Exército dos EUA ocupa a Amazônia

Chico Pinheiro fura bloqueio da Globo e detona Temer por empregar babá


Em post no Twitter, o jornalista Chico Pinheiro, do Bom Dia Brasil, da TV Globo, chama Michel Temer de "sem noção" pelo fato de ele pagar a babá de seu filho via Palácio do Planalto.

"Sem noção, esse Temer. Pra financiar esse tipo de gasto público das elites dos poderes, não há reforma que dê conta", diz Chico.

Filósofa a Moro: é a ditadura do Judiciário

Juiz que é Juiz não pode ser aplaudido

Conversa Afiada, 15/05/2017
Djamila Ribeiro, mestre em filosofia política e ativista (Créditos: Ricardo Matsukawa/El País)

Da Revista Fórum:


A filósofa Djamila Ribeiro questionou o juiz Sergio Moro sobre seus posicionamentos à frente da Operação Lava-Jato. O magistrado participou ontem (13) de um debate na London School of Economics, no Reino Unido, com a presença do ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo.

Na ocasião, Cardozo afirmou que o impeachment de Dilma Rousseff se tratou de um golpe baseado em “acusações pífias” e foi recebido com palmas. Quando a discussão passou às perguntas da plateia, Djamila, que falará no evento no domingo sobre questões de gênero, criticou o “discurso do populismo penal”.

A ex-secretária-adjunta de Direitos Humanos da cidade de São Paulo lembrou que a decisão de interromper as atividades do Instituto Lula foi feita com uma “canetada”. “Juiz não deveria ter lado, juiz não deveria ter partido”, enfatizou ao comentar a torcida em torno da figura de Moro no debate.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

As perguntas de Lula que Moro não respondeu

Provincianoto, medíocre, de limitados recursos técnicos e agressor da Língua!

Conversa Afiada, 12/05/2017

Reprodução: Facebook

O juiz imparcial de Curitiba fracassou como âncora do Fantástico.

NENHUM órgão do PiG elogiou seu desempenho.
Nenhum!

Na verdade, quando teve que enfrentar um adversário político maior do que ele, Moro voltou a ser o que é.
Um provincianoto, como diz o Mino Carta, um juiz medíocre, de limitados atributos intelectuais e técnicos, que agride a Língua do Padre Vieira e a Globo transformou em Pai da Pátria!

Lula deixou o Moro do tamanho que tem.

Durante o depoimento 7 a 1, Lula fez algumas perguntas que o Moro não respondeu.

Fica devendo:

- Só o jornal nacional foram 18 horas e 15 minutos nos últimos 12 meses. Sabe o que significam 18 horas falando mal de um cidadão?

- Como alguém pode imaginar em sã consciência, Dr. Moro, que um cidadão compra um apartamento que vale dez e depois declarou no Imposto de Renda cinco anos seguidos e depois aparece um apartamento que vale vinte sem nenhuma explicação?

- O Ministério Público tem algum documento que mostra que eu comprei o apartamento, alguma escritura? Foram em alguma imobiliária?

- Nos últimos depoimentos de pessoas que citaram meu nome, quais eram as manchetes no dia seguinte, qual era o tratamento que o jornal nacional dava à figura do Lula?

- Uma das reformas feitas foi a instalação de um elevador. “Essa do elevador é uma das anomalias do Ministério Público, pelo menos do pessoal da Lava Jato. Eu vi pela imprensa que o Ministério Público tinha dito que eu tinha pedido ao Léo [Pinheiro] para colocar um elevador. Isso aqui, doutor [entregando foto impressa a Moro] é uma escada caracol. Essa escada tem 16 degraus. Essa escada é do meu apartamento, onde eu moro há 18 anos [em São Bernardo do Campo]. Dona Marisa, há exatamente seis anos, tomava remédio todo santo dia para dor nas cartilagens. Será que alguém de bom senso nesse país imagina que eu ia pedir um elevador num apartamento que não era meu, e deixar de pedir para fazer um no prédio em que a Marisa vivia havia 20 anos, e que tomava remédio todo santo dia?”

- O sr. se sente responsável pela Lava Jato ter destruído a indústria da construção civil neste país? O sr. se sente responsável por 600 mil(hões) de pessoas que já perderam o emprego nos setores de óleo e gás da construção civil?”

Moro - Senhor presidente, o senhor Duque sequer tem acordo de colaboração e ninguém prometeu liberdade a ele. A informação que o senhor tem é equivocada.
Lula - Mas, eu tô vendo, doutor. Como não prometeu? Passou esses dias na televisão, o cidadão. Um mora numa praia não sei aonde, o outro mora num condomínio que só tem desembargador. O outro mora num apartamento não sei da onde, fumando charuto cubano com dinheiro roubado?
Moro: Essas pessoas foram presas.
Lula: Foram presas, delataram e saíram para gastar a parte do dinheiro.

Carta Capital que chega às bancas nessa sexta 12/V

A Globo está de costas para o precipício

A Globo desistiu de ser a Globo. Desistiu do negócio de televisão.

Está à venda!

Acesse o link e entenda porque a Globo vai acabar nos moldes atuais: A Globo está de costas para o precipício

Entenda distritão, voto distrital misto, lista aberta e mais da reforma política

Uma pequena reforma política pode está a caminho

Do G1, em São Paulo, 26/05/2015

O Congresso pode mudar a forma como você elege deputados, senadores e vereadores. Entenda as mudanças no voto proporcional propostas na reforma política:

saiba mais


Como é hoje

PROPORCIONAL com lista aberta

A eleição depende de um cálculo, chamado quociente eleitoral, baseado nos votos válidos no candidato e no partido. A partir dele, são preenchidas as cadeiras disponíveis, proporcionalmente (Entenda como é feito o cálculo).

A crítica é que candidatos com pouquíssimos votos podem ser eleitos, “puxados” por aqueles com mais votos do mesmo partido. Por exemplo, em 2014, Celso Russomanno (PRB), deputado federal mais votado, ajudou a eleger outros quatro candidatos.

Lista aberta: O eleitor pode votar em um candidato ou em um partido (voto na legenda).


Como pode ficar

DISTRITÃO

Acaba o quociente eleitoral e os mais votados são eleitos, ou seja, seria uma eleição majoritária, como para presidente. Cada estado vira um distrito eleitoral. No caso de vereador, seria o município. O eleitor vota em um nome em seu distrito. Os mais votados são eleitos.

A crítica é que as cadeiras são preenchidas sem considerar os partidos, o que poderia encarecer as campanhas individuais, enfraquecer as legendas e as minorias.

PROPORCIONAL com lista fechada

O partido faz uma lista de candidatos. O eleitor vota no partido, que terá o número de vagas proporcional ao número de votos obtidos. As vagas serão preenchidas pelos candidatos da lista. A crítica é que o eleitor não poderia votar em outros candidatos fora da lista.

DISTRITAL MISTO

É uma mistura do sistema proporcional e do majoritário. O eleitor vota duas vezes. Uma para candidatos no distrito e outra para a lista dos partidos (legenda). A metade das vagas vai para os candidatos eleitos por maioria simples. A outra metade é preenchida conforme o quociente eleitoral pelos candidatos da lista. A crítica é que os eleitores não poderão votar em candidatos de outros distritos.

Floresta Amazônica é ameaçada por bancada ruralista


A edição desta sexta-feira 12 do jornal francês Libération traz uma matéria sobre o desmatamento da Floresta Amazônica, em prol das plantações de soja e da criação de gado. "No Brasil, a floresta paga o preço das mudanças políticas", diz a manchete

12 DE MAIO DE 2017 ÀS 14:47 // 247 NO TELEGRAM // 247 NO YOUTUBE

Por RFI - A edição desta sexta-feira (12) do jornal Libération traz uma matéria sobre o desmatamento da Floresta Amazônica, em prol das plantações de soja e da criação de gado. "No Brasil, a floresta paga o preço das mudanças políticas" diz a manchete.


Libération explica que, desde a destituição de Dilma Rousseff, os conservadores favoráveis ao lobby agroalimentar defendem uma legislação perigosa para a Amazônia. "Tratados com indiferença, os povos indígenas tentam barrar a catástrofe", escreve o jornal.

Sobre o assunto, Libération entrevistou o pesquisador Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa). Segundo ele, "as forças políticas conservadoras se alinham para acabar com as proteções ambientais e sociais básicas", o que expõe boa parte da floresta amazônica a danos gravíssimos.

De acordo com Fearnside, o desmatamento da Amazônia deu um grave salto em 2016: 29% em relação à 2015 - um número que compreende apenas o desflorestamento legal. O cientista alerta que, se as ações ilegais forem consideradas, o desmatamento no local destruiu uma superfície do tamanho da França em apenas um ano. Além das plantações de soja e da criação de gado, a construção de barragens hidrelétricas, de estradas e portos contribuem para a devastação.

Segundo o pesquisador do Inpa, o cenário só tende a piorar. "Há cada vez mais investimentos. Os projetos de infraestrutura em andamento encorajam a especulação sobre as terras. O valor delas sobe enormemente a cada vez que uma nova estrada é construída na região", salienta Fearnside, em entrevista ao jornal Libération.

O diário destaca que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) confirma a tendêndia citada pelo cientista. De acordo com a instituição, o Brasil é o país que mais destruiu suas florestas no período entre 2010 e 2015. Cerca de 0,2% da área verde brasileira é destruída por ano, lembrando que o Brasil é o segundo país com o maior número de florestas, 12% da área verde do mundo, ficando atrás apenas da Rússia.

Conservadores no poder

Libération explica que não há mistério sobre esse aumento desenfreado do desmatamento: o aumento do preço da soja e da carne tornou mais rentável a exploração das terras. "Mas é sobretudo a chegada dos conservadores ao poder, há um ano, que custa caro para a a Amazônia", salienta a matéria. Com a queda de Dilma Rousseff e a chegada ao poder de Michel Temer, o bloco ruralista, que representa os interesses do agrobusiness, ganhou espaço e controla atualmente 40% do Congresso.

"Sob pretexto de tornar a economia brasileira mais competitiva, os ruralistas estão fazendo passar um arsenal de leis e emendas na Constituição para minar as proteções ambientais e invadir as terras indígenas", ressalta Libération. O texto mais recente aprovado pelo Congresso permite a abertura de mais de um milhão de hectares de florestas, até hoje protegidos, para a exploração.

Diante da situação calamitosa, dezenas de Ongs de proteção ao meio ambiente lançaram nesta semana o movimento "Resistir" para pressionar os governantes brasileiros. Mas, para ambientalistas, é preciso ir além e criar uma forte mobilização da população, já abatida por anos de crise política e econômica no Brasil.