quarta-feira, 10 de maio de 2017

Lula vai ao STJ contra Moro

O Juiz pensa e age como se estivesse acima da lei

Defesa do ex-presidente Lula protocolou no início desta noite três pedidos de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra as decisões do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) desta terça-feira, 9, envolvendo o depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro.

Segundo informações do Globo, o primeiro habeas corpus pede que o STJ considere o juiz federal Sérgio Moro suspeito para julgar a ação penal contra Lula.

No segundo, a defesa argumenta pelo direito de gravar todo o depoimento de Lula com uma equipe independente.

No terceiro, além de pedir o adiamento do depoimento no processo, os advogados pedem "pleno acesso aos documentos" e, após isso, 90 dias para a análise.

Os três autos foram remetidos para a 5ª turma do STJ e serão relatados pelo ministro Félix Fisher.

Deu a louca num juiz de Brasília

Ele manda fechar o Instituto Lula

Perseguição judicial ao ex-presidente Lula atinge seu ápice, na véspera de seu depoimento ao juiz Sergio Moro.

Em decisão tomada nesta tarde, a Justiça Federal do Distrito Federal determinou a suspensão das atividades do Instituto Lula em decisão tomada no âmbito da ação penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato, feita com base na delação do ex-senador Delcídio Amaral.

Em sua decisão, o juiz substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Ricardo Augusto Soares Leite, disse que a sede do instituto pode ter sido "instrumento ou pelo menos local de encontro para a perpretação de vários ilícitos criminais".

Para Reinaldo, juiz que fechou o Instituto Lula foi autoritário, fora da lei e semianalfabeto


O blogueiro neoconservador Reinaldo Azevedo foi na jugular do juiz Ricardo Leite, que, com sua canetada, decidiu fechar o Instituto Lula.

"O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, num impressionante rasgo de autoritarismo e de agressão à ordem legal, resolveu suspender, sem prazo para retomada, as atividades do Instituto Lula. É uma aberração que só atende ao alarido da galera — no caso, de extrema-direita e de extrema burrice. Pior: a decisão do meritíssimo espanca sem piedade a língua portuguesa. As nossas elites, com raras exceções, são semianalfabetas", disse ele.

Vozes mais esclarecidas da direita já perceberam que a perseguição judicial só fortalece o ex-presidente.

domingo, 7 de maio de 2017

TSE: o que vale para o Amazonas valerá para o Brasil?



Na quinta-feira, 4 de maio, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu pela cassação do mandato do governador do Amazonas, José Melo (PROS), e de seu vice, Henrique Oliveira (SD), por compra de votos, contratação de uma empresa de fachada e uso irregular da PM nas eleições de 2014. 

O TSE determinou também a realização de novas eleições diretas para governador dentro de 40 dias. A pergunta que ninguém fez e continua pairando sobre a decisão é se o que vale para o Amazonas valerá também para o Brasil no caso do julgamento da chapa Dilma-Temer. 

Ou seja, Temer também será cassado e podemos sonhar com eleição direta?, questiona a colunista Tereza Cruvinel.

No desespero, Globo apela para a baixaria contra Lula


247 – Excluindo os generais da ditadura militar, nenhum presidente fez tão bem à Globo quanto Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu primeiro governo, Lula salvou o grupo da família Marinho, que enfrentava sérias dificuldades financeiras decorrentes de sua dívida cambial contraída na era FHC. No segundo, Lula conquistou para o Brasil o direito de sediar a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, dois eventos em que a Globo ganhou rios de dinheiro.

Deve ser por isso que os Marinho jamais perdoaram Lula. E são eles os principais responsáveis por uma guerra que já destruiu a economia brasileira, quebrou várias empresas nacionais e feriu de morte a democracia, com o golpe mandrake executado em 2016. O plano original previa a extinção do Partido dos Trabalhadores e a eventual prisão de Lula – dois objetivos ainda não alcançados.

Mas a Globo não desiste. Neste fim de semana, a revista Época, dos Marinho, inventa propinas de R$ 80 milhões de Lula. A lista inclui as palestras que ele realizou (inclusive para a Globo), o triplex que ele não comprou, a sede que o Instituto Lula não ganhou e outras bobagens.

Além disso, os principais colunistas do jornal O Globo, Merval Pereira e Miriam Leitão, foram orientados a descascar a lenha em Lula. Os dois tratam como verdade absoluta a delação de Renato Duque – que, depois de três anos preso, esperou justamente a semana que antecede o depoimento de Lula em Curitiba para tentar criminalizá-lo.

O esforço da Globo para destruir Lula foi resumido pelo senador Roberto Requião numa palavra: canalhice (leia mais aqui). No entanto, embora seja o maior monopólio de comunicação do mundo, a Globo não conseguiu destruir Lula, que lidera todas as pesquisas sobre sucessão presidencial e seria eleito mais uma vez, se as eleições fossem hoje.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Rússia e China isolam Trump, que passa a considerar diplomacia na Coreia do Norte


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encontrou duas grandes pedras em seu caminho, em sua escalada retórica contra a Coreia do Norte: a Rússia e a China.

Nesta sexta-feira, os governos de Vladimir Putin e Xi Jinping se opuseram frontalmente ao uso da violência contra o governo de Pyongyang.

Isolado, Trump passou a reconhecer o uso da diplomacia como o melhor meio para solucionar o conflito na região, sem, no entanto, descartar a alternativa militar.

Mídia global destaca a greve geral que os nacionais esconderam


Enquanto a mídia nacional tentou esconder ou minimizar a greve geral contra as reformas previdenciária e trabalhista que deixou o país em letargia nesta sexta-feiira (28), a mídia internacional deu destaque ao movimento que ganhou as ruas do país.

Os jornais como El País, Clarín, BBC, The Wall Street Journal e Deusth Welle destacaram a paralisação em suas páginas na internet.

"Os sindicatos decidiram desafiar (o presidente Michel Temer) nas ruas e nesta sexta-feira o submetem a uma prova de fogo com a convocação de uma greve geral que encontrou apoio inesperado além das tradicionais alas da esquerda", diz o espanhol El País.

"Em São Paulo - maior cidade do país - a maioria dos ônibus e das linhas de trem e metrô não estão operando. Poucas pessoas estão nas ruas e a sensação é que de hoje é feriado", destaca a BBC.

Contra desmonte de Temer, até freiras aderem à greve geral


"É isto aí, irmãs! O Papa Francisco se ver vai ficar orgulhoso de vocês. Igreja que saí às ruas! Será que alguém as chamou de vagabundas petralhas?????", postou "O Lembrador", em seu Facebook. 

A greve geral foi contra o desmonte da previdência e dos direitos trabalhistas produzido por Michel Temer e entra para a história como a maior do País.

Lula comemora sucesso da greve geral e diz que povo deve continuar lutando


Ex-presidente Lula afirmou que a greve geral desta sexta-feira (28) contra as reformas do governo Temer é um "sucesso total".

"As pessoas resolveram paralisar em protesto contra a retirada de direitos, contra a reforma trabalhista, a reforma da Previdência, desemprego e redução salarial", disse.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Lula disse não ver outra saída para a crise atual a não ser a mobilização popular.

"Lamento profundamente, mas não tem outro jeito senão continuar lutando para recuperar e melhorar direitos e a qualidade de vida do povo brasileiro", destacou.

"Se quiserem resolver o problema da Previdência, é preciso que a economia volte a crescer. É simples. Mas esse governo só sabe cortar".

Renan avisa: Senado vai ouvir trabalhadores


Ex-presidente do Congresso e atual líder do PMDB, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) reconheceu a força da greve geral desta sexta-feira e disse que o Senado não vai aceitar a reforma trabalhista da forma como ela foi votada na Câmara dos Deputados; "uma discussão dessa importância, num momento de desemprego agudo como o atual, não pode ser votada de atropelo, na calada da noite", disse Renan ao 247.

Segundo ele, as paralisações desta sexta-feira foram muito fortes em todo o País, o que impõe a necessidade de diálogo.

"Nós vamos chamar os trabalhadores e cada uma das centrais sindicais para discutir todos os pontos da reforma", disse Renan.

Ele afirmou ainda que a experiência internacional demonstra que, onde houve retirada de direitos e garantias sociais, não se viu nenhum aumento significativo dos empregos, "ao contrário, só houve precarização".