segunda-feira, 24 de abril de 2017

Lula se diz ansioso para o encontro com Lula


Ex-presidente iniciou sua fala no Seminário de Economia "Estratégias para a economia brasileira: desenvolvimento, soberania e inclusão", organizado pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo, dizendo que está "ansioso para o depoimento ao Sérgio Moro".

"É meu direito de poder falar. Não estou preocupado com a data, isso é com o juiz Moro", afirmou, sobre a informação de que o juiz teria mudado o dia do depoimento de 3 para 10 de maio.

"Entre todos, do Poder Judiciário, do Ministério Público e da imprensa, quem mais deseja a verdade sou eu", declarou.

Intelectual americano diz que mídia brasileira distorceu imagem de Dilma



Um dos mais importantes brasilianistas, o historiador norte-americano James Naylor Green publicou um relato sobre as duas semanas que passou com a presidente deposta Dilma Rousseff nos Estados Unidos, onde ela palestrou em diversas universidades.

"Conheci uma pessoa totalmente diferente da imagem promovida pela grande imprensa e pela mídia no Brasil", descreveu.

"Conheci uma mulher íntegra e com princípios firmes, que a incentivaram a entrar na luta contra a ditadura em 1965 e seguir lutando contra a desigualdade econômica e social durante o seu governo e agora na resistência ao golpe", disse ainda Green.

Para ele, "fica muito evidente que a grande mídia criou uma imagem totalmente falsa sobre esta pessoa sensível e comprometida. É difícil prever o futuro, mas acho que ela ainda vai cumprir um papel importante nas lutas pela justiça e igualdade no Brasil".

As palavras sempre ficam

sábado, 22 de abril de 2017

No Brasil Temer é golpista, mas quer eleição direta na Venezuela


Rejeitado por 78% dos brasileiros, que defendem sua cassação imediata, Michel Temer disse que o problema da Venezuela só será resolvido com novas eleições presidenciais.

Ele disse esperar que, "muito proximamente, haja uma solução pacificadora na Venezuela por meio de eleições livres e com aplicação plena dos princípios democráticos".

Curiosamente, é isso o que pensam também 90% dos brasileiros, que, segundo a mesma pesquisa Vox Populi, também querem eleições diretas no Brasil.

Neste sábado 22, até o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que apoiou o golpe de 2016, defendeu eleições gerais.

Temer foi citado por executivos da Odebrecht como responsável por uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB.

Sorrisos de Moro são confissão silenciosa de parcialidade

Diga-me com quem tu andas e te direi quem tu és

Jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo (DCM), disse que os sorrisos do juiz Sérgio Moro a pessoas como Aécio Neves e Michel Temer, articulador e produto do golpe, respectivamente, são "simplesmente indecorosos".

"Um juiz não pode rir daquela maneira cúmplice, deslumbrada, quase histérica para pessoas de alto envolvimento numa operação anticorrupção que ele comanda", diz Nogueira.

"Os sorrisos de Moro a certas pessoas são um acinte à sociedade, a todos os que acreditam na isenção da Justiça e dos juízes".

Lula diz que a delação de Léo Pinheiro foi fabricada

E assim, o Brasil assiste a um espetáculo deprimente!

Condenado a 26 anos de prisão, o empresário deu uma guinada radical no que vinha declarando e agora acusa o ex-presidente Lula de ser dono do triplex do Guarujá e tê-lo orientado a destruir provas, dando o argumento para o juiz Sérgio Moro decretar a prisão preventiva do ex-presidente por suposta obstrução da Justiça.

Segundo a defesa de Lula, as acusações de Léo Pinheiro eram condição sine qua non para que ele tivesse acordo de delação premiada firmado. Sua negociação com os procuradores para reduzir sua sentença é pública e documentada.

"Claramente, a falsa versão negociada com Léo Pinheiro destina-se a cobrir os furos e inconsistências da denúncia do power-point, além de transferir sem provas, para outra pessoa (Vaccari), a responsabilidade pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro pelos quais Pinheiro é acusado na ação. Trata-se de uma farsa em favor do réu e dos levianos promotores", diz o Instituto Lula.

VEJA usa Léo Pinheiro para matar Lula mais uma vez


Lula está acabado. É o que decreta a revista Veja neste fim de semana.

O único problema, para a família Civita, é que Veja já matou Lula em outras ocasiões, tendo até arrancado a sua cabeça numa capa sinistra, e ele continua mais vivo do que nunca.

Desta vez, o pretexto alegado para a morte de Lula é a delação do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, que o acusa de ser o dono do "triplex do Guarujá" e de tê-lo orientado a destruir provas.

No entanto, quando depôs de forma voluntária, antes de enxergar na delação a única possibilidade de escapar da prisão perpétua, Pinheiro deu versões diferentes. Disse que o triplex é da OAS e inocentou Lula, mas sua colaboração foi rejeitada pelo Ministério Público (leia aqui).

Veja, no entanto, afirma que Lula não será preso, mas, apenas, condenado em primeira e em segunda instâncias, para, assim, ficar impedido de concorrer à presidência.

Sem o veto judicial, Lula seria eleito mais uma vez, se as eleições fossem hoje. De acordo com o Vox Populi, ele seria eleito em primeiro turno. Segundo o Ibope, a rejeição a Lula caiu 14 pontos desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), condenado a 15 anos de prisão, e Aécio Neves (PSDB-MG), político mais delatado na Lava Jato, desferiram o golpe contra a democracia brasileira, derrubando a presidente Dilma Rousseff, um ano atrás.

Kotscho: delação “do fim do mundo” pode ser só o começo

O que faziam os órgãos de controle e os tribunais de contas enquanto o Brasil era roubado? Só existia roubo na Petrobras? O roubo acabou?

"A assustadora videoteca das delações da Odebrecht é apenas a primeira produzida por uma única empresa, e ainda faltam todas as outras empreiteiras do consórcio público-privado criado para assaltar a Petrobras e as nossas esperanças, sabe-se lá desde quando", diz o jornalista Ricardo Kostcho.

"O que faziam os órgãos de controle financeiro, os tribunais de contas e as várias instâncias do Judiciário antes da Operação Lava Jato?", questiona.

Odebrecht entrega provas da megapropina de Temer

E agora, Janot?

A empreiteira apresentou aos investigadores da Lava Jato os extratos que comprovariam o pagamento da propina de US$ 40 milhões, equivalentes a R$ 126 milhões, acertada numa reunião presidida por Michel Temer, com a presença de Eduardo Cunha e do lobista João Augusto Henriques, ambos presos em Curitiba.

A maior parte do dinheiro foi paga em contas no exterior.

O valor equivalia a 5% de uma contrato na área internacional da Petrobras que a presidente deposta Dilma Rousseff cortou em 43%.

Hoje, 79% dos brasileiros defendem a cassação de Temer.

Caiado rompe com o golpe e defende Diretas Já


Embora tenha apoiado o golpe de 2016, que arruinou a economia brasileira a imagem internacional do País, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) anunciou, neste sábado, seu rompimento com o governo de Michel Temer.

Em artigo publicado neste sábado, ele defende a convocação imediata de eleições diretas, não só para a presidência, mas para todos os cargos, como a única forma de pacificar o País.

"O novo governo não é novo; é subproduto do que foi derrubado nas ruas", diz Caiado, que se diz disposto a renunciar ao próprio mandato de senador, se houver consenso para eleições gerais.