sexta-feira, 17 de março de 2017

Nassif: caiu a ficha do golpe na classe média



Jornalista Luis Nassif destaca que falhou a retórica do governo de Michel Temer, de que se as medidas não forem aprovadas, o Brasil jamais sairá da crise.
 
"O resultado desse exagero foi que caiu a ficha de parte relevante da classe média, incluindo aí procuradores, magistrados, policiais", afirma.
 
"Toda essa esbórnia de Temer é endossada pela mídia e por setores de mercado que julgam que a ampliação da corrupção é um preço a se pagar para se conquistar as reformas draconianas"..

Jurista rebate argumento de Gilmar e ressalta que caixa 2 é crime eleitoral

 
Em vídeo, o jurista Luiz Flávio Gomes contesta as declarações do ministro do STF e presidente do TSE, Gilmar Mendes, de que caixa 2 não é crime do código penal.
 
"Caixa 2 é crime, artigo 350 do código eleitoral. Agora estão mudando o discurso, estão querendo dourar a pílula, porque com as delações da Odebrecht, sai caixa 2 para todo mundo", diz o professor.
 
"O ministro Gilmar está fazendo papel de advogado de defesa, isso não é papel de ministro da corte suprema", critica.

quinta-feira, 16 de março de 2017

A voz das ruas é inconfundivel


"As demonstrações de 15 de março confirmam que a voz das ruas hoje é muito diferente daquela que os golpistas utilizaram para dar o golpe", analista o sociólogo e cientista político Emir Sader.

Para ele, agora "cabe ao Congresso ouvir" ao clamor dos protestos contra as reformas da Previdência, trabalhista, contra a terceirização e a retirada de direitos dos trabalhadores, "se não quiserem ser varridos radicalmente nas eleições do ano que vem", lembra

Os protestos, segundo Emir Sader, "demonstraram também como o governo perdeu a batalha pelo discurso sobre a Previdência, apesar dos imensos recursos gastos na propaganda", e deixa como maio lição a conclusão de que, "quando os argumentos se propagam, quando o povo é convocado depois de esclarecido a respeito do tema, ele se mobiliza, mesmo com grandes sacrifícios".

Tesoureiro de Dilma e partidos poderão acessar trechos de depoimentos da Odebrecht, decide TSE

Rafael Moraes Moura e Breno Pires

Brasília16/03/201720h44

O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizou nesta quinta-feira (16) que o PCdoB e o ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, Edinho Silva (PT), tenham acesso a trechos de depoimentos de executivos e ex-executivos da Odebrecht prestados à Justiça Eleitoral.

Os depoimentos, feitos no âmbito da ação que apura se a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014, correm sob sigilo. Edinho solicitou ao TSE as transcrições dos depoimentos do herdeiro do grupo Odebrecht e ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar e do ex-diretor da Odebrecht Ambiental Fernando Cunha Reis. O ex-tesoureiro da campanha de Dilma prestará depoimento nesta sexta-feira (17) ao TSE.

O PCdoB, por sua vez, solicitou acesso à totalidade dos depoimentos de executivos e ex-executivos da Odebrecht, nos quais o partido ou seus dirigentes tenham sido mencionados. "Considerando o caráter sigiloso atribuído aos depoimentos pleiteados, defiro o pedido autorizando o acesso aos depoimentos somente em relação aos trechos que envolvam condutas atribuídas aos peticionários", diz despacho assinado pelo juiz auxiliar Bruno César Lorencini. O mesmo expediente deverá ser adotado em relação ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, também citado em depoimentos, e a outros partidos que eventualmente apresentarem requerimento semelhante.
Pagamentos

De acordo com delatores da Odebrecht ouvidos pelo TSE, houve pagamentos da empreiteira a favor de PDT, PCdoB, PRB e PROS, em troca do apoio à chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014. Alexandrino Alencar afirmou que a empreiteira pagou R$ 7 milhões para cada um desses três partidos: PROS, PCdoB e PRB, em um total de R$ 21 milhões. Esses pagamentos teriam sido realizados com a intermediação de Edinho Silva.

Em fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, negociou um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014. Na época, o ministro afirmou "desconhecer" essa operação e disse que "delação não é prova".

Já o ex-diretor da Odebrecht Ambiental Fernando Cunha Reis afirmou que foram pagos R$ 4 milhões ao PDT para que o partido ingressasse a coligação da chapa presidencial de Dilma Rousseff-Michel Temer de 2014. Os depoimentos podem complicar a situação de Dilma e Temer, já que o TSE mudou em 2015 a sua jurisprudência e passou a reconhecer a compra de apoio político como uma forma de abuso de poder econômico. Herman determinou na última terça-feira, 14, que os presidentes de PROS, PRB, PDT e PCdoB apresentem esclarecimentos por escrito dentro de um prazo de três dias.

Devagar com o andor das ilusões sobre a lista de Janot



"Não é a condenação ou a prisão dos envolvidos que produzirás mudanças no sistema político, claro. O que move uma sociedade é a consciência de seu povo, e o nosso está sentindo a ficha cair. O golpe, agora está bem claro, foi mesmo uma tentativa de salvar toda esta gente que agora pode ser investigada", diz a colunista do 247 Tereza Cruvinel.

Segundo ela, a "turma da lista", entre eles Aécio Neves, José Serra, Rodrigo Maia, Romero Jucá e Eunício Oliveira, continuará em seus postos, "dando as cartas".

Quando o Supremo julgar a lista de Janot, já terá havido o rodízio de sempre nas elites. Os que agora caíram nos maus lençois da Lava Jato vão colocar filhos e aliados em seus lugares, seja no Congresso, seja nos governos estaduais. E a vida seguirá. Teremos a ilusão de que tudo mudou. Mudou para que tudo possa continuar sendo o que sempre foi"

Os 83 ladrões do Dr. Janot não têm chefe

O insuspeitíssimo e imparcialíssimo Procurador Geral da República denuncia uma quadrilha sem chefe. Pode?

Ouça e analisa a fala de Paulo Henrique Amorim sobre o assunto, acessando o link: Os 83 ladrões do Dr. Janot não tem chefe

Janio de Freitas lista notícias falsas contadas por Temer e reproduzidas na mídia



O colunista Jânio de Freitas afirma que, enquanto outros países se esforçam para combater notícias falsas, no Brasil elas são produzidas pelo ocupante da Presidência da República: "o país em que o presidente é produtor oficial e contumaz de notícias falsas. Com uso não só da internet, mas de todo o sistema de comunicação informativa do país", escreve".
 
"O 'ministério de técnicos', a 'recuperação da moralidade pública', a 'retomada do crescimento ainda neste ano' (de 2016!), e tantas balelas mais, formam uma estrada imoral de mão única", enumera.

Temer prepara aumento de impostos na gasolina e no diesel



Apesar da promessa de Michel Temer de não aumentar a carga tributária em sua administração, a alta de tributos está na mesa de discussão da equipe econômica como uma das opções para ajudar a tapar o buraco adicional de R$ 40 bilhões nas contas do governo, que já terá um déficit de R$ 139 bilhões neste ano.
 
O aumento do PIS e do Cofins sobre a gasolina e diesel é a alternativa de alta de tributo considerada mais viável pela área técnica de Temer; quem pagará a conta, claro, é o contribuinte.
 
A depressão econômica produzida pelo golpe derrubou a arrecadação e o governo não tem saída a não ser espetar novos impostos nos cidadãos.

Gilmar faz jantar para políticos investigados

 

Ministro do Supremo Tribunal Federal recebeu em sua casa políticos que são alvo de pedidos de inquérito do procurador-geral Rodrigo Janot, além de Michel Temer, acusado de organizar um encontro no Jaburu para pedir R$ 10 milhões do caixa dois da Odebrecht.
 
A lista dos convidados do convescote de Gilmar inclui José Serra, suspeito de receber R$ 23 milhões na Suíça, e Aécio Neves, o político tarja preta delatado por esquemas em Furnas, no Banco Rural e nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais.
 
Também participaram do encontro nomes como Rodrigo Maia, Eunício Oliveira e Agripino Maia, todos também investigados por propinas e caixa dois.
 
Em Brasília, ninguém se preocupa mais com as aparências.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Folha cismou com o Ministro Gilmar

O que distingue urubu de carcará?
 
Conversa Afiada, 15/03/2017

A Fel-lha parece ter uma fixação de tipo freudiano com o Ministro Gilmar Mendes.

Nos últimos tempos, essa patológica mania se intensificou: aqui, aqui, aqui e aqui.

Nessa quarta-feira 15 de março, no Painel do Leitor, Arnaldo Cardoso não poupa desaforos:

GILMAR MENDES
 
Gilmar Mendes precisa decidir entre a toga e a política. Na segunda hipótese, demita-se do Supremo, aguarde 2018 e candidate-se. Como está, é imoral. O presidente do TSE e ministro do STF almoçar com seus futuros réus é o cúmulo da indecência.
 
ARNALDO DE SOUZA CARDOSO (São Paulo, SP)

Até o dos chapéus, notável historialista, dá indícios do grave distúrbio, ao se referir à tentativa ministerial de ""relativizar" a roubalheira do Caixa Dois.

Diz o enchapelado:

(…) Jurisconsulto de renome, o doutor Gilmar Mendes fica devendo uma tabelinha capaz de diferenciar urubu de carcará.

Em tempo: apenas como registro historialista, cabe lembrar que o destemor do Gaspari emerge um dia depois de um de seus patrões, em editorial, "mandar o Ministro Gilmar à Mongólia Inferior".

Como diria o Mino Carta, é tudo a mesma sopa, na M... inferior ou superior.

PHA