quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Desabafo de Lula

No velório de dona Marisa, com quem foi casado por 40 anos, Lula fez um discurso emocionado em que refutou as acusações contra ele e a esposa. “Marisa morreu triste ...(por causa) da canalhice, a leviandade e a maldade que fizeram com ela…”, afirmou. “Acho que ainda vou viver muito, porque quero provar para os facínoras…que eles tenham um dia a humildade de pedir desculpas a essa mulher”, acrescentou.

Lula em aí e tudo será feito para impedir sua eleição


"Mal Lula despontou na liderança da primeira pesquisa, vieram as críticas e as armações. Um delegado o acusa de obstrução à Justiça porque foi nomeado ministro embora tenha sido impedido de tomar posse. Lula é acusado de ser o que não foi, de fazer o que não poderia ter feito, obstruir a justiça valendo-se do cargo, e desfrutando do foro privilegiado que lhe foi tirado depois do golpe", diz a colunista do 247 Tereza Cruvinel.

"Mas os três anos de pancadaria previstos por Lula ainda não acabaram e armas mais pesadas ainda serão usadas. O que farão desta vez para evitar Lula presidente?", questiona.

"Se Lula tornar-se de fato candidato, preservadas as regras democráticas, a campanha será uma guerra e todas as armas serão permitidas. Se Lula for eleito, o país ainda estará dividido mas, se ele conseguir restaurar a democracia, o crescimento e o desenvolvimento, como fez em seu governo, acabará conseguindo a reunificação", afirma.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Indagações que Moraes merece escutar embaraçam mais que qualquer resposta


Uol/Josias de Souza, 21/02/2017

O que assusta na marcha da política rumo à desfaçatez é a sua crueza. Nesta terça-feira, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado realiza uma suposta sabatina com Alexandre de Moraes. Trata-se de um encontro aviltante, constrangedor e desnecessário.

É aviltante porque a bancada de interrogadores inclui senadores que merecem interrogatório. É constrangedor porque as perguntas que o interrogado merece escutar são mais embaraçosas do que as respostas que ele não terá condições de dar. É desnecessário porque o jogo já está jogado.

Nesse tipo de sessão, o cinismo é o mais próximo que os participantes chegam das suas melhores virtudes. Todos sabem que o indicado de Michel Temer à vaga do Supremo Tribunal Federal será aprovado. Mas o sucesso da pantomima está justamente na compenetração com que os atores exibem suas virtudes fingidas.

Moraes sustentou numa tese de mestrado que não se deve indicar para o Supremo um sujeito que ocupou cargo de confiança sob o presidente que assina a indicação. Do contrário, o beneficiário pode ser compelido a injetar demonstrações de “gratidão política” nas suas futuras sentenças.

Alguém poderia perguntar durante a sabatina: como confiar num magistrado que, tomado por seus autocritérios, agradecerá com a toga? Ou ainda: tendo saído de um governo apinhado de investigados, não acha o cúmulo do despudor assumir o posto de ministro-revisor da Lava Jato no plenário do Supremo?

Num de seus livros, Moraes sustentou que o princípio da presunção da inocência não invalida “as prisões temporárias, preventivas, por pronúncia e por sentenças condenatórias sem trânsito em julgado.” Quer dizer: apoia a tese de que os condenados em segunda instância devem aguardar pelo julgamento de eventuais recursos atrás das grades.

Caberia a indagação: neste caso, vale o que foi dito ou vai rasgar novamente o que escreveu para desfazer a maioria frágil de 6 a 5 que levou o Supremo a abrir as portas do xilindró para os condenados em duas instâncias? Ou, por outra: combaterá a impunidade ou estancará a sangria?

Além de ser ministro licenciado do governo Temer, Moraes já foi advogado de Eduardo Cunha e secretário de Segurança de Geraldo Alckmin. Até outro dia, era filiado ao partido presidido por Aécio Neves. Alguém deveria indagar: deparando-se com um processo que traga na capa o nome de tais personagens terá a honestidade intelectual de se declarar impedido de julgar?

No esforço que empreendeu para seduzir os senadores que o alçarão à poltrona do Supremo, Moraes confraternizou gostosamente com suspeitos. Chegou mesmo a se submeter a uma sabatina informal, sobre as águas do Lago Paranoá, numa chalana chamada Champagne. A bordo, senadores investigados e até um condenado.

Moraes finge não notar que, mesmo quando alguém consegue extrair benefícios de um encontro com gambás, sairá da conversa cheirando mal. Quem entra numa roda de suspeitos, arrisca-se a ser confundido com eles. Ingenuidade ou estilo? Que tipo de gente vai virar a maçaneta da porta do gabinete de um ministro do Supremo que valoriza tão pouco o recato?

São mesmo constrangedoras as perguntas que Alexandre de Moraes mereceria ouvir se a marcha da política rumo à desfaçatez não tivesse transformado a sabatina de um candidato a ministro da Suprema Corte do país numa aviltante, constrangedora e desnecessária barbada.

JN omite trechos da gravação que inocentam Mercadante

Sem dúvida, mais uma vez a Globo cometeu um crime de imprensa!

Ao tratar do relatório da Polícia Federal que apura a iniciativa do ex-ministro Aloizio Mercadante de conversar com o assessor do então senador Delcidio do Amaral, Eduardo Marzagão, o Jornal Nacional de segunda-feira (21) omitiu trechos da gravação que inocentam Mercadante das acusações de obstrução de justiça e tráfico de influência.

Nos trechos da conversa entre Mercadante e Marzagão omitidos pelo telejornal da TV Globo, o ex-ministro diz expressamente que não interferiria na estratégia jurídica de Delcídio e nem na decisão por eventual delação do então senador.

PT vai à Justiça contra delegado que viu crime na nomeação de Lula

Resta saber se a Justiça fará justiça!

A bancada do PT na Câmara irá fazer uma representação contra o delegado da Polícia Federal Marlon Oliveira Cajado por abuso de poder e perseguição ao ex-presidente Lula.

O petista, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto para a Presidência em 2018, foi acusado de obstruir a Justiça com sua nomeação para a Casa Civil, que foi barrada por uma liminar do ministro Gilmar Mendes em março do ano passado.

A decisão, no entanto, contraria o STF, uma vez que, na semana passada, o decano do Supremo Celso de Mello garantiu a posse de Moreira Franco como ministro de Michel Temer e afirmou categoricamente que foro privilegiado não significa obstrução judicial.

“Esse delegado tem que responder criminalmente por abdicar da isenção exigida pelo cargo que ocupa, por assumir uma postura político-partidária e agir em desacordo com o STF com o único objetivo de produzir manchetes contra os ex-presidentes Lula e Dilma na grande mídia”, criticou o deputado Paulo Pimenta.

Moraes omite que sua mulher advoga no STF

A mentira é uma das principais características desse governo!

Indicado por Michel Temer para o STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes omitiu do Senado que sua mulher, que é advogada, tem ações em andamento no Supremo.

"Não tenho parentes que exerçam ou que tenham exercido atividades, públicas ou privadas, vinculadas à minha atividade profissional", afirmou o ministro licenciado em ofício enviado aos senadores.

A declaração sobre a possível existência desses parentes é uma exigência regimental para que os senadores analisem se há conflito de interesses nas indicações presidenciais à corte.

Os senadores também não vão poder se aprofundar nos documentos que fazem parte da operação Acrônimo: a documentação está sob sigilo.

PF apreendeu no ano passado documentos na JHSF, empresa do setor imobiliário, que citam o pagamento de R$ 4 milhões entre 2010 e 2014 para Moraes.

Rede recorre de decisão do STF que manteve nomeação de Moreira


O partido Rede Sustentabilidade entrou na noite de segunda-feira com um recurso, no Supremo Tribunal Federal (STF), contra a decisão do ministro Celso de Mello que manteve Moreira Franco no cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.

No último dia 14, Mello negou um pedido de liminar feito pela Rede, partido de oposição ao governo, para que o STF barrasse a nomeação.


Um dia depois, o ministro afirmou que, se houvesse recurso, deveria levar o caso ao plenário da Corte.

No recurso, a Rede rebate ponto a ponto os argumentos usados por Celso de Mello para negar a liminar.

PF tenta obstruir candidatura Lula


"É batata. Basta aparecer uma pesquisa mostrando Lula vários corpos à frente dos demais candidatos a presidente em 2018 para logo a seguir surgir uma contestação ao ex-presidente. Na falta de acusação consistente, qualquer uma serve, desde que dê notícia negativa na imprensa", observa o colunista Alex Solnik, chamando de "surreal" a denúncia encaminhada pelo delegado Marlon Cajado ao STF em que acusa Lula de obstrução à Justiça por sua nomeação a ministro da Casa Civil no governo Dilma.

"A nomeação de Dilma, como se sabe, não foi consumada. Como, então, algo que não aconteceu poderia ter provocado 'embaraço ao avanço da investigação'? É algo tão inverossímil quanto uma mulher ficar grávida sem ter tido relação sexual", compara Solnik.

Justiça barra compra de Parente fora da lei de conteúdo nacional

Eles agem a margem da lei! quando não, adequam a lei aos seus propósitos!

A Justiça do Rio suspendeu a licitação da Petrobras para compra de amarras para seis plataformas dos campos do pré-sal da cessão onerosa.

A estatal, sob comando de Pedro Parente, havia declarado como vencedora uma empresa chinesa que não cumprirá as regras de conteúdo local, regulamentação do setor de petróleo que determina a contratação de percentual mínimo de produtos e serviços no Brasil.

A regra vigente exige conteúdo local de 65%.

Jucá rebate Supremo e diz que foro deve ser “suruba para todo mundo”

O homem é nojento é no falar!

“Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada”.

Foi assim que o líder do governo, senador Romero Jucá —investigado na Lava Jato—, reagiu à proposta de restrição ao alcance do foro privilegiado dos políticos ao mandato em exercício, em debate no STF (Supremo Tribunal Federal).

Pouco antes da declaração, Jucá havia feito no Senado um duro discurso contra a imprensa por ter sido criticado após apresentar e em seguida retirar uma proposta que impedia os presidentes da Câmara e do Senado serem investigados por fatos anteriores ao exercício do cargo, como já ocorre para quem ocupa a Presidência da República.