segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Brasil terá, com Temer, a pior aposentadoria do mundo


A reforma da Previdência proposta pela administração de Michel Temer vai colocar o Brasil entre os países com as regras de aposentadoria mais rígidas no mundo, com critérios mais duros do que o de muitos países bem mais ricos.

No projeto brasileiro, quem contribuir por menos de 25 anos não terá direito a se aposentar mesmo que alcance a idade de 65 anos.

Em outros países é possível se aposentar com tempo menor de contribuição. Cumpridos os 25 anos, o brasileiro receberá 76% do benefício. O valor integral só será pago a quem trabalhar 49 anos. 

Na OCDE, grupo dos países mais desenvolvidos do mundo, um trabalhador consegue o benefício integral após contribuir em média por 44 anos.

"Exigir um mínimo de 25 anos de contribuição é muito rígido. Se você contribuir por 20 anos e não ganhar nada, isso quer dizer que todas as suas contribuições foram puramente impostos", diz Hervé Boulhol, responsável pela área de aposentadoria da OCDE

Da internet para a folia de rua

Temer ataca os três pilares da soberania nacional


Com a entrega do pré-sal, a venda de terras para estrangeiros e o abandono do projeto do submarino nuclear, o Brasil de Michel Temer ataca os três pilares fundamentais de qualquer projeto nacional: segurança energética, segurança alimentar e segurança militar.

Temer vai tocando essa agenda sem sequer ligar para a opinião pública. Pesquisas recentes já indicaram que os brasileiros são contra a abertura do pré-sal.

Outro levantamento apontou que Temer é reprovado por 66,6% dos brasileiros. Coincidência ou não, o general Eduardo Villa Bôas, chefe das Forças-Armadas, onde ainda existe um pensamento nacional, disse, neste fim de semana, que o Brasil está "à deriva".

Lula diz que só um governo eleito pode mudar a aposentadoria

Em vídeo divulgado pela página do PT no Facebook, o ex-presidente Lula argumenta que a reforma da Previdência proposta por Michel Temer, que será a pior do mundo se aprovada, não pode tramitar sem um amplo debate por parte dos brasileiros.

"Querem mudar a regra do jogo, jogando a culpa da crise em cima do trabalhador. E numa hora em que o desemprego deixou milhões de pessoas sem condições de contribuir", diz Lula.

"Só um governo eleito pelo povo terá legitimidade para fazer esse debate e garantir o sagrado direito da aposentadoria para o povo brasileiro", disse Lula, que lidera todas as pesquisas de preferência do eleitor para eleições presidenciais.

“Tá no Ar” avisa Trump que Temer “sequer foi eleito para presidente”

Mauricio Stycer
Em um quadro que vai ar na próxima terça-feira (14), mas foi divulgado neste sábado (11), o “Tá no Ar” simula “uma mensagem do governo do Brasil” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

É um “vídeo de introdução”, no qual são apresentadas as semelhanças entre os dois países com o objetivo de convencer Trump a adotar o Brasil como o seu principal aliado.

“Somos naturalmente bronzeados, como você”, diz a mensagem. “Você tem um animal voador como símbolo do seu país (águia). Nós também. Se chama Aedes Aegypti”.

Enveredando pela política, o “Tá no Ar” ri do fato de Trump ter tido menos votos do que Hillary Clinton na votação popular. “Nós também temos um presidente que não foi eleito pela maioria da população. Aliás, ele sequer foi eleito para presidente”, diz sobre Michel Temer.

E segue: “Você vai amar nossos políticos”, diz a mensagem. “O prefeito de São Paulo também foi apresentador do ‘Aprendiz’. E é um apaixonado por muros, como você. Você os constrói. Mas ele os pinta. Ele é o melhor e mais cinza.”

Outra semelhança importante: “Vocês tem John Mayer. Nós temos José Mayer”, brinca o vídeo, falando do cantor americano e do ator brasileiro, cujos nomes são idênticos.

A provocação prossegue: “A gente ainda não falou dos nossos maiores orgulhos, como Carnaval, samba, feijoada e capoeira. Mas são todos de origem africana e achamos que talvez você não curta. A gente entende”.

E encerra com o pedido: “Entendemos que vai ser a América em primeiro lugar. Mas podemos só dizer Brasil em segundo?”

O vídeo pode ser visto aqui.

Piada mundial

O esquete do “Tá no Ar” dialoga com uma série de programas de humor que fizeram piadas semelhantes com Trump. Na origem, está um esquete elaborado pelo programa “Zondag Met Lubach”, do canal holandês VPRO, pedindo para o presidente americano considerar a Holanda em segundo lugar.

Depois deste vídeo, que viralizou, humoristas de outros países realizaram brincadeiras semelhantes em Portugal, Suíça, Bélgica, Alemanha, Dinamarca, Lituânia e Marrocos. Uma página na internet, Who Wants To Be Second?, reúne várias destas piadas.

Lula também vence todos na Paraná Pesquisas

Lula lá brilha uma estrela!

Pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas confirma levantamento da CNT/MDA, divulgado na última semana, e mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como favorito à Presidência da República em todos os cenários apresentados.

Segundo a pesquisa, no primeiro cenário, Lula aparece com Lula 22,6% de intenções de voto; senador Aécio Neves (PSDB) vem em segundo, com 12,9%, empatado com a ex-senadora Marina Silva (Rede), que tem 12,6%, e com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), com 12,0%. O ex-ministro Joaquim Barbosa apareceu com 11,7% de intenções, Ciro Gomes, 4,9%; Michel Temer 3,8%, e Ronaldo Caiado 2,0%. Não sabe, 4,5% e votos brancos ou nulos, 13,1%.

Mambert pede Brasil justo para Lula e para todos

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"Onde estão as provas contra Lula? Cadê, cadê as provas?", questiona o ator Sergio Mamberti, em vídeo postado nas redes sociais.

Ele diz que a caçada judicial ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um objetivo concreto, tirá-lo na disputa presidencial.

"Lula não entregaria o pré-sal, não acabaria com as aposentadorias, não reduziria o salário mínimo", afirma; "eles sabem que, nas urnas, jamais ganhariam de Lula com essas medidas que pretendem enfiar goela abaixo do Brasil".

Para o desespero dos golpistas, Lula é a maior liderança do Brasil

Apesar dos ataques pesados contra Lula, ele não só continua sendo uma grande liderança, mas agora supera os adversários na corrida para o Planato, como mostra uma pesquisa da CNT/MDA divulgada na semana passada. O líder petista, que já estava na frente nos cenários no primeiro turno, mas perdia no segundo, agora vence também na rodada decisiva. 

O principal desafio de Lula, no entanto, é conseguir chegar a 2018 em condições legais de ser candidato. Ele pode ser condenado em primeira instância ainda neste ano, mas só a confirmação da sentença por um órgão colegiado impediria a sua candidatura nos termos da Lei da Ficha Limpa.

‘Citei todos eles e todos eles estão aí’, diz delator dos anos 90

O pivô do escândalo conhecido como Anões do Orçamento fala pela primeira vez após 10 anos e diz que os corruptores de ontem são os mesmo de hoje. (Por que só após o golpe contra Dilma e contra o PT, a Revista VEJA, mostra claramente que a roubalheira no Brasil é algo que acontece há mais de 20 anos?)


Por Laryssa Borges e Marcela Mattos

access_time1 jan 2017, 12h43 - chat_bubble_outlinemore_horiz
José Carlos Alves dos Santos (Cristiano Mariz/VEJA)

O economista José Carlos Alves dos Santos foi protagonista do maior escândalo de corrupção no Congresso na década de 90. Em 1993, ele revelou que as grandes empreiteiras mantinham uma sociedade criminosa com deputados e senadores. No Congresso, uma CPI foi instalada para apurar o caso. Alves dos Santos confirmou as acusações e apontou Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão como integrantes do grupo que agia à margem das instituições, manipulando e desviando dinheiro público — algo, se não idêntico, muito semelhante ao que seria descoberto pela Operação Lava Jato 21 anos depois.

A VEJA, o responsável por revelar ao país o esquema de corrupção conhecido como Anões do Orçamento contou que os escândalos da década de 90 e o atual são realmente muito parecidos. Leia:

O senhor denunciou o esquema dos Anões do Orçamento. O que mudou passadas mais de duas décadas? 
Os lobistas e as empreiteiras estão aí. Eu citei todos eles, e todos eles continuam aí até hoje do mesmo jeito. Evidentemente tudo se aperfeiçoa, mas, em princípio, o esquema da La­va-Jato é basicamente igual: uma empreiteira dá dinheiro ao parlamentar. O parlamentar, então, vota a emenda, depois vai lutar pela liberação dos recursos junto ao ministério e ganha mais uma comissão.

Por que as denúncias daquela época ficaram por isso mesmo? 
A sociedade nunca tomou nenhuma atitude em relação à corrupção. O que está havendo agora é que o pessoal de Curitiba e o juiz Sergio Moro estão começando a agir. O próprio STF não agia contra a corrupção. Quantas denúncias foram apresentadas no escândalo dos Anões do Orçamento? Quantos foram processados? Cinco ou seis perderam o mandato por decisão do Congresso, que precisava entregar a cabeça de alguém para poder acalmar a sociedade. Há, inclusive, gente que foi denunciada por mim, que estava envolvida já naquela época e que agora aparece neste novo escândalo da Lava-Jato.

Quem? 
Não vou falar porque não quero botar lenha na fogueira, mas são pessoas deste governo e do governo anterior. Na época, eu falei de cerca de quarenta parlamentares. Alguns estão aí até hoje e em altos cargos da República. Tudo o que fiz, passei e sofri não serviu para nada. Não é muito estimulante, principalmente quando a gente vê os políticos que estão por aí controlando este país.

O senhor diria que ainda é um arquivo vivo? 
Já me pediram muito que escrevesse um livro. Recebi propostas também para filmes, mas não quero trazer mais polêmicas. Tenho anotações de quando fui preso pela primeira vez. Deixei algumas coisas anotadas porque tinha medo de que me matassem. São denúncias, dossiês de políticos do Congresso. Estão guardados com algumas pessoas — mas não vou dizer quem são. Isso foi o meu seguro, mas como o seguro morreu de velho…

Depois dos Anões do Orçamento, o país conheceu o mensalão e o petrolão, mas o Congresso parece inerte diante de denúncias. O Congresso é uma escola de corrupção? 
Com certeza é. Um deputado neófito, de primeiro mandato, do interior e que não sabe de nada, começa a ver um colega fazendo aquilo. Não acontece nada com o corrupto, e o novato aprende. Muita gente se corrompe por viver naquele ambiente. Eu digo inclusive por mim. Eu via isso dentro do Congresso e aprendi lá. Era como mariposa em torno da luz. Você está naquele ambiente e acaba convivendo com tudo. Como não há demissões, prisões nem condenações, as pessoas vão pensando que podem ir cada vez mais longe e que não vai acontecer nada com elas.

O senhor se considera o primeiro grande delator do país? 
Não. Na época foi um negócio espontâneo meu. Hoje a pessoa delata para poder levar vantagem. É combinado com advogado, todo o negócio é armado para diminuir uma pena. Na minha época não tinha nada disso. Mas considero que a delação é válida. É uma maneira de investigar: sacrifica-se a pena de um para poder pegar o resto e desmontar um esquema.

O senhor denunciou corruptos mas também admitiu ser um deles. Que fim levou a propina que recebeu de deputados? 
Eu tinha 1 milhão de dólares em casa e entreguei aos policiais.

Além de integrar o esquema de corrupção, o senhor ficou marcado também pela acusação de ter mandado matar sua mulher.
Eu não matei a minha mulher. Fui para o júri achando que ia sair livre. Quando acabei condenado, fiquei arrasado, mas depois me levantei de novo. Não tinha nenhuma prova material contra mim, só os depoimentos dos dois homens que a mataram. Esses depoimentos estavam cheios de contradições. Hoje vou levando a minha vidinha. Nunca mais soube (dos assassinos). Hoje eu não tenho raiva de ninguém. Raiva não adianta nada, ódio não adianta nada.

O que o levou a virar evangélico e a pregar em cultos ao redor de Brasília? 
Eu me converti quando estava preso. Estava desesperado. O ambiente psicológico era pesado, tinha perdido a minha mulher e estava sem entender nada. Eu recebia Bíblias, livros de espiritismo e budismo e lia tudo o que me caía nas mãos. Antes, até ridicularizava quem andava com a Bíblia, mas, quando caí na necessidade e na angústia, vi que tudo isso ajuda muito. Quando estava preso e fui julgado, tive uma crise forte e pensei: “Eu me converti, eu estou bem, li a Bíblia, sou outro cara, mudei. Então não vou ser condenado”. Quando veio a condenação, foi uma paulada: “Meu Deus, por que isso?”.

Condenado por corrupção, o senhor dividiu uma ala da prisão com presos como Henrique Pizzolato e o ex-senador Luiz Estevão. Como era a rotina?
Normalmente as pessoas, quando vão presas, ficam muito angustiadas. O início é muito duro, mas a gente procura dar força, conversar, mostrar que é um período da vida. Montamos uma igreja lá dentro. Tinha um pastor, e fazíamos um culto. Fui para a ala da cadeia onde estavam os mensaleiros, o ex-senador Luiz Estevão e presos mais vulneráveis e que não tinham crime de sangue — boa parte era crime sexual —, e a gente sempre dava muita força a eles. Na camaradagem a conversa era sobre futebol. Eram todos gente boa, entre aspas. São todos seres humanos, como eu também. Era cada um cumprindo a sua pena, tendo as suas angústias. Não se pode fazer nada. O ser humano se adapta.

O senhor denunciaria tudo de novo? 
O “se” é muito difícil. Se eu fizesse isso, se eu fizesse aquilo… Não sei se faria diferente. As pessoas se afastaram. Ninguém queria ser visto comigo. Nunca mais fui ao Congresso, mas não me interessa. Consegui restabelecer minha vida e acho que estou vivendo bem.

Como o senhor gostaria de ser lembrado? 
Preferia que me esquecessem. Para que lembrar disso tudo depois de 25 anos? Não quero aparecer mais. O que vou ganhar com isso? Todo mundo morre um dia. Eu já estou no lucro, com 75 anos. O que não quero é sofrer, morrer sofrendo, ficar na cama entrevado. Deixa eu levar minha vida tranquilo. Quero ficar quieto.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Lula: "Folha e vazadores mudam versão de história sem provas"


Equipe do ex-presidente Lula rebate reportagem da Folha de S.Paulo que aponta "favor" da Odebrecht com orientação profissional ao filho caçula do petista e diz que versões são alteradas "em poucas horas para gerar manchetes contra Lula e sua família".

"Não há o que comentar diante de informações genéricas de origem ilegal, de apurações sem documentos que mudam em poucas horas", diz nota.

"Primeiro haveria um 'interlocutor de Lula' que teria feito o pedido citado na suposta delação a que a Folha teve acesso. A reportagem informou que o nome desse interlocutor não seria revelado. Depois, o tal interlocutor assumiu em uma informação de última hora que teria chegado na noite de sexta-feira. Fica a impressão de alteração da história, pelo jornal ou por sua fonte, após terem sido questionados sobre a falta de informações básicas", diz a assessoria.