Senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse nesta quarta-feira, 8, que o depoimento do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao juiz Sérgio Moro foi um claro recado a Michel Temer: "Ou vocês conseguem me tirar da cadeia, viabilizam que eu possa responder os processos em liberdade, ou eu começo a entregar todo mundo. Ele deixou claro, que para ele, quem comandava as nomeações do PMDB na Petrobras era o Michel Temer", diz Requião.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
Cunha diz que Temer mentiu e participou de nomeações na Petrobras
Cunha diz que era Temer quem nomeava na Petrobras
O primeiro depoimento do ex-deputado Eduardo Cunha ao juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, contestou afirmações de Michel Temer sobre sua participação nas decisões da Petrobras.
Cunha afirmou que Temer participou, em 2007, de uma reunião com a bancada do PMDB para discutir as indicações do partido para diretorias da Petrobras.
“Essa reunião era justamente pelo desconforto que existia com as nomeações do PT”, afirmou Cunha.
Temer depôs, por escrito a Moro, como testemunha de defesa de Cunha e declarou que “não houve essa reunião”, citada na denúncia da força-tarefa da Lava Jato. Cunha, por sua vez, disse a Moro que “a resposta de Michel Temer nas perguntas está equivocada”.
Janot reconhece que o golpe foi dado para frear a Lava Jato
Romero Jucá defendeu derrubar Dilma para estancar a sangria da Lava Jato
O impeachment da presidente Dilma Rousseff foi a forma encontrada por políticos acusados de corrupção de obstruir a Operação Lava Jato.
Quem diz isso é o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que cita a "solução Michel", no inquérito em que pede investigação contra Romero Jucá, Sergio Machado, Renan Calheiros e José Sarney.
De acordo com o procurador, o ‘plano’ elaborado pelo que chamou de ‘quadrilha’ foi colocado em prática logo após Temer assumir interinamente a presidência, em maio de 2016.
De fato, a estratégia segue a pleno vapor e o lance mais recente foi a indicação de Alexandre de Moraes para o STF.
Em novo trecho da conversa entre Jucá e Sérgio Machado, o senador admitiu encontro e apoio de nomes do PSDB para o "grande pacto nacional" de obstruir a Justiça e aceitar o impeachment de Dilma Rousseff.
Investimentos desabam 10,8% no primeiro ano do golpe
Embora Michel Temer e Henrique Meirelles tenham prometido trazer de volta a confiança, a promessa não se concretizou.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no ano de 2016, os investimentos acumularam uma queda de 10,8%, se comparado com 2015.
De acordo com o Ipea, no quatro trimestre a economia teve investimentos negativos em 3,7% ante o trimestre anterior.
Um dos principais setores atingidos pelo golpe, a construção civil retraiu-se 0,6% em dezembro, frente ao mês de novembro. E se comparado com o mesmo mês de 2015, a queda vai a 10,1%.
Escolha de Moraes sugere revisão de critérios nas indicações ao STF
Se a nomeação acontecer será a maior gafe da história do Supremo!

"A indicação, por Temer, de seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para o STF é tão escandalosa que já começa a suscitar o necessário e sempre interditado debate sobre os critérios hoje vigentes para a escolha de ministros de sua Suprema Corte", afirma Tereza Cruvinel.
"A indicação, por Temer, de seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para o STF é tão escandalosa que já começa a suscitar o necessário e sempre interditado debate sobre os critérios hoje vigentes para a escolha de ministros de sua Suprema Corte", afirma Tereza Cruvinel.
A jornalista destaca que a Constituição não diz que é o presidente da República quem escolhe os membros do Supremo, mas apenas os nomeia, e quem os aprova é o Senado.
"As indicações deveriam partir do povo, diretamente ou por seus representantes. Mas esta é uma mudança a ser feita em tempos de democracia plena e livre debate sobre seu aprimoramento. Talvez numa Constituinte que passe a limpo todas as violações recentes ao Estado de Direito Democrático", completa Tereza.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Imagine se Lula ou Dilma nomeassem um petista pro STF
À frente do Ministério da Justiça desde a posse de Michel Temer, Alexandre de Moraes protagonizou mais falhas do que qualquer cargo pode suportar". No começo de janeiro, em meio a verdadeiro caos penitenciário, suas reações equivocadas e oscilantes despertaram a articulação no meio jurídico para que renunciasse ou fosse exonerado.
A mais recente crítica foi relativa à afirmação do ministro de que o Estado de Roraima, palco de carnificina de 30 detentos, não pedira apoio ao Ministério da Justiça para crise em seu sistema prisional.
Moraes foi desmentido logo em seguida por documento divulgado pelo jornal O Globo que mostrava justamente o contrário. Então, recuou e disse que o apoio requerido era para "segurança pública" e não por "sistema carcerário".
Novamente, o ofício assinado pela governadora do Estado Suely Campos contradisse a fala do ministro, uma vez que dispõe pedido de ajuda para o sistema prisional, o que foi negado expressamente pelo ministro.
Em setembro do ano passado, em plena campanha eleitoral, Moraes prometeu ao grupo neofascista MBL que nova fase da operação Lava Jato ocorreria dali a poucos dias contra o PT. Tudo isso em ato de campanha do candidato tucano à prefeitura de Ribeirão Preto. No dia seguinte, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Antonio Palocci foi preso.
Logo que assumiu a pasta da Justiça, em maio do ano passado, Moraes pregou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que o governo pare de nomear o procurador-geral da República a partir da tradição de escolher o mais votado de uma lista tríplice encaminhada pelo Ministério Público Federal, o que já denotava estratégia para blindar o presidente da República contra investigações e processos por corrupção, já que o PGR é o único que pode denunciar presidentes da República.
Esse é o perfil do sucessor indicado por Michel Temer nesta segunda-feira para a vaga do falecido ministro Teori Zavascki no STF.
Porém, se fossem só as gafes, não seria nada. O que é mais escandaloso na indicação que o presidente da República acaba de fazer é que Moraes, além de ser filiado ao PSDB, é membro de um governo que está sendo investigado pelo STF, já que praticamente todo o ministério e o próprio presidente foram citados por delatores da Lava Jato.
Durante os governos Dilma e Lula, nomear ministros para o STF era uma temeridade. A mídia, que levanta campanhas contra ou a favor de medidas de governos e o Senado, que tem a prerrogativa de sabatinar e votar as indicações de ministros do STF queriam saber até os pensamentos mais recônditos dos indicados pelos presidentes petistas.
Agora em evidência por assumir a relatoria da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin, em maio de 2016, foi sabatinado por 12 horas antes de ter sua indicação aprovada pelo Senado, pois suspeitavam de que pudesse ser muito de esquerda, mesmo sem ser filiado ao PT. Ele teve que garantir que não era "muito de esquerda" para ser aprovado, e toma suas decisões assombrado pelo estigma de "esquerdista".
Tudo isso sem falar na denúncia do jornal carioca Extra que vincula o provável novo ministro do Supremo ao PCC e da tese de doutorado dele mesmo que diz que membros do governo não podem ser indicados ao STF.
Temos visto, nos Estados Unidos, o novo presidente, Donald Trump, substituir juízes da suprema corte segundo seus interesses políticos e ideológicos. Como se vê, só os governos petistas foram honestos – ou ingênuos – o suficiente para não fazer valer o poder da Presidência da República. Por isso o PT, Lula e o governo Dilma foram massacrados.
Após nomeação de Moreira Franco, Lula pede correção de “erro histórico”
Ex-presidente pediu ao Supremo a correção do "possível erro histórico" da decisão que suspendeu sua nomeação como ministro da Casa Civil do governo Dilma em março de 2016.
A nomeação foi invalidada pelo ministro do STF Gilmar Mendes, que alegou que Dilma cometeu "desvio de finalidade" e "fraude à Constituição" ao nomear Lula com o propósito de conferir foro privilegiado ao ex-presidente.
Uma nova decisão sobre o caso poderá ter impacto direto sobre a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência, citado mais de 30 vezes na Lava Jato.
Embaraço à Lava Jato foi o golpe, Janot!

Com muitos meses de atraso, o procurador-geral Rodrigo Janot decidiu denunciar o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e sua turma por obstrução de Justiça e "embaraço à Lava Jato".
Ao oferecer a denúncia, Janot praticamente valida o que disse Jucá, quando o senador afirmou que era necessário derrubar Dilma para "parar essa porra e estancar a sangria".
Ou seja, está mais do que claro que o golpe foi, como disse o escritor Miguel Sousa Tavares, uma assembleia de bandidos presidida por um bandido, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para derrubar Dilma Rousseff, a presidente honesta; a saída honrosa, para Janot e o STF, deveria ser encampar a bandeira da anulação do golpe.
Moraes é o Mussolini de Temer e do PSDB
"Não é só pela careca, porque carecas há para todos os gostos, de Foucault e Yul Brynner a Mike Tyson e Eike Batista. É a combinação da careca com outros atributos - o porte militar de fancaria, o olhar metálico, o sorriso robótico, o jeito truculento que um verniz de bons modos não consegue esconder - que me faz lembrar de Benito Mussolini cada vez que olho para Alexandre de Moraes", compara o cientista político Luis Felipe Miguel.
O colunista lembra que Moraes "é uma personalidade pública marcada pelo apreço à violência policial, pelo desprezo aos direitos e ao direito, pela conivência com abusos".
Miriam Leitão, da Globo, resume lambança de Temer com Moraes no STF
Até na Globo, principal responsável pelo golpe parlamentar de 2016, a indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal pegou muito mal e foi recebida como um tapa na cara da sociedade.
Quem bateu mais duro foi a colunista Miriam Leitão: "Michel Temer errou na indicação do ministro da Justiça Alexandre de Moraes para a vaga no Supremo. Temer foi citado na Lava-Jato, vários dos seus ministros também, alguns deles já estão sendo investigados. Esta não é a hora de escolher para o STF alguém da sua copa e cozinha e membro do PSDB".
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