terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Temer transformou o Supremo numa Corte Bolivariana

A turma do golpe dizia uma coisa e agora faz outra! São todos hipócritas!

A direita brasileira, que tanto acusou o PT de tentar transformar o Brasil numa Venezuela, aparelhando o Estado em defesa de seus interesses, acaba de fazer o que fingia condenar.

Ao indicar ao STF como revisor da Lava Jato seu próprio ministro da Justiça, Michel Temer converteu o Supremo Tribunal Federal numa corte bolivariana.

Lá, Alexandre de Moraes terá a missão de estancar a sangria, blindando políticos do PSDB, seu partido, e do PMDB, como o próprio Temer, que foi citado 43 vezes apenas na primeira delação da Odebrecht.

Curiosamente, Gilmar Mendes, que em 2014 condenava o risco de bolivarianismo no STF, foi quem articulou a ida do tucano Moraes para a corte.

Se há algo de bom na tragédia brasileira, resta apenas o aspecto pedagógico do golpe, que está nu e exposto como uma articulação de políticos corruptos que se uniram para se salvar e derrubar uma presidente honesta.

Globo esquece o que escreveu e avaliza ida de Moraes ao Supremo

Por que o jornal mudou de opinião?

Esqueçam o que eu escrevi: esta é a regra do Globo, peça-chave no golpe de 2016, em relação a Alexandre de Moraes, indicado por Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal.

O grupo da família Marinho, que há um mês o apontava como "o homem errado" para ser ministro da Justiça, agora o vê como o "constitucionalista" talhado para o cargo.

Na capa do Globo desta terça-feira, os Marinho dão seu aval a Moraes, que chega ao STF com a missão de estancar a Lava Jato no que diz respeito ao consórcio PMDB-PSDB, livrando políticos como Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra e o próprio Michel Temer, todos delatados pela Odebrecht.

O supremíssimo Merval Pereira, a última instância do Poder Judiciário no Brasil, diz que a escolha foi técnica, e não política.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Minha Casa, Minha Vida passa a incluir famílias com renda de até R$ 9.000

06/02/2017

O governo federal anunciou nesta segunda-feira (6) que famílias com renda de até R$ 9.000 poderão aderir ao programa Minha Casa, Minha Vida e comprar a casa própria com juros mais baixos que os de mercado. Atualmente, o limite máximo de renda para participar do programa é de R$ 6.500. 

O programa oferece condições diferentes de acordo com a renda familiar --são consideradas quatro faixas de renda. Para as famílias mais pobres, por exemplo, há um subsídio maior do governo e juros menores.

Os limites de renda para cada faixa do Minha Casa também será alterado:
Faixa: renda familiar máxima continua em R$ 1.800;
Faixa 1,5: renda familiar máxima passa de R$ 2.350 para R$ 2.600;
Faixa 2: renda familiar máxima passa de R$ 3.600 para R$ 4.000;
Faixa 3: renda familiar máxima passa de R$ 6.500 para R$ 9.000.
Preço máximo de imóvel também sobe

Também aumentará o preço máximo de imóveis que podem ser comprados no programa. 

Em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, o valor muda de R$ 225 mil para R$ 240 mil. Já nas capitais das regiões Norte e Nordeste, o valor muda de R$ 170 mil para R$ 180 mil, segundo exemplo citado pelo governo.

O anúncio foi feito em evento no Palácio do Planalto na tarde desta segunda-feira (6). O objetivo, segundo o governo, é estimular a economia do país e o setor de construção civil e a meta do programa é contratar 610 mil unidades em 2017, em todas as faixas.

A mudança "amplia consideravelmente o número de pessoas" que podem ter acesso e "atinge a classe média", segundo o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira. Segundo ele, os recursos disponíveis para financiamento imobiliário passarão de R$ 64,4 bilhões para R$ 72,9 bilhões --alta de R$ 8,5 bilhões--, com reforços principalmente do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). 

Sobre o 'Minha Casa'

O "Minha Casa, Minha Vida" é o programa habitacional do governo federal que oferece financiamento da casa própria com juros menores que os de mercado e com subsídios para as famílias de baixa renda. O programa foi criado na gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2009. 

O valor máximo do imóvel, a taxa de juros e a possibilidade de receber subsídio dependem da renda da família e da localização do imóvel.

O Minha Casa foi concebido para dinamizar a construção civil brasileira e combater os efeitos da crise econômica internacional iniciada em 2008. Também se tornou um instrumento para reduzir a falta de moradia no país, mas não escapa de críticas de pesquisadores que estudam seus empreendimentos.

(Com Reuters)

Celso de Mello será relator de pedido no STF contra nomeação de Moreira Franco

06/02/2017

Carlos Humberto/SCO/STF

Celso de Mello terá a função de deferir ou não liminar no STF contra a nomeação de Moreira Franco como ministro do governo Temer

Caberá ao ministro Celso de Mello, o decano do Supremo Tribunal Federal, responder ao pedido da Rede Sustentabilidade pela suspensão da nomeação de Moreira Franco ao cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O posto foi recriado pelo presidente Michel Temer (PMDB) por meio de Medida Provisória.

O mandado de segurança é assinado pelo juiz Márlon Reis, idealizador do projeto de Lei da Ficha Limpa, e pelo advogado Rafael Martins Estorilio.

A Rede pede que "seja deferido pedido de liminar no sentido de sustar os efeitos do ato de nomeação e posse do Ministro Moreira Franco para o recém-criado cargo de 'Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República', até decisão final de mérito".

O pedido do partido vai além do questionamento sobre Moreira ganhar status de ministro. Também mira o presidente Michel Temer ao pedir que ele preste informações à Justiça sobre a nomeação do ministro.

A Rede também pede que seja encaminhado, por ofício, ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, um requerimento "para a exibição em original ou em cópia autêntica das delações e quaisquer documentos envolvendo as autoridades impetradas".

A nomeação de Moreira Franco para o cargo de ministro da Secretaria da Presidência, na última sexta-feira (03), foi questionada por políticos da oposição, já que ele passará a ter foro privilegiado em sua nova condição. Moreira Franco foi citado na delação de Claudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht, mas ainda não é formalmente investigado.

Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York

Folhapress 06/02/17


Um grupo de manifestantes tentou impedir uma fala do juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, em uma palestra na Universidade Columbia, em Nova York (EUA), nesta segunda-feira (6). 

Moro é um dos convidados do evento para discutir governança e combate à corrupção no Brasil, que ocorre até amanhã. O procurador da Lava Jato Paulo Roberto Galvão e a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, também estão na lista de palestrantes. A ministra não confirmou sua participação. 

O protesto contra Moro começou logo que ele entrou no auditório. Da plateia mulher começou a gritar acusando o juiz de ser "enviesado". Com faixas, um grupo a acompanhou com vaias e grito de "bias" (viés, em inglês). Aparentemente constrangido, Moro aguardou no palco o grupo ser retirado. A palestra foi iniciada. 

Antes de o evento começar, cerca de dez estudantes e professores protestaram com cartazes na frente da universidade. O grupo afirma que o evento mostra apenas um lado da situação política brasileira atual. "Sugerimos outros nomes [de palestrantes], que também se posicionam contra a Lava Jato, mas eles não aceitaram", diz a carioca Luiza Nassif, 29, estudante de economia da New School, que também organiza a palestra em parceria com Columbia.

Marisa “viva na Itália”, caixão lacrado, doação de órgãos. Jeferson Miola tenta explicar a cólera fascista no Brasil

Viomundo, 05/02/2017
A cólera fascista e o assassinato da humanidade


O golpe liberou as comportas de uma represa envenenada com a cólera fascista da classe dominante e elevou ao paroxismo a fúria dos segmentos da sociedade que odeiam à morte os pobres, gays, lésbicas, negros, mulheres.

O golpe incandesceu uma espécie de fúria maligna naquelas pessoas que detestam o povo, a diversidade e o ideal de igualdade; destapou o subterrâneo assombroso de pessoas que consideram as pessoas diferentes inimigos e, por isso, alvos que devem ser exterminados.

Esse sentimento odioso e intolerante é imanente à natureza da oligarquia brasileira, não nasceu hoje.

Subsiste no tempo em estado de latência, e transborda para a arena pública e contamina o convívio social sempre que a oligarquia sente seus privilégios ameaçados por políticas democráticas de igualdade social e distribuição de renda.

É incrível a semelhança das estratégias, discursos, linguagens, ardis e violências do golpe de 2016 com os eventos que levaram Getúlio ao suicídio em 1954 e com a conspiração que desaguou no golpe de 1964.

Os delírios e as histerias de hoje têm o cheiro da naftalina dos mesmos delírios e histerias de 1954, 1961 e 1964.

Esta cólera fascista está hoje no auge, como esteve naqueles momentos do passado de aguda confrontação ideológica.

O aterrador é que essa desumanidade parece não conhecer fronteira.

Ao invés disso: propaga o fanatismo e a irracionalidade com requintada crueldade humana.

A morte da primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva confrontou-nos com a verdade apavorante de que o Brasil está sendo desumanizado, o sentido da vida esvaziado e a existência humana abastardada.

O que pensar da condição humana quando um macabro procurador de justiça ofende uma pessoa gravemente enferma e deseja a morte que quer celebrar? [“Morre logo, peste! Morra em agonia, desgraçada. Quero abrir o champagne” – Rômulo Paiva Filho, no facebook].

Qual o destino de uma sociedade cujos médicos que deveriam observar o juramento humanitário de Hipócrates [século V a.C, de salvar vidas e curar enfermos com dignidade] apregoam métodos para assassinar um ser humano? [“Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela” – Richam Faissal Ellakkis, vai whatsapp].

Estes comportamentos aberrantes não brotam espontaneamente, não surgem do nada; eles se inspiram no “novo normal” criado pelo regime de exceção e que é validado socialmente pela Rede Globo.

Os exemplos dos “heróis” justiceiros, cujos Power Points canalhas são incensados pela Globo, encorajam a disseminação do fascismo pelo tecido social.

O ódio e desrespeito à Marisa inclusive no momento mais débil da sua existência física, é decorrência natural da caçada patológica que é feita ao Lula.

Não fosse Marisa a companheira de sonhos do Lula e parte ativa da trajetória de emancipação do povo brasileiro; não fosse Marisa a “galega” que iluminou a vida do Lula e que agora vai iluminar o céu, e ela não seria destinatária desta cólera fascista.

Pensador americano pede reação contra destruição da democracia brasileira


Cientista político Alexander Main, do Centro de Pesquisa Política e Econômica, em Washinton, denuncia que a presidente Dilma Rousseff foi vítima de uma conspiração liderada por Michel Temer e pede reação do Congresso dos Estados Unidos ao colapso da democracia no Brasil; ele afirma ainda que a falta de reação dos Estados Unidos sinaliza um apoio velado da Casa Branca a um golpe de Estado no Brasil; em seu artigo, o analista lembra a motivação do golpe, que seria proteger políticos corruptos, e condena os excessos do juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A nomeação de Moreira Franco para ministro, para blindá-lo, poderá trazer dor de cabeça para Temer

Mas, será que essa nomeação vem ao caso?

Para o jornalista Kennedy Alencar, "a nomeação de Moreira Franco para ministro da Secretaria Geral da Presidência poderá trazer dor de cabeça ao governo no STF (Supremo Tribunal Federal (STF)".

Além do fato do novo ministro ser investigado pela Lava Jato, Temer cogita indicar o atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga na Corte que era do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF e que faleceu em um acidente aéreo no último dia 19.

"Uma solução seria o próprio Moreira Franco abrir mão do status de ministro e pedir essa providência a Temer. Assim, esvaziaria a contestação no STF e as críticas políticas", destaca.

Recessão de Temer, faz produção de veículos cair 13% em janeiro


Recessão do governo Michel Temer derrubou a produção brasileira de veículos em 12,9% em janeiro ante dezembro de 2016.

Segundo a Anfavea. na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume foi 17,1% maior.

Já as vendas recuaram 28% sobre dezembro do ano passado e tiveram queda de 5,2% sobre janeiro de 2016.

Negra, pobre e da rede pública passa em primeiro lugar em medicina da USP


"A casa-grande surta quando a senzala vira médica" é a frase que abre a conta do Facebook de Bruna Sena, primeira colocada em medicina na USP de Ribeirão Preto.

Ela defende sistema de cotas e diz que quer "atender pessoas de baixa renda, que precisam de ajuda, que precisam de alguém para dar a mão e de saúde de qualidade".