domingo, 5 de fevereiro de 2017

Carta: Moro vai quebrar bancos e imobiliárias

Distratos na compra de imóveis chegam a R$ 6 bilhões, Cegonhóloga! Um colosso!

Conversa Afiada, 05/02/2017CapaCarta.jpg
O excelente repórter Carlos Drummond, na Carta Capital, publica "terapia Intensiva", em que demonstra: "a crise une os maiores bancos no socorro financeiro e estratégico a empresas grandes e médias devedoras de 90 bilhões de reais".
"A caixa só cobre 60% da despesa financeira".
"... a relação entre a dívida bruta e o patrimônio líquido das empresas fechadas passou de 0,77, em 2010, para 1,36 em 2015. Em cinco anos, o endividamento aumentou, portanto, de 77% para 136% do patrimônio."
"Nas companhias abertas, o endividamento comprometia 56% do patrimônio seis anos atrás e 98% no ano passado".
"O estoque imobiliário retomado pelos bancos por falta de pagamento deu um salto de R$ 6,5 bilhões para R$ 9,8 bilhões entre novembro de 2015 e o mesmo mês no ano passado".
(No PiG cheiroso de sexta-feira, 3/II, Elie Horn, fundador e presidente do Conselho da Cyrella, defende a tese de que "o comprador tem que perder tudo!"
Ou seja, o comprador que não puder pagar o que ainda deve no imóvel que devolver não pode ter, na Justiça, nenhuma compensação.
Diz o PiG cheiroso:
"Com distratos de R$ 2,3 bilhões em 2016 e de R$ 6,1 bilhões (R$ 6 BILHÕES!!! - PHA) no acumulado dos últimos três anos, a Cyrela defende que o cliente perca todo o valor já pago em caso de rescisão de um imóvel".)
Segue Drummond: "empresas de infraestrutura (e engenharia, fechadas pelo Moro - PHA) devem R$ 10 bilhões a bancos privados".
"Enquanto o desembolso do BNDES diminuiu sem parar desde 2013, o Canadá formou um banco público de US$ 45 bilhões para investimentos em infraestrutura e programas habitacionais, e Donald Trump aumentou para US$ 1 trilhão os US$ 200 bilhões prometidos por Hillary Clinton para investimentos em infraestrutura", diz Gabriel Galípolo, da Galípolo Consultoria, na Carta.
N A V A L H A

Até os coronéis respeitam a esperteza do jagunço

Por que Lula quer conversar?

Conversa Afiada,  05/02/2017
Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha (Reprodução)
Faz tempo, o jagunço sobe e desce a caatinga.
Sempre perseguido pela volante.
A volante e seus cachorros.
O jagunço não esmorece.
Continua a marcha.
O numero de companheiros aumenta e diminui, a depender das vitórias e dos revezes.
Ele segue, com a companheira Marisa Bonita sempre ao lado.
A caatinga é a mesma: sol, seca, mandacaru.
A volante se aproxima.
Pelas costas, mata Marisa.
O jagunço para.
Chora, impreca contra os facínoras que a mataram, covardemente!
O jagunço avança, corre, agora.
Busca um povoado.
Ele se sente cercado.
A volante parece cada vez mais ameaçadora.
Um coiteiro do jagunço avisa que a volante não é uma, mas muitas: uma vem de Curitiba, outra de uma tal de Poliça Aessista e outra de um Ministéro Federá.
Ele e Corismoto finalmente chegam a uma cidade.
O que faz o jagunço, cuja esperteza e visão até os coronéis admiravam?
O jagunço entra na Igreja.
Pede a bênção ao padre e pede para encontrar o Prefeito.
O que fez o jagunço?
Fugiu ao cerco.
Saiu das cordas.
Ele sabe que precisa chegar vivo a 2018.
Com a bênçao de Padim Pade Ciço.
Assinado: um nordestino que responde à pergunta 
desse ansioso blog “por que o Lula quer conversar?

Gaspari diz o óbvio: Temer blindou Moreira

Lula não podia, mas Moreira, pode!


A jornada reformista de Temer, Maia e Eunício foi abafada pelo estrondo da blindagem de Moreira. Não é o interesse pelas reformas que move o governo. É o medo do que vem por aí na Lava Jato. 

A agenda liberal é uma grande máscara, atrás da qual se escondem os velhos e bons oligarcas, diz o colunista Elio Gaspari.

A promoção, que poderia ser vista como um passo para "as grandes reformas de que o Brasil precisa", foi apenas uma blindagem do parceiro. Moreira é citado 34 vezes numa só colaboração de um diretor da Odebrecht. Numa planilha da empreiteira, ele é chamado de "Angorá". 

Feito ministro, ganhou foro especial, livrando-se de juízes como Sergio Moro e Marcelo Bretas, lembra ainda o jornalista.

Martinho da Vila: Temer fala pouco e só diz bobagem


"Eu acho engraçado que o Temer fala pouco e fala devagar, calculado... e só diz besteira! Como é que pode?", aponta o cantor e compositor Martinho da Vila.

O músico também reiterou o óbvio: Dilma Rousseff, a presidente eleita, foi vítima de um golpe.

Lula: vou agradecer à Marisa até o dia em que não puder mais agradecer

 

"Eu espero me encontrar com ela com esse mesmo vestido que escolhi para botar nela."
 
"Vermelho para mostrar que a gente não tem medo de vermelho quando era vivo, não tem medo de vermelho quando morre."
 
"Ela está com uma estrelinha do PT no seu vestido. Eu tenho orgulho dessa mulher que junto comigo e outros milhares... muitas vezes essa molecada (seus filhos) dormia no chão da Praça da Matriz e a Marisa e outras companheiras vendendo bandeira, vendendo camisetas para a gente construir um partido que a direita quer destruir, disse o ex-presidente Lula."

sábado, 4 de fevereiro de 2017

O abraço tardio entre Lula e FHC

Gesto bonito do ex-presidente FHC 

"Mais do que um gesto de solidariedade, a visita do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Hospital Sírio-Libanês tem também potencial para se transformar num fato político. Quem sabe, no ponto de virada para conter o maior processo de destruição a que uma nação já foi submetida", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247; "Antes dessa histeria coletiva, que semeou o ódio entre os brasileiros, FHC e Lula construíram os pilares de uma Nação que se tornava admirada no mundo. O primeiro com a estabilidade econômica e o segundo com o maior processo de inclusão social e distribuição de renda da história do País. A competição política entre os dois, no entanto, colocou tudo a perder. Lula e FHC têm uma responsabilidade histórica no momento atual. E tomara que o legado de Marisa Letícia seja um pacto pela democracia no Brasil. Sem isso, só nos restará o abismo", completa.

Corregedoria do MP vai investigar procurador que pediu morte de Marisa

O que acontecerá com o reincidente? 

A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Minas Gerais vai investigar o procurador de Justiça Rômulo Paiva Filho, que usou seu perfil no Facebook para compartilhar uma reportagem sobre a ex-primeira-dama Marisa Letícia e escrever uma mensagem desejando a morte dela.
 
“Morre logo, peste! Quero abrir logo o meu champagne”, disse Filho, na rede social; o perfil do procurador foi apagado após a repercussão do caso.
 
Essa não é a primeira vez que o procurador se envolve em uma polêmica com questões políticas na internet; em 2016, ele publicou um texto insinuando que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deveria ser morta durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

Procurador que celebrou morte de Marisa falava em tocar gasolina e fogo em Dilma

Deixá-lo impune é atentar contra a própria instituição 

A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Minas Gerais abriu uma investigação sobre a conduta do procurador do Estado Rômulo Paiva Filho, que desejou a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia: "Morre logo, peste! Quero abrir logo o meu champagne!", postou o procurador, ao compartilhar uma notícia sobre o estado de saúde de Dona Marisa no Facebook.
 
Em agosto, ele deu outra "ideia": um banho de gasolina em Dilma Rousseff e tacar fogo.

Lula: “Os facínoras deveriam ter humildade de pedir desculpas a Marisa”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso emocionado no velório da ex-primeira-dama Marisa Letícia, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo.
 
"Não esqueço nunca dos acontecimentos deste salão. Foi aqui que eu conheci a Marisa, foi aqui que eu casei, aqui nós tivemos os nossos filhos. Aqui, Marisa sustentou a barra para me transformar no que me transformei".
 
A fala de Lula foi transmitida ao vivo em seu Facebook.
 
No final, o ex-presidente afirmou que espera desculpas daqueles que atacaram sua mulher.
 
"Os facínoras deveriam ter a humildade de pedir desculpas a ela. Este homem que está enterrando a mulher hoje não tem medo de ser preso. Não sou eu que tenho que provar que sou inocente"

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Delatado por receber R$ 2,1 milhões, Eunício, o Índio, vai comandar o Senado



Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), do grupo político que aprovou o golpe parlamentar contra Dilma Rousseff e delatado pela Odebrecht na Lava Jato por receber R$ 2,1 milhões, foi eleito presidente do Senado Federal para o biênio 2017/2018 no lugar de Renan Calheiros.

Eunício teve 61 votos e venceu o senador José Medeiros (PSD-MT), que conquistou o apoio de 10 senadores. Outros dez senadores votaram em branco.

Em sua primeira entrevista, ele disse que sua relação com o governo Temer será de "independência, harmonia e diálogo", mas se comprometeu com a agenda de reformas proposta pelo Executivo.