quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Educadores rejeitam receber premiação das mãos de Mendonça


Duas referências no mundo acadêmico, os educadores Dermeval Savani e Carlos Roberto Jamil Cury decidiram não participar da cerimônia de entrega do Prêmio Capes Anísio Teixeira, nesta quarta-feira 26, em Brasília, em razão da presença do ministro da Educação, Mendonça Filho.

Em e-mail ao presidente da Capes, Abílio Baeta Neves, os dois afirmaram ter "reservas quanto ao cerimonial" e disseram que a ausência se deve, ainda, "pelas posições que temos tomado quanto às recentes medidas do governo que, a nosso ver, não fazem jus à dinâmica do Plano Nacional de Educação pelo qual tanto nos empenhamos".

Lucro forte da Vale enfraquece plano de Temer para mudar comando


Os números divulgados nesta quinta-feira 17 pela mineradora, que reverteu prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 1,842 bilhão no terceiro trimestre, podem atrapalhar os planos de Michel Temer de retirar Murilo Ferreira do comando da empresa para abrigar nomes que vêm sendo pleiteados por políticos do PMDB de Minas, com o deputado Augusto Quintela à frente; fora de manchetes sobre corrupção e com claros sinais de recuperação financeira, a verdade é que ficaria difícil justificar a troca no comando da Vale.

Dilma comemora aniversário de Lula em São Paulo


Ex-presidente viajou para a capital paulista para participar da comemoração dos 71 anos de seu padrinho político, o ex-presidente Lula, na sede de seu instituto.

Pelo Facebook, Dilma fez uma homenagem ao seu antecessor na presidência: "PARABÉNS, LULA! Ao meu querido amigo Lula desejo saúde, paz, alegria e força para seguir na luta por um País mais justo e inclusivo. Feliz aniversário!"

PM desocupa escola no Tocantins e leva estudantes algemados


Integrantes do movimento que vem ocupando mais de mil escolas contra medidas do governo Temer contra a educação, 26 estudantes da escola ocupada D. Filomena Moreira de Paula, sendo 11 menores de idade, foram presos em Miracema, no Tocantins, nesta quinta-feira 27. Eles foram levados algemados para a delegacia.

A senadora Gleisi apelou ao governador do Tocantins em favor dos estudantes

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) fez dura crítica hoje no plenário após a prisão de um grupo de 26 estudantes em uma escola ocupada em Miracema, no Tocantins. Os alunos foram levados algemados para a delegacia. 

Ela disse que tentou "várias vezes" falar com o governador Marcelo Miranda, mas não conseguiu. "Eu gostaria muito que ele atendesse às ligações", pediu.

Gleisi disse ainda que o movimento das ocupações dos estudantes pelo País "precisa de mediação, não de polícia"

Fonte: Brasil247, 26/10/2016

“Quando autoridades se comportam como moleques, como moleques serão tratadas”, diz ex-ministro da Justiça

Fonte: Diario do Centro do Mundo, 26/10/2016

Publicado no blog do Marcelo Auler.

POR EUGÊNIO ARAGÃO


A liturgia do cargo público não é mero exercício de vaidade e de ego. Ela é um marco do republicanismo, que determina ser o exercício de função pública uma atividade impessoal. Quem está investido nela não deve a enxergar como um galardão adquirido em razão de qualidades pessoais, mas precisamente porque foi chamado a servir ao público. A liturgia lhe serve de proteção, para qualificar a função e não a si.

Juízes, por exemplo, lidam diariamente com conflitos. Ao decidirem sobre uma causa, tornam um dos litigantes vencedor e outro perdedor. Aquilo que pode significar, para o magistrado, apenas um número em sua estatística de produção mensal, na alma do perdedor pode ser uma catástrofe pessoal. O que o leva a não ir às vias de fato com aquele que vê como seu malfeitor? É a aura da liturgia que inspira o respeito necessário a criar uma barreira de blindagem relativa.

Quando, porém, autoridades se comportam como moleques, como moleques serão tratadas. Se adotarem discurso e comportamento de botequim, não poderão se queixar quando começarem a voar garrafas e sopapos.

Temos assistido quase diariamente comportamentos fora do script litúrgico por parte de magistrados, a começar por alguns do andar de cima. Têm sido muito cúpidos em dar entrevistas, falar fora dos autos, opinar sobre tudo e todos. Têm adotado posturas controvertidas e, por vezes, até mesmo político-partidárias em discursos públicos, seja nos tribunais ou fora deles.

A desfaçatez de mudar ostensivamente de opinião, conforme o momento político e o alvo das ações jurisdicionais, chega a causar náusea àqueles que assistem a esse circo quase cotidiano. Esse tipo de atitude cai bem em conversa de bar, onde a inconsequência regada a álcool tudo permite, tudo perdoa, mas não no exercício de função pública.

Dos magistrados se espera autocontenção e não exibicionismo. Infelizmente há, entre nós, magistrado que se fez notório e não é um bom exemplo de autocontenção.

A despeito de gozar de exclusividade para cuidar só de um universo de processos supostamente conexos, decretada por seu tribunal, aparentemente em virtude de sobrecarga que esse universo representa, esse juiz tem viajado Brasil e mundo afora para dar palestras, receber prêmio de bom-mocismo e participar de talk-shows.

Tem tido tempo de sobra para difundir seu moralismo obsessivo sobre os fins da persecução penal de “corruptos”, a ponto de virar super-herói de uma parte desorientada da sociedade, cuja bronca turva sua visão sobre o crítico momento político vivido pelo País. Para fugir das garrafadas e dos sopapos, anda com séquito de seguranças e deles vive cercado no trabalho e em casa. Torna-se, assim, personagem controvertido, agente de disseminação de incertezas, ao invés de se limitar a oferecer segurança jurídica a seus jurisdicionados.

Isso não é vida de juiz. Mas, ainda que não faça sentido, no sadio senso comum, essa imagem distorcida que se oferece de um magistrado, tem sido exemplo para muitos outros de sua corporação, que também querem compartilhar desse espaço de afago público a egos jurisdicionais.

Para tanto, assinam até abaixo-assinado de defesa do colega premiado de bom-mocismo, quando se torna alvo de críticas mais ou menos acerbas. Alguns foram às manifestações “contra a corrupção” convocadas para derrubar governo, manifestam-se cheio de emoção em perfis de Facebook e, depois, deram provimento liminar para impedir posse de ministro de estado.

Num ambiente desses, a reação de veemente indignação pública do Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, contra o “jabaculê” determinado nas dependências daquela Casa Legislativa por juiz de primeiro grau de Brasília, não deve causar surpresa.

Expressou nada mais que seu protesto institucional contra aquilo que entendeu ser um abuso de magistrado incompetente para tanto, pois o alvo da diligência da polícia judiciária eram agentes da polícia legislativa que tinham procedido a varreduras eletromagnéticas em locais de trabalho e residência de Senadores que seriam alvos de investigação criminal.

Essas varreduras tinham sido determinadas pela administração do Senado a pedido dos próprios Senadores alvejados. Se as varreduras foram pedidas por estes e se entenda que elas constituem embaraço a justiça, em tese são os Senadores objeto da escuta ambiental que deveriam ser questionados sobre a iniciativa. Isso, evidentemente, atrairia a competência do foro por prerrogativa de função que é o Supremo Tribunal Federal.

Tanto mais é surpreendente, isto sim, que a Presidente do Conselho Nacional de Justiça vá à imprensa, não para admoestar magistrados que ultrapassam a linha do bom senso em suas atitudes e decisões, mas para se dirigir com dedo em riste ao Presidente do Senado Federal, com discurso não menos surpreendente de se ver como destinatária de cada crítica que se faça em tom mais ou menos contundente a magistrados que procedem de forma, no mínimo, controvertida.

O Conselho Nacional de Justiça é órgão de controle externo da magistratura e tem, também, uma atuação correcional em relação a estes. Não deve a dirigente do órgão se confundir com aqueles que deve disciplinar, pois assim fazendo, reforça os desvios de conduta e se porta feito porta-voz de uma corporação e não de uma instituição.

Não é mais novidade para ninguém que certos padrões de comportamento de elevado risco para o governo das instituições no País têm fundo corporativo. É mostrando os dentes que as mais poderosas categorias do serviço público se alavancam para negociar vantagens.

Não é à toa que suas associações de classe são recebidas nos gabinetes parlamentares e em órgãos de gestão financeira do executivo com tapete vermelho, água gelada e café, enquanto aos servidores comuns e mortais só resta a via da greve e das manifestações públicas.

Não é à toa que essas categorias musculosas estão no topo da cadeia alimentar do Estado brasileiro, recebendo ganhos desproporcionalmente superiores a outros servidores que exercem suas funções com igual ou maior denodo e risco pessoal que Suas Excelências. Trata-se de grave distorção no sistema de remuneração do setor público brasileiro, que em nada contribui para sua eficiência.

Ao invés de querer colocar limites aos reclamos do Presidente do Senado Federal, a Senhora Presidente do CNJ faria melhor em dar sua contribuição para a contenção de atitudes de risco dos magistrados e buscar diálogo entre poderes para impor ordem ao sistema remuneratório do serviço público federal.

O melhor caminho para isso seria a desvinculação de todos os ganhos de servidores daqueles de atores que estão em posição de puxar o trem e gastos com aumentos a seu favor: Presidente e Vice-Presidente da República, Ministros de Estado, Ministros do Supremo Tribunal Federal, Deputados e Senadores.

Norma constitucional deveria vedar essa vinculação e dispor que o teto do serviço público (excluídos o dos atores políticos mencionados) fosse estabelecido pela Lei de Diretrizes Orçamentárias e o ganho de cada categoria devesse guardar proporção, com base nos vetores de risco e complexidade, com as demais, de sorte que não se admita que um general de exército ganhe brutos em torno de 14.000 reais mensais, um professor titular de universidade receba cerca de 12.000 reais, quando um jovem membro do ministério público seja remunerado com quase 30.000 reais no mesmo período.

Para articular essa revolução de ganhos, que seja capaz de neutralizar condutas de risco de categorias por prestígio, é fundamental o consenso entre os poderes da República, para constituir o SINAGEPE – Sistema Nacional de Gestão de Pessoal, integrando os três poderes e, aos poucos, as administrações estaduais e municipais através de matriz única de ganhos, quiçá regionalizando-a e submetendo-a a um fundo solidário de compensação de debilidades financeiras dos entes que compõem a Federação.

Só assim se coloca cada agente do Estado em seu quadrado. Zela-se pelo controle universal de gastos de pessoal e se moraliza a atuação dos diversos atores nos três poderes de modo a se estabelecer, no Brasil, pela primeira vez, um “Berufsbeamtentum”, um funcionalismo profissional como existe em outras economias mais fortes deste planeta.

Ministro da Saúde revoga portaria e restabelece autonomia de distritos indígenas

Indígenas criticaram e se mobilizaram contra portaria que alterava gestão orçamentária
Ricardo Barros, Ministro da Saúde

O Ministério da Saúde deve publicar nesta terça-feira (25), uma portaria que restitui a autonomia financeira e orçamentária que tinham os DSEIs - Distritos Sanitários Indígenas. Os coordenadores de distritos ainda podem autorizar despesas de até R$ 500 mil. 

A medida foi publicada em resposta aos protestos em relação à portaria 1907 de 17 de outubro, que em outras palavras, retira competências atribuídas ao Secretário de Saúde Indígena, no que se refere à gestão orçamentária e financeira em relação à saúde indígena.

Os indígenas já se mobilizaram contra a portaria e era prevista uma chamada nacional contra a medida. Segundo o Ministério da Saúde, a portaria 1907 não foi revogada e tem o objetivo de estabelecer um novo fluxo administrativo para o setor, corrigindo, por exemplo, distorções de compra de produtos com variação acima de 1.000%.

O Repórter Amazônia desta segunda-feira (24) também destacou na edição: "Ibama aplica multa a empresas que financiaram ou intermediaram a compra de produtos de terras desmatadas"; "Barragem no Bacanga, em São Luís vai ser recuperada depois 40 anos". 

O Repórter Amazônia é uma produção da Rede de Rádios Públicas da Amazônia e vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 18h30 pela Rádio Nacional da Amazônia.

Fonte: Blog do J Parente, 26/10/2016

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

ONU aceita recurso de Lula sobre violações de suas garantias no Brasil



Segundo a defesa de Lula, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou nesta quarta-feira 26 que o comunicado feito em julho em defesa do ex-presidente "passou por um primeiro juízo de admissibilidade e foi registrado perante aquele órgão".
 
O governo brasileiro foi intimado a apresentar 'informações ou observações relevantes à questão da admissibilidade da comunicação' no prazo de dois meses".
 
Na peça protocolada em Genebra, foram listadas violações ao Pacto de Direitos Políticos e Civis, adotado pela ONU, praticadas pelo juiz Sergio Moro e pelos procuradores da Lava Jato contra Lula, lembra o advogado Cristiano Zanin Martins.
 
"É especialmente importante saber que, a partir de agora, a ONU estará acompanhando formalmente as grosseiras violações que estão sendo praticadas diariamente contra Lula no Brasil", diz ele.

ONU recebe petição de Lula contra Moro

Do UOL, em Brasília, 26/10/2016

Juliana Knobel/Frame/Agência O Globo

Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgaram nesta quarta-feira (26) uma nota afirmando que o Acnudh (Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos) aceitou, preliminarmente, uma petição que afirma que o petista teve seus direitos humanos violados pelo juiz federal Sergio Moro, responsável por processos da Operação Lava Jato na primeira instância.

Ainda segundo a nota, o governo brasileiro foi intimado a apresentar "informações ou observações relevantes" sobre o caso em até dois meses.

Entre as violações apontadas pela petição movida pela defesa de Lula estão a condução coercitiva à qual ele foi submetido em março deste ano, a divulgação de gravações de conversas telefônicas nas quais Lula, seus familiares e funcionários do Instituto Lula apareciam e a suposta antecipação de "juízo de valor" por parte de Moro em relação a Lula antes de um julgamento propriamente dito.


"Avançamos mais um passo na proteção das garantias fundamentais do ex-presidente com o registro de nosso comunicado pela ONU. A data é emblemática porque justamente hoje nos encontramos em Boston, para discutir o fenômeno do 'lawfare' com especialistas da Universidade de Harvard. É especialmente importante saber que, a partir de agora, a ONU estará acompanhando formalmente as grosseiras violações que estão sendo praticadas diariamente contra Lula no Brasil', diz a nota assinada por Cristiano Zanin Martins, um dos advogados do petista.

O Insttituto Lula, ONG chefiada pelo ex-presidente, também divulgou uma carta da ONU sobre o caso. A carta divulgada pelo instituto afirma que a petição movida pela defesa do ex-presidente foi "registrada". O documento também informa que uma cópia da petição foi enviada ao governo brasileiro com o "pedido de que qualquer informação ou observação a respeito do tema da admissibilidade da comunicação" deve ser encaminhada às Nações Unidas em até dois meses. 

Para Zanin, Lula está sendo vítima de uma espécie de "lawfare", ou "arma de guerra", em que é eleito um inimigo e a lei passa a ser usada ou manipulada contra aquele definido como tal. De acordo com o advogado, a estratégia prevê, entre outras práticas, a "manipulação do sistema legal", a "promoção da desilusão popular" e a "acusação das ações dos inimigos como imorais e ilegais"-- técnicas que, segundo Zanin, estariam sendo empregadas contra Lula e a família.

O recurso de Lula à ONU é mais um na batalha entre a defesa do ex-presidente e o juiz da 13ª Vara de Curitiba. O último dia 10, a defesa de Lula pediu o afastamento do juiz federal e dos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato dos processos que tramitam contra o petista "por considerar que eles feriram os princípios da moralidade e impessoalidade para se referir a Lula e familiares."

Por telefone, a assessoria de imprensa de Sergio Moro disse que ele nunca se manifestou antes sobre essa petição de Lula e que não há previsão que ele se manifeste. A reportagem do UOLtambém entrou em contato com o Minitério das Relações Exteriores e com os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, que ainda não retornaram os contatos da reportagem.

Por telefone, o Centro de Informações da ONU no Brasil informou que ainda não há confirmação oficial sobre qualquer alteração no status da petição movida pela defesa de Lula. 

Os casos de Lula na Justiça

No último dia 13, o juiz da 10º Vara Federal de Brasília Vallisney Souza Oliveira aceitou denúncia contra o ex-presidente por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa.

Foi a terceira vez que o ex-presidente tornou-se réu em processos relacionados à Operação Lava Jato. A investigação em curso foi deflagrada pela Operação Janus, que é um desdobramento da Lava Jato.

Lula é réu em duas ações na Justiça Federal e ainda pode ser incluído em uma terceira ação que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal).

Na primeira ação em que se tornou réu, em julho, Lula será julgado pela Justiça Federal do Distrito Federal das acusações de que teria tentado obstruir investigações da Operação Lava Jato para evitar a colaboração premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

A segunda ação em que Lula virou réu, em setembro, diz respeito a supostas vantagens indevidas recebidas na construção e reforma do apartamento tríplex de Guarujá (SP) e no pagamento do armazenamento do seu acervo pessoal, ambas custeadas pela construtora OAS numa soma de R$ 3,8 milhões. Conforme a denúncia, Lula seria o dono real do imóvel, o que ele nega. Lula será julgado pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos em primeira instância da Lava Jato.

Além dessas duas ações e do indiciamento no caso de contratos em Angola, em maio, a PGR (Procuradoria-Geral da República) havia pedido a inclusão do ex-presidente no principal inquérito da Lava Jato, conhecido como inquérito-mãe, que apura denúncias de desvio de dinheiro na Petrobras e está tramitando no STF (Supremo Tribunal Federal).

Rapidinhas

Partidos discutem possibilidade de Temer cair com delação da Odebrecht - A possibilidade de o governo de Michel Temer (PMDB-SP) não conseguir atravessar a turbulência da delação premiada da empreiteira Odebrecht passou a ser considerada e discutida entre lideranças de partidos diversos como o PSDB e o PT.

Hipótese - Alternativas a Temer passaram a ser aventadas e até nomes que poderiam ser eleitos pelo Congresso Nacional, num pleito indireto, em 2017, são citados. Entre eles está o de Fernando Henrique Cardoso e até o de Nelson Jobim, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).

Todos os fios - Jobim, que foi ministro dos governos FHC, Lula e Dilma, teria a vantagem de circular por todos os principais partidos, conseguindo um mínimo consenso em caso de crise extrema. E um problema: ele foi contratado pela Odebrecht e atuou como consultor da empresa quando ela começou a ser investigada na Operação Lava Jato.

Fim de conversa - Em 2017, no entanto, a Odebrecht já teria encerrado a delação, com o pagamento de pesadas multas e a punição de seus dirigentes.

No coração - As dúvidas em relação à capacidade de o governo Temer aguentar o maremoto que se anuncia surgiram depois de informações de que a delação da empreiteira pode atingir os três principais auxiliares do presidente: Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, e Moreira Franco, do Programa de Parcerias de Investimentos. O próprio Temer estaria citado.

No coração - A delação, que deve ter mais de uma centena de parlamentares citados, pode incluir também o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segundo pessoa próxima às negociações da empresa com o Ministério Público Federal. Ele não se manifesta.

Revelação - O "projeto misterioso" que a cantora Ana Carolina tem divulgado nas redes sociais sem dar detalhes será um livro, o primeiro publicado pela artista. Por enquanto, ela liberou para os fãs apenas um áudio cheio de ruídos falando de seu próximo trabalho. Chamada "Ruído Branco", a obra será lançada pela Editora Planeta e terá poemas, pinturas e memórias, além de fotos e letras inéditas.

À la Jolie - A atriz Bruna Marquezine embarcou para o Oriente Médio para conhecer o trabalho de organizações que acolhem crianças em campos de refugiados. Ela está envolvida com a causa há um ano e decidiu agora, num intervalo de seus trabalhos, fazer a viagem de 15 dias, a convite da ONG I Know My Rights.

Sobre as águas - Parte da indenização de R$ 200 milhões que Shell e Basf pagaram pela exposição de funcionários em Paulínia à contaminação por substâncias cancerígenas será usada na construção de um barco-hospital para atender comunidades ribeirinhas da Amazônia. A iniciativa, orçada em R$ 24,5 milhões, foi aprovada pelo Ministério Público do Trabalho, que avalia projetos beneficiados com o dinheiro pago pelo dano coletivo.

Josias: STF julga ação que pode tirar Renan do cargo


A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), marcou para a próxima quinta-feira, 3 de novembro, o julgamento de uma ação que pode abrir caminho para retirar Renan Calheiros da presidência do Senado, diz o blog de Josias de Souza.

O Supremo precisará decidir se um réu pode ocupar cargos situados na linha de sucessão da Presidência da República.; como presidente do Senado, Renan é hoje a terceira autoridade na rota sucessória.