"O ex-presidente não está acima da lei. Deve explicações. Teve relações próximas como Emílio Odebrecht, como sempre foi de domínio público. Mas não pode ter seus direitos e garantias individuais pisoteados porque um delegado que não o investiga acha que ele tem culpa no cartório. É um tipo de abuso que enfraquece a Lava Jato", diz o jornalista Kennedy Alencar.
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quarta-feira, 26 de outubro de 2016
A crise continua: Carmem Lúcia rejeita encontro com Temer e Renan
A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, decidiu dar o bolo no presidente Michel Temer, que a havia chamado uma reunião para as 11h desta quarta-feira, destinada a encerrar a crise institucional aberta desde que a Polícia Federal, com autorização do juiz Vallisney Oliveira, de Brasília, fez uma batida no Senado e prendeu quatro policiais legislativos.
O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou a decisão que disse ter sido tomada por um "juizeco" e recebeu apoio do Palácio do Planalto, mas Cármen Lúcia se recusou a participar da reunião em que o Poder Judiciário seria enquadrado.
Será Nelson Jobim o Napoleão Brasileiro?
O Brasil vive hoje sua "revolução francesa", em que o PT já foi abatido e políticos de todas as vertentes estão prestes a ser guilhotinados, depois que foram fechados os mais de 50 acordos de delação premiada da Odebrecht.
O Brasil vive um ambiente de terror e desordem completa, marcado pelo conflito entre os poderes, que já produziu a maior destruição econômica da história do País.
Como Michel Temer, que presidiu o PMDB, pode também não resistir à delação da empreiteira, começou a ganhar força o nome de Nelson Jobim, que já foi ministro dos governos FHC, Lula e Dilma, além de relator da Constituinte e presidente do STF, para colocar ordem na casa. Será ele o nosso Bonaparte?
Já são mais de mil escolas ocupadas em todo País, contra a PEC 241
A tendencia é que esse número cresça muito, aumentando a crise política em que o Brasil está mergulhado
Balanço mais recente divulgado pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) mostra que 1022 escolas e institutos federais, 82 campi universitários, três núcleos regionais de Educação, além da Câmara Municipal de Guarulhos, estão ocupadas por estudantes contrários a PEC 241, que congela por 20 anos os gastos públicos e que foi aprovada em segundo turno pela Câmara nesta terça-feira, 25.
O Paraná lidera número de escolas ocupadas, com 846 unidades. Estudantes também são contrários a reforma do ensino médio proposta pelo governo federal por meio da Medida Provisória 746/2016.
Assim, a Lava Jato vai acabar absolvendo Lula
O conjunto de investigações que é associado genérica e impropriamente à Operação Lava Jato está se transformando numa parque de diversões. Há um magistrado que já apelidaram de Walt Disney, assim como há procuradores e policiais que caçam holofotes. É compreensível que isso aconteça, sobretudo quando de uma hora para outra aparece um empreiteiro presenteando a mulher de um governador com brilhantes da Van Cleef.
O delegado federal Filipe Hille Pace, que investiga traficâncias do ex-ministro Antonio Palocci com a empreiteira Odebrecht, revelou sua suspeita de que Lula seja o "amigo" que recebia dinheiro da empreiteira. Fez isso na linguagem contorcida de quem diz mas não afirma. A ele:
"Muito embora haja respaldo probatório e coerência investigativa em se considerar que o 'amigo' das planilhas (...) faça referência a Luiz Inácio Lula da Silva, a apuração de responsabilidade criminal do ex-presidente da República não compete ao núcleo investigativo do GT Lava Jato do qual esta Autoridade Policial faz parte."
O "respaldo probatório" conhecido está em várias referências a Lula, sempre mencionado como amigo de Emilio Odebrecht. Sendo ele amigo do dono da empresa, seria ele o "amigo" que recebeu R$ 8 milhões. Lula e a Odebrecht têm muitos amigos, mas essa cova é curta. O próprio delegado ressalvou que "a apuração da responsabilidade criminal do ex-presidente da República não compete ao núcleo investigativo" do qual faz parte.
Sendo assim, foi despropositada a inexorável e deliberada publicidade obtida pela divulgação de sua suspeita. Se o assunto não é da sua alçada, teria feito melhor mantivesse o caso nos canais investigativos da corporação.
Como Lula afirma que nunca soube de nada, não é dono do apartamento de Guarujá e nada tem a ver com o sítio de Atibaia, se amanhã alguém disser que ele estava no depósito de livros de Dallas na manhã de 22 de novembro de 1963, haverá quem acredite que finalmente se descobriu quem matou John Kennedy.
Contam-se em muitos milhares as pessoas que desejam ver Lula preso. Tamanha é essa esperança que na semana passada, quando a Polícia Federal vagou três celas na carceragem de Curitiba e ocupou uma com Eduardo Cunha, muita gente boa acreditou que as outras duas estavam reservadas para Lula e seu escudeiro Paulo Okamotto. Informados de que o carro da Federal viria buscá-lo, petistas já madrugaram na porta de seu edifício.
Admita-se que resolvam prender Lula porque, de acordo com os documentos conhecidos, ele seria o "amigo" que recebeu R$ 8 milhões da Odebrecht. Nesse caso os trabalhos seriam dois: primeiro, prendê-lo; em seguida, soltá-lo. Em março o ex-presidente foi conduzido coercitivamente a uma delegacia. O balanço do episódio foi a sua martirização, papel em que há 40 anos ele se sente bem.
Repetiu-se a dose em setembro, quando o Ministério Público fez um teatrinho infantil, apresentando-o como cabeça da hidra da roubalheira. Num gráfico de Powerpoint, nem do português cuidaram, mencionando uma "propinocracia". Essa espetacularização foi criticada pelo próprio ministro Teori Zavascki. Na ocasião, o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal cobrou respeito à "seriedade que se exige na apuração desses fatos".
Não custa ouvi-lo.
Fonte:Folha/Elio Gaspari, 26/10/2016
Índios interditam o acesso ao porto da balsa que faz a travessia Itaituba-Miritituba-Itaituba
Blog do GV, 25/10/2016
Foto: Gilson Vasconcelos/GV Notícias
Conforme havia sido anunciado os povos indígenas cumpriram o que havia dito e interditaram o porto da balsa que faz a travessia no Rio Tapajós de Itaituba-Miritituba-Itaituba. As manifestações só terão fim após o Ministro da Saúde revoga a portaria 1907 e restituir a portaria que dava autonomia para o Disei/Tapajós. Enquanto não acontecer uma resposta satisfatória, os indígenas irão permanecer no local e ainda fecharam o acesso no entroncamento das BRs 163 e 230 no Km 30.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Aposentada corta gastos do Temer
Para fazer economia sem congelar a Saúde e a Educação
Conversa Afiada, 25/10/2016
Via Mídia Popular:
A professora aposentada Minervina B Leite enviou através de carta aberta ao presidente Michel Temer uma proposta de PEC que corta gastos dos políticos e burocratas dos três poderes. "Vou provar ao presidente que é possível fazer economia sem passar a tesoura nas verbas da saúde e educação, bem como nos salários dos servidores públicos de todo o país", declarou. Dona Minervina tem 79 anos e atuou como professora de matemática por mais de duas décadas na Rede Estadual de Educação da Bahia.
Excelentíssimo Senhor Michel Temer, Presidente da República,
Dado que o senhor, desde que assumiu ilegitimamente o governo, só fala em cortar gastos públicos em saúde, educação e salários do funcionalismo do país, proponho que assuma a proposta de PEC que apresento abaixo. Mas não gaste dinheiro em banquetes para tentar aprová-la. Faça mesmo por Medida Provisória com validade de 20 anos.
Artigo 1º: Este Projeto de Emenda à Constituição regulamenta o teto salarial de todos os ocupantes de cargos eletivos no país do Legislativo e Executivo, bem como dos mais altos mandatários do Judiciário e demais burocratas comissionados destes três poderes.
Parágrafo Unico: O teto salarial de governadores, presidente da república, vereadores, deputados, senadores, ministros, juízes, desembargadores e demais burocratas de que trata o caput do artigo acima deve ser pago de acordo com a Lei Federal 11.738/2008, que instituiu o piso nacional dos professores.
Artigo 2º: Quaisquer vantagens além do teto salarial estabelecido ao pessoal enquadrado no Art. 1º devem ser calculadas com base no que é concedido aos profissionais do magistério da educação básica pública de estados e municípios.
Parágrafo Único: Por vantagens, entenda-se auxílio-transporte, merenda parlamentar ou outras.
...
Presidente, análise preliminar feita por mim indica que, só com cortes de mordomias e altos salários na Câmara dos Deputados, é possível economizar mais de R$ 700 milhões em apenas um ano. Por isso, leia essa proposta de PEC com atenção, por gentileza.
Minervina B Leite
Salvador, 18 de outubro de 2016
Pânico em Brasília: Marcelo e mais de 50 da Odebrecht fecham delação
Após oito meses de negociação, Marcelo Odebrecht e mais 50 executivos da empresa fecharam seu esperado acordo de delação premiada com a Lava Jato.
Esta será a maior delação já feita no Brasil; quem viu o documento diz que as acusações atingem 'de forma democrática’ líderes de todos os grandes partidos que estão no governo ou na oposição; do governo, foram citados Michel Temer, Eliseu Padilha, José Serra e Geddel Vieira Lima.
Como há muitos delatores, a investigação deve ouvi-los de acordo com a hierarquia na escala da propina. Acredita-se que, com o novo conteúdo, outros delatores, como Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, serão chamados para novos depoimentos para explicar casos de corrupção deliberadamente omitidos em suas delações, que envolvem o PSDB.
Ao que tudo indica, pouca coisa sobrará do atual sistema político brasileiro.
Globo “enxertou” Lula na delação de Odebrecht
Até quando, impunemente, a Globo vai continuar deturpando a história do País? Publicar fatos é uma coisa, mentir é outra!
Jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, diz que reportagem do jornal nesta terça-feira 25 "não traz uma palavra sobre uma eventual acusação a Lula", e sim ao presidente Michel Temer, que está no pé da matéria, sem chamada; mas o veículo "''enxertou' Lula na manchete do jornal, servindo-se de uma 'convicção' de um delegado de polícia de que ele seria o "amigo" citado em documentos apreendidos na empreiteira".
Carmen Lúcia rebate Renan e pede respeito ao Judiciário
Crise institucional se instala de vez no País; um dia depois de o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), criticar a decisão de um "juizeco de primeira instância" e chamar o ministro da Justiça de "chefete da Polícia Federal", em razão da invasão do Senado na última sexta-feira, a presidente do STF, Cármen Lúcia, disse que "não é admissível aqui, fora dos autos, é que qualquer juiz seja diminuído ou desmoralizado".
"Todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes é agredido", afirmou.
O Brasil vive a maior desordem institucional de sua história.
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