terça-feira, 21 de junho de 2016

Procuradores da Lava Jato não pretendem pedir a prisão de Lula

Procuradores que atuam na Operação Lava-Jato avaliam não ter indícios para prender Lula e estão decididos a agir com cautela em relação ao ex-presidente

Pragmatismo, 21/JUN/2016
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-Presidente do Brasil (reprodução)

A menos que algo de grave e inusitado ocorra, os procuradores da República que atuam na Operação Lava-Jato não pretendem pedir a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo antes de se debruçarem oficialmente sobre os três casos que envolvem o ex-presidente, os integrantes do Ministério Público Federal (MPF) que agem em Curitiba já firmaram convicção de que nenhum dos episódios enseja gravidade suficiente para justificar a colocação do líder petista atrás das grades — pelo menos, não antes do julgamento.

A opinião tem se firmado a partir das investigações já realizadas pela Polícia Federal (PF) e também da denúncia feita contra Lula pelo Ministério Público de São Paulo. Há três meses, promotores de Justiça paulistas pediram a prisão do petista, ao denunciarem que ele supostamente mentira a respeito da compra de um triplex no Guarujá (SP) e de um sítio em Atibaia (SP). Eles consideraram que Lulapoderia estar manipulando os fatos e atrapalhando as investigações. A juíza responsável pelos dois casos, porém, ignorou o pedido: não decretou a prisão e decidiu encaminhar o episódio para a esfera federal.

Os procuradores da República estão decididos a agir com a cautela que seus colegas estaduais paulistas não tiveram. Primeiro, por razões técnicas: não existem, no entender deles, indícios que justifiquem a prisão do ex-presidente. Ele não chegou a intimidar testemunhas ou mover dinheiro no Exterior, nem tentou eliminar provas, como ocorreu com outros réus da Lava-Jato, ponderam.

Os procuradores acreditam que o único caso que Lula responde e que poderia justificar, em tese, um pedido de prisão seria o da tentativa de nomeá-lo ministro, feita pela presidente Dilma antes de ser afastada do cargo.

O fato foi interpretado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como tentativa de interferir nos rumos da Lava-Jato: a nomeação para o ministério daria a Lula foro especial, longe da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde o juiz Sergio Moro tem sido ágil em prender e condenar.

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Mas o principal indício de que a nomeação era “proteção” a Lula, um diálogo telefônico entre ele e Dilma interceptado pela PF, acaba de ser invalidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Isso enfraquece o argumento de que Lula interferiu na Lava-Jato e, mais ainda, o embasamento para um pedido de prendê-lo.

O outro motivo para os procuradores agirem com calma é não transformar Lula num mártir político. Estão escaldados pela intensa repercussão do dia em que a PF levou o ex-presidente numa viatura policial para depor. Multidões de simpatizantes lulistas protestaram.

Globo mostra contradição de Aécio sobre denúncia de Machado

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Reportagens do jornal O Globo de 1998 contradizem a versão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para rebater as acusações de Sérgio Machado, que acusou o tucano de ter recebido R$ 1 milhão e comprado 50 deputados para apoiar sua eleição para presidente da Câmara, em 2001.

Aécio disse que em 1998, "sequer se cogitava" sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, "o que só ocorreu muito depois".

"Reportagens de 1998 do GLOBO, no entanto, mostram que Aécio se colocava já naquele ano como candidato à presidência da Câmara — com o apoio de Sérgio Machado inclusive —, o que chegou a ameaçar o pacto entre PFL e PMDB para a reeleição de Michel Temer, na presidência da Câmara, e de Antonio Carlos Magalhães, na presidência do Senado. Os dois acabariam reeleitos, com o apoio do PSDB", diz o colunista Lauro Jardim.

Dilma pergunta: "Só os pobres devem pagar o pato?"


Em nova conversa com internautas pelo Facebook, a presidente eleita Dilma Rousseff, acompanhada da ex-ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello, criticou o governo interino por ter pago parcela do programa Bolsa Família sem o reajuste previsto de 9%.

"Eles concederam aumento para várias categorias do funcionalismo, fizeram uma anistia para os estados, que segundo eles mesmos custará R$ 20 bilhões. Eles aumentaram vários outros gastos. Só não acharam dinheiro para dar o reajuste do Bolsa Família, cujo valor não passa de R$ 1,2 bilhão", criticou a presidente.

"Onde foi parar o dinheiro que tínhamos reservado para o reajuste do Bolsa Família? Só os mais pobres devem pagar o pato?", questionou.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Propina de Temer reaparece no TSE

Queiroz Galvão cumpriu o que Temer tomou de Machado!

Conversa Afiada, 19/06/2016

As empreiteiras Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia fizeram doações eleitorais em 2010, 2012 e 2014 que coincidem com relatos da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, revelados na quinta (16).

Levantamento da Folha mostra que ao menos 14 dos 25 citados receberam doações que sustentam a fala de Machado de que parte dos recursos ilícitos chegou a políticos por meio de doações oficiais.

(…)

Sobre Chalita, o delator afirmou que Temer solicitou R$ 1,5 milhão para a campanha do aliado à Prefeitura de São Paulo em 2012, que teriam sido pagos pela Queiroz Galvão.

Nos dados do TSE, vê-se que a empresa doou R$ 1,5 milhão ao PMDB em 28 de setembro daquele ano. No mesmo dia, a sigla repassou R$ 1 milhão a Chalita e, pouco depois, em 2 de outubro, outros R$ 500 mil.


N a v a l h a

Aqui, Sergio Machado emite nota oficial inequívoca: Temer, não mente, Temer!



E eles acham que o povo não está percebendo!

PHA

Para Eric Nepomuceno, golpe idiotizou classe média


Num duro artigo para o jornal argentino Página 12, o escritor Eric Nepomuceno aponta o aumento do cerco ao interino Michel Temer. 

"É preciso reconhecer: nem sempre se registra, na história do mundo, um governo que reúne tantos acusados de corrupção promovendo um golpe institucional em nome da moralidade", diz ele. Nepomuceno diz, ainda, que o golpe idiotizou a classe média. 

"As classes médias, idiotizadas pelos meios oligopólicos de comunicação, se deram conta de ter sido manipuladas como massa de manobra pelo que existe de pior na apodrecida classe política brasileira".

Só Dilma salva a Lava Jato


"Por que governos anteriores não foram incomodados pela maioria que vive assaltando os cofres públicos apesar de Fernando Henrique e Lula terem cometido as mesmas 'pedaladas' que ela? Porque não havia Lava Jato. Não era necessário inventar pretextos. Sob FHC e sob Lula essa maioria podia agir livremente como sempre agiu. À luz do dia", escreve Alex Solnik, colunista do 247.

"Mas quando a Lava Jato chegou com tudo e Dilma não fez o menor esforço para freá-la, muito ao contrário, a estimulou, um plano foi colocado em ação, com duas etapas: primeiro derrubar Dilma, depois derrubar a Lava Jato. Por questão de sobrevivência, não de ideologia", completa o jornalista.

Para ele, "os procuradores da Lava Jato começam a perceber que a operação só vai sobreviver se Dilma voltar".

Dilma já é um passo à frente do petismo lulista


"A história costuma ser irônica. Mais uma prova disso é que, duramente criticada inclusive por seus pares de PT, Dilma Rousseff pode ser a via pela qual o próprio PT pode vir a se recuperar como partido, pelo menos em parte. 

Com toda a crise que levou o Brasil a uma das fases mais obscuras de sua história, Dilma tem protagonizado nas últimas semanas um fenômeno extremamente interessante: sua popularidade cresce a olhos vistos. 

Mais do que isso: ela está superando a popularidade que poucos (ou ninguém) esperavam que poderia ter".

A análise é do jornalista Eduardo Maretti, para quem, "Dilma tem incendiado uma militância até outro dia adormecida" e se mostra "um passo à frente do petismo lulista".

‘Golpistas já tentam barrar investigação em público’

Perderam a vergonha?

O ex-ministro-chefe da Casa Civil Jaques Wagner (BA) alfinetou, no Facebook, o atual comandante da pasta no governo Michel Temer, Eliseu Padilha, ao dizer que "no momento em que a operação se aproxima da cúpula do PMDB, Padilha, o homem forte de Temer, fez um apelo para que os procuradores coloquem logo um ponto final nas apurações"; "É o indisfarçável desespero de quem ainda não entendeu que os tempos do Engavetador-Geral da República ficaram no passado", disse; Wagner faz referência à declaração de Padilha, que durante palestra em São Paulo, disse ter certeza de que os agentes da Lava Jato "terão a sensibilidade" para saber o momento em que deverão "aprofundar ao extremo", e de "caminharem rumo a uma definição final".

Substituto de Machado na Transpetro foi indicado por Jucá

Por quê? Para quê?

Senador acusado por Sérgio Machado de receber R$ 21 milhões em propina, o senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) é padrinho político de Claudio Campos, que antes de assumir a presidência da Transpetro, era diretor de Serviços da subsidiária da Petrobras.

Alvo do MPF, Padilha nega indisponibilidade de bens


O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, rebateu as informações de que teria seus bens bloqueados a pedido do Ministério Público Federal.

"Ação de Improbidade contra mim ainda não foi recebida pela Justiça. Não houve nem há qualquer indisponibilidade de bens", afirmou ele no Twitter.

"A Ação de Improbidade não deve prosperar, pois foi fundada em documento nulo e o praticado por mim é legal", disse.

Segundo reportagem de Veja, o MPF pediu o bloqueio dos bens e a devolução de R$ 300 mil aos cofres públicos em ação de improbidade administrativa na Justiça Federal contra Padilha por supostamente ter mantido uma funcionária fantasma em seu gabinete quando deputado federal.